História Será Que Tudo É Por Acaso ? - Briga Eo Beijo

P.O.V´S DA LÍVIA
 

Minha mãe veio aqui no meu quarto e me contou como foi o dia anterior, sobre o lanche deles com os pais do Luan. Ela disse que a conversa foi tão longa que durou até o jantar. 
 

Contei a ela que tive um sonho com o Luan na noite passada e ela por sua vez quis saber como foi o sonho. 

Eu tive que contar tudo antes que ela tivesse um piripaque kk. Ela também disse que hoje a noite teria um jantar com todos os Santana, esse jantar seria para que Luan e Bruna pedissem desculpa. Mesmo depois de ter tido esse sonho com o Luan eu ainda não estava pronta pra olhar na cara dele. Sim, estou completamente apaixonada, mas também sou um ser humano e tenho um coração. 
 

Deixei claro a minha mãe que eu ia tentar falar com eles outra vez antes da volta ao Brasil e ela entendeu minha situação. Depois disso ela voltou ao seu quarto. 
 

Um tempo depois recebo uma mensagem do Matehus. Era uma foto dele e na legenda ele deixava claro que estava vindo para Cancún. Algumas horas depois ouço a campainha do meu quarto tocar, imaginei ser meu pai querendo me convencer de ir ao jantar, mas quando abri a porta tive uma visão maravilhosa.
Era o Matheus ! Estava em pé na porta do meu quarto e com um sorriso enorme. Depois de um bom tempo pendurada no pescoço dele nós entramos no quarto. 

Lívia: como foi a viagem ?

Matheus: foi tudo bem, graças a Deus. - me pegou no colo e me rodou. Ele fazia isso comigo desde que eu era criança e eu adorava- e você.. quero saber tudo desse tal Luan aí. Só sendo muito idiota pra te magoar. Se eu encontrar esse cara dou um belo soco na cara dele -fechou a mão fazendo o gesto do soco e eu ri -

Lívia : para ! - fiz manha- sonhei com ele essa noite -nesse momento Matheus veio em minha direção e sentou ao meu lado na cama esperando que eu contasse o sonho- tipo assim.. ele entrava aqui me dava um cheiro no pescoço e pedia Desculpas, depois disso ele me dava um selinho demorado e saiu do quarto. Fim ! 

Matheus : não acredito nisso. Minha Bebezinha tá apaixonada -me jogou na cama e subiu em mim. Eu já sabia o que ia acontecer, ataque de cosquinha-

Lívia : não Matheus-rindo muito. - para -ri mais-

Matheus: não paro não ! - ele ria da minha risada - ri igual gente -risos-

Lívia: para ! - risadas - eu vou socar a sua cara -não conseguia parar de rir. Foi quando ele parou- idiota 

Matheus : cadê meus padrinhos ?

Lívia: foi jantar com a família do Luan. Ele e a irmã vão pedir desculpa. E antes que você diga algo, ainda não estou bem pra olhar na cara deles. - eu estava desfazendo a bolsa do Matheus. - tá com fome ?

Matheus : estou sim. E já que meus padrinhos foram jantar, amanhã eu falo com eles. 

Lívia : vou pedir a comida. Vai tomar um banho e depois damos uma volta, se você não estiver muito cansado. 

Matheus : tudo bem. -piscou e foi ver uma roupa pra sairmos e eu pedindo a comida. 
 

20 minutos depois ele foi em direção ao banheiro e a campainha do meu quarto tocou. Fui correndo achando que era a comida, mas pra minha surpresa era alguém que eu não queria ver tão cedo. 
 

Fui andando pra trás e ele vinha em minha direção. Até que ouvimos a porta do banheiro se abrir, mas antes disso eu consegui soltar algumas palavras..
 

Lívia : o que faz aqui ? - sim, eu estava surpresa. Até onde sei ele estava no jantar-

Luan : eu vim falar com você. Na verdade eu PRECISO falar com você. 

Lívia : mas eu não. -Matheus saiu do banheiro e nos olhou sem entender nada -

Matheus : por quê o Luan Santana está no seu quarto ? -me olhou esperando resposta -

Luan : eu já te vi em algum lugar..

Matheus : sim. Na recepção do hotel. Você esbarrou em mim e fez meu celular voar longe. 

Lívia : então vejo que já se conheceram.. -dei aquele suspiro pesado e olhei o Matheus. Tive medo de dizer a ele que AQUELE era o Luan que eu estava apaixonada. - volta pro seu banheiro. 

