História She Bad - After grammy's party.

Califórnia.

16 de fevereiro de 2016.

                                  Point of View – Emily Miller.

Já podíamos ouvir as batidas da musica eletrônica que tocava do lado de dentro.

Paul abriu a porta do carro e nós três descemos, já devia ser meia noite e meia. Olhei para Matthew que abriu um sorriso imenso ao ver algumas garotas que passaram a nossa frente.

Safado.

Jake me puxou pela mão e passamos por todos aqueles fotógrafos.

A música estava cada vez mais alta. Já podia ver algumas pessoas se divertindo e bebendo muito.

Nossa, elas eram rápidas.

Corri os olhos pela festa e parei onde havia o enorme bar, com todas aquelas bebidas expostas.

Não duvido que meus olhos tenham brilhado.

–– Nem pense. –– a voz do meu irmão estava completamente abafada.

Senti ele me levar para o outro lado daquele imenso salão, onde a musica era um pouco mais baixa e ainda havia varias mesas, além de outro bar enorme –– e pessoas para nos servir. Demos mais alguns passos até encontrarmos cabeças conhecidas.

Nash, Hayes, Cameron, Nate, Sammy, Aaron, Drew, Wes e Keaton estavam encostados no enorme balcão bebendo e olhando para todas as garotas que passavam quase se esfregando neles.

–– OLHA QUEM CHEGOU. –– óbvio, Sammy –– Estava demorando.

–– Vocês vieram direto para cá, eu não.

Matthew começou a cumprimentar os meninos, meu irmão também, então fiz o mesmo.

Confesso que foi uma tentação.

Cada um com o perfume diferente e aquilo estava me matando.

Encostei-me no espaço que havia sobrado e que era ao lado de Nash.

–– Como foi lá? –– o garoto de olhos azuis passou seu braço por cima do meu ombro –– Pelo visto chamou a atenção de alguém.

–– Eu estou tentando entender isso ate agora.

–– Ela é tão linda que até o Justin Bieber baba. –– Hayes disse...

Mas a criatura falou tão alto que os olhares se voltaram para nós.

–– Por favor, sem falar disso. –– Cameron pediu.

–– Olha o Cameron com ciúmes. –– Aaron resolveu provocá-lo.

–– Eu concordo com ele, não há necessidade. –– Nate disse.

–– EU ESTAVA CERTO. –– Matthew gritou –– Emily pode me pagar.

Esse garoto só pode estar brincando.

–– Eu não apostei nada com você. –– voltei para o bar –– Agora cala a boca e peça uma bebida para mim.

–– Emily, não... –– interrompi.

–– Queridinho, eu estou muito feliz por você, então não faça essa felicidade, mais o orgulho, virar ódio. –– pisquei para o meu irmão e voltei para bancada.

Já havia três doses de tequila ali.

Rápidos, não?

–– Quem vai me acompanhar? –– todos os meninos se voltaram para o balcão e começaram a esperar por sua bebida.

–– Eu vou ter que colocar minha irmã bem longe de vocês. –– Jake se jogou ao meu lado e pegou um dos copos a minha frente –– Mas hoje eu vou te acompanhar.

Quando todos já estavam com suas doses de tequilas, começamos a nos preparar claro.

Primeiro o sal, a virada e logo depois o limão.

A ardência que a tequila costumava passar, agora não passa mais.

–– Como vocês não me esperaram? –– nos viramos para a voz.

Puta que pariu.

–– Bieber. –– Nash e Matthew disseram juntos.

Todos os outros apenas o cumprimentaram normal.

Justin estava com a roupa que ele havia se apresentado no palco, mas agora já estava mais bagunçado, claro.

O loiro se aproximou de mim e depositou um longo beijo em minha bochecha, logo partiu para minha orelha.

–– Estou feliz por ver que você veio. –– sua voz estava rouca.

Puta que pariu.

–– Esta demorando esse abraço não? –– meu irmão, claro.

Pedimos mais umas quatro doses de tequila cada um.

Só para aquecer, óbvio.

Os meninos começaram a se espalhar pela festa.

Drew, Jake e Wes foram para algum canto e Aaron, Keaton e Hayes foram para o outro lado.

Provavelmente foram atrás de “presas”.

Deixa-as descobrirem a idade do Hayes.

–– Do que você esta rindo? –– Justin chamou a minha atenção.

–– Nada. Só estou pensando como vai ser quando elas descobrirem que o irmão dele –– apontei para Nash –– tem quinze anos.

–– Você realmente ama meu irmão.

