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História Seu Refúgio - X


Escrita por: BellaMellark_

Notas do Autor


Hey!! Cheguei (depois de não sei quanto tempo) e com algo novinho para vocês!
Não é novidade que a ideia sempre vem sem aviso e nesse caso ela veio literalmente, eu apenas peguei meu celular sem pensar em nada e as palavras foram surgindo. (Então se tiver uma merda me desculpem)
Mas em fim, Gotham é minha serie preferida, sou completamente apaixonada pelo mundo de Batman, e mais cedo ou mais tarde era de se esperar nascer algo mesmo. E bom, eu tenho essa "coisa" ligada a vilões (Especialmente os de Batman😍) e aqui temos Pinguim💕

Eu espero de verdade que gostem! É bem novo sair da sona Jogos Vorazes para mim e espero que vocês aceitem numa boa. Adorei muito escrever essa história e precisava compartilhar ela com vocês💜

Então é isso ai, e aproveitem!
Boa leitura!

Capítulo 1 - X


Fanfic / Fanfiction Seu Refúgio - X

Nada do que esperamos da vida é nos dado pelo simples desejo. Se pode nadar o oceano mil vezes que a recompensa sempre será a mesma. Uma grande decepção e ponto final. Agora, digamos apenas que a esperança seja uma fortaleza para se apoiar nessa tortura de vivência nos dada e até nisso não exista a força necessária. Certamente não é preciso mais nada para que as decisões extremas sejam tomadas. Mas foi assim que eu cheguei até aqui, foi o que me mostrou onde é o meu lugar e o melhor de tudo, me trouxe até ele.

A mente é uma coisa extraordinária, capaz de ultrapassar os limites da raça humana e nisso eu criei uma saudável fascinação. Desde sempre o meu sonho foi cuidar dos que precisavam de ajuda, mas as oportunidades para essa realização onde me encontrava eram totalmente inalcançáveis e para mim era algo inaceitável. Tive que dar um jeito rápido nos bloqueios que me impediam de seguir meu rumo e isso acabou me libertando da forma que eu menos esperava. 

Levar uma vida como procurada, através do meu histórico de fraudes tinha seus preços, mas completamente sem importância. Eu estou livre e sei que me mudando para Gotham tudo será diferente. O que de fato foi mesmo necessário. Minha identidade não poderia ser revelada contando com o tamanho do peso que carrego nas costas, e me tornar a mas nova psiquiatra do asilo Arkham que tanto almejo ser seria algo comprometido, mas estava ciente de que não seria fácil, dali em diante era apenas eu, sozinha em uma nova cidade, sem recursos além da mísera grana que "peguei emprestado" da poupança dos meus pais. Obviamente aquilo não duraria muito tempo, foi então que decidi arranjar um emprego.

Modéstia parte foi muito fácil contando com meus variados talentos. Mas começando de baixo que chegamos ao topo. Me tornei bartender da boate mais popular de Gotham. O trabalho era muito mais corriqueiro do que o esperado, mas eu não podia reclamar, o salário me mantinha bem para sobreviver e pode-se dizer que eu era como a queridinha de ninguém mais ninguém menos que a própria Fish Mooney. Não que isso fosse alguma coisa na verdade, eu nunca medir esforço nenhum para chegar a isso e ela com toda certeza não faz a minima ideia do meu real pensamento sobre ela, mas tinha lá suas vantagens. 

Fish sempre agiu de forma superior a todos por ser uma das maiores gerentes dos negócios do chefão do crime Carmine Falcone. Ela planeja tomar seu poder um dia. É, eu fiz minhas pesquisas. E isso a faz ter liberdade para passar por cima de quem ela tivesse vontade, e quem seria capaz de aturar isso de boca fechada?

E para a minha supresa havia alguém para este cargo, aquele alguém que roubou minha mente desde que o vi pela primeira vez, com aqueles olhos perdidos e sorriso inocente. Ele nunca deixava de andar com um guarda-chuva, seguindo sua superior onde quer que ela fosse. Era intrigante a forma como ele aceitava muito abertamente o jeito como era tratado, mas eu sabia que algo ali se matinha oculto, e como sendo a melhor no que faço não podia deixar passar a oportunidade de descobrir tudo o que precisava para em fim saber quem Oswald Cobblepot é de verdade.

O vento frio balançava meus cabelos naquela noite de céu nublado, ouvia meus saltos emitindo um som constante enquanto caminhava e sabia que devia apressar o passo se não quisesse chegar ensopada no trabalho.

O dia hoje havia sido um completo fracasso, mas quem sabe essa hora extra me fornece alguma coisa. Eu podia muito bem está agora desfrutando de mais uma noite solitária no pequeno apartamento afastado do centro, mas no momento qualquer tipo de oportunidade que me aparecer eu estou aceitando para seguir com minha meta em cima daquele alguém onde mesmo querendo, sou incapaz de admitir meu sentimento guardado.

