História She Bad - Maloley.

Los Angeles - Califórnia.

16 de fevereiro de 2016.

                                  Point of View – Emily Miller.

Abri meus olhos com certa, na verdade, muita dificuldade. A luz insistia em entrar no meu quarto e incomodar totalmente os meus olhos.

Sentei-me na cama.

Puta que pariu.

Senti minha cabeça querendo explodir, tirei a coberta de cima do meu corpo, o que acabou revelando que eu estava de pijama.

Como? Não sei.

Toda noite anterior havia sido apagada da minha mente.

O que eu lembro? Nash empurrando Justin para longe de mim, depois todo o caminho até a boate e só.

Levantei da cama com dificuldade e fui cambaleando até o banheiro, apenas pensando em que não devo beber mais, pois isso acaba comigo. Abri a torneira da pia e fiquei observando a água gelada cair, ainda estava tomando coragem para enfiar a mão ali, lavar o meu rosto e escovar os meus dentes.

Mas assim eu fiz.

Voltei para o espelho e eu estava idêntica a um panda. Meus olhos completamente pretos e manchados por conta da enorme quantidade de rímel. Enquanto ao meu cabelo, parecia ter vários ninhos de mafagafos.

–– Emily? –– ouvi a voz no meu quarto e sai imediatamente do banheiro.

Deparei-me com duas figuras lindas.

–– Queridinhos, expliquem-me o porquê da minha cabeça estar doendo tanto e... –– respirei fundo –– PORQUÊ DE EU NÃO ME LEMBRAR DE ABSOLUTAMENTE NADA.

Nash e Sammy se olharam e começaram a rir, despertando uma enorme fúria dentro de mim. Os dois se jogaram na minha cama e eu fiz o mesmo. É óbvio que eu preciso saber o que aconteceu ontem.

–– Nós vamos te contar tudo. –– Nash disse com a voz mais calma do mundo, o que me deixou ainda mais irritada –– Mas você tem que prometer que não vai surtar.

–– Eu não prometo nada. –– falei.

–– Vamos começar por... –– o platinado queria fazer suspense –– Primeiro você e Nash quase ficaram, aí depois eu e você quase ficamos, logo depois você se trancou no banheiro com Skate, não me pergunte o que fizeram porque só Deus sabe e como se não fosse suficiente você pegou o Cameron no beco, também deve perguntar a Deus o que fizeram.

Meu queixo foi no chão.

Fiquei paralisada tentando recordar algum desses acontecidos de ontem. Mas infelizmente, só voltei a recordar da enorme dor de cabeça que eu estava sentindo. E agora doía ainda mais.

O garoto de olhos azuis e o platinado começaram a estalar os dedos na minha frente, ou qualquer coisa que tentasse me tirar do transe, só que foi um pouco difícil.

–– Eu fiz isso tudo? –– foi à única pergunta que saiu da minha boca.

–– Sim. –– responderam em uni som.

–– Vocês devem estar decepcionados porque não conseguiram me beijar, não é? –– tentei prender o riso, mas não consegui.

Resultado? Nós três começamos a gargalhar como doentes.

Assim que fomos recuperando o ar e começamos a tentar parar de rir, o que durou uns quatro minutos. Voltamos para o silêncio e ficamos encarando teto.

–– Eu realmente não me lembro de nada... –– quebrei aquele momento –– Eu só espero não ter transado com ninguém.

–– Não transou. –– Sammy garantiu –– O Nate estava tão puto que preferiu fazer o Paul o levar para casa e Cameron acabou indo junto.

–– Viraram amiguinhos?

–– Eles não querem falar com a gente. –– foi a vez de Nash –– Mas um dia eles superam.

–– Isso tudo por causa de mim? –– sentei na cama –– Meninos, isso não é certo.

–– Relaxa maluquinha, depois nos resolvemos.

