Amy Pov.
Depois da minha gargalhada de galinha parindo um bezerro, um silêncio sexy e constrangedor se instalou automaticamente e eu comecei a ficar inquieta. Qual é, ele não pode, sei lá, falar algo que preste, como por exemplo: “Nossa, o nome da banda explica algo, como você é sexy!” Ok, iria ser muito estranho.
— Então... — falamos ao mesmo tempo e depois rimos sem graça.
— Está com fome? — perguntei o vendo assentir. — Então, vamos em direção à Luce! — falei me levantando da poltrona rosa que estava ao lado da cama e me dirigi em direção à porta com o... Vish, esqueci o nome da criatura. Me virei rápido para ele com o dedo levantado para perguntar mas acho que o destino não está ao lado dele.
— Você tem algum problema com o meu olho? — escandaloso.
— Desculpe, zoiúdo. Qual seu nome mesmo?
— Me chamou do quê? — perguntou incrédulo com aquelas coisas da cor avelã arregaladas.
— Até agora de nada, mas se quiser posso te chamar de um monte de nomes feios que eu aprendi com aquele seu amigo, o Loise — falei fazendo uma careta e ele fez outra mais estranha ainda.
— É Louis — respondeu me sorrir.
— Tudo bem, então vamos à Luce, Louis! — falei me virando novamente, mas ele me impede.
— O MEU nome é ZAYN! O do meu AMIGO, é LOUIS! — ele disse pausadamente e destacando certas palavras. Deu até para ouvir o barulhinho do crac crac crac. Mas que bosta?!
— Ok ZAYN. — dei ênfase no seu nome e ele revirou os olhos. — Vamos então, finalmente para a Luce! — falei e ele me seguiu.
— Você chama todos os objetos ao seu redor por um nome? — ele perguntou enquanto descíamos a minha escada da cor verde. Sim, a minha escada é verde limão, igual as paredes. O corrimão é vinho, igual aos detalhes retrô da parede. Divo não?
— Na verdade, qualquer pessoa faz isso. Como por exemplo, eu chamo aquilo de sofá, isto de chão, você de criatura ambulante, aquilo de cozinha e esta a Luce, minha governanta. — falei e ele pareceu entender, porque revirou os olhos.
— Ótimo, estou na casa de uma louca — sussurrou mas eu ouvi e lhe lancei um olhar estilo samara sexy.
— Bem, Luce este é o Zayne e Zayne, esta é a Luce — os apresentei.
— PELO AMOR DE DEUS CRIATURA ,MEU NOME É ZAYN! Z-A-Y-N! — ele soletrou e eu fiz um pequeno ah.
— Tudo bem, mas aqui é uma casa de família, não precisa gritar — falei entrando na cozinha, com ele logo atrás. Luce nos olhou de modo materno e sorriu simpática para ele, que retribuiu fracamente. Luce cuida de mim e de Abby desde que Abby estava na barriga de mamãe. Ela nos conhece muito bem. Além de ser uma ótima babá, segunda mãe e governanta, é muito concervada e linda. Possuía cabelos louros até a altura dos seios, cacheados e naturais. Olhos grandes e fofinhos da cor azul. Bochechas rosadas e dentes braquícimos. Alta com um corpo de modelo.
Que foi? Quando Luce tinha 12 anos minha mãe ficou grávida da Abby. Ela é filha da dona Cora. Governanta de mamãe. Tem apenas 32 anos muito bem vividos. Claro, ao meu lado todo mundo é feliz.
— Certo, o que irão querer? — perguntou ela toda simpática e Zayn sorriu bobamente, me fazendo bufar. Todo garoto, gay ou não, que eu trago para a minha casa se encanta com Luce. Ele a chama para sair e ela dá um fora daqueles que você tem que cuspir no chão e depois sair nadando.
— Serve você? — Zayn perguntou descaradamente. O olhei zangada e horrorizada pronta para arregaçar a manga de meu moletom e da-lhe uma boa surra, que parte do “aqui é uma casa de família” ele não entendeu?
— Amy você vai querer aquele bolo de M&M's que eu fiz para você? — Luce perguntou normalmente para mim, como se Zayn nem tivesse aberto aquele pinico que ele chama de boca. Porque né, para falar merda deve-se ter um pinico.
No mesmo momento que ela pronunciou o nome do chocolate mais gostoso do mundo eu sorri como uma criança que ganha doce. Até hoje ganho.
— Quero, coloque um pedaço do de cocô, digo, côco, para o Zayn — falei e o olhei que se sentava comportado no MEU BANQUINHO! — Hey, saia já daí seu desumano! Este é o meu lugar! — falei indo para perto dele. Luce apenas continuou seu caminho a geladeira, do outro lado da minha mega cozinha.
