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História Sete Finais - 4 - Sessão 1


Escrita por: caploom

Capítulo 4 - 4 - Sessão 1


Fanfic / Fanfiction Sete Finais - 4 - Sessão 1

Estamos indo devagar

Parece que não conseguimos chegar onde queremos

Mas os tempos difíceis valem ouro

Porque eles levam aos dias melhores!

— Be Alright


Seul, Capital da Coréia do Sul

Soyoon se sentia extremamente decepcionada consigo mesma. Suas pernas fraquejavam a cada pequeno passo que dava na volta até à sala de aula. Sabia que Wee San acompanhava-a mas não estava ligando para a presença da garota, já que a mesma havia causado a enorme confusão.

Era capaz de ver o próprio reflexo no chão extremamente limpo dos corredores. Conseguia ver através disso que se sentia mais que uma perdedora.

Ela nunca havia sido chamada na diretoria por mal comportamento, pelo contrário, era sempre chamada para ser elogiada pelo diretor, elogiada pelas melhores pontuações em provas, melhores notas, melhores trabalhos. Soyoon era sempre a melhor quando se tratava de estudos e inteligência.

Respirou fundo algumas vezes quando parou em frente à porta da sala e negou com a cabeça, passando as mãos no rosto. Wee San passou em sua frente, empurrou a porta e foi logo entrando.

Soyoon andou por dois passos e coçou a garganta sem que fizesse barulho. Entrou na sala de cabeça baixa e procurou por sua carteira com cuidado para não mostrar sua face.

— Com licença... — murmurou extremamente baixo e acelerou levemente os passos.

— Olha só, a esposa do chão resolveu voltar para a sala! — o comentário do aluno maldoso soou um pouco alto. Soyoon olhou imediatamente em direção à voz e em seguida desviou a visão novamente para seu destino ao perceber que fora No Han o responsável pelo comentário irritante.

Na pressa, Soyoon mal pôde perceber o momento em que esbarrou levemente em uma carteira, fazendo a mesma se deslocar um pouco para trás.

— Toma cuidado, pano de chão! — a menina arregalou os olhos ao ouvir o apelido dito alto. Jungkook deu risada satisfeito com o que havia dito e ajeitou sua carteira novamente. — Colocaram uma cadeira nova para você lá no seu lugar, não é por que você adora o chão que deva ficar sentada nele.

Apontou para o fundo da sala, mais precisamente no final, onde estava a carteira. Soyoon nem pensou duas vezes antes de acelerar os passos em sentido à seu lugar.

Ouvia claramente todos os comentários em relação à ela, ouvia eles questionarem o porquê dela ter ido à diretoria, chamavam-a de pano de chão e até mesmo de idiota desastrada. Soyoon sabia que por um dia seu plano de ser invisível havia falhado.

As duas aulas que se seguiram não haviam sido nem de longe normais em relação à forma como Yoon estava acostumada. Ela sentia que a todo momento a maioria dos alunos a fitavam.

A situação só mudou quando a professora de matemática, Kim Ahra, entrou na sala. Todos ficaram em extremo silêncio, principalmente Kim Taehyung, já que a professora era nada mais, nada menos que sua mãe.

Senhora Kim Ahra era tão bonita e de aparência jovem, mesmo com quarenta anos de idade e um filho de dezenove. Era cansativo para qualquer mulher ter Kim Taehyung como filho. 

Desde muito cedo, Ahra decidira cuidar ela mesma da educação de seu único filho. Ainda assim, Taehyung era um dos meninos menos inteligentes da escola, sendo repetente. Sua própria mãe havia sido responsável pelo mesmo ter sido reprovado na sexta série. Era engraçada a situação, Taehyung, o número da Sete Elite, era filho de donos de Universidades, sua mãe era uma poderosa educadora, primo do aluno mais inteligente da escola, Kim Namjoon, ainda assim, era péssimo em quase todas as matérias, exceto em Educação Física e Espanhol. 

Após afagar suavemente os cabelos negros e médios, Ahra respirou fundo indicando cansaço. Olhou lentamente para cada um dos alunos, pousou as mãos na cintura fina e bem feita, franziu a boca pintada por um batom de cor fraca e tomou posição para falar.

