História She Bad - Opportunities.

Los Angeles – California.

15 de março de 2016.

                                  Point of View – Jake Miller.

Com toda certeza meus olhos se encontravam inchados e completamente vermelhos. Minha vista estava embaçada correndo risco de me fazer acabar batendo o carro em alguma coisa.

Mas se eu me importava? Não.

A raiva que eu estava sentindo de mim mesmo, só aumentava. A tristeza de ver que a minha irmã havia partido, só aumentava também.

Tentei passar na casa da Mad, mas pelo que parece, Anne foi mais rápida e pediu para que ela fosse direto ao meu apartamento, pois eu precisaria dela.

E isso é totalmente verdade.

Eu jamais iria me perdoar por todas as besteiras que falei para minha pequena e mais ainda por tê-la deixado ir.

Que tipo de irmão eu sou? O mais babaca do mundo, claro.

Entrei na garagem do prédio com a maior velocidade, naquele momento eu não me importava se havia alguem ali, e parei o carro de qualquer maneira.

Mas que porra... Eu só precisava do meu quarto, da minha namorada.

E da minha irmã.

Tranquei o carro e comecei a apertar o botão do elevador varias vezes, só queria que chegasse mais rápido, mas parece que Deus ouviu minhas presses e isso aconteceu.

Senti minhas pernas saltarem dali ao chegar ao qüinquagésimo quarto andar, andei cada vez mais rápido até a porta do meu apartamento e estava péssimo para abri-lo.

Era o desespero de entrar logo, junto com os olhos enchendo de lagrimas pela milésima vez.

Finalmente consegui abrir a porta e entrei correndo, deparando-me com rostos bem conhecidos.

–– O que... –– fui interrompido.

–– Cadê ela? –– todos os garotos perguntaram ao mesmo tempo.

Apenas senti minha cabeça abaixar.

–– Ela foi embora.

Os olhar de desespero saiu e o de tristeza entrou no lugar. Estavam do mesmo jeito que eu, mas acredito que minha cara já estava bem pior.

–– Como você deixou? –– Cameron abriu a boca para perguntar.

–– Você acha que eu queria isso? Não podia pegá-la no colo e sair correndo.

–– Mas deveria. –– foi à vez de Skate.

–– Jake... –– Nash e Sammy iam começar.

–– Meninos, já chega! –– minha namorada pediu –– Ele já está mal o suficiente, não precisam piorar.

Seus dedos se entrelaçaram aos meus e eu acabei sorrindo fraco.

Era bom ter a Mad sempre.

Era bom ter uma mulher tão incrível ao meu lado.

Comecei a ser puxado e sentamos no sofá, todos os outros continuavam olhando para o meu rosto, como se quisessem tirar alguma coisa de mim, como se quisessem uma resposta.

Uma resposta que eu não tinha.

“Eu fui um babaca e perdi a minha irmã.”

Só isso que eu poderia dizer.

–– Jake. –– fui tirado dos meus devaneios por Wes –– Ela vai voltar.

–– Não vai. Eu a conheço.

–– E nós também. –– Sammy disse.

–– Ela vai voltar atrás. –– foi à vez de Nash.

–– Emily voltar atrás? –– forcei uma risada –– Vocês realmente não a conhecem.

–– Nisso eu tenho que concordar. –– Cameron falou mais uma vez –– Eu tentei...

–– Como se você tentando fosse o suficiente para ela desistir de ir. –– agora foi Skate.

–– Por que você não veio então fodão?

Eles realmente iriam começar a discutir pela minha irmã.

Apenas bufei e tentei me desligar de toda aquela confusão que eles haviam começado, afinal, estavam discutindo de verdade. Mad continuava fazendo carinho em minha mão e meu cabelo, tentando de alguma maneira me acalmar.

Mas não era possível.

–– Já acabaram? –– chamei a atenção dos meninos –– Podem parar de discutir já.

O silêncio surgiu.

Ninguém conseguia dizer mais nada, só olhar um para cara do outro, nossos olhares já demonstravam tudo: não estávamos bem.

–– MEU DEUS. –– assustei-me –– Que clima, parece até que alguém foi embora.

Aquele sorriso.

Praticamente pulei do sofá e fui correndo até a porta de entrada, eu havia esquecido aberta, e minha irmã estava ali.

