1. Spirit Fanfics >
  2. Show You My Heart >
  3. Capítulo Único - Cause youre my earth, air, water, fire

História Show You My Heart - Capítulo Único - Cause youre my earth, air, water, fire


Escrita por: yoongikaebjjang

Notas do Autor


Yo ~ ♥

Antes de começarem a ler, tenho alguma explicações sobre a fanfic. Teoricamente a fanfic se passa num universo alternativo, mas apenas pelo fato de alguns desses eventos não terem acontecido. Ela se passa em dezembro de 2014, no concerto que o EXO fez em Osaka no Japão. Na "cronologia" da fanfic, Luhan e Kris já haviam saído do grupo (pesquisei bastante, mas ainda não tenho 100% de certeza de que eles já haviam saído naquela época). Ah, e eu sei que o filme Cart que o D.O participou foi antes desse concerto, mas eu mudei a ordem cronológica dos fatos, depois irão descobrir o porquê.

Edit: aaaaa, vocês viram a capa!? Eu pedi lá no Prism Edits, e olha que maravilha de capa! EU TO CHORANDO MUITO, AMEI DEMAIS ESSA CAPA T^T ♥♥♥♥
Muito obrigada Tinker-baek e Prism Edits!! Eu adorei demais! ♥♥♥♥

Boa leitura ♥

Capítulo 1 - Capítulo Único - Cause youre my earth, air, water, fire


Dei um longo suspiro, tentando recuperar o ar, limpei o suor do meu rosto, e olhei para a plateia, eles gritavam pelos nossos nomes. Olhei ao redor, os outros não estavam muito diferentes de mim. É o último show de nossa turnê. E acabamos de cantar nossa última música, First Snow. Dei uma olhada de canto do olho para Kyungsoo que estava a alguns passos de distância, ele retribuiu meu olhar, sorri para ele, recebendo outro sorriso em resposta. Por impulso, estiquei a mão e ajeitei seu cabelo, ouvindo gritos ainda mais altos das fãs. Ele sorriu, e pegou em minha mão, e então, juntos dos outros integrantes, saímos do palco agradecendo aos fãs.

Logo que saímos dos olhares esperançosos das fãs, ele sorriu para mim, soltou minha mão, e foi se juntar aos outros. Eu observava de longe, apenas para ser descoberto por Sehun.

— Hoje você está mais quieto e observador que o normal...

Sorri para ele, sem deixar de olhar para cada detalhe do rosto de Soo que conversava animado com Junmyeon na frente da van, vez ou outra sussurrando algo no ouvido do outro.

— Sabe, se ficar só olhando, nada vai acontecer... Você deveria falar com ele. Hoje. Antes que seja tarde — olhou sério pra mim.

Apenas ri. Como se fosse fácil. Ultimamente ele apenas fala com Junmyeon, quase o tempo todo, o que fazia minha cabeça fervilhar apenas em imaginar sobre o que falavam. E, especialmente hoje, eu tinha mais motivos ainda para ter ciúmes.

— Jongin.

Sehun me cutucou, apontando para frente da van. Junmyeon passou o braço pelo ombro de Kyungsoo, trazendo-o para mais perto, fazendo-o deitar sua cabeça nele. Cerrei o maxilar, desviando o olhar assim que os olhos de Soo encontraram os meus. Permaneci o resto do caminho olhando através da janela, evitando olhar para frente. E me peguei pensando se eles faziam de propósito. Senti um toque em meu braço, e ao olhar para o lado, Sehun sorria fraco, me dizendo para ter calma e olhar novamente para frente. E para meu alívio, eles já haviam se separado.

Chegamos ao apartamento, sem Kyungsoo me dirigir um olhar sequer. Estávamos todos hospedados em um hotel em Osaka. Fomos distribuídos em duplas, aleatoriamente. Meu parceiro de quarto era o Sehun. E o de Kyungsoo, era Junmyeon. Com o término da turnê, na manhã seguinte iríamos voltar para a Coréia do Sul, e Kyungsoo iria começar a gravação de seu novo filme, ficando um longo tempo longe de nós.

Isso me incomodava. Não pelo fato de ele fazer um filme, mas sim a distância que ficaria entre nós. E se ele se apaixonasse por alguém do elenco? Assim como, mesmo que relutante, já temo que ele se sinta assim por Junmyeon.

A cada interação que temos em frente às fãs, me faz acreditar que as carícias que trocamos são reais, e não apenas um modo de trazer público, ou apenas encenação. Porém em lugares reservados, não nos tratamos do mesmo jeito. Ele parece tentar manter distância de mim, mesmo eu tentando me aproximar. Mas eu vejo a incerteza em seus olhos, quando fico muito perto dele. Parece dividido, reprimido, como se alguma coisa o impedisse de agir do modo como ele quer. E isso é o que me faz querer me aproximar ainda mais. Mesmo me deixando incerto sobre o que ele pensa de mim.