— Mas o que pensa que está fazendo seu verme repugnante? — ouvi um barulho vindo de um beco próximo a onde eu passava e não pode conter a curiosidade ao reconhecer a voz que logo se faz presente.

— E-Eu sinto muito senhor, eu só estava...

— Sei muito bem o que você estava fazendo e é bom que lembre onde é o seu lugar! — me aproximei assistindo sorrateiramente a cena na qual não havia sido convidada por atrás de uma lixeira. 

Se tratavam de quatro homens totalmente familiares para mim. Três deles eram os grandes e fortes capangas de Fish, já o quarto homem era o capaz de me fazer tremer da cabeça aos pés mesmo por seu mínimo grau de superioridade comparado aos outros, mas isso pouco importa, ele sim poderia ser chamado de homem de verdade, sábio o suficiente para esconder devidamente suas estrategias e o único e suficiente para o que passei tanto a querer.

— Isso não irá se repetir, eu prometo a vocês senhores... — a voz meio tremida diz despertando em mim o que jamais afetaria a quem deveria.

— Ah, eu sei que não, e nós vamos cuidar para que isso não aconteça! — então ali os meus olhos se fecham sabendo bem o próximo passo em meio aquela discussão.

Eu queria tê-lo ajudado e ainda não entendia o porque não fiz isso, talvez eu estivesse tentando assimilar tudo muito rapidamente naquele instante que me impediu de agir, e só quando os que usavam preto tomaram seu caminho para longe dali que eu consegui obter alguma reação.

Meio hesitante, assim como assustadoramente todas as vezes que precisei falar com ele, eu saio de onde estava escondida com a intenção de me manter firme independente do seu estado.

— Eles não sabem com quem mexem e logo iram se arrepender...! — escuto resmungar se levantando do meio do lixo e é quando eu o alcanço.

— Sim, eles realmente não fazem a menor ideia disso. — seu olhar encontra com o meu ao virar-se e não permitindo tanto espaço entre nós ele acaba se assustando com minha presença repentina.

— Oh... Srta. Carter, mas o que faz aqui? 

— Acho que devia perguntar o mesmo a você, e por favor, já disse para me chamar apenas de Emma. — ele parece mais desconcertado no jeito que na aparência que me doía ver não ser das melhores.

— Sim, sim perdoe-me, Emma. — sorrio ao ouvi-lo pronunciar "meu nome" e em desfarce eu puxo meu cachecol, me aproximando um pouco mais — Esses brutamontes um dia pagaram pelo que fazem. — começo a limpar o sangue escorrendo de sua testa e mesmo sendo algo novo para ambos a situação não parecia estar tão estranha como o esperado.

— É... eu agradeço por isso Srta. Emma, mas não precisa...

— Não é nada, Oswald. — o interrompo abrindo um sorriso e pela primeira vez fitando, tão próximos a mim, aquela mistura de verde e azul de seus olhos.

Era algo único o que eu sentia em tê-lo tão perto assim, um novo atraente até demais para mim e quem disse que isso poderia ser algo ruim? Tanto de longe, como de perto se mostra inocente. Tão lindo... Mas por debaixo dessa pele de cordeiro há um lobo escondido. Posso facilmente reconhecer pelo que sou, e com toda certeza existe uma similaridade, mas essa nunca deixará de ser minha atração principal em relação a este homem.

Senti as primeiras gostas da chuva que cai sobre nossas cabeças e nada neste momento parecia ser mais importante do que aqueles olhos. O frio ganhava intensidade com a brisa violenta e só então quando o primeiro raio se estende no céu que o meu transe é quebrado.

— Ah... nós precisamos sair dessa chuva, e você precisa de cuidados. Venha, vou te levar para um lugar onde poderá ser tratado. — finalmente consigo me pronuncia já me apressando em retirar de minha bolsa a proteção para a formada tempestade.

— Srta. Emma, não é a minha intenção incomoda-lá. Eu... ainda preciso resolver alguns assuntos...

— E acha que está em condições para isso, Oswald?

— Bom, não tem com o que se preocupar. Eu apenas teria que ir a um lugar.

— Ah, tudo bem, então eu vou com você. — ofereço-me.

— I-Isso não será preciso, senhorita.

— E por quê não?

— B-Bem..

— Eu irei repetir minha pergunta Sr. Cobblepot. Você acha que está em condições para isso? — cruzo meus braços depois de puxar o tecido grudado de meu corpo pela água e Oswald claramente parecia não ter uma boa responta para isso o que me faz sorrir — Foi o que eu pensei. Agora vamos, continuando nessa chuva acabaremos resfriados. — ele dessa vez parece concordar mais facilmente, então me adianto envolvendo seu braço ao redor do meu pescoço, segurando com uma mão em sua cintura e a outra o cabo do guarda-chuva já aberto sobre nós dois.