Ficamos conversando por mais alguns minutos, minha dor de cabeça diminuiu só um pouco e eles me contaram que foi a Anne que colocou o pijama em mim. Ah, e teve o Jake que quase nos matou.

–– Então já acordou? –– falando no diabo –– Saiam os dois, preciso conversar com a minha irmã.

É, agora seria a minha dolorosa morte.

Los Angeles - Califórnia.

19 de fevereiro de 2016.

Tecnicamente, segundo o meu irmão, eu estou de castigo.

Decidi que não iria discutir com ele e respeitei o tal castigo por esses três dias. Mas hoje tive que sair com Eleanor para ver as coisas da festa dela que foi adiada para março.

Enrolada? Imagina.

O dia até que foi divertido, fizemos algumas coisas, compramos algumas roupas para no dia da festa ficar em duvida de qual vestir e ainda fomos à casa do Sammy comemorar o aniversario da mãe dele. Na verdade, só cantamos um “parabéns” e comemos bolo, não demoramos pois eu tinha que voltar para casa.

Mas esse não foi o ponto alto do dia.

O ponto alto do dia foi o meu irmão ter comprado um sapato da Yeezy –– marca do Kanye West –– e ter jogado isso na minha cara. Mas... Como nada é suficiente, ele também comprou aquela espécie de teclado, então o que acontece? Fico praticamente surda com essa quantidade de “remix” que ele faz.

Só que claro que não houve apenas isso. Meus queridos amigos resolveram discutir, só para não perder o costume, claro.

Todo aquele assunto da Kesha deu uma enorme repercussão. O que resultou na ridícula da ex-namorada do Carter, Maggie, a dar a entender que ela também foi sexualmente abusada. Então nisso o Johnson acabou favoritando um tweet, que o Carter viu e já foi arrumar confusão.

Confuso, não?

Mas como se só isso não bastasse, a minha querida Madison –– querida do Gilinsky também –– mandou uma indireta para Maggie, que mandou uma mensagem para ela e esse “print” foi parar no Twitter.

Melhor dia para confusão.

MAS MAIS UMA VEZ...

Aconteceu outra coisa no Twitter, mas dessa vez eu estava envolvida, porque como de costume, eu estava sendo mencionada na maioria dos tweets do Cameron, só que esse...

“@camerondallas: I want to be the person that makes your day”

Los Angeles - Califórnia.

20 de fevereiro de 2016.

Mais um dia completamente entediante e inútil para a lista de Emily Miller.

O que me salvou? Eleanor.

Ela quis continuar aqui em casa, nós aproveitamos que depois do almoço meu irmão saiu e escondemos o maldito teclado, já que fomos acordadas por ele. Mas o resto do dia foi totalmente produtivo.

Não fizemos absolutamente nada.

Deveria ser uma sete horas quando nos jogamos na cama do meu quarto e começamos a mexer em nossos celulares e a ver serie ao mesmo tempo, pois já não tínhamos mais o que conversar.

–– Emily, chegaram algumas coisas para você. –– Anne entrou em meu quarto.

Agradeço a Deus por ela estar ficando com a gente direto, já que seus netos viajaram com seu filho mais velho.

–– O que é? –– ela jogou algumas espécies de caixas em cima da cama –– Nossa, delicada.

–– Abre logo, porque eu estou curiosa. –– Eleanor puxou uma caixa, mas peguei da sua mão –– Nossa, eu só ia abrir uma.

Revirei os olhos e fui para primeira caixa, ao abri-la me deparei com dois moletons e uma blusa. O primeiro moletom era cinza e era da Magcon, o segundo moletom era preto e estava escrito “Cameron Dallas” e a blusa também era preta, mas nela estava escrita “Cameron Dallas é meu namorado”.

Coitado dele se acha que eu vou usar isso. Talvez a da Magcon, só.

Joguei a blusa em Els antes que ela falasse alguma gracinha.

Fui para segunda caixa e fui surpreendida por mais dois moletons preto, mas dessa vez um dos Jacks e outro do Nash.

