História She Bad - Try.

Los Angeles – California.

09 de abril de 2016.

                                  Point of View – Emily Miller.

Dezesseis dias.

Foram dezesseis dias afastada.

Afinal, todos esses dias foram totalmente corridos. Fui chamada para mais alguns trabalhos, ou melhor, entrevistas. Sem contar a correria para pedir o meu histórico escolar em todas as escolas que já estudei, tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, além de ter mandado email para alguns professores, pedindo a carta de recomendação –– o que me impressionou.

Todos mandaram sua carta apenas com elogios e isso me deixou totalmente maravilhada, e óbvio, cada vez mais empenhada para conseguir a minha aprovação.

Mas é melhor contar tudo do inicio.

Um dia após a festa do Johnson, Cameron foi visitar a família, pois ele realmente havia ficado chateado comigo. Já eu... Acabei indo a casa do Sammy, junto com Gilinsky, Mad e Johnson, o que levou a Skate a sair antes que eu chegasse. Mais tarde, o querido platinado foi a uma boate, o casal maravihoso foi se divertir –– sozinho ––, enquanto o meu irmão, Johnson e Hayes me arrastaram para uma festa em uma casa, que deu merda. Acabou acontecendo o mesmo que na festa do Johnson: um cara bêbado arrumou confusão e chamaram a policia...

Que chegou de helicóptero.

No outro dia, fui obrigada a acordar cedo junto com meu irmão, ir ao estúdio e logo depois ir a uma revista que pediu para conversar comigo, pois segundo eles, ficaram maravilhados com as minhas fotos para a Sports. Por partes eu fiquei feliz, mas vi que sempre iria me expor mais, e é claro que não dá para esconder o desconforto. Voltando a parte boa... O meu irmão estava sempre querendo me acompanhar e isso me deixava completamente feliz. Quando a noite desse mesmo dia chegou, fui chamada para ir a uma festa com Sammy, Stassie e Johnson, só que acabei negando, pois eu realmente preferi acompanhar Jake a um show.

Mais um dia se passou e chegou a páscoa, obvio que todos comemoram com suas famílias, menos eu e Jake, afinal, nossos pais estão em outro país. Fomos chamados para ficar com Sammy, Annie, Benny, Emily, Stassie e mais alguns, só que negamos. Também negamos o convite de Nash, Hayes, Will e sua família, e Tez, que como sempre vai. Só que uma pessoa apareceu, a querida Gina Dallas, convidando-nos para passar a páscoa lá, o que foi mais obvio ainda de negarmos. Então decidimos viajar... Eu, meu irmão e a minha cunhada, e até que foi legal... Quando caiu a noite, recebi fotos de Sammy: o platinado havia feito algumas –– várias –– tatuagens de uma só vez. E quando era quase de madrugada, surgiu Carter, criticando e xingando a magcon, além de dizer que nunca seria a mesma coisa.

Senti pena do Cameron.

Os quatro últimos dias de março foram corridos, mais conversas com revistas, mais papeladas para mandar para universidade. Aguentar Sammy, Nash, Johnson e Gilisnky dizendo que eu tenho que me decidir sobre os garotos –– o que me levou a revirar os olhos o tempo todo, e claro, acompanhada de Hayes ––. No ultimo dia teve almoço na casa da Kris Jenner por conta dos batons da Kylie e logo depois tive que sair correndo para pegar o primeiro vôo para Dakota do Sul e ver o show do meu irmão, o que me deixou completamente orgulhosa.

Finalmente abril chegou e junto com seu primeiro dia, surgiram mais de mil manchetes falsas, como: relacionamento com Cameron; relacionamento com Skate; relacionamento com Cameron e Skate; também sobrou para Sammy, Hayes e Johnson; até mesmo fui apontada como “affair” de Shawn e Matt; como se não fosse necessário tudo isso, também fui apontada como “pivô” de uma suposta “separação” –– que nunca aconteceu –– entre Nash e Taylor E Jack e Madison. Só que isso não foi o mais engraçado, o mais engraçado foi terem acreditado e surgir pessoas ate do inferno vindo me xingar.

Também recebi indiretas do Nate e Cameron.

