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História SEXY FANTASY - Revelação Intima


Escrita por: LandaMS

Capítulo 8 - Revelação Intima


Revelação Intima

 

Hermione sentia-se relaxada no assento de couro macio cor de manteiga do carro esporte para duas pessoas de Draco, enquanto ele dirigia para o restaurante mais próximo. O Café da moda, com suas mesinhas na calçada, tornavam o lugar reconfortante com todo seu requinte e luxo de primeira classe. A intimidade de compartilhar um espaço tão exíguo afetava cada um dos cinco sentidos dela. Sentia-se cercada pelo calor e aroma masculino, e não podia evitar de observar e apreciar que ele manobrava o carro esporte com  tanta desenvoltura quanto empenhava-se em obter a rendição dela na noite anterior.

 

Graças a Deus, a conversa no veículo consistiu em assuntos casuais de trabalho, e nunca cruzou a linha de território pessoal. Fiel a sua promessa, Draco comportou-se como um colega de negócios e como o despreocupado homem com quem ela trabalhara nos últimos meses. Não havia nada na sua expressão ou maneirismos que indicassem que eles haviam compartilhado uma noite selvagem de sexo apaixonado, nem Hermione podia encontrar um traço do amante que a reclamava tão possessivamente, e então a deixara envolvida demais depois de sua partida. Ela não estava louca, mas quase poderia jurar que tudo fora um sonho.

 

E sentia-se grata pela incrível habilidade de Draco em manter as relações de trabalho separadas de seu campo pessoal, especialmente uma vez que a mulher que existia nela estava mais consciente dele do que estivera, antes que houvessem embarcado naquele encontro amoroso, em lugar secreto na escuridão da noite.

 

Porque agora, ela sabia como ele era nu, e aquela era uma imagem magnífica que estava, indelevelmente, marcada na sua mente.

 

Ela tinha intimo conhecimento do que aquelas mãos transmitiam quando a acariciavam, sabia do prazer que seus dedos e boca podiam retirar de seu corpo e como os lábios e língua da Draco deixavam sua pele e sentidos em fogo escaldante.

 

A memória da noite deles juntos a distraia nas mais inoportunas horas. Como durante sua apresentação naquela manhã, no momento em que ela sentira o olhar dele sobre si e seu corpo estremecera por antecipação e desejo.

 

E agora ela se encontrava analisando as atitudes daquele homem misterioso, todos os comentários, e perguntava-se como iria se portar durante o dia e manter seu desejo oculto até que ele fosse visitá-la novamente na escuridão da noite.

 

Hermione não tinha escolha, senão ficar tão indiferente quanto equilibrada como ele parecia estar, porque, por mais que o quisesse, não estava disposta a discutir seu mundo de fantasia à luz do dia e tornar à relação de ambos publica, mesmo que verbalmente.

 

Eles chegaram ao restaurante, e Draco optou por deixar o carro com o manobrista. Enquanto andavam lado a lado até a entrada e depois até a recepção, Hermione não podia deixar de notar quantas mulheres olhavam para Draco com óbvio interesse. Nem deixou de notar também como ele lidava com os olhares ousados... com um leve sorriso que era parte inata da atração dele e de sua imagem de bad boy, um charme sem esforço e natural, que tinha a habilidade de disparar os corações das mulheres e tirar-lhes o fôlego. Hermione descobriu que não estava imune àquele sorriso de paquera também, e ficou chocada com a onda de ciúme que sentiu daquelas outras mulheres que olharam à passagem dele.

 

E quando começara a pensar em Draco em tais termos possessivos?, perguntou-se atônita  consigo mesma. Ela cerrou os dentes e lembrou-se de que ele era um amante temporário e não poderia conservá-lo para sempre, independentemente do quanto desejasse que as outras mulheres soubessem que ele já tinha dona e que suas noites pertenciam a ela, e somente a ela.

