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História Shades of Cool - Ride


Escrita por: inspiredotto

Notas do Autor


Olá, meus amores. Antes de qualquer coisa, vamos conversar um pouquinho. Demorei para atualizar, mas desta vez não foi devido à falta de tempo unicamente, mas porque eu precisava escrever outra fanfic que não abandonava meu coração. Felizmente a finalizei e foi muito bem recebida, obrigada por me acompanharem! Outra coisa, estive pensando e, os capítulos de Shades são longos então mesmo quando sobra um tempo acaba sendo mais demorado desenvolvê-los, talvez seja melhor diminuir, testar um novo formato (entre quatro mil e cinco mil palavras) para que eu possa postar uma vez por semana pelo menos, mas quero muito saber o que vocês acham... Me digam, sim? Por favorzinho.
A música do capítulo foi a primeira que ouvi da Lana, ouçam quando eu indicar o play, torna a leitura mais intensa e vocês podem sentir exatamente o que senti enquanto escrevia.
Obrigada pelos favs, comentários e recadinhos no tt, vocês são as melhores leitoras. Sou completamente apaixonada por vocês e não pretendo abandonar esse mundo de fanfics tão cedo.
Boa leitura!

Capítulo 18 - Ride


Regina Mills

O cansaço do dia havia me feito dormir rapidamente, com o arrastar das horas acabou ficando tarde para ir embora e Cora nos convenceu a passar a noite. Emma se entregou à Morpheus assim que deitou-se, passei um tempo observando-a antes de adormecer também. O domingo fora intenso, regado de nuances que eu não podia definir com exatidão. Recordava de cada detalhe, dos bons aos ruins. Dormi processando como um filme que acabara de assistir.

Aos poucos sentia o toque do sol em minha pele, causando uma sensação gostosa e morna. Virei-me vagarosamente, tentando me situar sobre tempo e espaço. Abri os olhos com dificuldade e sorri ao vislumbrar orbes tão brilhantes como a manhã encarando-me. Emma me observava com um semblante culpado e até mesmo triste, isso me fez resmungar algumas palavras roucas e me aproximar para envolver sua cintura.

– Não era essa carinha que eu esperava encontrar. – Reclamei, me aconchegando em seu corpo.

– Eu sinto muito pela forma como agi ontem… – Murmurou, soltando o ar pela boca.

– Ainda pensando nisso? – Me afastei minimamente para olhá-la, mas mantive a destra em sua cintura, alisando-a com as unhas.

– Foi um momento de descontrole, não soube lidar. Foi desnecessário. – Disse pausadamente, me fazendo sorrir com a voz manhosa de quem acabara de acordar.

– Emma… – Sentei-me na cama e me inclinei para tocar seu rosto, acariciando suas linhas de expressões com carinho, adoração. – Nós duas agimos de modo exagerado, ambas estamos erradas. Não havia motivos para eu tomar sua frente e responder por você, é óbvio que conduziria perfeitamente a situação. Fiquei incomodada sim, olhar para aquela criatura e saber que ela já tocou algo tão precioso. Não vou resumir o que senti à ciúmes, porque não foi. Estaria mentindo se dissesse que não houve uma pitada dele, mas o que predominou foi o receio da forma com que ela poderia te atacar por puro capricho. Rose é muito astuta e venenosa, convivi com as insinuações e pressões dela toda minha adolescência. Ela era mais nova, mas com uma carga de más intenções tão grande. Nunca a compreendi. Não acho que ela seja totalmente ruim, mas frustrada. Sei que odeia perder e ao te ver aqui, comigo, deve ter sentido algo do gênero. – Ela me ouvia com atenção, os olhos ansiosos e um pequeno sorriso começando se formar em seus lábios. – Não nos culpo, Emma… Estamos abrigando uma imensidão dentro de nós, seria sobre-humano se em algum momento não tivéssemos uma reação assim.

– Eu concordo com você Regina, mas não foi uma atitude da qual me orgulho. Me envergonho pela falta de maturidade, entretanto, compreendo que foi uma maneira de externar, mesmo que tão errada. Apenas não quero que ocorra novamente, que juntas possamos lidar com a profundidade disso. – Finalmente sorriu e sentou-se de frente para mim, encaixando nossas pernas.

– Nós vamos conseguir, meu bem. Darei o meu melhor e sei que há reciprocidade. – Toquei seus lábios com os meus e alisei seus cabelos, deslizando os dedos pelos fios selvagens, ajeitando-os com um carinho descomunal.

– Então sou uma flor azul? – Perguntei contra seus lábios e ela sorriu, mordendo o canto de minha boca.

– A mais bela, morena. – Sussurrou, causando um calafrio gostoso por meu corpo. “Morena”, tal adjetivo mexeu comigo, a palavra rolando de seus lábios rosados era um deleite.

– “Sou muito fodida mesmo” – Repeti uma das frases icônicas que Emma havia dito na noite anterior e ela rolou os olhos, empurrando-me e deitando novamente. – “Ninguém fala por mim!” – Gargalhei, deitando-me sobre ela, beijando suas bochechas e seu bico emburrado.