Senti seu corpo pular no meu e eu a abracei forte, como se nunca mais fosse soltá-la, na verdade, era isso que eu queria mostrar.

Eu não deixaria minha irmã ir de novo.

–– Eu pensei que...

–– Que eu tivesse ido. –– ela riu –– Eu desisti quando já estava quase embarcando, então sai correndo atrás do Paul –– Emily apontou para ele –– e ai nós viemos para cá. Sabe aquela cena de filme? –– minha irmã fez uma cara pensativa –– Então, foi igualzinho.

Só consegui rir e abraçá-la mais uma vez.

–– Então você me desculpou?

–– Obvio Jacob, se eu não tivesse desculpado não estaria aqui. –– isso era verdade –– Mas tem algumas condições.

–– Todas que você quiser.

–– Você não vai mais pegar tanto no meu pé, eu vou te respeitar e tentar não sujar sua imagem, mas não quero ser proibida de nada. Eu fico com quem eu quiser.

–– EI! –– ouvimos os garotos falaram atrás de nós.

Emily pediu para que eles fizessem silêncio.

–– Mas não irei deixar isso sair na mídia, apenas se eu estiver tendo algo serio com alguém... –– ai meu coração –– O que vai ser muito dificil acontecer...

–– EI! –– mais uma vez os garotos.

–– CALEM A BOCA. –– gritamos.

–– Olha a simpatia dos Miller ai. –– claro que foi Wes.

–– VOLTANDO. –– Emily gritou –– Vamos ter esse acordo e... –– lá vem –– Eu vou arrumar alguma coisa para fazer, vou trabalhar e estudar.

Gargalhadas invadiram aquele ambiente, minha irmã desceu do meu colo e parou para encarar todos e a mim, porque eu também não me agüentei.

Continuavamos rindo, enquanto ela apenas revirava os olhos. Fiz sinal para que os meninos parassem de rir e eu tentei fazer o mesmo.

 –– Acabaram? –– tentamos prender o riso –– Eu realmente quero trabalhar.

–– Você esta falando serio?

–– Sim, estou. Quero trabalhar e pagar a minha faculdade.

–– Eu pago para você, não precisa trabalhar. –– falei como se fosse obvio.

–– Duvido que eu vá deixar. –– ela sorriu –– Eu quero conseguir o meu dinheiro e pagar com o meu dinheiro. –– mais uma vez o sorriso –– Você pagará o que sempre pagou: as contas e todo o resto, mas as minhas coisas, eu que vou pagar.

–– Emily... –– fui interrompido.

–– Essa é a minha condição para morar com você. –– merda –– Estamos combinados?

–– Estamos.

–– Assim que eu gosto irmãozinho. –– ela depositou um beijo em minha bochecha –– Agora se me der licença, eu tenho que me resolver com algumas pessoas

É.

Eu estava ferrado.

Mas um ferrado feliz.

Feliz por ter a minha pequena de volta.

                                  Point of View – Emily Miller.

Ficar.

Foi uma decisão minha e da minha mãe, mas isso era obvio, ela não me quer no Brasil nem tão cedo e querendo ou não, ela esta certa.

Devo enfrentar todos os problemas aqui e depois lidar com os de lá –– que serão um pouco mais complicados.

Em todo o caminho pensei no que faria aqui e sim, estava decidida que iria estudar e trabalhar, e com o Jake aceitando isso, totalmente, seria tudo bem mais fácil.

Parei em frente aos meninos que me encaravam como se eu fosse uma miragem, ou sei lá o que.

–– Oi. –– forcei um sorriso, tirando olhares de ódio –– O que eu fiz dessa vez?

–– Você ia embora sem dizer tchau. –– o platinado disse.

–– Isso é normal. –– por incrível que pareça eu e Cameron dissemos juntos.

–– Pensei que se importasse. –– agora foi o garoto de olhos azuis,

Porra.

Que drama.

–– Acontece que eu odeio despedida e isso não vai mudar.

–– Então se quiser ir embora outra vez... –– interrompi Skate.

–– Sim, sem dar tchau. –– sorri –– Agora parem com todo esse drama, porque eu amo vocês, mas não tenho paciência.

