Mais um dia chegava ao fim, poderíamos dizer que foi normal, mas estamos falando de Hogwarts... Os alunos entravam no salão comunal como já era de costume e então escutaram barulhos, um tumulto. Todos correm em direção ao corredor de onde o tumulto parecia vir, chegando lá o silêncio começou a tomar conta, o pânico, a surpresa. No corredor, encontraram Harry, Hermione e Rony parados em frente a uma parede, com a frase "A câmara secreta foi aberta, inimigos do herdeiro se preparem" escrita em sangue; ao lado, a gata do Filch, pendurada de ponta cabeça, totalmente imóvel.
– Madame Nor-r-ra! O que vocês fizeram? - disse Filch desesperado.
– O que está acontecendo aqui? - fala a professora Mcgonagall, quem vem em direção ao centro do tumulto, tentando entender o que está acontecendo.
A professora Mcgonagall fica assustada com o que vê e rapidamente olha para o trio.
– Eles a mataram! - Insistia Filch em culpá-los. – Eu vou te pegar Harry Potter, eu vou te pegar.
Filch tenta ir em direção ao menino, mas é contido pela professora. Snape chega e toma a palavra.
– Ela não está morta, está petrificada.
– Eu não fiz nada, eu juro. Professora, tem que acreditar em mim!
– Foi ele sim, quando cheguei ele estava aqui.
– Talvez ele só estivesse no lugar errado e na hora errada. - fala Snape calmamente. – Contudo, não me lembro de ter visto o senhor Potter no jantar...
– Creio que por minha culpa, professor. - interrompe o professor Lockhart. – Harry esteve cumprindo detenção em minha sala.
Então chega Draco Malfoy, ele olha para a parede e em seguida para Hermione e diz:
– Inimigos do herdeiro se preparem... serão os próximos, sangues ruins!
Após enfim o tumulto ser contido e os alunos dispensados, ficou dito que Harry era inocente até que se provasse o contrário. O trio voltou para o salão comunal, assim como os outros alunos, mas Hermione não parava de pensar no que havia escutado de Malfoy.
– Vocês ouviram o que ele disse? - perguntou Hermione perturbada.
– Quem, Malfoy?
– Sim, Rony. ‘’Serão os próximos, sangues ruins’’. Acho que ele tem alguma coisa haver com tudo isso.
– O quê? Malfoy? O herdeiro de Salazar? Besteira, estou indignada com o termo que ele usou, referindo-se as pessoas nascidas de trouxas.
– Nossa, Hermione, você não deveria ligar para o que ele fala, é só o Malfoy.
– Você não entende, Rony, é sangue puro.
– Entendo sim, sou sangue puro, mais conhecido por traidor do sangue por andar com você.
– Ah então agora a culpa de você não ser popular é minha?
– Incrível como as mulheres contorcem as coisas, não é mesmo, Harry?
– Harry?
– Ah, oi, sim.
– Você está longe, Harry. O que aconteceu?
– Eu ouvi vozes, vozes que somente eu ouvia e em seguida encontramos Madame Nor-r-ra petrificada.
– Bom, até no mundo da magia, ouvir vozes não é um bom sinal. - fala Hermione preocupada.
– Mas esqueçamos isso, do que você estava falando mesmo?
– De como as mulheres contorcem as coisas...
– Cala a boca, Rony. Eu estava falando, sobre a maneira que nós, filhos de trouxas, somos tratados. Ninguém é melhor que ninguém só por ser sangue puro, veja o Rony, um completo idiota.
– Obrigado, Hermione.
– Não por isso.
– Dá pra parar vocês dois? Hermione, você acha que pode fazer algo pra mudar isso?
– Na verdade acho, eu estive pensando nos últimos dias e realmente acho, que poderíamos criar uma campanha, contra esse preconceito que há sobre os nascidos trouxas. Somos todos bruxos. É isso!
– O quê? - Perguntam os dois assustados -
– S.T.B. Somos todos bruxos. Vamos começar uma campanha contra o preconceito dos nascidos trouxas!
– Vamos?
– Sim, Rony, vamos!
– Você vai, eu sou sangue puro.
– Exatamente, você é um exemplo de sangue puro que não tem preconceito.
– E um completo idiota também.
Hermione ignora e o encara friamente.
– Poderíamos começar com uma palestra, vou pedir permissão a Dumbledore.
– O que você acha Harry?
– Legal...
– Ok, mas por hoje, vamos dormir, porque amanhã temos aula cedo.
– E eu quero ir mais cedo ao salão principal, tomar café da manhã sem ninguém me encarando. - fala Harry desanimado.
Eles vão se deitar.
Amanhece e como havia planejado, Harry desce mais cedo para o salão principal. Pelos corredores, não se falava outra coisa, senão do ocorrido na noite anterior. Começaram a rolar rumores sobre a câmara secreto e o herdeiro de Salazar, um dos fundadores da escola, que supostamente criou uma câmara secreta e nela escondeu uma criatura monstruosa.