– Isso não se faz, Regina! – Reclamou, mas não conseguiu manter a cara amarrada.

– Admita, Emms. – Apertei sua cintura, lhe fazendo cócegas e ela riu, jogando a cabeça para trás. Eu poderia olhá-la o resto do dia e não enjoaria. O som de sua risada era música para meus ouvidos, atingia diretamente meu coração.

– Tudo bem, eu admito. Sou infantil! – Lágrimas saltavam de seus olhos pelos risos que lhe causava.

– Muito bem. Uma criança infantil e mimada. – Mordi seu lábio inferior e cessei as cócegas, espalmando as mãos por seu corpo, descendo até suas coxas nuas, apertei-as e puxei seu quadril contra o meu, movendo-me vagarosamente, causando um atrito gostoso entre nossos corpos.

Emma gemeu e eu esqueci completamente de onde estávamos, rezei para ter trancado a porta a noite passada, Cora e até mesmo George poderia entrar ali. Entretanto, não consegui me afastar para verificar. Levantei o olhar para fitar o relógio na cabeceira de minha antiga cama e não teríamos muito tempo, logo todos estariam acordados e eu havia prometido levar George para seu primeiro dia de aula.

Suas mãos urgentes agarraram minha camisola, pude sentir a força que exerceu para tentar inverter as posições, mas não cederia naquele momento. Sentia fome e a saciaria.

– Regina? – Emma chamou meu nome, puxando meus cabelos com força, fazendo-me olhá-la.

– Shh, senhorita Swan. – Sussurrei contra sua boca. – Fique quieta e me deixe tomar meu café-da-manhã. – Era para ser uma frase engraçada, mas o tom de minha voz transformou as palavras em tiros certeiros entre minhas pernas. Eu devoraria Emma. Mataria minha fome.

Meus olhos se encontraram com os seus e não havia relutância da parte dela, amava sua personalidade dominante e a forma com que tomava as rédeas da situação, mas derretia-me quando cedia, se entregava aos instintos e a vontade de também me pertencer. Emma era uma doce e deliciosa surpresa.

Arrastei as mãos por sua cintura, subindo a blusa que ela trajava, tendo a visão de seus seios cobertos por algumas das pintas que tanto amava. Beijei-as e fechei os olhos para deslizar a língua por todo formato arredondado, fechando os lábios numa chupada em seu mamilo, apertando-o entre meus dentes. Suguei com força e levei a mão até sua boca quando ela soltou um gemido alto. Imediatamente mordeu dois dos meus dedos e os chupou, metendo-os na boca vagarosamente, os molhando com sua saliva, enlouquecendo-me com o toque de sua língua. Sua adoração ao lambê-los com tanto afinco, me excitava. Minha buceta latejava e inundava-se com toda vontade que eu sentia daquela mulher.

Emma apertou as unhas em minha nuca, fazendo-me abocanhar novamente seu seio, soltei somente ao deixá-lo vermelho de chupar e morder. Deslizei a língua pelos músculos bem feitos de seu abdômen, perguntando-me intimamente como ela podia ser tão gostosa. Afastei-me por completo e a fitei com gana. – Fica de bruços para mim? – Perguntei com um sorriso torto, com a voz mansa, mas o olhar predador. Ela espelhou meu sorriso e tirou a blusa, jogando-a para o lado.

– Com todo prazer, cadela. – Sua voz jamais abandonava o tom autoritário, mesmo quando estava cedendo à um pedido.

Contemplei suas costas nuas e a constelação de pintas que ali havia, toquei cada uma delas e plantei beijos, seguidos de mordidas. Ela se contorcia sob meu toque e soltava gemidos mansos, abafados contra o lençol. Segurei suas coxas e a fiz afastar as pernas, dobrando levemente seus joelhos para que se empinasse para mim, mas a mantive colada contra o colchão.

Enrosquei os dedos nas laterais de sua calcinha e vagarosamente a retirei, podendo contemplar sua nudez. Minha boca salivou com a visão totalmente exposta e molhada. Espalmei a destra na bunda de Emma, amassando-a e cravando as unhas, a fazendo rebolar para mim. Suas mãos agarravam o lençol e seus dentes mordiam o travesseiro, buscando manter o controle que estava prestes a ser perdido. Não podíamos fazer barulho, mas a vontade de mandá-la gemer era insana. Me coloquei de quatro atrás dela, segurando firmemente suas coxas, afastando-as. Toquei seu clitóris com a ponta da língua e deslizei por entre os lábios, forçando-a no centro, sentindo sua umidade invadir minhas papilas gustativas. Chupei um lábio e depois o outro, ela se contorceu, soltando grunhidos contidos, rebolando na minha direção, silenciosamente pedindo por mais. Não havia tempo para jogos, eu precisava tanto tê-la por inteiro em minha boca. Cedi às nossas vontades, abrindo os lábios para chupá-la fortemente, estalar a língua em sua buceta e iniciar movimentos de sobe e desce, ondulando seu clitórios em círculos, prendendo-o entre os dentes, para descer e mergulhar a língua em sua fenda. Ela não conteve  o gemido dessa vez, fazendo-me sorrir. Minhas mãos ditavam o ritmo de seu quadril a medida em que empurrava minha face de encontro à sua buceta, degustando-a com pressa, fome, uma sede desenfreada. Sua sensibilidade era notável pela forma com que apertava minha língua dentro de si, seu clitóris pulsava inchado, dando-me indícios de seu gozo.