Nos outro sete dias teve a magcon; casa da Kylie; Jacks em Londes; Facetime com Shawn –– eu estava morrendo de saudades ––; teve mais desencontros propositais com Nate; Teve "IHeartradio awards" com meu irmão e a minha cunhada; teve aniversario do gostoso, vulgo Will; Teve jantar de aniversario adiantado da Emily; teve aniversario da Emily; teve comemoração do meu estagio na MTV –– o que me deixou feliz. ––; teve Nash me abandonando para viajar com a Taylor, que me pediu desculpas pela confusão e agora estávamos de boa, só tive que deixar claro que não iria virar vegana; depois de mais alguns dias surgiram noticias de que Cameron estaria procurando uma casa para morar com Aaron, mas como os tablóides nunca estão satisfeitos, fizeram questão de me colocar no meio, disseram que eu, Cameron e Aaron moraríamos juntos; à noite eu fui arrastada para mais uma festa com Jake, sim, arrastada; Nash finalmente anunciou as datas da tour, incluindo Brasil; Sammy começou a ensaiar para os futuros shows e teve aniversario de uma amiga dele, e obvio, também fui arrastada.

Confuso, não?

E agora, nove de abril, sábado. Eu estava parada esperando que terminassem de me arrumar e também estava discutindo com a Nati por mensagens. Afinal, eu não poderia cumprir o que havia prometido, que era voltar ao Brasil para o seu aniversario. Enquanto o “esperando que terminassem de me arrumar” foi porque Matt implorou para que eu fosse ao MTV movie awards com ele.

Já que eu consegui um estagio na MTV e que meu irmão estava em San Diego com a namorada –– ele disse que estava passando muito tempo comigo e esfriou as fodas dele ––, então, por que ficar sozinha?

Ouvi batidas na porta, despertando-me completamente de meus pensamentos loucos, ou melhor, flashbacks.

–– Emily... –– o loiro parou de falar ao me ver –– Você esta linda.

Parei para ver a roupa, era um vestido branco e longo, com um decote que não o deixava indecente. Meu cabelo estava com uma trança e minha maquiagem não estava pesada.

Quem não me conhecesse, com toda certeza, pensaria que sou uma santa.

–– Obrigada, Matt.

–– Enfim, não é isso que vim dizer. –– ele sorriu malicioso –– Tem visita. –– Matt fez sinal para que a equipe saísse do quarto e foi questão de segundos para que aquele lugar ficasse vazio –– Não se matem.

Merda Matt.

A porta voltou a se fechar e não demorou muito para que surgisse um moreno de moletom e touca, o que o deixou diferente. O garoto sorriu fraco, não impedindo suas covinhas de aparecerem.

–– Nós precisamos conversar. –– o moreno fechou a porta –– E sinceramente... Já sei que eu vou ter que dizer tudo.

–– Ainda bem que você sabe, Nate. –– sorri irônica.

–– Já esperava isso. –– o moreno do sorriso fodedor se aproximou e segurou meu rosto –– Foram os dezesseis dias mais chatos da minha vida. –– ele riu –– Foi chato não te ver, não ter você me provocando, sem ter que aturar as bipolaridades... –– eu ia abrir a boca para falar, mas seus dedos tamparam-na –– Não, só eu. –– ele respirou fundo –– Mas foi o melhor a fazermos depois daquela festa... Eu cansei Emily... –– seus olhos se fixaram aos meus –– Você conseguiu, em tão pouco tempo, deixar-me completamente louco e nenhuma outra garota conseguiu isso. –– um sorriso sem jeito –– Eu não agüentava mais ser visto apenas como um brinquedo, não agüentava mais ver você ficando com ele e comigo. Afinal... Você ainda sente algo por ele? –– Nate pareceu se arrepender da pergunta –– Melhor não responder. Eu estou disposto a te fazer esquece-lo.

Fui obrigada a começar a gargalhar.