Além disso, o preconceito com os nascidos trouxas aumentou, uma vez que Salazar era contra os nascidos trouxas estudarem na escola, ele não os considerava dignos de estudar magia e reza a lenda, que o monstro que há na câmara, irá matar os filhos de trouxas.
Passaram-se as semanas e dessa vez pessoas foram petrificadas, todas nascidas trouxas, o murmurinho ficava maior a cada dia. Hermione já não aguentava mais tanto preconceito, então resolveu criar coragem e pedir autorização ao diretor Dumbledore, para que pudesse fazer uma palestra contra o preconceito.
Chegando a sala do diretor, ele já a esperava, com seu óculos de meia lua sobre o nariz avantajado.
– Entre Hermione, precisava falar comigo?
– Olá professor Dumbledore, eu gostaria de saber, se posso fazer uma palestra contra o preconceito aos nascidos trouxas, seria possível?
– Receio que sim.
– Obrigada! - Fala Hermione com um sorriso no rosto. -
– Mas antes, quero que fique com isso e cuidado, tem palavras que não precisam ser ditas. - ele estica o braço e a entrega um colar.
– O que é isso professor?
– É um vira tempo. Uma volta deve bastar, não se esqueça, uma volta. E lembre-se, você não pode ser vista.
Dumbledore sempre foi um homem sábio, porém misterioso. Hermione então sai da sala do diretor. Passam mais alguns dias e depois de preparar cautelosamente um discurso para palestrar, Hermione decide que será "hoje". Ela conversa com Rony e Harry e resolve que fará no meio do salão principal, quando todos estiverem almoçando.
Assim como planejou, na hora do almoço, foi até a frente do salão principal e começou a falar:
– Eu venho em nome de todos aqueles que sofrem com o preconceito, por serem filhos de trouxas. - ouve-se a risada vinda da mesa de Sonserina. – Venho falar um pouco sobre S.T.B. Somos todos bruxos, iguais, ninguém é melhor do que ninguém por ser sangue puro, mestiço ou filho de trouxas.
As risadas da mesa de Sonserina tomam conta do salão. Hermione então vira-se para lá:
– Na verdade, inferiores são vocês, que se acham os melhores. Qual é o maior nome que sua casa já teve? Voldemort? Ele se achava o melhor, mas foi derrotado por um bebê!
No momento em que Hermione pronuncia o nome de Voldemort, o salão escurece. Parecia algum tipo de maldição, talvez fosse isso mesmo, talvez Voldemort houvesse amaldiçoado o salão quando alguém zombasse de seu nome. Um rombo enorme no chão se abre e de dentro, sai algo surpreendente, não visto a mais de um século, um basilisco, o rei das cobras. Com seus mais de 10 metros de comprimento, sai rastejando em direção aos nascidos trouxas. O basilisco começa a matar, com seu olhar.
Há muita gritaria no salão. De repente, surge uma espécie de aparição, era Tom Riddle, ele conjura a marca negra no teto. Começam a chegar pessoas encapuzadas, são comensais da morte, seguidores de Voldemort.
– Avada Kedavra!
Pessoas estavam sendo assassinadas com a maldição da morte. Dumbledore cravou uma batalha com Tom.
– Avada Kedavra! - conjurou Tom.
Dumbledore se esquiva.
– Estupefaça! - conjura Dumbledore.
– Protego! - defende-se Tom.
Enquanto eles duelavam, o basilisco saiu atrás de Hermione, ela sai correndo. É a última nascida trouxa que ainda não foi assassinada.
– Hermione, aonde você vai? Fique conosco! - gritou Harry.
– Ela vai morrer, Harry! Ela vai morrer!!! - fala Rony aos prantos.
– Calma Rony!
Hermione sai correndo pelos corredores e o basilisco a seguindo, ela não ousava olhar para trás, sabia que se olhasse morreria, uma vez que o olhar do basilisco causa morte instantânea.
Ela chega à biblioteca, o monstro vem destruindo tudo pelo caminho. Hermione chora quietinha, escondida embaixo de uma mesa, sem saber o que fazer. Que tipo de feitiço vou usar contra um monstro desses? Se perguntava Hermione.
De repente ela lembrou do vira tempo. Hermione pegou o vira tempo e assim como Dumbledore havia dito, deu uma volta nele. Tudo começou a rodar pra trás e então Hermione se viu escondida na entrada do salão principal, minutos antes de entrar ali e começar seu discurso. Ela a vê vindo e pede desculpas para si mentalmente.
– Obliviate! - Pronuncia Hermione com a varinha apontada para a Hermione do passado -
Sua memória foi alterada, agora ela nem se lembra que iria discursar. De repente tudo roda novamente e ela se vê outra vez na biblioteca. Dessa vez foi estranho, ela parecia ter acordado, será que era um sonho? Ela olha para um espelho e então percebe pelo reflexo os olhos vermelhos do basilisco. Hermione é petrificada. Realmente, falar de preconceito e apontar os preconceituosos, pode gerar uma guerra ainda maior.
Amanda Armstrong e Emily Voit.
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