– Cacete, Regina! – Ela exclamou num tom baixo. Apliquei um pouco mais de força ao morder seu nervo, a fazendo transbordar em minha boca. O modo como seu corpo retesou e seus joelhos fracassaram, me tiraram de órbita. Não conseguia cessar as lambidas, chupava cada gota que escorria por suas coxas, aproveitando para mordê-las. Afastei-me minimamente e cobri seu corpo com o meu, colando os seios em suas costas. Cheirei sua nuca, afastando seus cabelos loiros para depositar beijos castos.

– Deliciosa, querida  – Sussurrei ao seu ouvido, triscando a ponta da língua por sua orelha.

– Também sinto fome, Regi. – Sua voz fora quase inaudível.

– Adoraria saciá-la, mas não podemos nos atrasar. Levarei George para a escola antes de te deixar em casa com Mary.

– Escola? – Ela virou a face para me fitar. – Ele não é muito novo?

– Não, Emm. George fará quatro anos em breve, achamos que será importante para ele este convívio. – Selei seus lábios e relutante, me levantei.

– Realmente... Ele está ansioso? – Perguntou-me com um sorriso encantado nos lábios.

– Cora disse que ele não para de falar sobre. – Respondi enquanto procurava por algumas peças de roupas.

– Por quê raramente você chama Cora de mãe? – Sentou-se, colocando os pés para fora da cama.

– Ela sempre teve atitudes um tanto quanto impessoais, não que ela não tenha me amado, mas as coisas foram rígidas e regradas, chamá-la de mãe era um afronte. – Ri ao pensar sobre isso, Cora sempre fora muito complicada, sua forma de sentir e me educar, acabou reverberando muito em minha fase adulta, mas na infância e adolescência procurava ser o oposto do que ela desejava, mesmo as escondidas.

– Acho-a intimidadora, mas não fria. Há muita sentimentalidade nela quando olha para você, quando está com Henry e George. Me transmite um instinto muito forte de proteção, mas não de rigidez. – Comentou enquanto se levantava e se aproximava para beijar meu rosto.

– Tudo que houve resultou nisso, Emm. Ela não era assim, ou ao menos não demonstrava, mas fico extremamente feliz ao ver como tem desenvolvido sentimentos e permitido que eles sejam claros.

– É inacreditável como as coisas mudam, como nós estamos propensos a mudar; seja de opinião, desejo ou até mesmo de personalidade. Creio que tudo faça parte da evolução.

– Exatamente, querida. Eu fico feliz por isso, estamos em processo de reconstrução o tempo todo. É este o fluxo da vida. – Após não encontrar nada que eu pudesse usar, optei pelo vestido do dia anterior, de qualquer forma teria de passar em casa antes de ir para a empresa. – Agora vem, vamos tomar um banho.

Emma me acompanhou e novamente dividimos um momento bom, tranquilo. Quando descemos todos já haviam levantado e George estava elétrico correndo ao redor da mesa.

– Bom dia. – Cumprimentei-os e alcancei meu sobrinho para lhe dar um beijo, ouvi a loira cumprimentá-los e perguntar por Mary, dando-me conta que não tinha a visto depois do momento no gramado com George.

– Foi a primeira a acordar, me arrisco a dizer que não dormiu. Encontrei ela e Zelena preparando o café com Granny. Disseram que iam dar uma volta e logo retornavam. – Respondeu Cora que verificava a pequena mochila do neto.

Sentamos juntas à eles e nos servimos também, consegui fazer a criança comer um pouco e diminuir as perguntas sobre a escola e os coleguinhas que ainda não conhecia.

Era difícil descrever os sentimentos que aquele momento me proporcionava, por tanto tempo vivi na solidão do meu casamento com Robin, tendo um instante ou outro de conversa com Granny. Olhando a mesa composta daquela forma, as vozes se misturando às gargalhadas de meu sobrinho, aquecia meu coração de modo inimaginável. Com o passar do tempo me distanciei dos meus pais, fora natural seguir meu caminho ao lado de meu ex marido, minha família não era carinhosa e receptiva, talvez fosse esse o fato de estar maravilhada num simples desjejum. Eles haviam melhorado, ou tivessem aprendido demonstrar desde os últimos acontecimentos. Sempre tive mais intimidade com Henry, ainda assim não era grande coisa. Seus olhos encontraram os meus e pude sentir um carinho imensurável, uma vontade imensa de levantar para abraçá-lo. Perguntei-me intimamente se talvez as mudanças fizessem parte de mim, dizem que o mundo é como nossos olhos enxergam, não? E com toda certeza a maneira com que eu vivia e minha perspectiva sobre as coisas haviam mudado. Creio que tenha sido um combo, uma porção de sentimentos e fatores que fizeram essa mudança em meu interior... Mudança. A palavra ecoou meus pensamentos, fazendo-me lembrar da garota calorosa e amável que fui na adolescência. Mesmo com as restrições de minha família e o pouco contato que tínhamos, minha alma era vívida, alegre e amante de coisas que me aqueciam. Não conseguia captar o momento em que comecei a mudar... Talvez o casamento e o modo como Robin me sugou. Não o culpava unicamente, me permiti e escolhi fechar os olhos e o coração para o que pairava ao meu redor. Tal fato roubou anos de minha vida, de convívio com a minha família e amigos que não tive.