Voltamos a conversar.

Eu queria muito ir à pista de dança, mas os garotos só queriam saber de beber. Sabe... Eu ate iria sozinha, mas não conheço quase ninguém aqui.

Virei minha oitava dose de tequila e já estava começando a ver tudo embaçado.

E claro, estava rindo disso.

–– O que acha de darmos uma volta? –– aquela voz...

–– Pode ser Bieber. –– Justin pegou em minha mão e avisou a Matthew que iríamos sair.

Pude sentir dois pares de olhos vidrados em mim.

Dallas e Maloley.

Maloley e Dallas.

Óbvio que eu soltei um sorriso de deboche e senti meu corpo ser totalmente puxado pelo de Bieber.

Passamos entre as pessoas que nos olhavam com um ponto de interrogação na testa, mas eu não estava nem ai.

Literalmente.

Pude perceber que estávamos indo para um lugar mais afastado do salão, onde não havia muita musica, não havia muitas pessoas, não havia quase nenhum movimento. Senti meu corpo se chocar contra algo gelado.

Provavelmente uma parede.

–– Eu li algo sobre você estar com um dos meninos... –– Justin começou a se aproximar –– É verdade?

–– Claro que não. –– um sorriso malicioso surgiu –– Mas será que eu posso saber o porquê de você, Bieber, ficar lendo coisas relacionadas a mim?

–– Você chamou bastante a minha atenção. –– senti meu corpo ser mais imprensado contra aquela parede –– E esta chamando cada vez mais.

–– Estou? –– minha voz acabou saindo provocativa –– Você não faz idéia do que eu posso fazer.

–– Sim, eu faço. –– suas mãos apertaram minha cintura –– Pude perceber pelo que fez com Cameron e Skate. –– seus lábios se aproximaram de minha orelha –– Mas comigo será diferente... Eu sei dominar.

Meus olhos pararam nos seus, logo começaram a fitar meus lábios, acabei fazendo o mesmo.

E puta que pariu, que vontade de beijá-lo.

–– Prove.

Foi à única coisa que saiu da minha boca, antes de ver Justin ser praticamente empurrado para longe de mim.

–– Vocês enlouqueceram? –– seu rosto parecia assustado –– Justin você esta com a Hailey e Emily você esta bêbada.

–– Nós não temos um relacionamento serio.

                                  Point of View – Nash Grier.

Percebi que quem realmente estava fazendo barulho naquela bancada, não estava mais lá. E quando olhei para o rosto do Cameron e do Nate, já sabia exatamente o quer havia acontecido.

Corri por todo o salão.

Literalmente.

E quando os encontrei, eles estavam prestes a se beijar.

Puxei Emily para perto de mim. Provavelmente eu era o que estava um pouco melhor de nós três.

–– Nós queremos ficar Grier. –– Justin estava falando embolado –– Por que quer nos impedir?

–– Para que nenhum dos dois se arrependa.

–– Ah... Mas eu não vou me arrepender mesmo.

Essa garota só pode estar brincando.

–– Vem comigo. –– comecei a puxá-la de volta para onde estávamos.

Apenas Sammy, Cameron e Nate estavam ali. Todos eles nos olharam com uma espécie de ponto de interrogação no rosto. Ao me virar para Emily pude perceber que estávamos de mãos dadas, além de que ela estava ajeitando o vestido e com o cabelo um pouco bagunçado.

Puta que pariu.

Ótimo.

–– O que houve? –– Sammy perguntou.

–– Nada. –– Emily revirou os olhos –– Graças a esse idiota.

–– Você vai me agradecer depois.

–– Nós vamos embora. –– Nate se levantou do banco e Cameron o acompanhou.

O que eu perdi?

–– Vão para onde?

–– Para uma boate de verdade. –– Cameron soou grosso.

–– Nós vamos com vocês. –– foi à vez de Sammy se levantar.

–– Eu adoraria, mas meu irmão não vai deixar, então tchau para vocês. –– a garota ia se retirar, mas acabei a puxando com força, isso fez com que ela batesse bruscamente contra o meu peito.

É, eu só faço merda.

–– Ele nos encontra lá. –– dessa vez Sammy começou a puxá-la.

Comecei a procurar pelo meu irmão, eu não deveria deixá-lo sozinho ali... Mas a única coisa que encontrei foi um Cameron Dallas me fuzilando, completamente, com os olhos.

–– O que foi?

–– Olha... Eu entendo sua raiva por conta da Magcon, mas ficar com ela... –– comecei a rir –– Do que esta rindo?