— Bom dia, alunos! — logo foi respondida por um coral forte, mas ainda assim, desanimado. — Antes de começar a aula de hoje, gostaria de fazer algumas observações sobre eventos que acontecerão em breve no colégio, e é saudável que vocês estejam cientes de cada mudança feita agora ou depois. Como vocês sabem, todos os anos nós temos diversos eventos aqui dentro, e um dos mais importantes é o evento do início do ano, organizado com o intuito de trazer boas coisas, paz e sorte para o ano letivo de vocês e para o trabalho de cada professor.

— Como se chamará o evento este ano, Professora Kim? — uma das alunas da frente perguntou com uma das mãos levantadas.

— Bem, Jiwa... ainda não sabemos. Estou encarregada, na verdade, de anunciar para vocês que os terceiros anos estarão com a missão de organizadores de eventos este ano.

Imediatamente, uma série de múrmurios preencheu a sala, os alunos começaram à comentar entre si sem parar.

Todos os anos, algum estágio do Ensino Médio era responsável por algum evento escolar, mas de apenas um evento e não de todos do ano.

— Silêncio, alunos, escutem! Sei que parece muita pressão colocar tanta coisa nas mãos de vocês, mas o conselho estudantil decidiu que seria bom para testar a capacidade de liderança e organização, já que este é o último ano de vocês aqui no Atakura Seoul. Ouçam, não serão todos os alunos do terceiro ano responsáveis pelos eventos. Cada sala terá um representante.

— E como será decidido quem serão os representantes? Através de votação?

— O conselho também já decidiu quem serão os representantes de cada turma. Mas não cabe à mim divulgar isso agora para vocês.

Ouviu-se mais murmurios na sala. A professora tratou rapidamente de se irritar e se preparar para passar a matéria na lousa. Os exercicios eram básicos para Yun Soyoon e Kim Namjoon, porém, bichos de quinhentas cabeças para os outros alunos. De minuto em minuto algum aluno pedia ajuda à professora.

Após terminar de resolver os problemas, Soyoon curvou-se um pouco abaixando a cabeça com os braços apoiados na própria mesa.

Sua respiração se acalmou um pouco apenas naquele momento, fechou os olhos por alguns segundos e ouvia quieta as vozes em tom normal dos alunos.

Soyoon estava se sentindo estranha, se sentia totalmente errada e sabia que estava se crucificando por tudo o que havia acontecido. Se não fosse tão boazinha, nada de ruim teria acontecido. Esse era seu pensamento.

A menina se perguntava o porquê de sempre ter colocado os valores dos outros acima do seu e sempre acabar sendo a atingida no final, se perguntava por que se acostumava tão fácil com situações do tipo.

— Soyoon? Pode vir até mim, por favor? — perguntou a voz aguda da professora, que terminava de organizar alguns papéis sobre a mesa.

Soyoon assentiu e se levantou com cuidado indo até a mesa ainda de cabeça baixa. Se posicionou ao lado da professora que ainda se mantinha sentada e esperou.

— Soube do ocorrido de hoje mais cedo. Tanto o das câmeras quanto o da cadeira quebrada. — comentou a mais velha com o olhar sereno. — Aposto que te conheço bem o suficiente para acreditar que houve algum mal entendido nisso tudo.

— O diretor te informou, não é mesmo? — perguntou quase em sussurro, olhando para os próprios pés.

— Eu soube imediatamente. — informou direta.

Pelo fato de ser uma grande herdeira milionária da sociedade com interesses educativos, professora Kim era como uma diretora "mascarada", todos sabiam que na verdade, quem decidia as coisas na escola, era a ilustre mãe de Kim Taehyung. Era como se ela usasse o diretor como um meio de mandato apenas.

— Eu sinto muito, Professora Kim... — disse a estudante, empurrando uma mecha do cabelo para o lado com paciência. — Sinto muito por desapontá-la...

— Me conte logo quem te meteu em encrencas. — exigiu a mulher sem rodeios. — Não vou acreditar que você fez toda a baderna por conta própria. Me diga quem lhe induziu à tudo.