Um suspiro profundo escapou de meus lábios e pude notar os olhos curiosos de Emma sobre mim, ela sorria entortando o canto da boca, como se tentasse desvendar meus pensamentos. Retribuí seu sorriso e pisquei um dos olhos, recebendo um menear de cabeça em troca. Compartilhamos um riso baixo entre aquela conversa muda, sua mão buscou pela minha e o entrelaçar de dedos fora natural. Fitei a imensidão esmeralda de seus olhos e pude solucionar parte dos meus questionamentos internos. Ela havia me transformado; não em uma nova pessoa, mas em alguém que assume a verdadeira essência e resgata a jovem sonhadora de um passado não tão distante, mas esquecido dentre tanta comodidade.

Agradeci em pensamento, apertando seus dedos num afago. Sua atenção foi chamada por George que lhe estendia os braços. Ela o pegou com todo cuidado, mesmo que ainda fosse tão desajeitada para isso.

– Hmmm – O pequeno fez com os lábios apertados, indicando a torrada de Emma. Ela a pegou e colocou entre suas mãozinhas.

– Cuidado, querido. Aposto que não quer ir sujo de manteiga de amendoim no primeiro dia de aula, sim? – Ela beijou seu rosto e ele concordou, diminuindo a velocidade de suas mordidas, equilibrando a torrada em seus pequenos dedinhos.

– Bom dia! – Zelena disse ao se aproximar com Mary, que trazia nas mãos uma cesta com maçãs vermelhas. Respondemos e elas se acomodaram na mesa, trocando sorrisos amigáveis. Granny recolheu a cesta e a levou até a bancada, voltando para se juntar à nós também.

– Senti saudades. – Emma provocou Mary, franzindo o cenho. Ambas riram. Era extremamente gostoso ver esta nuance dela, lembrar do início onde trocamos tantas farpas parecia um ocorrido tão distante. Jamais imaginara quão doce e extrovertida ela poderia ser. A cada pequena coisa que eu descobria sobre sua vida e sua personalidade, fazia com que meus sentimentos tomassem proporções maiores, como se cada pequeno fato a tornasse mais real.

– Tive que a roubar de você. Essa mulher é um bolinho! – Zelena comentou entre risos, nos fazendo rir também.

– Bolinho? Isso pode ser chamado de adjetivo? – Cora entrou na conversa, rindo de sua sobrinha e seus modos espontâneos. As bochechas de Mary estavam mais vermelhas do que as maçãs que colhera.

– Perdi a conta de quantos foram os apelidos – Mary disse antes de levar a xícara à boca.

– Creio que você esteja pagando por seus pecados. – Emma respondeu séria, levando o guardanapo aos lábios de George, o limpando com delicadeza.

– Como é? – A outra questionou indignada.

– Ah, Mary Margareth! Vivo anos de tortura aturando seus apelidos carinhosos e suas implicâncias, hm? – Sorriu e fitou Zelena. – Ela é toda sua, faça com que eu me sinta melhor.

– Vou cuidar direitinho dela. – Zelena respondeu lançando um sorriso brincalhão para Mary após piscar para Emma.

– Emma, querida... – Henry estendeu a mão para tocar a da loira que repousava sobre a mesa. – Cora me contou o que houve ontem. – Olhei para ela e a vi enrijecer, o assunto era desconfortável e certamente ela não gostaria de tratá-lo no momento. – Sinto muito pela inconveniência de Rose, embora Regina muito tenha me alertado, confesso que sempre a defendi, sua delicadeza engana perfeitamente.

– Tenho anotado cada bronca que levei por causa dela, acho que me deve desculpas. – Tentei descontrair e ele sorriu.

– Com você eu converso depois. – Me senti uma criança, mas isso fez Emma rir.

– Emma, saiba que é muito bem-vinda em nossa casa e que ela não estará mais aqui. Lamento pelo ocorrido. Não quero que se sinta mal por algo que não tem culpa, certo? Você é uma mulher incrível, determinada e de uma leveza que tem conduzido Regina a ser leve também. Posso afirmar que depois que você entrou na vida dela, a reconheço muito mais... É como vê-la retomar a essência da jovem impetuosa, forte e apaixonada que um dia foi. Só temos a agradecer, a acolher e compartilhar. – Eu realmente não esperava por isso, tento me conter, mas sei que meus olhos estão lacrimejando e os de Emma também.

– Senhor Mills...

– Henry. – Ele a corrige.