— Devo dizer que não é muito comum alguém segurar o guarda-chuva para mim. — comenta, então ele me presenteia com um grande sorriso.

Aquela noite havia sido muito mais que apenas um encontro inesperado, ali foi onde tive certeza do que sempre acreditei, e também o início para algo jamais imaginado.

Pode-se dizer que aproximação não seja o suficiente para descrever o que passamos a ter um com o outro. Exatamente todos os dias depois dali Oswald fazia questão de me levar a sua casa para o almoço. Na verdade o convite inicial sempre vinha de sua mãe. A adorável Sra. Cobbelpot, uma mulher boa e gentil. Ela adorava cantar quando me recebia, parecia demostrar ainda mais sua felicidade enquanto preparavamos juntas o bolo da tarde, e estava sempre disposta a alegrar o dia com mais uma conversa. Nunca deixarei de achar incrível a facilidade em que ela possuía em nos fazer esquecer de nossos problemas e responsabilidades que com o passar do tempo realmente se tornaram maiores do que nunca, principalmente depois que Oswald adquiriu a posse da boate após ter matado Mooney.

Não durou muito até eu descobrir exatamente todas as suas façanhas, e quando ele soube do meu conhecimento tentou me afastar. Período difícil aquele. Estando no poder ele não obtinha muito tempo livre, era um homem ocupado e importante. Havia adotado de vez o apelido inicialmente maldoso de infância e se tornado o poderoso Pinguim. O rei de Gotham! Mas querendo ou não foi incapaz de me manter longe o suficiente, tanto que me permitiu o cargo de maior porte na boate, me fazendo desistir de vez do meu propósito de mudança principal, mesmo que levando a carga da rejeição. Mas sim, eu compreendia os seus motivos, entendia que ele me evitava para o meu próprio bem em meio as guerras de gangues e tudo mais, mas ainda assim, vez ou outra conseguia tirar alguns minutos de conversa onde ele sempre se lamentava sobre seus problemas, e nossa, como eu amava ouvir cada palavra.

Observava sua vida de perto, vendo aquele homem se afundando e dando a volta por cima nessa cidade cheia de aberrações. Via literalmente cada detalhe de suas ações. As estratégias, os golpes, as mentiras, as mortes efetuadas por suas próprias mãos e cada coisa suja que praticava, jogando suas frustrações passadas, presentes e futuras sobre a vida de outros. Mas além disso tudo eu via algo que mais ninguém podia ver.

Ele não é apenas um assassino a sangue frio ou um psicopata sem alma, somente alguém não compreendido, cujo os sentimentos verdadeiros estão enterrados por uma trágica história de vida. Ele vaga pelas ruas de Gotham com sede de vingança aos que lhe fizeram mal, tendo em mente que isso é tudo o que precisa para se sentir completo, mas eu vejo que essa não se trata da sua realidade. Só eu sei do que ele tanto precisa, sei que seu refúgio está em meus braços e sou a única que posso salva-lo. Sentia em meu coração que isso era o concreto, ainda mais depois aquela terrível e dolorosa afirmação, que vive em forma de lembrança na mente e que me causa a intensa emoção daquela nossa pequena e última conversa...

— Você é tão linda. Tão boa! Tudo que sonhei para o meu pequeno Oswald. — a mulher sorria com os olhos brilhantes.

— Eu... Ah, Sra. Cobblepot... — fico sem graça.

— Ah, não, não tudo bem. Esse será o nosso segredo!

Um segredo que infelizmente acabou sendo levado para junto de seu túmulo. 

Os tempos após sua morte foram bem mais difíceis que o normal. Querendo ou não sua perda foi algo extremamente doloroso para mim devido a forte aproximação que tínhamos, mas minha dor chegava a não ser absolutamente nada comparada a de Oswald.

Ele a viu morrer, viu sua mãe perder a vida em seus braços sem ter a oportunidade de fazer nada e aquilo havia sido a gota que fez o copo transbordar. Ali Pinguim viu que nada do que tinha feito se comparava ao que planejava a aqueles que o deixaram órfã, seu coração se transformou em uma fortaleza de raiva e tristeza. Como nunca ele estava disposto no que fosse preciso para cumprir sua vingança, e foi assim, por um ato impulsivo pelo controle do ódio que eu quase o perdi e no fim, me fez senti do que esse sentimento que guardo foi capaz de fazer comigo.


Notas Finais


Então? Aprovado? *-*
Essa foi minha primeira história em outra categoria e ficaria super feliz em saber o que acharam! Então sintam-se a vontade!

Nos vemos logo!

Bjss


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