P.O.V´S DA LÍVIA
Eu dormia nos braços do meu pai quando sinto ele me acordado, havíamos chegado em Cancún.
Até que enfim !
Fomos nos arrumando para descer do avião e pro meu azar o tal Luan Santana estava logo atrás de nós, juntamente com a sua família. Então todos começaram a conversar e eu com toda a dificuldade do mundo também tentei interagir.
Pedro : não acredito que depois de anos nossas famílias vão curtir férias juntos outra vez.
Amarildo : verdade! E sabe o que eu acho mais engraçado ?! É que eu e você nunca perdemos o contato, poderíamos ter feito isso antes.
Ana : verdade. Só assim a minha pequena não teria perdido o contato com as crianças, que hoje são adultos -risos -
Marizete : eu também acho. A Lívia já nem se lembra mais de nós. Amarildo comentou uma vez que ela foi morar fora do país com a madrinha dela.
Confesso que ao ouvir a dona Marizete pronunciar aquilo, senti um calafrio na minha alma. Se eu pudesse esquecer o motivo de ter ido morar com a minha madrinha eu seria mais feliz.
Ana : ele te disse algo mais, Amarildo ? - usou um tom de preocupação
Amarildo : não, não. Ele apenas disse que ela foi passar uma temporada lá. - olhei assustada pros meus pais. Infelizmente não consegui esconder o quão preocupada eu fiquei.
Lívia : queria me desculpar se hoje mais cedo pareci um pouco grossa, a vida me fez assim - dei um sorriso amarelo- e meus pais me contaram das nossas férias e feriados prolongados no pantanal - disse em um tom meigo- pelo o que eles disseram nos divertimos muito, todos nós - dei um leve sorriso. e nesse momento eu juro pra vocês que não sei o motivo, mas olhei para o Luan que me observava atentamente.
Luan : eles disseram que nos casamos no pantanal quando crianças - sim, ele estava falando comigo, mas percebi que tinha um pouco de preocupação em sua voz em medo da minha resposta. Nesse momento todos me olharam esperando minha reação, afinal de contas, estou tratando esse play boy da pior maneira possível desde a hora em que o vi. Meus pais me olharam com certa apreensão, eles conhecem a filha que tem kkkkkkkkkkkk
Lívia : é... eu fiquei sabendo disso - e tentei ser o mais amigável possível- e também acho que antes de anunciar ao seu sogro que vai casar, uma permissão formal deveria ser feita a ele - sorri junto com uma piscadela. Nesse momento já estávamos fora do avião-
Luan : pode deixar que eu vou fazer certo da próxima vez - e sorriu. E vou dizer a vocês, que sorriso. Eu queria saber o motivo do sorriso desse cara me deixar assim e fui logo mudando o assunto
Lívia: mãe, será que o carro vai demorar muito ?
Ana : eu não sei minha filha
Pedro : chegaram sim. Eles estão ali com uma placa escrito "família Müller". Então, estamos indo e como vamos ficar no mesmo hotel, acho que poderíamos marcar algo juntos. Igual fazíamos na época do pantanal. O que acham ? - eu quis mudar de assunto, mesmo me esforçando para ser amigável com os filhos dos Santana algo me dizia que não era pra eu me envolver com o Luan.
Lívia: pai, vamos ? Eu estou cansada. -tentei ao máximo não parecer grossa-
Ana : espera um pouco minha filha. Seu pai tem que pegar o número do Amarildo
Amarildo : não Ana. Eu tenho o número atual do Pedro, não se preocupem.
Foi quando o Luan resolveu se pronunciar..
Luan : então porque eu, Bruna e a Lívia não trocamos nossos números ? - legal, era tudo o que eu queria ouvir no momento. Só que não !
Bruna : eu concordo. Vou planejar vários passeios e algumas saidinhas para as compras -sorriu-
Lívia : não precisa. Nossos pais entram em contato um com o outro e eu agradeço o convite para os passeios, mas meus pais disseram que eu poderia fazer o que quisesse, que no meu caso é descansar e dormir bastante - disse impaciente mas evitando ser grossa- e papai, o senhor não disse que estão nos esperando ?! Então vamos. Tchau gente, foi um prazer reencontrar vocês, até. - só que minha mãe resolveu responder ao Luan e dar ideia ao que ele disse-
Ana : eu acho uma ótima idéia você fazer novas amizades. Ainda mais que o Matheus não está aqui - falou e no mesmo instante torci meu nariz. E sim, eu era um pouco parecida com meu pai em muitas coisas. Só que minha mãe tinha que vir com uma gracinha, pra variar- Lívia, meu anjo. Sua alergia está atacado ? Vejo que está torcendo seu nariz - foi o mais irônica possível. Não sei o porquê, mas me deu uma tremenda irritação e vontade de chorar. Meu pai percebeu e chamou minha mãe para irmos embora.