Soyoon quase tossiu de nervoso só de se imaginar entregando sua amiga, confessando que tudo começou por conta de uma ideia estúpida para ficar perto do filho da moça que lhe fazia perguntas no momento.

— Ninguém, senhora. — disse Soyoon, depressa — Ninguém me induziu à nada!

— Ficarei mais desapontada ainda se continuar a acobertar o verdadeiro culpado. Não é errado ser justa, mesmo quando a justiça machuca. Me diga quem! — Yoon apenas abaixou ainda mais a cabeça e franziu os lábios. — Por favor, Soyoon.

Professora Kim tinha um apreço muito grande pela menina Soyoon. As duas tinham uma intensa relação de respeito e era impossivel para senhora Kim acreditar que Soyoon, sua melhor aluna, tivesse causado confusão sozinha.

— Cumpra seu castigo então. Mas fique ciente de que se por ventura eu descobrir o real motivo de tudo o que aconteceu, tomarei severas decisões em relação ao caso.

— Sim, senhora.

— Pode voltar para o seu lugar. — uma pequena expressão de alivio tomou conta do rosto da menina e ela assentiu, pronta para voltar para seu lugar.

Andava de cabeça baixa como de costume, com as mãos fechadas levemente em punho como uma forma indireta de se desfazer da timidez, o olhar vago em direção aos próprios pés, mordendo a pele de dentro da bochecha como um alívio da tensão.

Um barulho alto de um corpo se chocando com o chão cortou o ar. Olhares curiosos foram em direção ao barulho bem em tempo de ver Soyoon caída no chão mais uma vez, desta vez, por pouco não ganhou um grande hematoma no rosto.

Antes de cair "misteriosamente" no meio da sala, Soyoon pôde ver claramente o momento em que Taehyung colocou o pé em sua frente intencionalmente para que a mesma caísse. Yoon olhou diretamente para o Kim enquanto se sentava no chão mesmo, o garoto deu de ombros a olhando e logo soltou uma risada de leve.

Todos começaram a rir novamente. Era impossível entender o que Os Sete Elite estavam ganhando humilhando ela por um dia, só pelo fato de ter ido atrás de um deles para uma entrevista, que por sinal, ainda aconteceria.

A professora procurou saber o que estava acontecendo e arregalou os olhos indo até sua aluna, ajudando-a.

— Soyoon... Como isto foi acontecer? — Soyoon respirou fundo, olhando em direção à Taehyung novamente.

Mordeu a boca abaixando a cabeça. 

A maioria das pessoas sabiam como a relação entre Taehyung e sua mãe era difícil pelo fato do garoto ser desobediente e não ser bom o suficiente na escola. Não eram raras as vezes em que Soyoon entrara na sala e acabava presenciando pequenas discussões entre a professora e seu filho. Era desgastante a relação. Senhora Kim exigia mais responsabilidade do filho e ele fugia disso como o diabo foge da cruz. As pessoas até viam isso como uma situação patética.

Soyoon não queria ser responsável por dar motivos para que a professora ficasse ainda mais desapontada com o filho.

— As coisas simplesmente acontecem, Peofessora. 

Após dizer isso, Soyoon ouviu o sinal bater e abaixou a cabeça novamente, saindo da sala.

Andou rapidamente à procura da escada, ouvindo os alunos de sua sala murmurarem atrás dela. Ela sabia que havia saído feito louca sem ao menos pegar o próprio matérial para ir até o armário e trocar seus livros para a aula que viria após o intervalo, mas não estava com vontade de continuar ouvindo os comentários maldosos dos alunos de sua classe.

Assim que chegou no refeitório, suspirou pesado, indo até a mesa a qual sempre costumava se sentar.

Haviam apenas algumas pessoas no local, afinal, o sinal havia acabado de tocar e não havia dado tempo para que todos saíssem de suas salas.

Yoon colocou a mão no bolso de seu blazer e sentiu o dinheiro que sua mãe havia lhe dado mais cedo. Revirou os olhos lentamente, ainda tentava aprender a lidar com a teimosia de sua madre. Olhou em direção ao cardápio preso de forma janota na parede bonita do refeitório e fechou a cara ao ler os preços. Como sempre, era tudo muito caro.

