História She Bad - Drama day.

Los Angeles – California.

14 de março de 2016.

                                  Point of View – Emily Miller.

Dois dias se passaram desde aquela confusão e se todos pensam que o clima aqui em casa melhorou, aconteceu tudo muito pelo contrario. Se eu e Jake nos esbarrássemos, com toda certeza, saia faísca e mais discussões.

Tivemos que agradecer por Anne e Paul estarem ali, se não já teríamos nos matado.

Nesse tempo, eu ignorei todos, o que já era de se esperar. Não respondia os gemêos, não respondia o Sammy, nem o Nash, nem o Hayes, nem nenhum dos outros garotos, principalmente...

Não respondia Cameron e Nate.

Eu só usava meu celular para tentar ligar para os meus pais e mandar mensagem, o que nunca dava certo, ou seja, deixava-me completamente desesperada, pois o que eu mais queria era voltar para a minha casa. Eu só precisava disso.

Não conseguia sair do meu quarto, só saia quando estava certa de que Jake não estava e quando a fome estava imensa, caso ele estivesse por aqui, eu preferia comer papel.

Resumindo, foram os dois dias mais infernizantes da minha vida.

Todo o meu pensamento foi interrompido por batidas na porta, mas pelo amor de Deus, eu não vou abrir, não adianta. Não preciso ver Jacob entrar em meu quarto só para encher mais o meu saco.

–– Emily... –– essa voz fez com que eu pulasse da cama –– Sou eu. –– mais uma vez eu não consegui acreditar, destranquei a porta sem pensar duas vezes, deparando-me com aquele sorriso doce –– Mamãe chegou.

–– Mãe. –– claro que eu a abracei, quase a derrubando, já que minha mãe é mais baixa que eu e meu irmão...

Merda.

–– O que você esta fazendo aqui? –– comecei a puxá-la para dentro do quarto e encostei a porta.

–– Geralmente as mães gostam de passar seus aniversários junto dos filhos.

Puta que pariu.

Merda.

–– PARABENS MÃE. –– gritei e a abracei com mais força –– Desculpe, eu realmente...

–– Eu sei, também vim para consertar essa briguinha ridícula entre você e o seu irmão.

Automaticamente meus olhos se reviraram.

–– Nada que você diga vai me fazer mudar de idéia, eu não quero mais mroar aqui, eu quero voltar para o Brasil e não adianta tentar impedir.

–– Mas não é você que escolhe.

–– Sim, sou eu que escolho agora. Não é possível que a senhora vá ser tão ruim a ponto de me deixar com ele. –– com certeza meus olhos estavam implorando por piedade.

–– Emily, você esta falando como se seu irmão tivesse te maltratado.

–– E ele me maltratou.

–– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO. –– assustei-me ao ver Jacob entrar em meu quarto.

Mas que merda, ele estava ouvindo a conversa?

–– POR QUE VOCÊ ESTAVA OUVINDO A CONVERSA? –– acabei gritando também.

–– PORQUE EU SABIA QUE VOCÊ IA FALAR MERDA PARA NOSSA MÃE, COLOCANDO SOMENTE A CULPA EM MIM, COMO SEMPRE FEZ.

–– EU SOU IRMÃ MAIS NOVA JACOB, É ISSO QUE IRMÃS MAIS NOVAS FAZEM. –– sorri irônica –– MAS DE QUALQUER MANEIRA, EU NÃO MENTI.

–– CLARO QUE VOCÊ MENTIU, ATÉ PORQUE É SÓ ISSO QUE VOCÊ TEM FEITO ULTIMAMENTE.

–– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO.

–– OS DOIS PAREM AGORA. –– o grito da minha mãe acabou nos assustando –– Isso que eu ganho de aniversario? Ver os meus dois filhos quase se matando?

–– A culpa é desse idiota de só estar se preocupando com a fama.

–– A culpa é sua de ficar agindo como piranha.

Senti uma facada em meu peito.

–– JACOB. –– minha mãe o reepreendeu.