Pedro : amor, vamos ? Dessa vez eu concordo com a Lívia, a viagem foi bem cansativa -disse e a olhou de modo que a repreendeu por sua atitude
Ana : Okay. Vamos sim. Até logo mais e um bom descanso para vocês.
Eu notei que o Luan deu um cutucão na Bruna que resmungando algo veio correndo atrás de mim no aeroporto.
Bruna : Lívia ! O Lívia ! -tentei fingir que não ouvi, mas a menina era escândalosa hein rsrsrsrsrs - você esqueceu de passar seu número - me falou rindo e minha mãe mais que depressa passou meu número.
Ana : anota aí (xx) xxxx- xxxx
Pedro : Ana, vamos ! -a essa altura ele já tinha perdido a paciência
Fomos em direção ao senhor que segurava a placa com nosso nome em forma de identificação. Assim que entramos no carro meu pai se pronunciou
Pedro : Ana, por quê fez isso ? Você sabe que ela vai fazer as coisas dela no tempo dela. Ela não disse no avião que ia se aproximar deles ?- meu pai falou mais que irritado e confesso que nunca o vi desse jeito.
Ana : mas amor, eu só.. - eu percebi que minha mãe não tinha feito na maldade, mas já era tarde demais. Eu já estava em prantos e meu pai tentando me acalmar. Quando minha mãe percebeu trocou de lugar com meu pai e veio falar comigo.
Ana : minha filha, desculpa a mãe. Eu não fiz por mau e sei que ainda é difícil para você tentar se aproximar das pessoas ou fazer novas amizades. -me beijou a testa e foi secando minhas lágrimas.
Lívia: mãe eu entendo que tentou me ajudar e se eu disse que ia tentar me aproximar é por que eu queria fazer isso. -disse em meio ao choro- já está mais do que na hora de eu seguir minha vida e fazer novas amizades. E concordo com o que vocês disseram, acho que o Matheus vai gostar de saber disso. - sorri enquanto secava minhas lágrimas- Papai, perdoa a mãe. O senhor sabe que não foi por mal -meu pai não disse nada e isso me preocupava e muito por que da última vez que aconteceu algo do tipo eles brigaram feio-
Chegamos ao hotel e fomos na recepção. Depois de todos os procedimentos fomos cada um para seus quartos, o meu era ao lado do quarto dos meus pais.
Pedro : não se preocupe. Não vamos brigar, apenas conversar e tentar entender o motivo dela ter feito isso na frente dos outros.
Lívia: tá tudo bem, se o senhor diz. Agora vou entrar, pedir algo, tomar um banho e depois dormir um pouco. Te amo - meu pai me abraçou e sussurrou ao meu ouvido
Pedro : eu também te amo, minha princesa.
P.O.V´S DO LUAN
Enquanto saíamos do avião o Pedro resolveu puxar assunto. O que mais me surpreendeu foi a Lívia ter entrado na conversa também, eu arrisquei dizer algo e ela me respondeu com a maior educação da face da terra. Fiquei surpreso. Até brincar comigo ela brincou e depois me lançou um sorriso acompanhado de uma piscadela.
Só que eu também percebi que ela ficou desconfortável quando meu pai disse que o Pedro comentou que ela passou uma temporada na casa da madrinha.
A mãe dela teve a brilhante ideia de nós três Bruna, Lívia e eu trocarmos nossos números de telefone. Foi quando eu vi que o desconforto da Lívia aumentou, mas não foi só ela, o Pedro também ficou assim. E seguiram em disparada para o carro. Pedi a Bruna que fosse correndo atrás dela pra pegar o número do telefone, com toda essa situação eles tinham ido e ela não tinha passado o número.
Entramos no carro e fomos rumo ao hotel e eu que não conseguia tirar aquele meu sorriso bobo da cara.
Marizete : anda Luan, já chegamos. Estou te chamando a um tempo - disse irritada
Bruna : ih mãe, a lerdeza desse aí só vai piorar. A Lívia falou com ele e pra completar ele agora tem o número dela - me deu língua e riu. Eu estava tão empolgado por isso que nem me importava com suas provocações-
Amarildo : acho que é verdade o que a Bruna disse. Olha só a cara de bocó da criança - bagunçou o meu tapete. Só aí me toquei que já estávamos à caminho dos quartos. E antes de adentrar o meu, me virei ao meu pai e quase suplicando disse
Luan : pai, ainda são nove da manhã. Será que tem como o senhor marcar um jantar com todos nós ? Mas quando digo todos nós eu estou incluindo os Müller.
Amarildo : pode deixar meu filho, farei o possível - disse com aquela serenidade que só ele tinha-
Marizete : acho que alguém quer relembrar a infância - falou rindo e fazendo gracinha
Bruna : mãe, a senhora não faz ideia do quanto-riu e entrou em seu quarto, mas antes eu dei um grito e sei que ela ouviu
Luan : CALA A BOCA SUA PIRRALHA ! NINGUÉM TE PERGUNTO NADA - falei mega irritado entrando no meu quarto e na esperança do meu pai atender o meu pedido.
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