Mas isso era um problema só de Soyoon, os outros não ligavam, o colégio era para pessoas ricas, quem se importaria por colocar preços altos nas comidas, mesmo sabendo que haviam bolsistas de classe média na escola?

— Seu olhar está mais perdido que cachorrinho abandonado. — ao ouvir uma voz mais fina perto de si, Yoon abriu um pouco mais os olhos vendo Wee San se sentar. — Não trouxe lanche hoje?

Acompanhada de um leve suspiro e uma agonia de decepção, Soyoon apenas balançou a cabeça e olhou para qualquer outro lugar que não fosse o rosto de sua amiga. Apesar do coração enorme e bondoso, Soyoon era muito orgulhosa e sabia que mesmo que voltasse a tratar Wee San como se nada tivesse acontecido, por dentro o sentimento de inquietude continuaria. Sendo assim, preferia continuar quieta de forma que a outra garota percebesse que ambas precisavam de um tempo.

— Você ainda está muito brava comigo? Aish... por favor, Yoon... eu sei que agi um pouco mal, mas te ver brava comigo está me incomodando muito!

— Agiu um pouco mal? — Soyoon perguntou, se virando para observar a mais nova. — Você agiu muito mal! Deveria parar de ter tantas ideias malucas e jogar tudo nas costas das pessoas! Até uma criança teria mais inteligência que você quando se trata de garotos, Wee San!

— Garotos não! Apenas Taehyung. Ah, Yoon... você sabe o quanto...

— Não começa! — Soyoon a cortou, cruzando os braços. — Nem vem começar a dizer que eu sei o quanto você gosta do tal número 5, Taehyung. Nada justifica você agir feito doida por aí!

— Yoon! Me desculpa, por favor! Eu reconheço meus erros, considere isso, por favor. — em alguns segundos, Wee San se colocou em frente à sua amiga, enquanto juntava as duas mãos.

Soyoon torceu o nariz e mordeu o lábio inferior. Apertou a barra de sua saia e abaixou a cabeça. Ela era orgulhosa, mas sua bondade era maior que o orgulho. Balançou a cabeça positivamente e Wee San soltou um riso voltando a sentar na cadeira de antes.

— Pare de fazer caretas agora! — a mais nova apertou Soyoon nos braços e gargalhou. — Eu trouxe lanche, vamos dividir.

— Wee San, por favor, não apronte nessa entrevista. Esses garotos da Sete Elite são inacreditavelmente babacas. — Soyoon explicou, enquanto ambas abriam a lancheira em cima da mesa.

— E você não vai estar comigo?

— Não. — Wee San arregalou os olhos. — Não posso me envolver mais nisso. Os Sete Elite já pegaram birra comigo por eu ser uma desastrada de apelidos horríveis, com certeza não devem me achar digna o suficiente para estudar aqui, qualquer passo em falso e o diretor me explusa da escola. Não esqueça que os Sete Elite mandam em tudo aqui graças aos seus pais super poderosos e ricos.

— Mas... Soyoon, vou me sentir insegura sem você por perto! Você que é responsável por corrigir minhas burradas. — Wee San parecia desesperada, mas no fundo as duas amigas sabiam que era apenas um drama bobo a qual San sempre fazia.

— É só não fazer burradas.

Foi o último diálogo que trocaram antes de ficarem em silêncio enquanto comiam. Soyoon parecia menos preocupada enquanto comia, San já parecia mais eufórica após saber que teria que lidar sozinha com seu plano da entrevista. Era tudo muito confuso na cabeça das garotas, e por esse motivo continuaram em silêncio por um tempo.

O local começou a ser preenchido por alunos, o barulho de conversa ocupou o espaço ao redor das meninas e os aromas de perfumes importados impregnavam no local.

Era fato que ninguém do colégio usava coisas baratas ou de segunda mão, exceto por Soyoon, Wee San e outros bolsistas que compravam seus perfumes e roupas em liquidação. Mas para Yoon, isso não era um problema, já que considerava as peças baratas como as melhores.

O local ficou agitado e os tons das vozes começaram a aumentar. As meninas começaram a ficar extremamente eufóricas e os garotos inquietos. Os Sete Elite entraram no refeitório lentamente. Cada um deles com a cabeça erguida e com os narizes em pé. Passavam a sensação de que pisavam no chão por ser obrigatório, caso contrário, não encostariam as solas de seus sapatos no chão.