–– Você é um idiota. –– ele se assustou –– Você não quis me ouvir e por mais que eu me arrependa, eu vou te contar. –– revirei os olhos –– No dia das fotos eu disse ao Cameron que iria continuar com você e que estava bem assim. –– seus olhos se arregalaram e fiz sinal para que o moreno não dissesse nada –– Depois daquele show de tequila, eu fui atrás de você, mas... –– novamente revirei os olhos –– E quando você foi transar com aquela puta... –– Nate riu –– Eu fiquei bebendo vodka sozinha, completamente irritada e mais irritada ainda por estar irritada. –– suas mãos fizeram um leve carinho em meu rosto –– Mas também não posso esconder isso... Cameron apareceu lá e nós transamos. –– sua cara fechou –– E ele perguntou o porque de não voltarmos. –– suas mãos saíram de meu rosto.

Era nítido o olhar de desespero, raiva, ódio e todo o resto.

–– Vocês... –– Nate parecia não querer dizer.

–– Claro que não, Maloley. –– voltei a me aproximar –– Eu realmente estava gostando de ficar com você e...

–– Então fica! –– nossos rostos se aproximaram –– Fica direito! Fica serio! –– meu Deus –– Eu prometo que não vou errar.

–– Nate...

–– Não será um namoro, pelo menos não ainda. –– acabamos rindo e seus lábios se aproximaram mais dos meus –– Vamos tentar?

–– Não faça eu me arrepender.

E foi ai que nossos lábios se tocaram.

Nossas línguas batalhavam por lugar, podíamos sentir a saudade que estávamos daquilo, as mãos de Nate prendiam a minha cintura com força, como se nunca fossem me deixar sair dali e isso era tão bom. Acabei envolvendo seu pescoço da mesma maneira. Os beijos dos morenos começaram a descer para o meu pescoço e ai eu fui obrigada a me afastar.

–– Ah...

–– Eu ainda tenho uma premiação para ir com o Matt.

–– Ele pode esperar... –– Nate voltou a se aproximar.

–– Não posso não. –– falando no diabo –– Estamos atrasados, Emily.

–– Se quiser me esperar aqui. –– pisquei para Nate e colei nossos lábios rapidamente –– Até mais moreno do sorriso fodedor.

[...]

Todo o caminho até a premiação foi ouvindo Matt me zoar, recebendo mensagens fofas e safadas do Nate, claro que ele disse que estava esperando por um sexo completamente louco de reconciliação, preferi nem reclamar, afinal, não posso dispensar sexo com Nate.

As portas do carro de abriram e os flashs começaram a surgir, Matthew pegou em minha mão e fomos assim ate o tapete vermelho –– claro que já pensei em todas as merdas de noticias que irão sair ––, começamos a tirar algumas fotos, também respondemos alguns repórteres, além de termos negado mil e quinhentas vezes um suposto namoro.

Continuamos sendo entrevistados até que paramos em ninguém mais, ninguém menos, que Hugo Gloss, que fez com que Matt mandasse um beijo para as fãs brasileiras e depois que eu falasse um pouco com elas pelo snapchat dele, o que eu adorei.

Fomos chamados para a parte de dentro e já podíamos avistar todos os famosos, incluindo Justin, que veio correndo me abraçar, encher de beijos... E merda, que tentação.

Nate que me perdoe.

[...]

Esperei com que a porta do elevador se abrisse, estava morrendo de sono e talvez um pouco alterada, mas tudo isso foi culpa do querido Matthew e eu espero profundamente que meu irmão já esteja dormindo, ou que tenha ficado por lá.

Destranquei a porta com cuidado e também segurando Matt para que o loiro não caísse.

Ótima amiga, não?

Adentramos ao apartamento e foi só acender a luz que nos deparamos com um Jake quase dormindo... Quase, porque assim que ouviu o barulho que Matt fez, ele abriu os olhos.

–– O que...

–– Nem pergunte. –– segui ate as escadas, ainda com o loiro –– Podemos deixar a bronca para amanhã?

–– Não vou dar bronca, só queria saber se chegariam vivos. –– arregalei os olhos e meu irmão pegou um dos braços de Matthew, ajudando-me a carregá-lo –– E não, nada aconteceu.

–– Aconteceu sim, você e a Mad devem ter fodido gostoso para você não estar reclamando do estado e da hora que eu cheguei. –– Jake riu.

–– Olha o respeito. –– seus olhos me fuzilaram –– Eu só estou orgulhoso de você. –– paramos em frente ao quarto de hospedes –– Pode ir, eu ajudo esse aqui.