 

Eles sentaram-se um em frente ao outro na mesa sobre a calçada e pediram suas refeições. Depois que a garçonete entregou-lhes a bebida, Draco foi direto ao assunto de negócios ao qual se referia:

 

_Nós dois sabemos que os sócios estão interessados em contratar você para trabalhar na Luxus em período integral – começo ele, candidamente. – Mas até agora, você recusou todas as ofertas generosas deles.

 

_Sim, recusei – ela espremeu limão no seu chá gelado e lhe dirigiu um olhar curioso. – Eles mandaram você me convencer?

 

Ele sorriu, os olhos cinzas piscando em divertimento.

 

Sei que meus poderes e persuasão podem funcionar em certas áreas – disse ele de maneira significativa -, mas você é uma mulher dona de sua mente, que sabe o que deseja, e duvido que eu poderia forçá-la a fazer qualquer coisa que não queira.

 

Oh, ele era muito astuto e esperto, considerando que suas palavras tinham duplo significado, pensou ela.

 

_Eu realmente aprecio as ofertas deles e os incentivos extras para assinar um contrato efetivo, mas não estou interessada em voltar a trabalhar para uma grande agencia de propaganda.

 

_Posso saber o por quê?

 

Ela deu de ombros e declarou o óbvio.

 

_Por exemplo, eu tenho a minha própria agencia. Consultoria e Criatividade, para me preocupar.

 

_E por que isso é tão importante? – ele quis saber. -  Afinal de contas, ter um negócio próprio exige muito trabalho, e a despesa é imensa no começo.

 

_Verdade. Esta é a razão pela qual optei por este trabalho free lance. – Ela alisou o guardanapo sobre o colo. – O cachê que receberei me ajudará a estabelecer-me mais firmemente na indústria de publicidade. Justamente agora, estou trabalhando em projetos no escritório que tenho em casa, e possuo uma pequena clientela, mas, se tudo der certo e acredito que dará, dentro de seis meses, terei minha própria agencia.

 

Ele coçou a cabeça, olhando para ela com um jeito pensativo.

 

_Você realmente quer ter todo esse trabalho e dor de cabeça que resulta possuir um negócio próprio, quando pode ganhar um salário exorbitante na Luxus, sem chatice alguma?

 

Para ela não era uma questão de dinheiro, mas sim uma questão pessoal.

 

_Posso lidar muito bem com essa espécie de chatice, especialmente quando eu for a chefe. – Havia humor no tom de sua voz, e Hermione parecia plenamente confiante em sua capacidade de lidar com os altos e baixos de conduzir seu próprio negócio comparando a trabalhar para alguém mais.

 

_Entendo – murmurou ele, embora ainda não entendesse tão bem.

 

_O que eu não posso realmente lidar – continuou ela –, é com a politicagem de escritório e todos os boatos maldosos das pessoas, que acompanham a escalada aos altos postos da empresa, assim como manter a posição quando você está no alto.

 

As sobrancelhas claras de Draco ergueram-se com surpresa ao comentário dela.

 

_Você está falando por experiência própria?

 

Ela hesitou e então decidiu que não haveria razão pela qual não poderia revelar aquela ponta de verdade para ele.

 

_Na verdade, sim.

 

Ele a estudou com intensidade.

 

_Importa-se de me contar?

 

Ela encostou-se no espaldar da caldeira, enquanto seus pedidos do almoço estavam sendo servido, o que lhe deu alguns momentos extras para considerar a pergunta dele e sua resposta. Realmente queria conta-lhe sobre seu passado, algo que somente explicaria as decisões de trabalho que fizera nos dois últimos anos, mas também tocaria em assuntos pessoais mais profundos, como o relacionamento que lhe custara tanto, em termos profissionais e emocionais.

 

O interesse de Draco parecia genuinamente sincero, como ela podia notar no reflexo de seus olhos. Enquanto, por um lado, detestava ressuscitar lembranças tão amargas, ao mesmo tempo achou que seria melhor que ele soubesse das razões pelas quais ela estava tão inflexível em manter trabalho e prazer separados, assim como por que não estava interessada em trabalhar para outra pessoa, e sim em ter seu próprio negócio.

 

Ele deu uma mordida no seu sanduíche, acompanhado de um grande gole de suco natural, e continuou a esperar pela resposta dela co paciência.