–– Eu vou falar com você, porque eu não me importo, sei que iria ficar falando comigo mesmo voltando para lá. –– meu bebê Grier veio a minha direção e abraçou-me forte.

–– Por isso você é meu namorado.

–– Namorados beijam na boca, esta faltando isso.

Safado.

Falei com Wes direito, mas falar com Nash, Sammy e Skate foi estranho, eles pareciam chateados, só que eu não posso fazer nada por isso.

É o meu jeito.

Cameron não tirava os olhos de mim, parecia realmente não acreditar que eu havia voltado, na verdade, nem eu acreditava.

E não acreditava também na mala que eu iria ter que desfazer.

Puta que pariu.

Tanto trabalho para nada.

Eu poderia pedir para Anne me ajudar, mas do jeito que ela é, vai ficar falando que não tem culpa do show que eu fiz para ir embora e todo aquele blá blá blá de pessoas mais velhas.

–– Eu vou arrumar suas coisas. –– falando no demônio –– Eu sabia que você iria voltar.

–– Ganho um abraço? –– sorri e abri os braços.

–– Mas é claro. –– aquela mulher que em tão pouco tempo já era totalmente amada por mim, apertou-me bem forte –– Já estava com saudades. –– voltamos a nos afastar –– Agora eu vou fazer o almoço porque sei que todos vão comer aqui.

Foi o momento de todos gritarem agradecendo.

Avisei ao meu irmão e Mad que iria ao meu quarto, soltaria meu cabelo e tentaria dar um jeito no meu rosto, porque sei que mesmo chateados comigo, eu jamais conseguiria me safar dos snaps de Sammy e Nash.

Coloquei algumas coisas de volta na bancada do meu banheiro e passei um pouco de corretivo, tirando aqueles olhos inchados e passei rímel também, porque...

Rímel é vida.

Ouvi duas batidas na porta do meu quarto, o que me fez estranhar totalmente.

–– Entra. –– foi o que eu gritei antes de ouvir passos e observar um Maloley parado na porta –– Você por aqui.

–– Sim, eu por aqui.

–– O que te traz aqui então? –– voltei-me para ele.

–– Você. –– Nate se aproximou –– Por que ia embora sem falar comigo?

–– Já falei que odeio despedidas. –– seu corpo se colou ao meu, enquanto seus olhos se alternavam entre meus olhos e meus lábios.

–– Eu sei que falou com o Cameron. –– seu rosto se aproximou. Seus lábios mais ainda, até que ele os arrastou sobre os meus –– Eu já sei que ficou com ele também.

–– Às vezes ficar com outra pessoa acontece. –– pisquei.

–– É. Eu já sabia que ia ser complicado. –– mais uma vez seus lábios se passaram sobre os meus –– Mas até que você ta valendo à pena.

–– Como consegue insistir comigo sabendo que eu só faço merda e fodo com a sua vida? –– coloquei minha mão em sua nuca e puxei seu cabelo, aproximando mais nossos rostos.

Não sei como isso foi possível.

Passei minha língua por cima de seus lábios, fazendo Nate quase perder o controle e partir para o beijo.

Só que o moreno foi mais forte.

–– Porque eu sei que vou foder com a sua vida também. –– um sorriso malicioso saiu, além de mais uma vez, nossos lábios serem arrastados um pelos outros.

–– Então você quer jogar um jogo comigo? –– mordi seu lábio inferior –– Cuidado que sempre tem alguém que perde.

–– Mas esse alguém não sou eu. –– uma de suas mãos apertou minha cintura e outra desceu até a minha bunda, fazendo-me dar um leve pulo.

Filho da puta.

–– Eu nunca entro em um jogo para perder, Maloley.

–– E eu sempre entro para vencer, Miller.

Nossos lábios se tocaram de uma forma veroz, sua mão mais uma vez apertou minha bunda, enquanto eu puxava seu cabelo com cada vez mais força, além das minhas unhas estarem praticamente perfurando seu pescoço. Nossas línguas batalhavam por lugar e isso deixava o beijo muito mais gostoso.

E agora eu tive certeza: esse era o Skate Maloley que todas falavam.

Eu sempre soube que com Nate Maloley não poderia ser diferente, o moreno só sabia como deixar isso não transparecer.

Malibu – California.

