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História Seu Sorriso. HIATOS - X - Corredores


Escrita por: Lady_Fox

Capítulo 10 - X - Corredores


Fanfic / Fanfiction Seu Sorriso. HIATOS - X - Corredores


" Quando você se permitir o que merece,
 irá atrair o que mais precisa
"..


 
Sophia
Dizem que quanto mais a gente corre do diabo, mas ele aparece nas nossas vidas.
Era assim com o Nathaniel. 
Eu realmente estava fugindo dele. E quanto mais eu fugia, mas me batia com ele nos corredores. Pode até ser imaturidade da minha parte. E eu não estava nem aí. Me sentia totalmente vergonhosa por aquele beijo. E pior foi, não dividir com o meu pai. Isso foi o que mais doeu. 
Em pleno domingo nossa faculdade estava tendo aula. DOMINGO! Senhor,por favor! Alguém diz para o diretor que nós alunos também precisamos descansar?! 
Eu estava indo encontrar a Mel e o Arthur, na biblioteca. Infelizmente, para ir até lá era necessário passar pelo prédio de Medicina. E eu queria? Jamais. Saber que poderia ter 1% de se encontrar com ele era ruim o suficiente. Mas ou isso, ou ficar sem respirar o domingo inteiro. 
Entrei no prédio e comecei a andar observando todos saírem das salas, e quando eu pensei em chegar na biblioteca sem nenhum risco, eu o vi. Saindo da sala com uma pasta, e um sorriso no rosto. Não se podia negar, ele era lindo. Lindo demais. 
Eu fiz o que sempre fazia. Passei por ele voando. E meu maior erro foi olhar para trás quando passei. Porque ele estava beijando uma garota. 
Bufei, sinceramente, pra quê eu fui olhar? Ah lembrei, é o cérebro que não pensa e é curioso demais. 
A pior parte é que, ao me virar de novo, eu me bati em uma garota. Loira e de olhos azuis. 
-- Cuidado! - vejo ela segurar um dos meus braços sem pôr força.
-- Me- me desculpa - sai de perto dela e entrei no corredor da biblioteca,em seguida guardei a mochila e peguei o caderno indo até a mesa dos meus amigos. 
Amigos que agora estão, oficialmente, namorando. 
O que já estava na hora, não aguentava mais os dois tentando esconder sentimentos. 
-- Oi casal - me sentei e sorri para os dois falsamente.
-- Que bicho te mordeu? Você não é assim - A Mel me conhecia tão bem que dava vontade às vezes de chorar. 
-- Bicho nenhum, e então, o que  vocês me chamaram para fazer aqui? 
-- Na verdade nada - Arthur riu assim que terminou de falar. - É que queríamos filar aula e chamar você para segurar vela.
-- Ah fala sério!
-- Estamos falando sério. - responderam os dois juntos e eu não sabia se matava os dois, ou se jogavam eles na parte mais profunda do mundo inferior, isso mesmo, o tártaro. 
-- Ok, vou ali pegar um livro e sentar bem longe de vocês - me levantei e fui atrás dos livros clássicos. 
Sim, eu adoro livros clássicos,minha mãe diz que é doença, mas eu prefiro usar a palavra amor. 
 Peguei dois deles e pedi para a bibliotecária agendar eles somente para mim e mais ninguém. Eu tinha os livros em casa, mas seria bom ler entre uma aula e outra. Iria melhorar muito o meu humor. 
Coloquei uma música no celular e peguei Dom Casmurro para ler. Era o melhor livro. O mistério por trás de toda a obra é fascinante. Discutir sobre ele era sensacional. 
Era outra coisa que me fascinava: discutir sobre livros. Você teria que ter muito pique para discutir comigo. Eu sei praticamente sobre todos os livros, amo ler cada um, e sempre estou atualizada. E alguém ainda quer discutir com a minha pessoa. 
(...)


Olhei para o casal e acenei enquanto saía da biblioteca. 
Caminhei pelo mesmo corredor de antes achando estranho estar vazio. Era melhor para mim , ninguém ia me olhar mesmo. 
-- Você está fugindo de mim, ruivinha? 
Me assustei ao ver o Nathan parado, com os braços cruzados e olhando diretamente para os meus olhos. 
-- Oi. Eu fugindo? 
-- Me pareceu. 
-- Desculpa, não foi a minha intenção.
Senti seu olhar percorrer o meu corpo e parar na minha boca. Aff, ele poderia ser menos indiscreto às vezes. 
-- Por que você está fugindo hein? Não fiz mal nenhum a você. 
-- Realmente, você não fez nada. Só não vejo motivos para falar com você. 
-- Então você faz a linha "finjo que nada aconteceu e pronto"? 
-- Não faço linha nenhuma - O que ele estava pensando? 
-- Só pareceu, ruivinha.
-- Para de me chamar assim , por favor.
-- Vou procurar outro apelido para você, então. 
-- Pode procurar, o que não me falta é apelido. 
-- Me conta alguns deles então, para minha humilde pessoa usar contra você.
-- Não! Claro que não, pensa em você me abusando nos corredores com apelidos de infância? Deus me livre.
Ouvi ele gargalhar e acabei rindo também. 
-- Ou você conta ou eu vou te chamar de Ruivinha. 
-- Prefiro ouvir você me chamar de ruivinha do que qualquer outro apelido. 
-- Se eu fosse você não teria tanta certeza disso.
-- Eu não tenho,mas, é o melhorzinho que tem. 
-- Me conta Sophia, o que custa?
-- Custa minha integridade moral, apelidos de infância é segredo. 
--  Sei, então se eu souber seus apelidos vou saber tudo sobre você? 
-- Não, quem sabe um pouco.
-- Entendi, tenho que ir Sophia.
-- Boa aula. 
Não esperei nem mais um segundo e andei pelos corredores saindo daquele prédio que me causava.. não sei. Não sei se era o Nathan que me fazia delirar (de um modo ruim, deixe-se bem claro) ou era só de pensar naqueles esqueletos que me causava mal. 
Suspirei assim que avistei a cantina e em seguida aquela mesa. A mesa que me trouxe tanto conflito interno. A mesa que foi palco de uma queda, de uma conversa e de um beijo. Coitada dessa mesa. 
Segui em direção ao meu carro e destravei o mesmo. Entrei,coloquei o cinto e a música no volume máximo, tentando esquecer todos os problemas que me cercavam.  Era tão engraçado como a música tinha esse poder sobre todas as pessoas. E que bom que ela existia. 
O que iríamos fazer sem ela? 
 



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