– Henry. Fico grata pelo acolhimento, por ver a situação deste modo e me dar tanto apoio. Tenho vivido sozinha com Mary a tanto tempo, não me lembrava do que era estar entre uma família, dividir uma mesa, um momento e ver tantos rostos diferentes, cada qual com sua particularidade, todos em comunhão. É maravilhoso, de uma importância que não consigo definir em palavras. Então obrigada por terem me proporcionado um dia incrível, onde me senti parte disso, parte de vocês. Foi uma das melhores sensações... Minha vida tem mudado muito, o meu sentir se transformou completamente. Desejo coisas que nunca quis, abrigo sentimentos desconhecidos e sinto uma sensibilidade que sempre esteve contida dentro de mim. Encontrar Regina foi como cavar todas essas emoções e expô-las a olho nu. A leveza que trouxe para a vida dela é a mesma que ela trouxe para a minha. – Seu sorriso é tão grande que me destrói, quero beijá-la, apertá-la, amá-la. – Não tenho ideia de como as coisas funcionam; Deus, karma, coincidência, sorte, lei da atração e tantas outras coisas... Mas seja lá o que for, sinto-me presenteada.

– Imagino tudo como uma grande ignição, um componente depende do outro. Sozinho nenhum trabalha, mas movendo-se juntos conduzem com perfeição o que deve ser executado. Acredito em Deus, em karma, mas sorte e coincidência... Creio que não. Merecimento! – Sorriu para ela, que retribuiu lindamente. E eu... Eu não podia estar mais feliz.

– Rose? – Mary perguntou confusa olhando para Emma.

– Sim...

– Como?

– Conhecida da família, cresceu com Regina. – Rolou os olhos, me fazendo rir e cutucá-la com o cotovelo.

– Na verdade não, convivemos apenas na adolescência. – Afirmo.

– Eww! Aquela criatura tem uma péssima energia. Tenho vontade de lavar a alma dela toda vez que encontro. – Zelena comenta fazendo suas caras e bocas, todos riem de suas palhaçadas.

– Cresci com Zel... – Olhei para Zel, lhe sorrindo genuinamente.

– Regina era muito moleca. Tia Cora passou apuros. – Respondeu com seu sorriso amarelo.

– Quando estava com você sim, mas sozinha sempre se conteve. – Comentou Cora.

– Não sou má influência! – Fingiu estar zangada.

– O que é má influência? – George se atentou à conversa.

– Alguém com quem não se deve aprender nada. – Granny respondeu, sorrindo amigavelmente.

– Eu sou má influência? – Perguntou espantado.

– Não, garoto. Inclusive todos nós temos muito a aprender com você. – Emma disse e beijou a pontinha do nariz dele. Talvez ela não soubesse, mas exalava um instinto materno muito forte e isso me encantava. 

– Lembra quando quebrou o braço pela primeira vez? – Zel perguntou, me fazendo rolar os olhos, mas rir ao recordar a cena.

– Você já teve fraturas?! – Mary perguntou.

– Pela primeira vez? – Frisou Emma. Todos rimos da surpresa estampada em seus rostos.

– Eu tinha certeza que conseguiria saltar do meu cavalo para o de Zelena. Por sorte quebrou apenas o braço. – Tomei um gole do meu suco. – A segunda foi uma queda na árvore. Zelena não parava de pular no galho, quando ele quebrou ela se agarrou ao tronco, mas eu não tive tempo de pensar. E aí temos uma perna quebrada. Dedo médio no ginásio, braço novamente numa bebedeira na piscina e etc.

– Etc? Tem mais? – A loira me fitou com curiosidade.

– Sim, Emm. Isso só parou quando Zelena foi embora. – Impliquei-a.

– Concordo. – Cora disse, fazendo Henry sorrir.

– Você sempre teve a ilusão de que Zelena era a cabeça das molecagens, mas se engana, querida. Muitas vezes ouvi Regina tramando e dizendo o que ela devia fazer. – Ele me entregou, achei um absurdo!

– Amém! – A ruiva vibrou. – Um dia a verdade viria à tona.

– Menina Regina sempre foi muito sapeca, bastou aprender andar pra colocar fogo na casa de campo dos avós. – Granny me olhou tão carinhosamente que não pude deixar de sorrir.

– Que histórico! Eu torci o tornozelo umas três vezes, mas já era adolescente e foi pulando a janela do meu quarto. – Sorriu sapeca e Mary quase se engasgou.

– Nunca me falou sobre sua adolescência e infância… Aprontava desde cedo. – Sua assessora comentou, a fazendo rir.

– Não há muito o que contar… Fui feliz. Durante a semana estudava e mamãe não me deixava brincar, mas na sexta a noite íamos pra casa de campo e até o domingo à tarde eu podia fazer o que quisesse. Cresci subindo em árvores, nadando em rios, correndo pela grama e rolando na lama. Papai me ensinou jogar futebol e basquete, mamãe golfe e a dançar. Quando a adolescência chegou, eles me privaram de muita coisa, então eu tinha de fugir para encontrar os amigos, ir às festas e beber. Eles nunca souberam. – Levou a xícara aos lábios e sorriu. – Creio que posso afirmar, aproveitei todas as fases da minha vida, mas sem dúvida alguma essa tem sido a melhor. – Seus olhos encontraram os meus e compartilhamos um sorriso nada discreto.