Esses com toda certeza eu vou usar.

Finalmente fui para ultima e mais uma vez surgiu um moletom preto.

De quem agora? Skaterade.

Fiquei feliz por saber que a turnê do Skate estava grande a esse ponto.

–– EMILY! –– Els gritou, fazendo-me quase dar um pulo –– O Skate...

–– Sim, o moletom...

–– NÃO! OS SEGURANÇAS ACABARAM DE BATER NO NATE NO MEIO DO SHOW DELE.

Nesse momento eu senti meu coração parar.

Nova York – Nova York.

21 de fevereiro de 2016.

                                  Point of View – Nate Maloley.

Eu ainda estava um pouco assustado.

Sim, assustado e com muita raiva.

Já se passavam das quatro da manha, quase cinco na verdade, e eu não conseguia pregar o olho. Eu ainda estava preocupado com o Derek, ainda estava preocupado com as minhas fãs, por mais que eu tentasse acalmá-las no Twitter, eu sei que não esta tudo bem.

Sei que o que aconteceu no show pode ter acabado “traumatizando” algumas.

Mas eu não me arrependo do que fiz, era obvio que eu iria defender a minha fã daquele segurança, era obvio que eu iria me meter.

E eu faria isso de novo, quantas vezes fossem necessárias.

Por mais que tivesse ido ao medico, minhas costelas ainda doíam por corta do chute, sem contar a cabeça... Mas continuo dizendo, faria isso de novo.

Eu continuava focado no Twitter, lendo algumas mentions que estavam chegando e confesso que todas me emocionavam. Vê-las ali, dando um apoio a mim, ao Derek, ao resto da equipe, vê-las xingando a casa de show por nossa causa. Tudo isso estava mexendo comigo.

Eles têm que entender que: somos uma família.

E como eu disse; “don’t touch my fucking family, bro.”

Meus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta do quarto do hotel, mas eu não estava com nenhuma vontade de levantar para abrir a porta, se fosse alguma notícia do Derek, eu saberia pelo celular, ou com toda certeza Swazz já teria entrado aqui.

Finalmente as batidas se cessaram, mas o barulho de porta sendo aberta apareceu.

–– Como você não abre a porta para mim? –– praticamente dei um pulo ao ver a dona da voz.

A figura loira ficou parada a minha frente e acabou analisando todo o meu corpo, já que eu estava apenas de calça jeans. Antes que eu pudesse pensar em algo para dizer, senti seu corpo se chocando contra o meu –– o que resultou em um gemido de dor, da minha parte.

–– Você esta bem? –– Emily ainda estava com os braços agarrados em volta do meu pescoço –– Você não tem noção do quanto eu chorei no avião enquanto vinha para cá.

–– Espera... –– afastei-me um pouco e olhei em seus olhos –– Você chorou?

–– Claro Nate, eu vi o vídeo, quando a Eleanor me contou o que havia acontecido, eu senti meu coração parar, tentei me segurar a todo o instante, fiz Paul me deixar no aeroporto, por sorte consegui uma passagem para vir para cá, eu fiquei desesperada... –– a garota estava começando a falar tudo embolado –– Mas eu não podia deixar de vir aqui, eu não podia deixar de ver você...

Juntei nossos lábios de uma maneira suave, diferente de todos os outros beijos e a loira logo retribuiu. Minha língua invadiu sua boca e a dela fez o mesmo com a minha, tentei segurar sua cintura com mais força, só que infelizmente eu estava fraco demais para isso.

Emily acabou se afastando e sorriu de um jeito completamente diferente do que ela costumada sorrir, pelo menos não para mim...

–– Você esta bem? –– ela fez um leve carinho em meu rosto.

Meu Deus, eu que fumo e essa garota que fica louca.

–– Eu estou bem. –– sorri –– Mas e você?

–– Estou bem por você estar bem.

Tudo bem...