— Não tem seu nome escrito — ele falou todo metido e eu bufei. Fui em direção ao escritório, peguei uma caneta permanente vermelha –porque vermelho é sexy– e desci novamente até a cozinha. Cheguei perto de Zayn e levantei sua perna e escrevi um divo e grande ‘AMY’ na almofada rosa do banquinho o fazendo me olhar indignado.
— Pronto, já pode sair do meu banquinho, querido — falei debochando o querido e ele me olhou uma última vez para poder pular para o banquinho verde ao lado.
— Crianças, a torta acabou, vou ter que ir no supermercado comprar uma nova. Tudo bem vocês ficarem sozinhos? — Zayn sorriu derretido assentindo lentamente e Luce sorriu feliz — Tudo bem, comportem-se — ela disse saindo sem antes me dar um beijo carinhoso na testa e depois sair. O olhei indignada
— Escuta aqui, playboy — falei com voz de gente nojentinha — Luce é como uma mãe para mim. Acho melhor você arrancar esse sorrisinho idiota da cara se não eu taco fogo no seu cabelo — falei e peguei o meu isqueiro. Não, eu não fumo. É que eu fui na Disney e vi este isqueiro da princesa Jasmine e não resisti e comprei.
— Ciumenta — cantarolou e eu bufei me sentando no banquinho, tentando ignorá-lo — Vai, admite. Você está caidinha por mim né? — eu abri minha boca em um perfeito ‘O’ (N/A: haha fez uma carinha) e o olhei. Antes que eu o respondesse com uma resposta à altura, a porta se abre num estrondo e eu vejo minha irmã e o caichinhos adentarem o MEU apartamento cambaleando quase cain... deixa, eles já caíram. — Harry? — Zayn perguntou meio espantado. Há, descobri o nome da nova má influência da minha irmã.
— Abby, por acaso você é tão preguiçosa ao ponto de não esperar o elevador chegar a mais um andar e ir infestar o seu apartamento? Se não percebeu, tem essa ‘coisa’ aqui comigo! — falei irritada. Não é possível. Abby mora no andar de cima, e vem trazer mais uma cacatua para o meu apartamento?
— Olha princesa doce, um mini anão verde e um filhotinho de bambi bem na nossa frente! — Abby falou meio abobada apontando para mim e depois para Zayn.
— É verdade Ken, eles são muito fofinhos, vamos pedir uma foto? — Harry perguntou mais embolado ainda e eu me permiti rir, ou melhor, gargalhar
— Zayn, não sabia que você era um bambi — zombei e ele me olhou com um sorriso irônico.
— Engraçado, eu já sabia que você era uma mini anã, só que do mal em vez de ser verde.
— Tá, depois eu deixo essa sua carinha roxa. Vamos agora dar um jeito nesses do... Abby? Harry? AI MEU DEUS CADÊ ELES? — eu berrei fazendo Zayn tampar os ouvidos.
— Sua louca, não grite, aqui é uma casa de família! — o ignorei e subi as escadas correndo, logo indo em direção ao andar de cima. As paredes eram cada uma de uma cor, igualmente as portas. Já os quartos eram brancos com uma única parede pintada de uma cor. Os móveis eram brancos e tinha apenas algumas decorações coloridas.
— Sabia que a sua casa parece aquelas casa malucas de cabeça pra baixo? Olha só esse abajur, é um gato das índias! — ele disse me fazendo rir.
— Qual a graça de ter uma casa e ela ser toda beje? — perguntei brincalhona e ele riu. De repente, um barulho estrondoso de algo caindo no chão me fez pular.
— AAAABBY!!! — gritei saindo em disparada para o primeiro andar. E me permiti dar um gritinho de raiva por Abby ter quebrado o meu único abajur de gato indiano.
— Essa não — Zayn sussurrou. Bufei tentando me controlar e fui na cozinha. Peguei um balde e o enchi de água fria. Coloquei umas vinte pedras de gelo e voltei para a sala. Porém não os encontrei. Quando ia subindo as escadas, a porta rangeu e alguém entrou. Sem pensar duas vezes, joguei todo o balde na cara da pessoa, sim a água E o balde.
— AMY VOCÊ TÁ LOUCA? — Oh, era só a Luce. Esqueci de dizer que ela é uma amor, mas quando brava você deve se enterrar vinte palmos abaixo da terra, por precaução.
Só sei de uma coisa, não vou me ferrar sozinha.
— FOI IDÉIA DO ZAYN!
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