– Meus pais não me deixavam sair, por isso eu gostava de ficar na casa dos meus tios, eles também não deixavam, mas Regina sempre tinha ótimos planos.

– Zelena! – A repreendi.

– Analisando tudo isso, chego à conclusão do que já desconfiava, sobre privar não ser uma boa opção. A falta de apoio e liberdade desperta nos jovens a fome do desconhecido. É aí que começam as mentiras, as fugas e os caminhos tortuosos. Vocês deram sorte, mantiveram a cabeça no lugar, mas não ocorre com todos. Apoiar, instruir e ajudar é sempre o melhor a fazer. Não digo para criar os filhos soltos, mas deixar que eles saibam que podem dar seus passos sem que se sintam solitários ou que tenham de fazer às escondidas. – Mary opinou enquanto mexia em sua xícara com certo desconforto, mas convicção no que dizia. Emma tocou uma de suas mãos e afagou, como se soubesse do que ela falava.

– Levei trinta anos para compreender isso, Mary… – Cora disse com pesar. – Fiz da vida dos meus filhos algo restrito, criei uma bolha e os obriguei a viver dentro. David conseguiu se livrar antes e construiu uma vida maravilhosa, o que fiz não o afetou tanto. Mas Regina… – Ela me olhou com os olhos aguados. – Eu a vi nadar num mundo que inventei e a fiz acreditar. Apoiei um casamento vazio, não incentivei seus sonhos, a fiz guardar dentro de si a garota encantadora para se tornar uma mulher de ferro. Quis proteger, moldar… A criei para mim, não para uma vida plena. O que de nada adiantou, resultou num afastamento bruto, numa infância que não acompanhei como deveria, uma adolescência onde estive ausente e uma vida adulta da qual pouco vi. – Sorriu triste e um nó se formou em minha garganta. – Estou feliz por poder consertar isso, poder vê-la de perto, conhecer seus reais sentimentos e trilhar um novo caminho lado a lado. – Ela chorou. Cora Miller Mills chorou na minha frente, na nossa frente. De arrependimento, dor e felicidade. Vi sua fragilidade quando David morreu, mas não num momento como esse, onde apenas um assunto comum era debatido. Quis abraçá-la e o fiz. Talvez minhas pernas tenham decidido por mim. Levantei-me e estendi os braços para ela, que sem titubear levantou e me envolveu pela cintura. Acariciei seus cabelos e beijei seu rosto.

– Não se culpe, mãe. Quem eu me tornei partiu dos compromissos que assumi, das escolhas que fiz. Apesar de concordar sim com o que disse, você não é responsável por isso… David teve a mesma criação e construiu uma vida e uma família maravilhosa. Compreendo o que quer dizer e não discordo, apenas não tome para si uma carga que não lhe pertence. O importante é que estamos aqui, todos nós. Há uma nova vida para aproveitar e eu te quero nela. – Acariciei seu rosto, enxugando suas lágrimas com carinho.

– Você tem razão, filha. Não quero perder mais nada. – Seus olhos brilhavam um amor incomum. Olhamos para baixo quando sentimos mãozinhas puxando nossas roupas.

– Não pode chorar. – George estendeu os braços e mamãe o pegou. “Mamãe", me sentir à vontade para chamá-la assim, causava um agito desconhecido em meu peito. Olhei para a mesa e cada um possuía um sorriso, eu poderia acordar todos os dias para vê-los. Emma tinha os olhos vermelhos e Mary não escondia a emoção. Zelena sorria tanto que perguntei-me se não doía sorrir desse modo. Granny suspirava orgulhosa e papai… ah, ele estava surpreso. Estendeu a mão e acariciou a minha depositando um beijo. Fitei o relógio e estávamos atrasadas para levar George.

– Precisamos ir pra deixar essa criança na escola. – Comentei pegando a mochila de George. Emma se levantou e todos nos acompanharam para nos despedirmos. Zelena convidou Mary para levá-la para casa, combinando de irem para a clínica após. A morena não conseguia disfarçar a empolgação por finalmente conhecer o lugar que foi lar de seu cãozinho.

Não tardamos para chegar à escola, ficava no meio do caminho entre minha casa e a de Cora. George estava apreensivo em sua cadeirinha. Troquei um olhar cúmplice com Emma e descemos, ela pegou sua bolsa e eu abri a porta, tirando com cuidado seu cinto de segurança.

– Ei, querido… Você precisa entrar. – Toquei seu rosto, o fazendo me olhar.

– Tô com vergonha. – Suas bochechas rosadas denunciavam seu estado.

– Há diversos amiguinhos esperando para conhecê-lo, tem certeza que quer perder isso? – Emma debruçou ao meu lado, estendendo as mãos para ele, que pensou e aceitou o colo da loira. Se agarrou ao seu pescoço e escondeu o rostinho, me fazendo lembrar do meu primeiro dia de aula, passei maior parte do tempo escondida no banheiro. O levamos até sua sala e a mesma já estava cheia, a professora se aproximou com um sorriso casto.