–– Com toda certeza você não esta bem. –– mais uma vez ela sorriu daquela maneira –– Você tem certeza?

–– Sim. –– ela depositou um selinho em meus lábios.

Ela definitivamente não esta bem.

Parei para observá-la por um instante e acabei sorrindo. Ela estava com uma calça de moletom preta, provavelmente seu pijama, e com o casaco da Skaterade.

Não preciso nem dizer que eu fiquei bobo.

–– Por que esta sorrindo? –– apenas apontei para o casaco –– Ah, adorei o presente.

–– Eu percebi. –– coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de suas orelhas e colei nossos lábios –– Mas como conseguiu entrar aqui?

–– Swazz. –– ela riu –– Falando nisso senhor Maloley, nós temos que fazer uma coisa.

–– Tipo? –– um sorriso malicioso brotou, mas acabei recebendo um tapa por conta disso –– Ai.

–– Então, havia algumas fãs na frente do hotel, elas estavam em duvida se você estava aqui ou não, mas quando elas me viram, tiveram total certeza. –– a loirinha riu –– Mas eu prometi a elas que desceria com você caso elas não contassem a ninguém que era aqui que você estava.

–– Serio? –– provavelmente agora eu estava sorrindo igual uma criança.

–– Sim, serio. –– ela pegou o meu casaco da tour que estava em cima da cama e jogou para mim –– Elas ainda me ameaçaram, disseram que se eu não descesse em trinta minutos, colocariam no Twitter.

–– Eu realmente tenho as melhores fãs.

Emily concordou comigo e esperou que eu vestisse o casaco, então assim eu fiz. Comecei a ser puxado para fora do quarto, logo depois para o elevador e ficamos esperando que o mesmo chegasse ao térreo. Não dissemos nada, apenas ficávamos trocando sorrisos.

Ainda não estou entendendo o que esta acontecendo com ela, mas estou gostando.

Assim que as portas do elevador se abriram, eu acabei indo na frente e estiquei a mão para que ela a pegasse.

Mas acontece que eu já estava esperando que ela negasse, ela podia estar diferente, mas não a esse ponto.

A loira olhou para a minha mão e sorriu, logo entrelaçando nossos dedos.

Deus me ajuda.

Fomos assim até a porta de entrada no hotel, onde já dava para avistarmos um grupo de seis meninas, que assim que nos viram vieram correndo a minha direção. Eu e Emily acabamos nos soltando para que eu pudesse abraçar todas de uma vez.

Sai do abraço das meninas e parei para analisar cada uma delas, que ainda estavam com os olhos arregalados.

–– Oi. –– falei rindo, o que fez com que elas pirassem –– Quero saber o nome de cada uma de vocês.

–– Meu nome é Polyana, mas pode me chamar de Polle. –– uma menina de cabelos castanhos escuros e olhos de mesma cor se pronunciou. Ela era consideravelmente baixa. Mais uma vez ela me abraçou forte –– Você é muito lindo.

–– Você que é. –– a apertei e logo voltamos a nos afastar.

–– Essa é minha irmã, Luana. –– Polle apontou para outra menina também morena, dos olhos castanhos, só que a mesma era um pouco mais alta.

–– Esta tudo bem? –– a Luana parecia congelada, seus olhos estavam se enchendo de lagrimas –– Você vai chorar? –– a puxei para um abraço e a apertei forte –– Por favor, eu estou aqui, não chora.

–– Você é maravilhoso. –– ela estava começando a soluçar –– Eu sou sua fã, eu sempre quis te conhecer, sempre foi um sonho e hoje eu consegui realizá-lo. –– mais lagrimas –– O que você fez no show foi incrível, você é incrível. –– mais uma vez eu a apertei forte.

–– Por favor, não chore mais. Eu estou aqui. –– tentei secar uma de suas lágrimas –– Muito obrigado por tudo. –– dei um beijo em sua testa –– E eu sempre farei tudo por vocês.