–– Da sua babaquice. –– seu maxilar travou –– Nós podemos estar estranhos um com outro, mas eu jamais ficaria com ela, mesmo não sabendo a porra que você fez.

–– Eu fui um idiota.

–– Isso nós já sabemos.

–– Eu não a mereço.

–– Isso eu não posso dizer já que você não me conta o que aconteceu.

–– Eu a troquei por fama, Nash.

Meus olhos, com toda certeza, arregalaram-se.

Eu estava esperando que ele dissesse que isso era mentira, mas não foi isso que aconteceu.

–– Então você realmente não a merece.

[...]

Virei meu quinto copo de vodka, sim, pura.

Não conseguia processar mais quase nada, não fazia a mínima idéia de que horas eram e com toda certeza, eu não era o único ali.

Sammy estava por ai procurando alguma mulher. Nate estava em cima de Emily e o mesmo estava acontecendo com Cameron.

Cameron? Não consegui olhar para a cara dele depois do que ele disse.

             –––– coloquem “Cayendo” de Deorro ––––

Sorri automaticamente com a batida da musica. “Cayendo” era a música certa para poder se dançar.

Mas claro, quando se tem alguém.

E infelizmente Taylor não estava ali.

–– Pra que Taylor quando se tem Emily Miller? –– senti meu corpo se arrepiar –– Sim, eu leio pensamentos.

Não respondi absolutamente nada.

Senti minha mão ser puxada e logo todo o meu corpo, quando pude ver já estava no meio da pista de dança.

A batida da musica só aumentava e a minha empolgação e de Emily também.

A garota se virou para mim com um sorriso enorme, suas mãos puxaram a minha para sua cintura e eu segurei com força. O que resultou com sorriso de ambos.

Mas o que estava acontecendo?

Seus braços se envolveram em volta do meu pescoço, enquanto seu corpo começou a se colar mais no meu. Sua cintura começou a se movimentar de um jeito muito sexy e eu acho que comecei a ver aquela amiga loira com outros olhos.

Mas que porra.

Ela sabia exatamente o que eu estava pensando...

Seu rosto começou a se aproximar mais do meu.

–– Você vai acabar se arrependendo. –– minha voz foi abaixada pelo som.

–– Nós estamos bêbados, Nash, não vamos lembrar-nos de nada mesmo.

Ela ficou de costas para mim, encostando sua bunda em meu membro, começamos a dançar cada vez mais de acordo com o ritmo e não deixávamos de sorrir...

                                  Point of View – Sammy Wilk.

Eu já havia rodado por toda boate e nada de achar alguém que me interessasse. Isso me deixava extremamente irritado.

E o que isso resultava? Beber mais.

Não sei como estava me agüentando em pé.

Voltei para onde os meninos estavam, mas só encontrei Cameron e Nate olhando para um ponto fixo e quando eu fui olhar...

Mas que porra.

Dirigi-me até aqueles dois, que não pareceram muito preocupados com a minha presença.

Na verdade, pareceram nem perceber.

Coloquei a mão no ombro de Nash, o que o fez virar e o mesmo tempo fazer uma cara de aliviado. Enquanto a Emily, praticamente gritou e puxou-me para dançar.

Dava para perceber claramente o quanto ela estava bêbada.

Nash fez um sinal de agradecimento e saiu dali, era obvio que ele iria acabar fazendo alguma besteira.

Quem não faria?

–– Você precisa de água. –– tentei puxá-la para o bar.

Mas a garota acabou segurando a minha mão e puxou-me com força, fazendo meu corpo se voltar para o seu. Nesse mesmo instante, ela abriu um sorriso.

E puta que pariu.

Com toda certeza ele estava esbanjando malicia.

–– Você realmente esta pensando a mesma coisa que o Nash, não esta? –– sua voz saiu provocativa.

–– Nós somos homens, é normal que passe algumas coisas pela nossa cabeça.

–– Sim... –– uma de suas mãos chegou ao meu pescoço e foi até o meu cabelo, puxando-o com um pouco de força –– O que quer fazer Sammy?

Emily mordeu seus lábios.

ELA MORDEU OS LÁBIOS.

–– Se eu fizer o que eu quero fazer, com toda certeza, meu melhor amigo jamais irá me perdoar.

–– Eu sei... –– mais uma vez ela sorriu –– Mas por algum motivo eu não me importo.

A garota se afastou de mim, deixando-me completamente sozinho.

             –––– parem a musica.  ––––

                                  Point of View – Nate Maloley.

