P.O.V´S DA LÍVIA
Depois de todo aquele transtorno que aconteceu no meu quarto eu saí do hotel e passei em uma farmácia que encontrei por acaso no fim da rua. Como eu já havia dito, entrei lá e comprei algumas coisas que eu precisava, mas na verdade eu não expliquei bem, quem precisava das coisas era o Luan e não eu.
Confesso a vocês que tive pena do que o Matheus fez com ele, mas poxa, se o Luan não fosse tão teimoso nada disso teria acontecido. Eu pedi a ele que saísse do quarto, eu não queria vê-lo e muito menos conversar com ele naquele hora. Voltaria a falar com ele, mas quando eu estivesse preparada para isso.
Com um enorme peso que eu carregava por meu primo ser irracional as vezes eu fui direto no quarto do Luan. Toquei a campainha e ele me atendeu. Entrei no quarto pra fazer um curativo nele até o dia seguinte, que no caso ele iria ao médico. Nós até conversamos um pouco, ele segurava em minha cintura enquanto eu fazia o curativo. Quase arrancou um pedaço dela quando passei um dos remédios, agora me diz, onde já se viu isso ? Um cara de quase dois metros choramingando por causa de um remédio kkk se ele soubesse o que nós mulheres passamos... com certeza ia parar de reclamar rsrs
Mas a melhor parte eu ainda não contei a vocês, na hora em que eu ia saindo do quarto ele me abraçou em forma de despedida e bem nessa hora uma barata passou voando por nós. Mais que depressa e me cagando de medo eu pulei no pescoço do Luan e ali fiquei agarradinha. Vocês tinham que ter visto a dificuldade que foi pra ele matar a bichinha kk
Chegou ser cômico, como eu estava com medo não soltei dele e ele por sua vez teve que ficar todo envergado pra pegar o chinelo e jogar na barata. Depois de ter realizado esse ato heroico rsrsrs resolvi me soltar dele pra ir embora, mas deu ruim !
Eu tinha que ter olhado aqueles olhos e aquela boca, e que boca hein.. toda bem desenhada, carnuda e rosinha. Involuntariamente meu dedo a contornou, foi quando eu senti a mão dele me puxar pela cintura e a outra me levando pelo pescoço até ele, nessa hora colamos nossas testas e assim como o ocorrido do quarto, eu senti sua respiração. Eu até queria recuar sendo que eu não consegui. Logo depois eu senti a mão dele no meu cabelo.. eu não sei pra vocês, mas pra mim isso é covardia PURA. Ainda mais que estávamos tão próximos um do outro, ele juntou nossos lábios e eu não resisti. Já estava completamente entregue mesmo.
Gente, vocês não tem ideia do que é o beijo desse homem. Foi tão bom que eu sinceramente não sei o que dizer, mas vou tentar descrever.. é um mix de desejo com paixão, entrega, vontade de beijar até faltar ar e a língua cair.. eu dava mordidinhas em seu lábio. Acho que ele curtia isso, por que quando eu fazia ele dava um sorriso entre os beijos
Eu disse que não tinha uma definição certa kk e falando em faltar ar, só paramos de beijar por isso. Quando íamos dar início a outro beijo, alguém tocou a campainha. Dei um beijo rápido nele em forma de despedida e ele sorriu me puxando de volta pra um selinho demorado, demorado demais pro meu gosto. Dava até pra ter rolado outro beijo. Ainda mais que ele beija bem e tem pegada, falo mesmo u.u Kkk enquanto eu arrumava meu cabelo ele pegava um pouco de ar. Ele abriu a porta pra mim e eu levei um susto, era o seu Amarildo. Tomara que ele não malde nada eu o cumprimentei ele respondeu mas olhou confuso, enquanto eu ia em direção ao elevador virei-me e fiz sinal pro Luan pra que guardasse segredo. Ele sorriu e eu fiquei mole com aquele sorriso. Depois que voltei ao normal eu percebi que ele confirmou com a cabeça que guardaria nosso segredo. Seu Amarildo perguntou algo a ele fazendo com que voltasse a prestar atenção no que dizia.
Entrei no elevador e voltei para o meu quarto. Quando entrei estavam todos preocupados. Afinal, eu havia sumido por quase uma hora.
Pedro : Lívia, pelo o amor de Deus. - veio em minha direção e me abraçou forte - por onde você estava menina ? - me olhou de cima à baixo pra ver se estava tudo bem comigo-
Lívia: calma pai.. eu só fui tentar absorver tudo que aconteceu aqui -mexi no meu cabelo e fui sentar na cama. -
Ana : calma ? Sério que você está pedindo CALMA ?! -minha mãe era a mais desesperada de todas- garota eu aqui quase morrendo, você me volta com essa cara de quem viu passarinho verde e ainda pede calma ? - eu não aguentei e ri dela. Eu não tinha visto passarinho verde, mas vi um branquelo de quase dois metros que beija bem e tem pegada- ela ri. Amor, ela tá rindo ! - virou pro meu pai que não se conteve e também caiu na risada. O único sério ali era o Matheus, seu olhar parecia carregar arrependimento-
Pedro : para de drama amor -gargalhou- ela voltou e dá pra ver que está bem. Bem até demais, olha o sorriso dela de boba apaixonada.