Luan : Lívia, vamos conversar ? - estava quase implorando -

Lívia : não.. desculpa -eu o encarava-

Matheus : só volto ao banheiro quando você me explicar o motivo do "astro da música sertaneja" estar aqui querendo falar com você e você negando. Não - Matheus olhou no fundo dos olhos do Luan e antes que pudesse concluir seu pensamento eu me pronunciei-

Lívia : Matheus -abaixei a cabeça e joguei meu cabelo pra trás e quando levantei a cabeça vi que o Luan o encarava com raiva. O motivo ? Eu também não sei- esse é o Luan. O Luan do qual eu te falei. - agora o Matheus olhava o Luan com cara de ódio-

Luan : então você é o famoso Matheus ?! - dava pra ver em sua voz que ele desdenhou do Matheus- prazer, Luan Santana. -esticou a mão pra cumprimentar o Matheus. Foi aí que eu me caguei toda. Conheço bem o "primo" que tenho-

Matheus : sai daqui, A.GO.RA ! - foi andando lentamente na direção do Luan - entendeu ? - olhava no fundo dos olhos do Luan -

Lívia : Koda, calma. - fiquei entre ele e Luan, mas de frente pro Matheus-

Luan : pode deixar Lívia. Eu sei me defender sozinho -tocou meu ombro e eu fiquei de frente para o Luan e fazia movimentos negativamente com minha cabeça- não se preocupe. 

Matheus : pequena, sai ! - ele estava furioso- se você não sair daqui agora eu não respondo por mim. 

Luan : eu só saio daqui quando a Lívia pedir, caso ao contrário, continuarei - o encarava. Eu só sabia pensar em uma coisa "Luan, você não tem noção da merda que falou"-

Lívia: Luan eu já pedi que saísse assim que entrou -Matheus sorriu vitorioso- então por favor.. - mas Luan é uma das pessoas mais teimosas que conheço-

Luan : já disse que só vou sair daqui depois que conversamos.

Matheus : pequena, deixa comigo -me puxou pela cintura, beijou a minha cabeça e me afastou deles- já que não quer sair por bem, então vai ser por mal ! - enfiou um belo de um soco no nariz do Luan -
 

A essa altura do campeonato eu já estava ligando para os meus pais e minha mãe que atendeu o celular. Expliquei toda a situação, como vocês bem sabem, ela tem uma chave reserva do meu quarto. Sendo que quando eles chegaram a confusão já estava armada. Meu pai e minha mãe entraram no quarto e junto deles o seu Amarildo. 

Quando os vi saí correndo e tentando explicar o que aconteceu.
 

Lívia : pai, ajuda ! - eu estava desesperada com a situação. O Matheus praticava artes marciais até o ano passado. Só parou pra se dedicar um pouco mais aos assuntos da empresa da família dele. 
 

Meu pai e o Amarildo conseguiram separar os dois. Quando eu vi o estrago que o Matheus  tinha feito com o Luan cai aos prantos. Peguei minha bolsa e sai do quarto correndo e peguei o elevador. 
Meu pai levou o Koda até a varanda que tinha em meu quarto, tentou acalmar ele. 
 

Matheus : isso é pra você aprender como se trata uma mulher de verdade -gritava feito louco e tinham algumas pessoas na porta do meu quarto. -

Pedro : Matheus, MATHEUS ! -meu pai deu um berro- olha aqui pro seu padrinho. Você tem que parar com isso. 

Ana : Matehus meu filho. O que houve aqui ? -minha mãe era psicóloga e tinha um pouco mais de facilidade em lidar com isso. -

Matheus : ele entrou aqui e a Lívia pediu pra ele sair, mas ele não quis. Sendo que eu havia dito que quando encontrasse o tal Luan daria um soco nele. AGORA ELE SABE COMO A LÍVIA SE SENTIU MAL QUANDO ELE DISSE AQUELAS MERDAS A ELA -gritou mesmo pro Luan ouvir-

Pedro : chega Matheus ! - o repreendeu. Deixou minha mãe acalmando o Matheus e foi ver o estado que o Luan estava- Amarildo, me perdoa. Você leva ele no médico e eu banco todos os gastos. Cadê a Lívia, alguém viu ela ? -meu pai estava nervoso. Em casa eu tinha mania de fugir mas ele sabia onde me achar, mas em Cancún não. -

Luan : ela saiu correndo. - disse cabisbaixo- pegou a bolsa e saiu chorando, chorando e correndo. 
Pedro, me perdoa outra vez por fazer a Lívia chorar. -saiu do quarto acompanhando o pai-

Pedro : eu que peço desculpas. Depois me manda o valor dos gastos com tudo. 

Saí do hotel feito barata tonta. Fui andando até a esquina, lá tinha uma farmácia e eu comprei algumas coisas que precisava e depois de estar mais calma voltei ao hotel. 

P.O.V´S DO LUAN

Enquanto eu e a Lívia falávamos um com o outro saiu um cara do banheiro. Ele queria saber o que acontecia ali e o porquê de eu estar no quarto da Lívia, me lembrei que o cara era o que eu tinha esbarrado na recepção do hotel um pouco mais cedo.  Era o tal Matehus !
 

Tentei falar com a Lívia sendo que o Matheus me impedia. Lívia já tinha pedido pra eu sair do quarto, mas eu não sai. Foi aí que a confusão começou, Matheus e eu começamos a brigar. Lívia ligou para os pais que chegaram no quarto e o meu pai estava junto. No meio disso tudo a Lívia saiu correndo do quarto e depois de mais calmos eu e meu pai voltamos pro nosso quarto e eu fui explicando a ele o que aconteceu. 
 

Na porta do meu quarto..
 