Mil coisas estavam se passando pela minha cabeça. Ver que alguém realmente não estava nem ai para mim, enquanto havia varias que me queriam... Isso me matava.

Eu e Cameron não conseguíamos dizer absolutamente nada um para o outro, provavelmente nós dois estávamos chocados.

Quando vi a loira se afastar de Sammy e entrar em um dos banheiros, percebi que seria a minha chance.

Sim, banheiro, sempre.

Não pensei duas vezes antes de correr até lá.

Por sorte, ele estava vazio. Emily deveria estar em algumas das cabines. Voltei ate a porta e a tranquei.

Assim ninguém nos atrapalharia.

Encostei-me à enorme bancada onde há as pias e fiquei aguardando até que a loira saísse... Foram uns cinco minutos, até que uma Emily de cabelo preso e um sorriso no rosto apareceu.

–– Você sabia que eu sinto seu perfume? –– ela riu enquanto abria a torneira –– Não sei, é um cheiro diferente. –– ela riu –– Mas é bom.

–– Você esta bêbada de novo, não esta?

–– Eu pensei que isso fosse obvio.  –– ela arqueou as sobrancelhas –– Mas eu posso saber o que você esta fazendo aqui? –– ela olhou em volta –– Tara por banheiros de novo?

–– Sim. –– comecei a me aproximar –– Sabe... Eu estava pensando em te prender.

–– Eu acho que você poderia até tentar...

Não deixei com que ela dissesse mais nada.

Puxei seu corpo contra o meu, suas mãos envolveram meu pescoço com certa agilidade. Juntei nossos lábios com força, minha língua não esperou nada para invadir sua boca e ela também não pareceu que precisava de tempo para isso.

Sua boca tinha gosto de vodka, tequila e hortelã.

Como? Não sei.

Desci minha mão para sua bunda e a apertei com força. Fazendo a loira pular em meu colo. Senti suas mãos puxando meu cabelo com toda força e aquilo me deixou totalmente maluco.

Estávamos começando a ficar com certa dificuldade para respirar, imprensei-a na parede e comecei a descer meus beijos para seu pescoço, onde acabei deixando algumas mordidas.

Isso arrancou gemidos da garota.

–– Não faz isso comigo... –– pedi com minha respiração totalmente falhada.

–– Eu posso fazer melhor.

Emily desceu do meu colo e senti sua mão saindo do meu pescoço. Começou a percorrer pelo meu peito, logo pela minha barriga, até que ela parou na barra da minha calça.

–– Basta você pedir Maloley... –– aproximei-me e mordi seus lábios.

–– Eu preciso mesmo? –– ela soltou uma risada safada.

Sua mão abriu o zíper da minha calça e ela sorriu ao ver o volume em minha cueca, onde ela passou a mão, dando uma leve apertada em meu membro.

Isso estava me matando.

Seus dedos ficaram passando por ali, até que foi a vez dela puxar a barra da minha cueca. Senti sua mão quente apertar meu membro que estava completamente excitado.

A garota me virou, colocando-me contra a parede. Nossos lábios se tocaram mais uma vez, sua língua invadiu minha boca, estávamos nos beijando, mais uma vez, de um jeito frenético. Sua mão apertou meu membro novamente, acabei deixando um gemido escapar.

–– Sabe... –– ela se aproximou do meu ouvido –– Eu posso te deixar maluco... –– acabei apenas concordando, nada sairia da minha boca naquele momento.

Emily desceu os beijos para o meu pescoço, foi descendo cada vez mais...

Puta que pariu.

Ela parou em frente à barra da minha cueca e sorriu mais uma vez por conta do volume.

Se ela demorasse mais, com toda certeza eu iria ficar maluco.

Antes que eu pudesse pensar em mais uma coisa, ela subiu novamente e se voltou para o meu rosto.

–– Você pensou mesmo que eu fosse pagar um boquete para você aqui nesse banheiro?

 A loira começou a rir e deu as costas para mim.

Puta que pariu.

                                  Point of View – Cameron Dallas.

Eu não estava mais agüentando aquelas luzes, não estava mais agüentando aquela musica, não estava mais agüentando aquelas pessoas, não estava agüentando mais ter que olhar para o Nash, não agüentava mais ter que olhar para o Sammy.

E muito menos agüentava imaginar o que a Emily estava fazendo com Skate.

Fui para saída lateral da boate, que resultava em um beco. Geralmente há casais transando por aqui, mas não foi o caso de hoje.

Graças a Deus.

Virei o resto de vodka que restava em meu copo.