Ana : falando nisso.. - foi na direção do Matheus e veio puxando ele pela orelha enquanto o mesmo reclamava de dor-
Matheus : ai madrinha, ai madrinha, para que tá doendo. Ai ! -era engraçado ver um homem daquele tamanho reclamando de dor-
Ana : é pra doer mesmo. Se não tivesse dado uma surra no garoto ela não ia sair sem avisar, pede desculpas. - ainda segurava a orelha dele-
Lívia: mãe, deixa a orelha do menino -ri -
Matheus : Lívia, ai madrinha -minha mãe puxou a orelha dele mais uma vez kk perturbada- eu quero que você me perdoe pelo que fiz. - agachou frente a mim- você sabe que só fiz isso por medo de te machucarem outra vez. -olhou minha mãe e eu o acompanhei- a madrinha falou que você tá amarradona nele e eu não tinha esse direito, mas você sabe que eu te tenho como irmã e depois daquela vez que.. - o interrompi-
Lívia : não precisa completar. Sei que sua intenção era boa, mas não precisava ter batido nele. O expulsasse do quarto, não sei, mas bater foi demais. Sem contar que você sabe que luta, no seu caso é só no tatãme -ele ria-
Matheus : tem um ano que não treino. Precisava por em dia -prendeu o riso. Eu dei um tapa nele.
Lívia : antes que comecem com o interrogatório, outra vez, eu estava com o Luan. Eu fui ver como ele estava. - minha mãe me olhava com um sorriso maroto mas meu pai foi mais rápido que ela-
Pedro : então é por isso que você está com essa cara de bocó -ele e o Matheus caíram na risada. Eu só fechei a cara e eles pararam- e o que você foi fazer lá ?
Lívia: fui ver o estrago que esse cavalo aí -apontei o Matheus e ele fez cara de indignação- tinha feito no menino e aproveitei pra fazer um curativo nele. -levantei e fui em direção à varanda que tinha em meu quarto. Minha mãe veio atrás, meu pai e o Koda ficaram no quarto conversando-
Ana : conta logo ! Você não voltou com esse sorriso maravilhoso à toa não. Conta o que teve lá -pulava feito criança quando ganhava presente-
Lívia : nada não mãe -tentei disfarçar mas o meu sorriso e cara de boba apaixonada não negavam que tinha algo mais. -
Ana : fala logo. Você sabe que te conheço melhor que ninguém -me olhou com aquele olhar meigo que só ela tinha- te carreguei por nove meses na barriga e te cuidei. Na verdade cuido até hoje -me deu um selinho. Nós tínhamos essa mania de dar estalinho um no outro. Meus pais sempre fizeram isso comigo-
Lívia: ECA MÃE ! - vou zuar porque sou dessas u.u —
Ana : para que fazemos isso desde que você era criança.
Lívia: mas antes não tinha a baba do Luan pra senhora catar, né ?
Ana : hein ?! - ela ia fazer escândalo e antes de começar eu tapei sua boca, mas ela dava pulinhos de felicidade-
Lívia: sem gritos. Se gritar eu não conto -falei ameaçadora. Ela concordou com a cabeça - fui até o quarto dele e quando ele me viu perguntou se eu queria entrar e eu concordei, ele já veio descarregando pedido de desculpas em mim e eu aceitei, depois de ter feito o curativo eu expliquei a ele como tratar. Depois disso ele me acompanhou até a porta, pedido meu, mas eu não estava esperando isso. Dei um abraço nele e me despedi e foi aí que tudo aconteceu -fiquei rindo ao me lembrar- uma barata passou voando por nós e eu pulei no pescoço dele. Ele ficou todo torto pra tentar tirar o chinelo e jogar na barata. Ele conseguiu, mas teve que se envergar todo, não soltei dele de tanto medo. Depois disso ficamos parados um olhando para os olhos do outro, ele me puxou pela cintura, eu toquei seus lábios com o dedo, ele juntou nossa testa pôs a mão no meu cabelo e o beijo aconteceu. -sorri tocando meus lábios ao me lembrar do beijo- paramos por falta de ar. Quando íamos beijar de novo a campainha do quarto tocou. Era o pai dele, foi aí que eu voltei pro quarto.
Ana : não acredito -seus olhos brilhavam meu pai a chamou e voltamos para o quarto- Oi amor ?!
Pedro : vamos. Já está tarde e o Matheus tem que descansar da viagem. -minha mãe confirmou com a cabeça - Tchau cavalo -meu pai e esse apelido feio que deu pro Matheus- Tchau meu anjinho -me deu um estalinho também, minha mãe riu -
Ana : você é corajoso, amor. - riu e meu pai não entendeu nada -
Pedro : Quê ?
Ana : no quarto te explico -eu ri. Ela piscou pra mim e riu de volta-
Matheus : Lívia, você me desculpou mesmo ? - fez cara de cachorro sem dono-
Lívia : sim. Só tenta ser menos impulsivo -fiz um carinho nele. - agora vai tomar seu banho, tô vendo que a comida tá ali. Eu vou por meu pijama e deitar.
Matheus: como pedido de desculpas amanhã vou te levar pra sair. O padrinho falou que tem uns lugares aqui que você gostou, topa ?
Lívia : eu aceito sim.
Ele foi tomar banho e eu trocar de roupa, peguei meu celular na bolsa e vi que tinha uma mensagem e era do Luan, isso me fez sorrir.
Luan "tenha uma boa noite de sono e saiba que esse foi só o primeiro de muitos beijos que ainda vamos ter. Obrigado por me desculpar e ainda por cima ter cuidado de mim, não era sua obrigação. Eu que fiz a besteira. Mais uma vez, boa noite."
Eu respondi, claro !
Lívia "Não agradeça, fiz porque quis. E sobre o beijo.. Não vou falar pra não te dar moral e você ficar todo se querendo depois :*E eu que deveria agradecer, você está conseguindo trazer a antiga Lívia Lins Müller de volta. Boa noite :*"
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