 

Pegando  garfo, Hermione serviu-se de sua porção de salada de batata que acompanhava seu sanduíche de peru, deu uma mordida, e então começou sua história desde o principio:

 

_Fui trabalhar para minha primeira agência de publicidade, tão logo saí da faculdade. Eles me contrataram para o Departamento de Marketing e, no período de cincos anos, fui nomeada para o cargo de Diretora de Criação.

 

Um sorriso aflorou nos lábios de Draco.

 

_Você sempre foi tão ambiciosa assim?

 

Ela meneou a cabeça de leve.

 

_É necessário ser dirigida nesta indústria. Você sabe disso – ela mastigou um pedaço do sanduíche e lambeu um pouquinho do molho que escorreu pelo dedo. Ato que não passou em branco aos olhos de Draco. – Caso contrário, você fica esmagado pela concorrência.

 

_Isso é verdade – concordou ele, enquanto passava catchup nas batatas fritas. – Continue, por favor.

 

_De qualquer modo, um dos membros da equipe de Criação, que estava supervisionando, começou uma paquera ostensiva comigo. Desde que Vitor era um subordinado, no começo, eu desestimulei seus avanços, mesmo que a firma não tivesse uma regra que proibisse namorar um colaborador. Saímos para alguns encontros, uma coisa leve ou outra, e, quando percebi, estávamos envolvidos – ela olhou para Draco. E sem pensar disse: - Ele era bonito e charmoso, assim como você.

 

Ele franziu o cenho, parecendo tomar como ofensa a comparação.

 

_Querida, não faça o erro de comparar-me com qualquer outro homem na sua vida. Especialmente quando tenho a nítida impressão de que esse sujeito aproveitou-se de você, de uma maneira ou de outra.

 

Ela ofegou levemente, espantada com a habilidade de Draco de lê-la tão bem.

 

_Você tem toda razão. Me desculpe.

 

O homem sentado a sua frente era aberto, honesto e muito direito nas suas intenções, pensou Hermione. Qualidades importantes que ela percebeu e que faltavam em Vitor.

 

_Conte-me o que aconteceu – incentivou ele.

 

Ela apenas mordiscava seu almoço, enquanto Draco devorava o seu. Então outra vez, não havia razão pela qual contar-lhe aquilo, arruinaria o seu apetite.

 

_Durante esse tempo, uma grande conta foi conquistada pela agência e, na época, eu estava pronta para uma promoção a diretora-sênior de Criação, o que deixava o meu cargo aberto para ser preenchido. Vitor deixou claro que estava interessado no meu trabalho e em assumir a grande conta. Exceto que, muito honestamente ele não era a pessoa indicada para a função, e eu a dei para uma mulher que era melhor qualificada. Ele não ficou nada satisfeito com minha decisão.

 

Draco fez uma careta de repugnância.

 

_Oh, Deus, não me diga que este sujeito estava usando você para conseguir a promoção?

 

_Sim, estava – admitiu ela sentindo o estomago latejar por ter sido tola em acreditar que o interesse de Vitor fosse genuíno... e envergonhada por não ter percebido isso, porque estava fascinada pela conquista amorosa do homem.

 

Pelo menos, seu caso com Draco era excelente, uma vez que envolvia apenas sexo e pura fantasia, sem nenhum tipo de elo emocional.

 

Hum-hum, por isso você se sentiu tão triste e perdida quando ele a deixou na noite anterior depois de lhe dar os melhores orgasmos da sua vida, soou uma vozinha no fundo de sua alma.

 

Afastando esses pensamentos, Hermione continuou:

 

_De uma maneira ou outra, Vitor estava determinado a obter aquela promoção e imaginou que a receberia de mim, porque estávamos dormindo juntos. Quando eu passei por cima dele, o homem teve a coragem de alegar assédio sexual, dizendo aos sócios que eu tinha lhe prometido minha função e a grande conta em troca de favores sexuais.

 

Draco fez uma expressão de desgosto, embora não fizesse nenhum comentário.