Como sempre, Park Jimin se mantinha na frente como se guiasse todo o resto do grupo. Os demais vinham atrás, conversando entre si com expressões arrogantes mas ainda assim divertidas.

Linn estava agarrada ao braço de Park como sempre, falavam coisas entre si e sorriam como dois completos apaixonados. Era mais do que claro como Jimin amava sua garota. Todos sabiam que ele fazia de tudo para deixá-la feliz e para manter o relacionamento bom como sempre, todos sabiam que ele era um completo príncipe por ela.

— As coisas realmente parecem engraçadas agora... — Wee San disse olhando para Soyoon. — Você pode falar de mim o quanto for, mas nunca vai conseguir esconder o quanto fica encantada sempre que vê o Jimin...

Soyoon piscou rapidamente diversas vezes e desviou o olhar de seu amado para fitar sua melhor amiga.

— Não estou encantada!

— Ah, não? Então por que é que você fica olhando para ele de boca aberta deste jeito? — Soyoon revirou os olhos.

— Porque eles ocupam o meio todo do refeitório, eu não tenho para onde olhar.

— Mas você olha apenas para o número 1, Park Jimin! — Wee San cantarolou.

— E você o Taehyung.

— Mas eu admito que só tenho olhos para ele. Você deveria admitir também. — Soyoon apenas ficou calada. Não achava que sua amiga precisava de uma resposta.

Os Sete Elite foram para suas habituais mesas, perto umas das outras. Yoongi se sentou ao lado de Seokjin, Taehyung ao lado de Hoseok e Jungkook em frente à Namjoon, mantendo a conversa que tinham desde que entraram no refeitório. Todos estavam bem juntos, exceto por Jimin que se manteve um pouco mais afastado junto de sua namorada.

Eles pareciam bem animados, como sempre. A conversa dava ecos pelo local, falavam sobre jogos de basquete e futuras festas a quais pretendiam fazer mais pra frente. O único que permanecia um pouco mais calado e interagia apenas quando preciso, era Min Yoongi.

— Dá pra acreditar que as sapatilhas que a Linn está usando foram feitas exatamente para ela? — mais uma vez, Yoon revirou os olhos sem olhar para a menina ao seu lado. — Surgiram boatos que Jimin deu uma pulseira para ela a qual ele mesmo mandou fazer, ou seja, só ela tem essa pulseira no mundo. Não é demais?!

— Ah... Wee San? Qual é o seu problema? — Soyoon perguntou irritada. — Eu não quero saber disso. Obrigada.

Wee San suspirou e apoiou o queixo na palma da mão, observando o grupo animado à frente. Mas foram questões de segundos até a menina arregalar os olhos e apertar o ombro de sua amiga.

— Yoon, e-ele está vindo... Soyoon, o-o Taehyung está vindo pra cá!

Soyoon levantou o olhar rapidamente olhando para frente. Engoliu seco confirmando o que Wee San havia dito. Taehyung  junto de Seokjin e Han — namorada de Seokjin, iam em direção à mesa de Soyoon e Wee San rindo entre si. Não sabia o motivo, mas sentiu seu estômago revirar e ficou extremamente nervosa, cogitou até a hipótese de se levantar e sair andando, mas viu que já era tarde demais, pois os três já estavam muito perto.

Era estranho e raro pessoas importantes como eles darem atenção para pessoas como Yoon e San, sendo assim, todos os olhares se voltaram em direção à mesa das meninas, curiosos para saber o que número 5 e o número da Sete Elite fariam.

Pararam em frente à mesa das meninas. Taehyung deu um passo a mais que os outros e travou seus olhos diretamente em Soyoon, que olhou para as próprias pernas abaixo da mesa.

— Ei, pano de chão! — Taehyung chamou pela menina com voz sarcástica e brincalhona. — Pode me dizer se estava procurando por isto aqui hoje mais cedo?

Soyoon olhou lentamente para cima vendo Taehyung com o braço direito levantado, segurando em sua mão o broche a qual a garota havia perdido mais cedo no ginásio.