–– É ISSO MESMO, E QUER SABER O QUE MAIS? –– ele debochou –– O CAMERON ESTAVA CERTO EM TER TE LARGADO E SEGUIR O SONHO DELE, PORQUE IMAGINA O COMO ELE SERIA CHAMADO DE CORNO AGORA. ISSO TUDO PORQUE VOCÊ SÓ SABE AGIR COMO UMA PIRANHA.

–– O QUE É ISSO JACOB? –– a voz do meu pai invadiu o espaço.

Já podia sentir meus olhos marejando. Como meu irmão havia falado aquilo para mim? Tipo... Ele é meu irmão.

–– EU NÃO ADMITO QUE VOCÊ FALE ASSIM COM A SUA IRMÃ.

–– ASSIM QUE ELA PARAR DE AGIR COMO PIRANHA, EU PARO.

–– PARA DE ME CHAMAR DE PIRANHA, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO. –– foi à única coisa que saiu –– VOCÊ É RIDICULO JACOB, RIDICULO.

–– EU REALMENTE QUERO QUE VOCÊ VÁ EMBORA.

–– POR MIM EU JÁ TERIA IDO HÁ MUITO TEMPO.

–– PAREM OS DOIS.

–– VOCÊ NÃO PODE MANDAR SUA IRMÃ IR EMBORA. –– minha mãe já estava chorando.

–– SIM, EU POSSO. É O MEU APARTAMENTO, EU COMPREI COM O MEU DINHEIRO, ENTÃO SÓ ENTRA AQUI QUEM EU QUERO.

–– SAI DO MEU QUARTO AGORA.

–– SEU QUARTO? –– Jake riu –– POR FAVOR. VOCÊ O COMPROU?

–– ENTÃO EU SAIO E VOCÊ FAÇA QUESTÃO DE ENFIAR ESSE QUARTO NO...

–– EMILY ELIZABETH MILLER NÃO OUSE COMPLETAR ESSA FRASE. –– por incrível que pareça os meus pais disseram isso juntos.

–– VOCÊS SÓ PODEM TER PERDIDO A NOÇÃO. –– agora meu pai iria começar o discurso –– EU REALMENTE NÃO ADMITO QUE VOCÊ FALE ASSIM COM A SUA IRMÃ, JACOB, VOCÊ ESTÁ ME ENTENDO? QUERENDO OU NÃO, VOCÊ SENDO MAIOR DE IDADE OU NÃO, VOCÊ ESTANDO COM VINTE TRES OU SESSENTA, EU SEMPRE VOU MANDAR EM VOCÊ E EXIJO QUE ME RESPEITE E OBEDEÇA. –– Jake revirou aos olhos –– ENQUANTO A VOCÊ –– claro que ia sobrar para mim –– VOCÊ TEM QUE RESPEITA-LO.

–– CLARO QUE EU VOU RESPEITAR UMA PESSOA QUE ME CHAMA DE PIRANHA, CLARO. –– era totalmente clara a ironia em minha fala.

–– NÃO TENHO CULPA SE É ISSO QUE VOCÊ ESTA VIRANDO.

–– JACOB HARRIS MILLER. –– ele foi repreendido.

–– NÃO. –– ele pediu que ficassem em silencio –– AGORA EU VOU FALAR TUDO. A PARTIR DO MOMENTO QUE VOCÊS JOGARAM ESSA GAROTA PARA MORAR COMIGO, EU VIRO O RESPONSÁVEL POR ELA, ENTÃO ELA TEM QUE VIVER EMBAIXO DAS MINHAS REGRAS E TEM QUE ENTENDER QUE EU NÃO POSSO TER UMA IRMÃ QUE SAI FICANDO COM TRÊS EM UMA FESTA.

–– ENTÃO EU LAMENTO, PORQUE É ESSA A IRMÃ QUE VOCÊ TEM. –– eu já estava chorando muito –– COMO VOCÊ PODE SE TORNAR TÃO SUJO ASSIM? VOCÊ É RIDICULO.

–– NÃO ME IMPORTO, SÓ VÁ EMBORA DA MINHA CASA.

–– É EXATAMENTE ISSO QUE EU PRETENDO FAZER.

–– CALEM A BOCA. –– meu pai deu um soco na porta, fazendo o silêncio reinar naquele lugar –– JACOB VOCÊ VEM COMIGO AGORA.