Dei um beijo na testa de Matt e logo depois um na bochecha do meu irmão, que devolveu um beijo em minha testa.

Segui para o meu quarto e ainda cambaleava um pouco, abri a porta e claro, tudo escuro, eu realmente queria apenas continuar indo em direção a minha cama e apagar, mas precisava de um banho.

Fui ao banheiro e decidi que seria a única luz que eu acenderia. Tirar o vestido foi uma das melhores sensações da noite, ou melhor, madrugada. Dei um jeito de tirar meu salto e aproximei-me da pia, precisava tirar o excesso de maquiagem.

                     –––– coloquem “We can do” do Skate ––––

Senti mãos geladas tocarem em minha barriga que estava totalmente descoberta e isso fez com que eu me assustasse.

–– Ei. –– virei-me para o moreno que sorria com aquele cabelo bagunçado –– Pensei que já tivesse ido.

–– Eu disse que iria esperar. –– os olhos de Nate pararam em meus seios –– E como valeu à pena esperar. –– senti seu rosto se aproximar do meu e logo a respiração –– Acho que nós temos coisas a resolver. –– uma de suas mãos segurou minha cintura, pressionando contra o seu corpo, a outra parou em meu seio e o apertou, fazendo-me morder os lábios –– Eu estava com saudade.

–– Acha que só você? –– senti uma leve mordida em meu pescoço –– Você sabia que esta me devendo?

–– Sim... –– os lábios de Nate foram subindo ate os meus –– Estou te devendo uma foda com melodia. –– não pude controlar a risada –– Garota... –– senti aqueles lábios se tocarem aos meus –– Eu quero te ter toda.

–– Você sabe que você tem. –– senti meu corpo ser virado com certa brutalidade contra o corpo de Nate.

–– Eu acho que você pode repetir isso para mim o resto da noite. –– o moreno deu um forte tapa em minha bunda –– Eu quero te deixar maluca hoje. –– dessa vez senti um forte aperto naquela região e meu corpo ser inclinado mais para frente –– Você me deixa cada vez mais louco.

Meus cabelos foram jogados para o lado e seus beijos começaram a descer por toda a região das minhas costas, já podia sentir os arrepios. Seu membro imprensava-me cada vez mais, o que deixava possível perceber o quanto já estava volumoso. Senti sua mão apertar minha bunda mais uma vez e logo depois meu corpo ser virado novamente para o seu.

–– We can do anything we wanna do... –– arrepiei ao ouvir a voz rouca de Nate.

Suas mãos puxaram meu corpo para cima, colocando-me em cima da bancada, fiz com que as minhas puxassem seu cabelo, trazendo seu rosto para mais próximo do meu, o que resultou em um sorriso safado de ambos.

Nossas línguas voltaram a batalhar por espaço, enquanto sentia nossas mãos procurando cada vez mais lugares para explorar.

E obvio, era possível sentir o calor.

As mãos de Nate pararam na barra da minha calcinha, fazendo mais uma vez meu corpo se arrepiar. O moreno não pensou duas vezes antes de arranca-la e dar um jeito de abrir um espaço entre as minhas pernas –– até que ele foi cuidadoso para que minha cabeça não batesse no espelho ––, já podia sentir sua respiração mais próxima de minha intimidade, até que senti sua língua começar a explora-la.

E mais uma vez uma sensação de prazer enorme surgiu.

Um dos dedos de Nate me penetrou, fazendo-me gemer um pouco, e sem duvidas, puxar com mais força o seu cabelo. O garoto voltou a subir os beijos até os seus seios e depois até os lábios. Afastei-me um pouco para observar seu peitoral e todas aquelas tatuagens que deixavam-me completamente louca.

–– Você foi esperto. –– voltei a colar nossos lábios –– Mas, por favor, não me deixe mais louca.

No mesmo instante, Nate abaixou sua calça de moletom, permitindo que seu membro, que estava bem marcado na cueca branca, aparecesse, e obvio que eu sorri maliciosamente. Passei a mão por cima de seu membro e dei um leve aperto, deixando a respiração do moreno aumentar. Desci da bancada e o empurrei contra a mesma. Passei meus lábios sobre os seus e fui descendo cada vez mais, passei por seu peito, por sua barriga e parei em frente sua cueca.