Voltei para as outras quatro meninas que estavam ali. A primeira que deu um passo a frente para me abraçar possuía a pele branca, os olhos castanhos e seus cabelos eram escuros.

–– Me chamo Angel. –– ela sorriu.

–– Angel como anjo? –– a garota assentiu com a cabeça –– Você realmente parece um. –– mais uma vez um abraço apertado.

–– Você não imagina o quanto eu te amo e o quanto eu me preocupo com você.

–– Eu também meu amor, vocês não imaginam o quanto são importantes para mim. –– olhei para as outras meninas –– Mas e você? –– apontei para uma garota de cabelos castanhos e cumpridos, seus olhos eram azuis claros, o que me lembrou um pouco os olhos do Hayes, além do mais ela possuía uma pele bem clara.

–– Laura. –– senti seu corpo se jogar ao meu e eu a apertei, levantando seus pés do chão. Ela era bem leve e bem mais baixa do que eu –– Eu estou tão feliz.

–– Eu estou mais ainda, acredite. –– dei um beijo em sua testa.

Voltei para as duas garotas que restavam, era engraçado, pois as duas estavam em choque. Mas a primeira garota que possuía o cabelo castanho e maior –– já que o cabelo das duas era de mesma cor –– correu para os meus braços.

–– Oi linda, qual é o seu nome? –– a apertei mais forte.

–– Pode me chamar de Vicky. –– sua voz estava abafada por conta do seu rosto em meu pescoço –– Eu te amo tanto.

–– Eu também te amo. –– voltamos a nos afastar e foi à vez da outra garota pular em meu braço.

–– Meu Deus, você é tão gostoso. –– gargalhei automaticamente com o que a garota de olhos castanhos havia acabado de falar –– Pode me chamar de Gaby.

–– É um prazer te conhecer Gaby. –– a coloquei de volta no chão.

As outras pararam de falar ao ver que eu já havia cumprimentado todas que estavam ali. Emily voltou a se aproximar e sorriu para as meninas.

–– O que nós vamos fazer agora? –– olhei para Emily –– Ou melhor, o que essa louca planejou para gente?

–– Nós vamos tomar sorvete. –– a loira respondeu sorrindo, no mesmo instante minha boca abriu e a das outras meninas também –– Nem adianta falar que todas as sorveterias estão fechadas, aqui é Nova York, bebê.

Já pude ouvir aquele “hm” malicioso de sempre.

[...]

Depois de uma hora rodando por Nova York, conseguimos achar uma sorveteria aberta, a loirinha tinha razão. Entramos naquele lugar que estava vazio e tinha um estilo legal, nos sentamos à mesa redonda. A loira acabou sentando ao meu lado e foi se criando a roda.

–– Olha, nós já falamos bastante no caminho, mas quero saber mais de vocês. –– falei e pude observar os sorrisos brotando nos rostos –– Que vocês são lindas eu já sei.

–– Nossa. Preciso que você me coma. –– Polle acabou deixando escapar o que causou um grande momento de gargalhadas.

–– Nós podemos pensar nessa possibilidade. –– pisquei para a mesma –– Mas eu lembro que você disse que tem dezesseis.

–– Isso não te impede de ficar com a Emily. –– Gaby falou.

–– Conheço vocês há uma hora e alguns minutos e já sei que nenhuma presta. –– foi à vez de a minha loira falar, arrancando risada das meninas.

–– Nós temos que combinar que não tem como prestar tendo Skate Maloley como ídolo. –– Laura disse, quando abri a boca para me defender... –– É mentira?

–– Claro que é. –– todas ficaram olhando para a minha cara –– Tudo bem, vocês têm razão.

–– Nós sempre temos. –– Angel piscou –– Mas agora está na hora de assumir, vocês estão juntos ou não?

Os olhos de Emily se arregalaram e o meu também.

–– Só esse pânico já respondeu tudo. –– Luana disse –– Mas seria ótimo se confessassem.