 

_Aquilo virou uma grande e terrível confusão – continuou Hermione empurrando o almoço que mal tocara para o lado. – Os sócios disseram que acreditavam no meu lado da história, mas, em vez de enfrentar uma longa e dispendiosa ação judicial, decidiram resolver o problema em casa. Promoveram Vitor como diretor-associado de Produção e o colocaram responsável pela conta que ele queria e dizia que eu havia lhe prometido.

 

Ela suspirou longamente.

 

_Quanto a mim, perdi a promoção para a diretora-sênior de Criação para uma outra pessoa, e, porque tudo no escritório ficou tenso, constrangedor e estressante, acabei pedindo demissão – finalizou.

 

_Puxa vida – murmurou Draco, desgostoso. – Sinto muito por isso.

 

_Sim, bem, foi uma boa lição que aprendi de muitas maneiras. Um delas que sou melhor por minha conta própria – aquela, pelo menos, fora uma decisão que ela jamais lamentara. – Tendo minha própria agencia, eu decido as promoções, e todas as responsabilidades são minhas. Melhor do que tudo, estou no controle e não dependo de ninguém em termos em termos de meu sucesso. Não tenho desejo de fincar-me permanentemente nesta espécie de disputa suja outra vez.

 

Enquanto o olhar ele esmaecia em compreensão, a expressão do rosto permanecia ilegível.

 

_Sabe, Hermione, eu seria negligente e omisso se não mencionasse que a posição que os sócios estão lhe oferecendo a colocam no topo do Departamento de Criação, o que significa que não há disputa ou competição – observou Draco perspicaz.

 

_Esta posição é um degrau abaixo de você – replicou ela – o tecnicamente o faria meu chefe

 

Além disso, já estava dormindo com ele, o que tornava toda a situação controvertida demais para Draco. Não que ela estivesse considerando aceitar o emprego.

 

_Tenho aspirações maiores e planejo ter um sócio daqui a um ano ou dois, o que eventualmente deixaria minha posição aberta para alguém tão inteligente e criativa como você – murmurou ele.

 

Hermione ignorou o elogio.

 

_E me arriscar a deixar a história repetir-se? Não, obrigada.

 

Os lábios sensuais de Draco se apertaram em expressão de contrariedade, e Hermione sabia que ele queria discutir o ponto de vista dela, mas isso significava deixar vir a tona, à luz do dia, o relacionamento íntimo dos sois e quebrar o voto que ele fizera de manter o caso na privacidade das quatro paredes.

 

Draco suspirou pesadamente.

 

_Eu sinceramente entendi suas reservas e motivos para estar tão hesitante, e estou feliz por ter me contado o que aconteceu – disse, abordando o assunto com mais sensibilidade. – Muita coisa faz sentido para mim agora. Mas prometi a meu chefe que falaria com e, pelo menos, posso dizer que falei, que tentei.

 

Uma parte de Hermione estava chocada pelo fato de Draco não estar pressionando, insistindo para ela aceitasse a posição na Luxus, todavia, por outro lado, sentia-se muito grata também, pela fácil aceitação dele. Draco parecia genuinamente preocupado com suas razões em recusar as ofertas do dono da agência, e a compreensão dele da situação afetava-a de uma forma que ela relutava em admitir, temendo deixar aqueles sentimentos tomarem vida própria... se é que isso já não acontecera.

 

Esta nova conexão entre eles era única e especial, e não tinha nada a ver com sexo ou com o mundo de fantasia de ambos. Era sobre um homem e um a mulher conversando e relatando fatos um para o outro, e Hermione gostava do vinculo franco que se estabelecera entre ambos

 

_Diga a Slugorn que agradeci a oferta, mas não vou mudar de ideia – o tom de voz dela era firme.

 

_Muito justo – murmurou ele, aceitando a derrota como fato consumado. Pelo menos, posso dizer a ele que tentei ao máximo.

 

Continua...


Notas Finais


N/A; Gente, no próximo cap tem mais emoção eu prometo. Até lá, bjos a todos que acompanham esse projeto.


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