Olhei para o dono do sorriso fodedor com uma intenção de provoca-lo e pelo visto, consegui. Abaixei sua cueca, ficando frente a frente de seu membro totalmente ereto. Comecei a passar minha mão por ali, até que sem muito enrolar, passei a língua, logo já estava em minha boca. E cada vez que eu o chupava e aumentava os movimentos, era possível ver sua respiração começando a se atrapalhar e gemidos saírem.

Senti meu corpo ser puxado para cima com força, tirando meus pés do chão e enrolando minhas pernas na cintura do moreno. Nate não conseguiu segurar mais um pouco e penetrou-me com força, deixando com que eu ficasse praticamente sem ar. Senti meu corpo esquentar mais e a cada vez que ele aumentava os movimentos, podia sentir o prazer, podia ouvir meus gemidos, podia ver o quanto eu arranhava suas costas.

–– Blessin on blessin on blessin I'm counting them up and I'm learning my lesson, I'm proving them wrong and I never be flexing. –– mais uma vez sua voz me arrepiou.

Desci de seu colo e senti meu corpo sendo levado para dentro do box, o que nos fez sorrir. Meu corpo foi jogado contra a parede, enquanto Nate imprensava-me cada vez mais.

–– We can do anything you wanna do. –– e mais uma vez senti seu membro penetrar em minha intimidade.

E mais uma vez, arrancando gemidos.

Mordi seu lábio inferior e puxei-o com força, fazendo o moreno voltar a me apertar. Seus beijos voltaram a descer e pararam em meu pescoço, onde ele começou a morder.

–– Nate... –– seus olhos pararam no meu –– Acha que fizemos muito barulho?

O moreno começou a gargalhar e olhou-me completamente frustrado.

–– Eu ficaria feliz se você estivesse pelo menos fingindo que esta sentindo prazer. –– senti uma entocada forte, fazendo-me praticamente gritar –– Agora sim... –– voltamos a tocar nossos lábios e finalmente cansamos.

Senti a água gelada cair sobre nossos corpos, o que causou um choque e claro, arrepios.

Eu e Nate voltamos a nos olhar e começamos a rir, senti seu corpo se agarrar ao meu e só depois me notei que estávamos abraçados. Senti beijos leves em minhas costas, depois em minha bochecha, depois em minha testa, até que ele parou em meus lábios.

–– Eu quero fazer isso todos os dias. –– um sorriso malicioso saiu de seus lábios –– Na verdade, acho que nós já podemos começar novamente.

E mais uma vez, o prazer me invadiria por completo.

[...]

10 de abril de 2016.

Abri os olhos ao sentir a claridade invadir o meu quarto. Tentei me mexer para fechar a cortina, mas foi praticamente impossível, já que as pernas de Nate estavam me predendo a ele.

–– Nate, eu quero fechar a cortina. –– falei baixo, só que ele pareceu não ouvir –– Nate... –– mais uma vez e nada –– NATE CARALHO.

No mesmo instante um estrondo surgiu no quarto e eu comecei a gargalhar.

Eu fiz o moreno cair da cama.

Melhor coisa.

–– Filha da puta. –– foi a única coisa que saiu da sua boca –– Você não pode ser fofa ou nada do tipo?

–– Não. –– levantei-me –– E até parece que você gosta de garotas fofas.

–– Realmente, eu só gosto de gostosas. –– olhei para ele –– Principalmente dessa que está na minha frente. –– revirei os olhos e fui ate o banheiro.

Minha cara estava péssima, meu cabelo estava embolado, estava apenas com uma camisa branca, quase transparente, que Nate havia deixado aqui.

Tentei dar um jeito em meu rosto, em meu cabelo, fiz a minha higiene matinal e obvio, senti suas mãos segurarem minha cintura.

–– Não estamos acordados nem há dez minutos e já estou completamente excitado em te ver. –– virei-me para o moreno e juntei nossos lábios –– Podemos continuar o que fizemos ontem?

–– Nós transamos cinco vezes seguidas Nate, por favor, tenha dó da minha amiga. –– pisquei para o mesmo.