16 de março de 2016.

–– Eu sei Natalia.

Revirei meus olhos pela milésima vez.

–– Como você desiste de vir? Ainda mais sabendo que falta pouco tempo para o meu aniversario.

–– Eu vou para o seu aniversario, eu prometo.

–– Acho bom.

“Chamada finalizada”

Educada, não?

Parece que alguém não ficou muito feliz pela minha decisão de ficar, mas ela esta certa, eu deveria ter falado que desisti antes, porque ela realmente ficou me esperando lá.

Voltei os olhos para aquela linda paisagem da praia e deixei que os ventos continuassem batendo em meu rosto. Na verdade, não tinha como impedir isso, já que o queridinho do Hayes Grier fez questão de comprar um Jeep e deixá-lo totalmente aberto.

E o porquê dessa praga ter um carro eu não sei.

Nem eu tenho um carro.

E ele não tem idade para dirigir ainda.

Paramos na beirada da estrada e praticamente pulamos do carro.

Ver aquela praia linda em cima das pedras, nossa...

É a visão do paraíso, sem brincadeira.

Não me arrependo nem um pouco de ter deixados os Grier me arrastarem para cá exatamente do jeito que eu estava, um short jeans e uma blusa cinza de manga, completamente largada, mas tudo bem.

Senti os braços de Nash ficaram em volta do meu pescoço. Parece que toda aquela raiva sumiu, não?

–– Estou feliz que tenha ficado. –– olhei para seu rosto que ainda contemplava aquela vista.

–– Eu também meu garoto de olhos azuis. –– um beijo foi depositado no topo da minha cabeça.

–– Já tirei a foto fofa de vocês dois, mas eu quero uma foto assim com ela também. –– Hayes me puxou e entregou o celular na mão de Nash –– Anda logo.

E fui obrigada a tirar outra foto assim.

Ficamos sentados observando as ondas crescendo, que mesmo de longe já dava para imaginar como estavam fortes, porém a água deveria estar maravilhosa, já que o sol estava bem quente, não se compara ao que eu sentiria caso tivesse voltado para o Brasil, mas estava quente.

Hayes insistia em ficar jogando os pedaçoes de sanduíche na gente, jogava água também, mas ai Nash deu um sermão nele dizendo que: “tantas pessoas no mundo sem ter o que beber e comer e você desperdiçando”

O que dizer desse amigo, totalmente, boas vibrações e solidário?

–– Você esta insuportável. –– o meu bebê revirou os olhos –– Por favor, não fique assim, Emily.

–– Eu acho legal o que ele esta fazendo. –– defendi –– Mas eu não sei se conseguiria fazer essas coisas, não sei se conseguiria parar de comer carne, será que dá? –– parei para pensar –– É não dá

–– Eu te amo. –– Hayes e eu fizemos nosso toque.

Sim, ele fez questão de inventar um e eu tive que aprender.

–– Como vocês conseguem ver um anim...

–– Nem começa Nash. –– acabei falando junto com Hayes, o que fez Nash bufar.

Senti meu celular tremer em meu bolso e claro que tive que pegá-lo.

Confesso que me assustei um pouco ao ver quem era.

–– Você ligando ao invés de me mandar mensagem, o que esta acontecendo?

Sem alô.

–– Você realmente quer entrar na universidade?

–– Sim Nate, eu estava falando serio. –– revirei os olhos. Era um saco ver que estavam duvidando do fato de eu querer algo para minha vida –– Só vou esperar abrirem as inscrições.

–– Eu posso conseguir isso para você antes que elas abram.

–– O que?

–– Conheço alguém que possa ajudá-la.

–– Você conhecendo pessoas certas?

–– Engraçadinha. –– pude imaginar Nate revirando os olhos –– Minha mãe tem os contatos dela e ela sempre quis que eu estudasse, já que apenas minha irmã esta fazendo isso e quer que Stewart comece a pensar nisso.

–– Continua...

–– Ela conhece alguns reitores, então talvez eles permitissem que você desse a sua inscrição com esse atraso. –– apenas murmurei para que ele continuasse –– Entre esses tem o da Ucla, Stanford até Harvard.

–– Nate, eu não posso deixar isso, até porque agora eu quero conseguir as coisas por contra própria.