– Olá, sou a Aurora. Esse pequeno é o George? – Perguntou alisando os cabelinhos lisos de meu sobrinho.

– Regina. – Me apresentei e sorri. – Sim, é ele… Está envergonhado. – Pude ver uma garotinha se levantar, aproximando-se de nós.

– George como o rei da floresta? – Perguntou admirada. O garoto saltou no colo de Emma, virando-se bruscamente.

– Você conhece ele também? – Perguntou com euforia.

– Uh-hum! Eu sou a Jane. Você quer ver meu material? – Alisou as trancinhas ruivas, mostrando as janelinhas em seus dentes. Ele sequer respondeu, colocou os pés no chão e puxou sua bolsa, entrando na sala e ocupando o lugar ao lado dela para compartilharem suas coisas. Sorri aliviada e Emma afagou meu ombro.

– Janet é um amor, ela o fará muito bem. – A professora nos acalmou e saímos tranquilas dali.

Ao entrar no carro Emma tinha um sorriso bobo nos lábios, franzi o cenho um tanto quanto curiosa por seus pensamentos.

– O que foi?

– Acho que George encontrou a primeira namoradinha.

– Ele é um bebê, Emma!

– Vai me dizer que não tinha ninguém na pré-escola? – Estreitei os olhos. – Nenhum namoradinho? – Insistiu e confirmei. – Céus, Regina! Que infância sem emoção. – Colocou o cinto. – Sem contar o fato de você ser remendada pelos tombos.

– Emma! – Esbravejei, mas acabei rindo do termo que ela usou. – Você é muito idiota. – Sua forma de me fazer rir era deliciosa. Estar com ela era delicioso.

– É muito jovem pra ser tão ranzinza, Regi. – Colocou a mão sobre minha coxa e acariciou, olhei-a de relance e sorri.

Ride - Landa DelRey ♪

Eu poderia apenas dirigir, levá-la para longe e lhe dar todo meu tempo, cobri-la do meu amor para vivermos dos nossos momentos. Estar ali me fazia desejar de modo insano uma longa estrada para aumentar nosso tempo naquele carro, infinitas esquinas até estarmos em sua casa… Abri a janela e senti o vento bagunçar meu cabelo, pela primeira vez, não me importei. A brisa castigava minha pele e meu prazer se alastrava, podia perceber todos os movimentos ao meu redor. Carros passando, pássaros sobrevoando, barulhos distintos; mínimos e exagerados. Uma sinfonia. Meus pensamentos também possuíam vozes; estas que me contavam os momentos que passei com Emma e os mais recentes, em meu antigo quarto, na mesa com a minha família… Ela parecia fazer parte a tanto tempo disso tudo, como se sempre estivesse ali. Nossa convivência se tornou rotineira. Mudei a rota de nosso destino e quando dei por mim estava na estrada para Hamptons. Emma percebeu e sorriu, nada disse, apenas me olhou com ternura e buscou por minha mão. Entrelacei nossos dedos e continuei dirigindo. Ela soltou o cinto e se aproximou o suficiente para deitar em meu ombro. Eu desejava chorar, não de tristeza, mas alegria… Como poderia haver algo tão extraordinário? Sentia ela em cada pedacinho da minha alma, um pertencimento que não se limitava ao físico. Usei todo meu autocontrole para prestar atenção na estrada e não abraçá-la fortemente. A energia que nos cercava mudava constantemente e num instante mudou para uma aura tão frágil, sensível e carente. Sim, carente. Carente de amar, de ser, viver. Meu querer gritava no peito e palavras estavam engasgadas. Eu queria dizer. Precisava dizer.

Estacionei em frente à casa da qual já sentia tanta saudade, Emma soltou um riso baixinho e descemos do carro. Ela caminhou até mim e segurou minha mão.

– O que deu em você? – Perguntou ao selar minha boca.

– Vontade, Emma. – Foi apenas o que respondi enquanto tirávamos os sapatos e caminhávamos na direção do mar.

A areia fazia cócegas em meus pés e o vento trazia o cheiro do mar, o barulho das ondas calmas apaziguaram todos os receios do meu coração. Era um lugar incrível, de uma magia transcendental, desejava estar ali muitas vezes com Emma. Fora o local onde uma fase iniciara, onde realmente tudo começou, o ponto onde a linha tênue entre a atração e a paixão foi rompida para tornar-se uma e seria ali que mais um passo seria dado, talvez, mais uma linha fosse findada para dar início à outra. O sorriso não abandonava nossos rostos e ela não questionou os motivos, apenas rendeu-se ao lugar, perdendo o olhar na vastidão do azul que juntava-se ao céu isento de nuvens. Molhamos nossos pés e apertamos os dedos de nossas mãos, como se quiséssemos ter certeza de que continuaríamos atreladas. Não era a primeira vez que nos encontrávamos naquela situação, eu fitava seus cabelos dourados enquanto ela parecia tão alheia e absorta no momento. Todas as vezes em que estivemos ali, à beira mar, algo se firmou. A primeira fora quando conversamos sobre meu relacionamento com Robin, onde decidi que deixaria acontecer, confiando na vida e no rumo que ela tomaria. A segunda fora com George e sua empolgação ao ver a água, quando meus sentimentos por Emma estavam se tornando sólidos, mais claros para mim, e naquele momento ela era uma das únicas certezas que carregava comigo.