— Meu broche! Você achou... — Yoon respondeu se levantando na mesma hora e ficando de frente para o garoto.

Ele deu risada.

— Você tem mesmo vocação para inutilidades... estava jogada no chão para achar algo como isto? — ele deu outra risada negando com a cabeça. — Pelo seu desespero, pensei que fosse algo importante.

— É algo importante para mim. Você pode me devolver, por favor? — Soyoon estendeu a mão pedindo o broche.

— Eu realmente já ouvi dizer que pessoas como você consideram importante qualquer coisa que tenha um valor um pouco mais alto. — o menino respondeu analisando o broche com cuidado. — É realmente uma pedra de valor. — apontou para a pedra esverdeada que enfeitava o delicado broche.

— Pode me devolver agora? — ainda com a mão estendida, Soyoon perguntou novamente.

As pessoas continuavam a olhar curiosas, não se aproximavam muito, mas não escondiam o quanto gostavam de saber o que estava acontecendo.

— Se você faz tanta questão assim...

Taehyung levantou um pouco mais o braço acima da cabeça e abriu a mão de uma vez, soltando o broche e o fazendo cair diretamente no chão. No mesmo momento, colocou o pé em cima do objeto caído no chão o tampando e fez um barulho de satisfação.

— Por que você fez isso?! — Soyoon exclamou um pouco mais alto e em seguida manteve a boca entreaberta em insatisfação.

— Ah... você está tão brava. Este broche é mesmo importante para você, huh? — Seokjin falou entre risos, se aproximando com sua garota e apoiando o braço no ombro de seu primo Taehyung. — Você não deveria fazer esse tipo de coisa, Taehyung!

— Eu preciso do meu broche. Para com isso e me devolve, por favor. — Soyoon deu mais dois passos para frente. — É algo que eu não posso perder!

— Você quer tanto assim esta porcaria de broche?

— Eu preciso dele!

— Tudo bem. Se é tão importante assim isso para você, pode se abaixar e pegar. — Taehyung comunicou e tirou o pé de cima do pequeno objeto.

Soyoon assentiu rapidamente e se preparou para pegá-lo, mas antes que pudesse concluir a ação, sentiu seu casaco ser puxado para cima.

— Assim não. Quero que fique de joelhos no chão para pegar.

Soyoon arregalou os olhos e ouviu alguns risos aos seu redor.

— De joelhos?!

— Isso mesmo. Ou o broche não é tão importante assim para você à ponto de fazer isso para recuperá-lo?

Yoon negou com a cabeça incrédula com a atitude do garoto. Cruzou os braços com força e fechou a cara com raiva olhando para Wee San que ainda estava ao seu lado ainda, sem entender o que acontecia diante de seus olhos.

— Eu vou pegar o meu broche, mas não vou ficar de quatro no chão só por que você quer. — Soyoon falou um pouco mais baixo para que o menino ouvisse.

A menina abaixou-se decentemente para pegar o broche perto dos pés do menino, mas um pouco antes de encostar na jóia, sentiu uma pressão em suas costas e se desequilibrou para frente, batendo mais uma vez seus joelhos no chão e acabando por ficar de joelhos colados no frio. As risadas altas começaram A serem ouvidas e a garota semicerrou os olhos, respirando fundo e pegando o broche brutalmente enquanto se sentava no chão.

Soyoon viu Han atrás de si gargalhando e constatou que a menina havia a empurrado com o pé quando estava abaixada. Revirou os olhos incrédula.

— Mas... você não acabou de dizer que não ficaria de quatro só por que eu quero? — Taehyung se abaixou onde Soyoon estava e falou em um tom normal, olhando para a menina. — Parece que você muda de ideia bem rápido...

— O que você ganhou com isso? Foi divertido?

Sim. Ah, e isto vai ficar comigo! — Taehyung falou pegando o broche rapidamente da mão de Yoon e se levantando novamente, em seguida saiu entre risadas com seus amigos.

Yoon fechou os olhos com força, dando um pequeno soco no chão. Ela não conseguia entender o que havia feito de tão ruim para ser alvo de idiotas. Só esperava que isso durasse apenas um dia e que depois ela fosse completamente esquecida pelos tais Sete Elite



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