–– Mas você vai fazer isso. Só vamos ajudar a pegarem sua inscrição agora o resto é com você, todas as outras etapas, se você vai ser aceita ou não, isso será tudo por sua conta.

–– Nate...

–– Vai Emily... Por favor.

–– Tudo bem, eu aceito, mas nada além disso. Se eu conseguir, será por mérito meu.

–– Isso. –– ficou um silencio –– Agora eu tenho que voltar a escrever algumas músicas novas, assim que eu te encontrar te mostro.

–– Então o tempo que você vai ter comigo vai ficar mostrando música nova?

Ah... Como eu amo provocar.

–– Eu posso foder com você e cantar a musica ao mesmo tempo.

“Chamada finalizada”

Ai essa educação.

–– Que sorrisinho malicioso é esse? –– claro que foi Hayes.

–– Nada.

–– Nosso amigo Skate esta bem à frente, não? –– agora Nash.

–– Parem... –– levantei –– Vamos voltar para casa logo.

–– Vamos.

Os dois praticamente pularam e colocaram as coisas de volta no carro. Não demorou nem dois minutos para que já tivéssemos na estrada novamente a caminho de Los Angeles.

–– Você realmente vai fazer a inscrição? –– os olhos de Nash estavam fixados em mim.

–– Sim. –– automaticamente meus olhos reviraram –– Seria legal se acreditassem em mim.

–– Nós acreditamos. –– Hayes disse –– Só que você não parece ser o tipo e pessoa que gosta de estudar e que tirava notas excelentes.

–– Eu tinha um péssimo comportamento, mas não sou burra. –– forcei um sorriso –– Quando chegarmos eu mostro todo o meu histórico para vocês. –– comecei a mexer em meu celular –– Eu só perdia em exatas para a Nati, mas um dia eu supero.

Eu fiz uma cara de coitada, o que realmente arrancou gargalhada dos meninos e querendo ou não, agora eu estava mais certa do que eu queria e do que eu precisava.

Eu realmente precisava passar.

E somente por mérito meu.

Venice – Los Angeles, California.

19 de março de 2016.

Correndo igual uma doente na areia da praia com uma tiara de flores na cabeça.

Mas claro que essa ultima parte foi a minha cunhada que me obrigou a usar.

Também vale lembrar que ela me enfiou em um macaquinho rosa.

E EU ODEIO ROSA.

Agora a parte do “correndo” foi atrás do meu irmão que insistiu em puxar o meu celular da minha mão e gravar vários snaps dele mesmo, sem contar os que ele riu da minha desgraça.

Porque não basta ser arrastada com eles, tem que ter mais um casal, ou seja, vela dupla, eu realmente não mereço.

Jake e Madison, Amanda –– irmã dela –– e o namorado.

Delicia de dia na praia.

–– Jake, eu cansei.

–– Você parece uma velha. –– meu irmão parou e começou a andar em minha direção.

–– Velha é a sua mãe.

–– A minha é a mesma que a sua. –– e foi ai que ele correu.

Senti meus pés saírem do chão e a minha cabeça começar a girar.

Filho da puta.

Tentei me debater implorando para que Jake me colocasse no chão, mas o que ele fez foi correr mais.

Já podia sentir o meu sangue indo para a cabeça e minhas pernas quase me fazendo virar, já que eu não parava de balançá-las.

–– Chega. –– comecei a gargalhar –– Eu estou ficando tonta e vamos cair.

Senti meus pés tocarem a areia novamente.

Graças a Deus.

Puxei meu celular de sua mão e no mesmo instante ele tremeu;

“Não me mate por esse empurrãozinho. xxCam”

Segundos depois.

“Chamada de número desconhecido.”

Merda Cameron.

–– Alô? –– atendi com um pouco de receio.

–– Emily Miller?

–– Sim, ela. –– eu ainda estava estranhando –– Quem é?

–– O Bryant.

Que?

–– Eslava?

–– Sim, ele mesmo. –– uma risada do outro lado –– Eu ouvi o Cameron falar tanto de você esses dias e acabei vendo algumas fotos suas, então vi que você é exatamente o tipo de garota que eu preciso.

–– Espera. O que? –– eu ainda estava completamente confusa.

–– Eu quero que você seja fotografada por mim.