Amarildo : vai tomar um banho e descansar. Amanhã eu te levo ao médico. - me deu um tapinha no ombro- nunca pensei que você fosse fazer coisas do tipo. -olhamos um pra cara do outro e caímos na risada -

Luan : ai -ri novamente- não posso rir não pai, dói tudo. -meu pai me encarava -

Amarildo : você tá amarradão nela -meu pai usando gírias ? Cai na risada -

Luan : pois é, pai. Agora vou entrar e tomar um banho. Se o senhor tiver remédio pra dor no corpo, por favor, me traz um. 
 

Meu pai confirmou com a cabeça e saiu em direção ao seu quarto e eu entrei no meu. 
 

Tomei um banho e deitei na cama, dez minutos depois a campainha tocou. Me levantei com dificuldade por causa da dor. Abri a porta..
 

Luan : o que você quer ? - fiquei confuso por vê-la ali-

Lívia : você está bem ? - ela estava preocupada - eu trouxe isso aqui pra você -deu um meio sorriso e levantou uma sacola-

Luan : estou sim. Quer entrar ? -ela afirmou com a cabeça e eu dei espaço- me desculpa ? Mas assim, por tudo. Tanto pelas bobagens que disse ontem tanto quanto ao incidente de agora pouco. 

Lívia : como diz minha mãe "o que passou, passou " - sorriu- agora senta aqui e me deixa dar uma olhada nisso. Eu fiz um curso de primeiros socorros quando estava na Inglaterra. 
 

Ela pegou a sacola e tirou o que tinha lá dentro, meu supercílio tinha um pequeno rasgo. Ela passou um remédio que fez arder e muito. 
 

Luan : AI LÍVIA !! - apertei a sua cintura e ela me deu um tapa na mão-

Lívia : me machucou, merda ! -me olhou fixadamente - só não vou te bater mais porque meu primo já fez o serviço completo -caiu na risada. Ela viu que eu fechei a cara- desculpa, não me contive. 

Luan : hahaha. Comeu palhacitos hoje ? - agora ela passou uma pomada que refrescou o remédio que ela tinha passado antes- por quê não passou só esse ? - a olhei enquanto ela terminava de fazer o curativo-

Lívia : não ia ter o mesmo resultado. Me passa a gaze e o esparadrapo -a entreguei e ela terminou o que fazia. Eu a admirava feito um idiota - pronto, acabei ! E agora um beijinho pra sarar -beijou em cima do curativo e eu ri -

Luan : obrigado. Obrigado por cuidar de mim mesmo depois de eu ter agido feito um idiota. - ela sorriu pra mim e que sorriso. -

Lívia : não foi nada. Agora olha aqui, esse remédio você toma a cada 6h pra evitar infecção no corte e esse outro aqui você toma caso tenha dor no corpo. Tá entendo ? - apenas afirmei com a cabeça - e essa pomada vermelha você passa se algum lugar do seu rosto ficar inchado. A amarela você passa quando trocar o curativo e depois de passar aquele remédio que arde - rimos juntos - mas toda vez que for trocar o curativo você lava o ferimento com esse soro aqui, Okay ?

Luan : sim senhora -bati continência e ri -

Lívia : agora vou voltar pro meu quarto. Meus pais e o Koda devem estar preocupados. Me acompanha até a porta ? 

Luan : claro !
 

Chegamos a porta e eu a abracei e a agradecia. 
 

Luan : acho engraçado você ter que ficar na ponta do pé pra me abraçar -ela riu -

Lívia : então Tchau !

Luan : Tchau. E não se preocupe, vou fazer tudo direitinho. 
 

Nesta hora passou uma barata voando e ela se pendurou no meu pescoço, estava com medo. Mesmo com dificuldade consegui tirar meu chinelo e joguei na bichinha. 

Contei a Lívia e ela foi soltando do meu pescoço e olhava no fundo dos meus olhos. Coloquei minha mão em sua cintura e ela voltou a por a mão no meu pescoço, colei minha testa na dela. Ela pegou seu polegar e passou em minha boca, eu já estava pirando com a situação. Foi quando eu resolvi emaranhar minha mão em seus cabelos e dei início ao nosso primeiro beijo. 
 

A sensação de poder beija-la foi indescritível. Ela tinha um beijo bom, calmo e doce. Ela mordia meus lábios durante o beijo e eu sorri, gosto quando elas fazem isso. Paramos o beijo por ter nos faltado ar. Quando eu ia iniciar outro beijo a campainha tocou. Ela me deu um beijo rápido em forma de despedida quando ia sair eu a puxei de volta pra um selinho demorado, a campainha tocou outra vez. Enquanto tentava encontrar o ar ela ajeitou o cabelo e saiu. 

Quando abriu a porta era meu pai com o remédio para dor no corpo. Ela deu boa noite ao meu pai e saiu disparada para o elevador. Meu pai ficou me encarando e ela pôs o dedo indicador na boca e piscou pra, com quem quer dizer "segredo nosso"
 

Na porta mesmo expliquei ao meu pai que ela cuidou de mim. Ele sabia que tinha algo mais e que depois ia querer saber de tudo. Voltei pro quarto e fui dormir rindo. Afinal, nós acabamos de dar o nosso primeiro beijo. O primeiro de muitos