–– Nós somos só amigos. –– Emily respondeu, fazendo-me acompanhar as meninas enquanto reviravam os olhos.

–– EU DUVIDO. –– Vicky gritou –– Vocês acham que não reparamos que estão com o moletom da Skaterade e que saíram do hotel de mãos dadas?

1x0 para minhas fãs.

–– Além disse, ainda tem o hotel, é obvio que estão dividindo o quarto. –– Gaby piscou para Emily –– Aliás –– ela fez uma cara maliciosa –– É grande?

Os olhos de todo mundo naquela mesa, com toda certeza, se arregalaram.

–– Infelizmente ela não quis ver. –– fiz uma cara triste, o que acabou deixando Emily vermelha.

–– Eu vejo por ela. –– claro, Polle disse –– Mas falando serio, ele é um gostoso, como você resiste?

–– É Emily... –– virei para ela –– Como você resiste?

–– Você é a pior pessoa do mundo. –– ela me fuzilou com os olhos –– Meninas parem de dar moral para esse garoto, ele é chato.

–– Mas você parece gostar bastante. –– Laura sorriu maliciosa –– Assim como a gente.

–– Eu acho que você –– Angel apontou para mim –– Deveria lutar pelo o que você quer, não deve vacilar com ela, como alguém já fez.

–– EU SABIA QUE ERA VOCÊ A MENINA DO TWITTER. –– Emily gritou.

O que eu perdi?

–– Eu acho que você realmente deve ficar com ela. –– Luana focou nos meus olhos –– Porque dá para perceber o como se importa com ela.

–– E como. –– as outras meninas concordaram.

–– Vocês acham que lidar com essa garota é fácil? –– elas riram –– A concorrência é grande.

–– Então quer dizer que os outros meninos realmente querem se envolver com ela? –– Vicky arqueou as sobrancelhas.

Merda, acho que falei demais.

Finalmente consegui tirar o foco desse assunto e voltamos a conversar, foi assim até umas sete horas da manha. Nós fomos expulsos da sorveteria, eu tive que pagar mais que o que consumimos, pois quase destruímos todo o estabelecimento. Tiramos vários snaps, além de eu ter começado a seguir todas no Twitter.

Deixamos as meninas em um ponto de táxi, e eu fiquei lá com Emily até colocar a ultima dentro do mesmo.

Afinal, o que eu menos preciso é que mais alguém tente machucar minhas fãs.

Retornei para o hotel com Emily e nós já estávamos caindo de sono, devia ser umas oito horas da manha. Assim que entramos no quarto, eu me joguei na cama e Emily fez o mesmo.

–– Sabe, achei legal o que você fez hoje. –– a loira pareceu não entender –– Você ajudou aquelas meninas a me conhecerem.

–– Elas mereciam. –– Emily levantou sua cabeça para poder olhar em meus olhos –– E você também.

Sua boca começou a se aproximar da minha e logo pude sentir o gosto do sorvete de chocolate com menta, afinal foi o que ela havia escolhido. Estávamos em um beijo calmo, sem pressa... E isso estava me deixando cada vez mais impressionado com a loira.

Minhas mãos puxaram seu corpo para cima do meu e começamos a aumentar a velocidade do beijo. Nosso desejo voltou com tudo, mas Emily acabou se afastando.

Estava bom demais para ser verdade.

–– Eu preciso ir ao banheiro. –– ela saiu rindo e deixou-me frustrado naquela cama.

Tirei o moletom e voltei a ficar sem camisa. Graças a Deus a luz solar não iria nos incomodar, então iria poder dormir por horas e eu realmente preciso. Puxei a coberta para cima do meu corpo e senti algo tremer na cama.

Era o celular de Emily.

Eu juro que não queria ler nada, mas apareceu na tela;

“Eu espero que o Nate esteja bem, na verdade, eu já imagino isso, ele esta com você. Mas isso não quer dizer que eu vou desistir. xxCam”