Meu irmão saiu do quarto batendo a porta e meu pai depositou um beijo na minha testa dizendo que ia ficar tudo bem. Virei para minha mãe e ela chorava como se um pedaço dela tivesse sumido, o que resultou em me fazer chorar mais ainda.

Seus braços se envolveram em volta do meu corpo e eu o senti amolecer por completo, agora eu chorava feito uma criança.

Como o meu próprio irmão poderia ter falado aquelas coisas para mim?

–– Mãe... –– tentei parar os soluços e sequei suas lagrimas –– Eu não posso mais ficar aqui...

–– Você também não pode voltar para o Brasil, Emily. –– então ela começou a chorar mais –– Você sabe que não.

–– Mas eu também não posso ficar aqui. –– foi à vez de ela secar algumas lagrimas –– Eu prometo que não vou te decepcionar de novo, mas, por favor, não me obrigue a ficar, além do mais, nem ele me quer mais aqui.

–– Por favor, não fale isso. –– mamãe voltou a chorar –– Eu não posso ver meus filhos seguindo caminhos distindos, não posso vê-los se afastar, muito menos se odiar, eu não mereço isso Emily. –– eu a abracei –– Eu sei que ele falou péssimas coisas para você, mas ele é seu irmão, estava de cabeça quente.

–– Ele me chamou de piranha mãe. –– falei incrédula.

–– Ele é seu irmão...

–– Mais um motivo para ter não ter feito isso. –– afastei-me e olhei em seus olhos –– Mãe...

–– Por favor, ele é seu irmão.

–– Deixe-me voltar...

[...]

Depois de conseguir fazer minha mãe parar de chorar e principalmente, eu conseguir parar de chorar. Ela decidiu descer para tomar uma água com açúcar acompanhada de Anne e o meu pai veio aqui logo em seguida, ele disse que conversou com o Jake e que me deixaria de livre arbítrio, ou seja, se eu queria ir ou ficar.

E eu escolhi ir.

Já estou certa de que não há mais o que eu possa fazer aqui em Los Angeles. Preciso do Brasil. Preciso do Rio de Janeiro. Preciso dos meus amigos brasileiros.

Preciso da Natalia.

Ouvi batidas na porta, mas ignorei, não queria mais conversar com ninguém, só iria sair do quarto quando meus pais fossem me chamar para pegar o meu vôo.

Obvio que as batidas não se cessaram, então tive que ir até lá, ao abrir a porta, deparei-me com um Jacob de olhos inchados, não muito diferentes do meu, tentei fechar a porta, mas ele foi mais rápido.

–– Eu vou gritar o meu pai e vou falar que você esta me agredindo. Ai sim eu vou ser mentirosa. –– debochei –– Agora sai. –– ele não se mexeu –– E fique tranqüilo seu quarto estará vazio amanha de manha.

–– Não vá. –– foi o que saiu da boca daquele ser –– Eu sei tudo que eu falei e eu sei que não deveria, mas, por favor, não vá.

–– Tarde demais. –– apontei para a mala aberta que estava em cima da cama, apenas aguardando ser completamente enchida de roupa.

–– Por favor, desculpa o seu irmão.

–– Agora você é irmão de piranha? –– Jake tentou pegar as minhas mãos, mas eu me afastei, fazendo seus olhos se encherem de lagrimas –– Não.

–– Eu enlouqueci Emily, eu perdi a cabeça. –– era nítido a quatidade de lagrimas que estavam prestes a sair –– Eu não podia ter feito isso com você, você é minha irmãzinha e confesso que fui egoísta, eu só pensei em mim, pensei no que a mídia iria achar e em três minutos que eu vi o twitter, eu morri. Não conseguia ver as pessoas te xingando. –– Jake já estava chorando como uma criança –– Ainda mais porque eu conheço os garotos Emily, não podia vê-los te magooar.

–– Mas nenhum deles me magoou como você. –– meus olhos já estavam cheios de lagrimas –– Não há mais nada que você possa falar.