Na verdade, beber foi a ultima coisa que me restou.

Comecei a sentir pingos de chuva... Mas que porra.

Iria chover em uma madrugada e em Los Angeles?

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da enorme porta de saída, além da musica que voltou a aparecer. Preferi evitar olhar para trás, provavelmente seria um casal que adoraria transar.

Mas como eles têm bom senso, vão me ver aqui e desistir da idéia.

–– Dallas... –– essa voz.

Virei meu corpo completamente e realmente era ela.

Emily sorriu para mim, mas dava para perceber o quanto ela estava bêbada.

–– Acho que esta na hora de irmos embora, você não esta bem.

–– Eu estou ÓTIMA. –– ela acabou gritando.

–– Eu estou vendo. –– aproxime-me e peguei em sua mão –– Vamos.

–– Não. –– senti meu braço ser jogado longe –– Vocês têm que parar de achar que podem decidir tudo por mim. –– ela me empurrou –– Eu faço o que eu quiser.

–– Não sobre a nossa responsabilidade Emily, você só tem dezessete, ou esqueceu?

Sim, eu iria discutir com uma bêbada.

–– Não, eu não esqueci. Sou mais nova que todos vocês. –– ela sorriu irônica –– Mas isso não te impediu de ficar comigo quando eu ainda era uma criança, não?

Ótimo.

–– Você não era uma criança e se nós ficamos foi porque teve seu consentimento também. –– tentei me aproximar de novo.

–– Você destruiu a minha vida Dallas, até hoje eu fico pensando em como pude me envolver com um babaca igual a você.

Puta que pariu.

–– Acho melhor você parar de falar ou...  –– já podia sentir sua respiração acelerada.

–– Ou o que? –– ela riu –– Vai me bater? –– seu olhar era desafiador –– Você é um estúpido. Não tem um dia que passe e não me arrependa de ter me envolvido com um cara tão sujo e ridículo como você.

Eu não podia mais ouvir isso.

Colei meus lábios aos seus, a garota tentou se soltar, mas comecei a segura-la com força. Como sempre, demorou questão de minutos para que ela desistisse de lutar contra o desejo.

Que no fundo eu sabia que ela sentia.

Sua boca finalmente se abriu, permitindo que minha língua entrasse ali e começasse a percorrer cada perímetro.

Minhas mãos seguraram sua cintura com força, enquanto suas mãos continuavam em meu peito.

Pude começar a sentir mais a chuva que estava caindo do céu e acho que já estava começando a ficar completamente ensopado.

Empurrei a garota contra a parede de concreto do beco, mas acabei empurrando com certa força, isso a fez morder meu lábio inferior, causando um pouco de dor, mas foi uma dor gostosa.

Minhas mãos saíram de sua cintura e foram ate sua bunda, onde apertei com bastante força, mais uma vez causando mordidas em meus lábios. Suas mãos saíram de meu pescoço e desceram para minha blusa ensopada, onde ela começou a desabotoá-la.

Ela se afastou um pouco e ficou observando o que estava fazendo, minha blusa estava totalmente colada ao meu corpo –– graças à chuva ––, sua paciência começou a se esgotar ao tentar desabotoar minha camisa, então a puxou com força, ela sorriu automaticamente ao ver meu abdômen totalmente descoberto.

É o que dizem...

Bêbado faz o que quer fazer quando está sóbrio.

Eu que não iria impedir.

Aproximei nossos rostos mais uma vez e toquei nossos lábios de uma maneira nada suave.

Senti suas unhas arranharem todo o meu peito, isso fez com que por um ato automático, uma de minhas mãos puxasse seu cabelo, enquanto a outra continuasse apertando sua bunda...

O barulho da musica voltou a ficar alta e isso fez com que nos assustássemos.

–– Acho que eu atrapalhei algo... –– virei para a porta e deparei-me com Nash –– Mas precisamos ir, Jake esta uma fera.

–– Vai indo na frente. –– pedi e o garoto de olhos azuis apenas assentiu.

Voltei para Emily, que agora estava mais distante. A garota estava terminando de se ajeitar, enquanto eu fui obrigado a abotoar minha blusa.

–– Fui salva pelo gongo. –– Emily sorriu irônica.

Estava demorando.

–– Eu sei que você queria isso tanto quanto eu. –– um sorriso debochado saiu de seu rosto e ela passou por mim, mas foi impedida por minha mão que segurou seu braço –– Você pode até não dizer nada, mas eu sei que essa não foi à primeira nem a ultima vez que a gente se beijou e vai se beijar assim.