–– Você tem duas entradas. –– filho da puta –– É brincadeira. Não precisa me xingar mentalmente.

–– Se arruma logo, quero descer. –– empurrei-o e voltei para o meu quarto para vestir alguma roupa descente.

–– Seu irmão não sabe que eu estou aqui. –– Nate apareceu escovando os dentes.

Filho da puta.

–– Essa escova é minha? –– o moreno piscou para mim –– QUE NOJO NATHAN.

 –– Nojo? –– o garoto entrou no banheiro e voltou, agora sem a escova –– Você me beija, você me chupa, você transa comigo e jura que vai ter nojo de usarmos a mesma escova?

–– Sim. –– revirei os olhos.

–– Na próxima eu fico com mau hálito. –– o garoto enfiou a calça e o casaco –– Vamos que eu to com fome.

Saimos do meu quarto, ainda discutindo o fato dele ter usado a minha escova, e eu realmente estava puta. E claro que fiquei cada vez mais puta com o fato de ele só saber rir.

E ficava cada vez mais puta quando ele tentava me agarrar.

Levamos cinco minutos para chegar até a sala e depararmo-nos com rostos conhecidos, como meu irmão, Matt, Sammy, Nash, Hayes, minha cunhada e Cameron...

Sim, Cameron.

–– Nate? –– Jake assustou-se –– Eu não vou nem perguntar.

–– Melhor mesmo. –– entrelacei nossos dedos e comecei a puxa-lo ate a cozinha.

Tive que pegar o resto de pizza que estava na geladeira e esquenta-la, ate porque eu não iria fritar ovos, bacon ou então fazer panquecas.

Voltamos para a sala, comendo, e todos ainda estavam nos mesmos lugares, no mesmo clima, que parecia estar um porre. Joguei-me ao lado de Sammy e Nate fez o mesmo.

–– O casal assumiu? –– senti olhares sobre nós e dois que pareciam realmente esperar uma resposta.

–– Nós vamos tentar. –– olhei para Nate que sorriu de uma maneira extremamente fofa, depois meu olhar parou em meu irmão que parecia se controlar e depois parou em Cameron.

Esse parecia que havia levado um banho de água fria.

–– Parabens. –– o moreno sorriu irônico –– Que ele não faça a merda que eu fiz.

–– Não irei. –– foi à vez de Nate sorrir –– Sei ser competente quando o assunto é serio.

–– ENTÃO. –– Matt gritou –– O que eu fiz ontem? –– comecei a gargalhar –– Só sei que o dia nove de abril foi apagado da minha mente.

PUTA QUE PARIU.

Levantei do sofá em um pulo, fazendo todos se assustarem.

Peguei meu celular no bolso do short e comecei a discar o numero da paulista, que provavelmente ainda deve estar querendo me matar.

Tentei uma.

Duas.

Três.

Quatro vezes e nada.

Puta que pariu.

Na ultima tentativa...

–– Eu não quero falar com você.

–– Eu sei que quer. –– ainda havia olhares atentos em mim –– Desculpe, mas vou explicar o que aconteceu, mas antes...

–– Não precisa me dar parabéns. –– fui interrompida.

–– Que? Por que?

–– Porque você pode fazer isso pessoalmente. –– no mesmo instante a campainha tocou.

Caralho.

Senti meu corpo praticamente voar ate a porta e atrapalhar-me completamente ao abri-la, mas quando finalmente consegui, senti novamente a sensação de voar, mas dessa vez para o colo da minha amiga.

–– EU NÃO ACREDITO. –– acabamos gargalhando –– PARABÉNS! EU ESTAVA MORRENDO DE SAUDADE E DESCULPA!

A morena começou a gargalhar.

–– EU TAMBÉM. –– afastamo-nos –– Mas tenho que te pedir desculpas também... –– foquei em seus olhos que pareciam estar escondendo algo...

–– Natalia... –– pude ouvir o barulho da porta do elevador se abrir e por algum motivo, senti meu corpo estremecer.

Tentei ao máximo evitar olhar, eu não queria, mas aquele perfume surgiu.

O perfume que sempre foi tão reconhecível.

Era ele.

–– Sentiu minha falta, Emily?

Agora eu tenho certeza que um inferno irá começar.