–– Sim, há. –– ele tentou secar suas lagrimas –– Por favor, perdoe-me. Eu não deveria ter falado aquelas coisas horríveis para você, eu não deveria ter falado do Cameron, porque eu acho que ele foi um babaca em ter feito isso e sei que se estivesse com ele, tudo seria diferente. Eu jamais deveria ter falado que queria que você fosse embora, você é minha irmã, eu te amo e ter você aqui foi a melhor coisa que me aconteceu. –– sua voz estava misturada com os soluços e automaticamente juntavam com os meus, já que chorava como uma criança também –– Por favor, Emily, não vá.

–– Eu sei que você é meu irmão e sempre vai ser, mas não adianta você falar nada agora Jake... –– sequei minhas lagrimas –– Sabe... Por um momento eu pensei que você estava certo, até porque eu estava sobre sua responsabilidade e não podia vacilar, pois qualquer coisa sujaria a sua imagem –– falei essa parte com nojo –– e o pior, iria me expor, como foi o que aconteceu. Mas você querer jogar isso tudo na minha cara e principalmente jogar o seu dinheiro? –– forcei uma risada que, obviamente, foi acompanhada de lagrimas –– Esse realmente não é o irmão que eu sempre tive.

–– Emily... –– fiz sinal para que ele não dissesse nada.

–– Se eu sujei a sua imagem Jake, do fundo do meu coração –– coloquei a mão no mesmo, acabei apertando o meu cordão –– eu sinto muito e peço desculpas por isso. –– mais lagrimas –– Só que o que você falou, na verdade, o que falamos um para o outro não vai ser esquecido tão cedo, então eu realmente acho melhor darmos um tempo, sim, irmãos dando um tempo, engraçado não? –– aquela risada falha. Os olhos do meu irmão liberavam lagrimas atrás de lagrimas –– Agora se você me der licença, eu tenho uma mala para arrumar e logo em seguida, liberarei o seu quarto.

Segui ate a porta e abri, mas uma vez Jacob me olhou com aqueles olhos vermelhos que não paravam de chorar e eu me controlava para não acontecer o mesmo, finalmente ele decidiu andar, mas antes de sair, parou a minha frente.

–– Eu te amo. –– e saiu.

Fechei a porta e encostei meu corpo na mesma, ai que eu não consegui parar de chorar, escorei-a até chegar ao chão e agi como uma criança. Enfiei meu rosto em meu joelho e chorei mais...

Chorei ate soluçar.

Esfreguei os olhos com força, tentando afastar aquela vontade de chorar e levantei-me rapidamente, fui direto ao meu closet e comecei a tirar todas as roupas que estavam ali e jogá-las dentro da mala.

Não. Eu não me importava com a bagunça ou com o fato delas ficarem amassadas.

Senti meu celular tremer em meu bolso, eu não queria atender ninguém, mas ao ver aquele número, foi completamente necessário.

–– O que aconteceu com você? –– mais uma vez a vontade de chorar apareceu.

–– Não importa agora, só quero que saiba que eu estou voltando.

–– Você realmente vai voltar? –– sua voz parecia animada, mas depois ela se controlou –– Espera. O que houve?

Antes que eu pudesse responder, ouvi a porta do meu quarto se abrir, respirei fundo, não precisava de mais um momento de choro.

–– Depois eu falo com você. –– desliguei a chamada sem esperar que a Natalia respondesse –– Jacob, eu já disse...

–– Não é o Jake. –– assustei-me e acabei virando para o dono da voz.

–– Cameron?

                                  Point of View – Cameron Dallas.

Depois de todas as chamadas não atendidas, todas as mensagens não lidas, um dos Miller finalmente deu sinal de vida.

E foi Jake.

Ele chorava ao telefone, pedindo para que eu fosse até o seu apartamento e tentasse conversar com a sua irmã, óbvio que eu não pensei duas vezes.

–– Jake me ligou. –– respondi a pergunta.

–– Por que ele te ligou?

–– Porque ele quer que eu te convença a não ir. –– Emily soltou um sorriso debochado –– O que foi?

–– Não seria mais fácil ele chamar um dos meninos ou o Nate?

Aí.

–– Não, não seria. –– forcei um sorriso –– Querendo ou não seu irmão sabe que eu me importo com você e sabe o carinho que sinto por você. –– seus olhos estavam fixados aos meus –– E ele sabe que é recíproco.