– Emma? – A tirei de seu delírio e ela me dirigiu um sorriso tímido. Permaneceu em silêncio, mas com a atenção voltada para mim. Sua mão suava junto à minha e eu tentava compreender o que se passava dentro dela. Suspirei como quem procura coragem para externar e facilmente a encontrei ao fitar seus olhos esverdeados. – Eu gostaria muito de dominar as palavras, usá-las da melhor maneira para te fazer entender e sentir o que quero lhe dizer. Não sou capaz de afirmar em que momento tudo começou, talvez tenha sido naquele bar, quando seu canto me invadiu e fez morada em meu devaneio, quando nossos corpos se tocaram pela primeira vez, o primeiro beijo, o reconhecimento de nossas almas... Eu não te conheci, a reconheci, Emma. Lembro-me quando parti sem dar notícias e retornei pensando tê-la perdido. Todas as vezes que um obstáculo cruzou nosso caminho e senti medo, uma parte do meu coração se tornou sua. Nos receios descobri que o que sentia não era curiosidade, tampouco atração e desejo carnal, mas sim amor. Amor destes contados nas histórias e descritos nas músicas, músicas que você cantou para mim; que são sons que escapam de seus lábios e me atingem tão profundamente, músicas dos seus gemidos misturados aos meus numa sinfonia que me enlouquece e tira do espaço. Sim, você me lança para fora desta dimensão... Estar com você é conhecer um pedaço do paraíso. E não, não acho que tudo seja belo e colorido, tivemos dias nublados e teremos muitos outros, mas entenda que é isso que eu quero: dias ao seu lado, com sua infinidade de cores, das mais cinzentas às mais vivas e repletas de felicidade. Quero estar com você... Quero pertencer à você, que sejas minha. Não peço para que se torne minha propriedade, mas o meu amor, o meu alguém, a quem irei cuidar, amar, mimar e respeitar acima de qualquer coisa. Quero o seu coração, não a sua vida. Que sejamos dois inteiros que juntos se tornam imensidão e não somente um. Fica comigo, Emma. Títulos não são importantes, mas tudo tem significado se tratando de ti. – Fiz uma pausa para controlar as lágrimas que rolavam de meus olhos, suas mãos tremiam e seus olhos transbordavam, os lábios entreabertos e o peito à subir e descer. O vento balançava seus fios amarelos para o lado do mar juntamente de sua roupa, parei para observar a obra de arte que ela enfeitava naquele momento; a paisagem juntamente de sua existência, fazia-me inundar. – Namora comigo, senhorita Swan? Aceite viver este clichê ao meu lado... – Minha voz era baixa e falha, a emoção já havia me domado por inteiro. Ela não dizia nada, não conseguia dizer, eu via seu esforço e seu choro incontido. Lançou-se em meus braços e chorou como uma criança, seus soluços eram intensos e quase doloridos, não fossem os risos gostosos que ela dava em meio à eles.

– Regi... – Apenas um sussurro e o choro compartilhado. A apertei contra mim, segurando no peito o que possuía de mais importante. Emma me transformou, puxou-me para a vida e abriu meus olhos para o mundo, sucumbiu em meu coração uma vastidão de sentimentos que livro algum pode descrever. – Eu te amo – Ouvi sua voz rouca sussurrar ao meu ouvido, fechei os olhos e permiti que o choro viesse sem reservas. Emma Swan me amava e fora sua melhor forma de dizer sim.

 


Notas Finais


Me deixem saber suas impressões.
No próximo teremos um pouco mais de Mary, esclarecimentos sobre sua vida e essa relação que está desenvolvendo com Zelena. Confesso que foi uma delícia escrever essa cena deles reunidos para o café, me deixou sedenta por mais histórias de infância e adolescência. Há alguns temas que quero abordar ao longo dessa história e espero que os recebam com o coração aberto.
JANET É UMA GRACINHA, NÃO? Céus, que coisinha mais gostosa. Ansiosa por cenas dela com nosso pequeno Tarzan.
Estou morrendo de saudade das cenas e BDSM e certamente Emma e Regina também. Estamos caminhando para a próxima, talvez uma certa morena esteja afim de aprender como é que se doma.
Logo os outros personagens começarão aparecer novamente, amores. Creio que isso seja tudo.
E ah! Shades tem playlist, deixarei o link no twitter: kntswan

P.S: Leiam "Dia a dia, lado a lado" possui quatro capítulos e está finalizada. Foi uma experiência incrível escrever.
Se estiverem procurando algo extrovertido, quente e inusitado, recomendo "Eu, a loira e as canibais" da autora Ejuliacci.


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