–– Claro, com certeza é. –– era claro a ironia em sua voz.

              –––– coloquem “When i look at you” da Miley Cyrus ––––

–– Por mais que eu tenha sido ruim Emily, eu sei que fiz muitas coisas por nós e que consegui fazer você feliz. –– comecei a me aproximar –– E você também sabe disso. –– coloquei um fio de seu cabelo para trás –– Desculpa por ter feito todas aquelas besteiras e realmente sei que vai ser difícil você me perdoar, talvez isso nunca aconteça. –– sorri fraco, obvio que eu estava tentando disfarçar a tristeza –– Mas, por favor, não vá embora. –– segurei seu rosto, o que fez com que ela se assutasse –– Você não precisa pensar em mim, pense no seu irmão, tudo que ele disse foi da boca para fora. Pense nos meninos, se você quiser, pense até no Nate. –– senti uma pontada em meu peito –– Mas não vá para longe de novo.

–– Ninguem vai me convencer Cameron, eu já estou decidida. –– ela se soltou –– Agora vá embora, eu tenho uma mala para arrumar.

–– Eu não posso ir embora. –– abaixei minha cabeça –– Eu não posso te deixar ir embora de novo. –– voltei a olhar para garota –– Eu sei o que seu irmão disse durante a discussão e ele estava errado. –– seus olhos se arregaralam –– Eu jamais deveria ter acabado tudo com você para ter essa vida que tenho agora.

Voltei a me aproximar, Emily não dizia uma só palavra, muito menos se movia.

–– Quero que me perdoe por tudo, perdoe seu irmão e eu realmente quero te ver feliz. –– voltei a segurar seu rosto –– E sei que o seu feliz é aqui, com os meninos, com seu irmão. –– meus olhos se fixaram em seus lábios –– E comigo.

–– Você só pode estar brincando. –– ela riu.

–– Não, eu não estou.

Colei nossos lábios com certa rapidez, o que acabou assutando, segurei sua cintura com força e puxei seu corpo contra o meu. A garota estava tentando se soltar, mas não demorou muito para que ela acabasse se entregando e permitisse que eu a beijasse de verdade. Minha língua percorreu cada perímetro de sua boca, enquanto uma de minhas mãos subiu para sua nuca, o que resultou em uma puxada de cabelo. Emily colocou seus braços em volta do meu pescoço.

–– Por favor, não vá. –– nossos lábios ainda estavam colados –– Eu preciso de você.

Ela permaneceu em silêncio e voltou a me beijar, nossos corpos começaram a caminhar até a cama, o que resultou em cairmos. Ajeitei a garota na cama e foquei meus olhos nos seus e mais uma vez nossos lábios se tocaram de uma maneira suave, comecei a descer os beijos para o seu pescoço, enquanto a garota arranhava minha nuca, o que me deixava completamente louco.

Desci minhas mãos para uma de suas coxas e a apertei levemente, as pernas da garota se abriram e eu enfiei meu corpo ali, voltei a alisar sua coxa e fui subindo ate sua bunda, onde apertei com força, fazendo-a se contorcer e acelerar sua respiração.

Eu necessitava do seu corpo e sei que ela também necessitava do meu, fiz mais pressão do meu membro sobre sua intimidade, deixando-a cada vez mais louca. Suas mãos foram direto para o zíper de minha calça e a garota não pensou duas vezes antes de puxá-la, fiz o mesmo com sua blusa, deixando-a somente de sutiã e obviamente fiz o mesmo com o seu short, tacando-o longe.

Passei meus dedos por sua intimidade e já podia senti-lá molhada. Hoje não daria para preliminares, hoje não daria para provocações, eu só queria que o meu corpo estivesse em um completo contato com o dela. Emily puxou minha camisa e eu a ajudei. O volume em minha cueca era claro, a garota começou a puxar a barra para baixo, enquanto eu distribuía beijos em seu pescoço e descia para os seus seios, chupando-os.

Abri mais um espaço entre suas pernas e parei meu rosto, mais uma vez, em frente ao seu. Nossos olhos estavam completamente fixados um no outro e eu voltei a me aproximar, nossos lábios se tocaram de uma maneira suave, mas tive que interromper.

–– Você tem certeza?

–– Pela primeira vez, sim... –– seus lábios se juntaram aos meus e eu a penetrei.

Meus movimentos começaram a se acelerar, deixando escapar vários gemidos de Emily em meus ouvidos, mas não só os dela, pois isso me deixava louco. Puxei seu braço para cima e entrelacei nossos dedos, mais uma vez aumentando os movimentos, voltamos a nos encarar e cada vez tínhamos mais certeza de que estávamos completos com aquilo.

Estavamos completos por nos termos de novo.

Pelo menos eu estava.

Toquei nossos lábios delicadamente e dei mais algumas entocadas, logo cai ao seu lado, uma de nossas mãos continuou entrelaçada. Puxei-a para colocar a cabeça em meu peito e assim ela fez.

–– Não há nada que eu possa fazer para você ficar?

–– Você sabe que não. –– ela forçou um sorriso, mas eu conhço essa garota, ela não estava bem –– Eu não posso mais ficar aqui.

–– Emily...

–– Eu nunca pensei que meu irmão me magoaria tanto sabe? –– tentou rir, mas era claro as lagrimas em seus olhos –– Ele agiu como se eu fosse qualquer uma.

–– Por favor, não chore. –– tentei secar suas lagrimas –– Você sabe que ele estava de cabeça quente.

–– É, mas ele vai ter que esfria-la. –– levantei seu rosto e toquei nossos lábios –– Prometa para mim que não vai contar aos meninos que estou indo.

–– Mas...

–– Prometa! –– seus olhos praticamente imploravam.

–– Eu prometo, se você prometer que um dia vai voltar para mim.

–– Não posso prometer o que será completamente impossível.

Los Angeles – California.

14 de março de 2016.

                                  Point of View – Emily Miller.

Abri os olhos ao ouvir meu pai me chamar, é... Estava na hora.

Pulei da cama e fui direto para o banheiro, tomei um banho gelado, fiz todas as minhas higienes e voltei para o meu quarto, deveria ser umas cinco da manhã.

Peguei a calça de moletom e a enfiei com pressa, fiz o mesmo com a blusa, que por incrível que pareça também era moletom, mas estava mais para uma regata com capuz, calcei um tênis qualquer. Prendi meu em um rabo de cavalo e não fiz nada em meu rosto, nada tirararia aquelas olheiras e o inchasso delas mesmo.

Como se não bastasse ter chorado a noite inteira, eu chorei com Cameron a noite inteira, ele tentava me ajudar de alguma maneira, mas ele sabia que não seria possível nada disso e eu havia pegado no sono em seu peito, só que de madrugada pude ouvi-lo dizer algumas coisas enquanto se despedia, sim, ele não quis me acordar, mas sem perceber já havia feito.

Joguei meus perfumes dentro da mala, afinal era a única coisa que faltava, e a fechei. Havia acabado e eu já podia ir embora.

Dei uma ultima olhada naquela vista, o sol estava nascendo, voltei a percorrer meus olhos pelo quarto e parei no famoso porta-retrato.

Meu pai, eu, Jake e minha mãe.

A típica família perfeita.

Mas não.

Esfreguei meus olhos com força, já os sentia arder e eu não podia chorar de novo.

Peguei a mala e sai daquele quarto, não ousei mais olhar para trás. Desci as enormes escadas e deparei-me com meus pais, Anne e Paul na sala. Sorri fraco ao ver que eles haviam percebido a minha presença.

–– Você realmente quer ir? –– Anne se aproximou, apenas sacudi a cabeça afirmando –– Eu vou sentir tanto a sua falta pequena Emily.

Eu a abracei forte, mas muito forte mesmo. E logo depois fui falar com Paul, estava praticamente impossível segurar todas às lagrimas que queriam sair, mas eu consegui.

Ouvi um barulho na sala, mas evitei olhar para trás, eu sabia que era Jacob.

Sai do apartamento sem pensar duas vezes e corri para chamar o elevador, que graças a Deus chegou bem rápido. Fiquei esperando por todos no estacionamento e não demorou muito para que os meus pais aparecessem acompanhados de Paul.

Entramos no carro e foram quarenta minutos completamente depressivos ate o aeroporto, aproveitei para ler algumas mensagens, havia muitas dos gêmeos, havia do Nate que estava desesperado, havia de Sammy e Nash, mas esses já estavam putos com a minha demora para responder.

Imagina quando soubessem que eu estava indo sem me despedir.

Meu celular tremeu uma vez.

“Eu já disse tudo enquanto você dormia, mas eu quero que você saiba que eu preciso de você aqui. E eu não posso deixá-la ir. Eu não posso te perder de novo. xxCam”

Mais uma vez;

“Se apenas eu tentar te convencer não foi o suficiente, todos devem saber. Eu vou quebrar nossa promessa, eu sinto muito. xxCam”

E foi ai que meu celular começou a tocar, tremer e praticamente explodir.

Os meninos estavam implorando para que eu não fosse embora e todos tentavam me ligar ao mesmo tempo.

Merda Cameron.

Senti as lágrimas descerem, isso não podia estar acontecendo, eu não podia estar tão sensível.

O carro finalmente parou e praticamente pulei dele, corri para dentro do aeroporto e só estava aguardando os meus pais para irmos direto à sala de embarque. Eu estava nervosa, muito aflita.

Chamaram nosso vôo e foi ai que eu me desesperei de vez.

Eu iria embora.

Forcei minhas pernas a andarem até lá, meus pais me olhavam com pena, o que me dava raiva, porque se tem uma coisa que eu odeio é isso.

Cada passo que eu dava era mais um aperto em meu coração e foi assim até ouvir gritos.

Automaticamente o meu corpo parou e eu me virei.

Ver aquela figura totalmente conhecida por mim se aproximando enquanto corria, e que mesmo estando de capuz, atraia atenção de algumas garotas.

Permaneci parada esperando ele parar em minha frente e foi exatamente o que aconteceu.

–– O que você esta fazendo aqui?

–– Impedindo a minha irmã de pegar o avião e voltar para aquele país. Quero que ela saiba que o lugar dela é com seu irmão mais velho, que é um idiota. –– Jake revirou os olhos –– Quando a mamãe descobriu que estava grávida de você, eu quase morri, eu não queria aceitar de maneira alguma, mas quando você nasceu Emily... Foi tudo diferente. A primeira vez que te peguei no colo, senti um mundo ali, senti o mundo que eu deveria proteger, senti que havia uma menininha que sempre precisaria dos cuidados do seu irmão mais velho e foi sempre assim até você completar doze anos. –– seus olhos estavam cheios de lágrimas e os meus também –– Mas eu deixei você se mudar por conta do meu sonho. Eu fui egoísta, eu sei. E pelo visto não me toquei que você sempre esteve ao meu lado, mesmo distante, mas acontece que eu esqueci o principal, eu me esqueci de me preocupar com você e esqueci de sempre te defender, então eu fiz todo aquele meu trabalho de doze anos ser jogado no lixo, o que eu jamais deveria ter feito. –– lagrimas escorreram –– Porque você é e sempre vai ser a minha pequena Emily e independente de tudo que aconteça, eu sou seu irmão e sempre ficarei do seu lado. Eu preciso que você me desculpe. Eu preciso que você fique comigo.

–– Ultima chamada para o vôo 155 para o Brasil. –– o locutor do aeroporto avisou.

–– Quero te mostrar uma coisa. –– meu irmão enfiou a mão no bolso e tirou vários papeis dali –– Você lembra que a cada ano fazia uma carta diferente para mim? –– sacudi a cabela afirmando –– Eu sempre guardei todas. Sempre. E a ultima sempre foi a mais importante, pois nela você dizia que mesmo longe nada iria nos afastar. Que nunca iríamos nos magoar e eu também te mandei uma carta dizendo que isso jamais iria acontecer. –– mais lagrimas –– Só que seu irmão falhou. Então Emily...

–– Jake... –– fui interrompida.

–– Seu irmão precisa de uma ultima chance. ––  mais lagrimas ––  Eu, Jacob, preciso de você.