— Jongin — Sehun me chamou, me tirando de meus pensamentos.

Olho em sua direção, tentando agir como se não estivesse preocupado com nada. Ele parecia hesitante em falar comigo, olhava agitado para os lados. Estava com um moletom cinza, e óculos escuros nas mãos.

— Se você apenas tivesse uma chance, uma única chance, para estar com Kyungsoo, você faria de tudo para agarrar essa chance? Ou hesitaria, por simples medo, correndo o risco de perdê-lo para sempre?

Mordi o lábio, sentindo uma pontada de insegurança. Sehun se sentou na cama do outro lado do quarto, esperando minha resposta. Nunca pensei sobre perdê-lo. Para mim, Kyungsoo sempre estaria comigo, cantando, dançando, nos apresentando. Nunca pensei no que aconteceria após isso, muito menos tive coragem para me aproximar tanto ou falar sobre coisas desse tipo. Olhei em seus olhos ansiosos.

— Agora que paro para pensar sobre isso, se fosse a única chance, eu faria de tudo para estar com ele. Mesmo que no final ele me rejeitasse... Afinal, ele é a pessoa que eu amo. Preferia morrer tentando estar ao seu lado, do que viver com a incerteza se teria dado certo ou não.

Sehun me olhou com pena. E se levantou, me puxando para um abraço apertado. Eu apenas o abracei de volta, sem entender nada.

— Obrigado, Jongin — e ao se separar de mim, andou até a porta e olhou para trás — Eu vou sair um pouco. Na verdade, eu volto amanhã cedo, então não se preocupe comigo. Só... não conte para ninguém, tá? E, por favor, pare de sofrer à toa e vá atrás de Kyungsoo. Porque, sinceramente, acho que essa é sua última chance.

Sem reação àquelas palavras, apenas o observei saindo do quarto. E, enquanto tentava não refletir sobre o que ele havia acabado de dizer — enquanto tentava ignorar a verdade por trás dessas palavras —, me lembrei das mensagens que, sem querer, o vi trocando com Luhan, pelo celular. Sorri ao me recordar o que estava escrito: “Sinto sua falta. Vou estar te esperando depois do show, naquele lugar em que combinamos. Luhan”. Então, era isso. Ele estava hesitante, pensando se deveria encontrá-lo ou não. Espero que dê tudo certo entre eles.

Tomei um banho, me vesti e deitei em minha cama. Não era tão tarde, mas estávamos todos tão exaustos que há essa hora já deveriam estar todos dormindo. Me lembrei do sorriso de Kyungsoo, ao pegar em minha mão. Minha vontade era mordê-lo a cada vez que ele sorria. Foi então que me passou uma coisa pela cabeça. Fazemos tanto fanservice, e um tempo atrás ouvi Minseok comentando com Jongdae que ele descobriu umas coisas na internet ao pesquisar nossos nomes juntos que nos deixariam de queixo caído.

Curioso, liguei meu computador. Entrei na página do Google e digitei: Kaisoo. De primeira apareceram vários vídeos do youtube e páginas de blogs. Fui direto para imagens. Eram apenas fotos, estávamos um pouco próximos demais, mas nada que me deixasse de queixo caído. Foi então que vi as sugestões de pesquisa. Cliquei em Kaisoo Fanart. No começo surgiram imagens em que também estávamos próximos, conforme fui descendo a página, surgiram imagens em que nos beijávamos. Quanto mais imagens eu via, sentia mais vontade de ir atrás do Kyungsoo. Então meu queixo caiu ao chegar à metade da página. Em uma imagem, estávamos nus, agarrados na banheira, em outra ele estava sentado em meu colo tirando a roupa, e em outra estávamos fazendo amor.

Já não me aguentando mais, desliguei o computador e saí do quarto em direção ao corredor, não me lembrava muito bem em que quarto ele estava, até que ouvi vozes vindas da cozinha. Ao me aproximar vi Junmyeon, um pouco perto demais de Kyungsoo. Ele estava em pé, perto da cafeteira, e Junmyeon estava próximo a ele, falando baixinho em seu ouvido. Resolvi esperar, para ver o que estava acontecendo, mas não importava quanto silêncio eu fizesse, era impossível ouvir o que estavam falando. Soo riu um pouco alto, chamando minha atenção, Junmyeon ria também, e apoiou a cabeça no ombro dele, com a mão pousada próximo ao cós da calça de Kyungsoo.

Pigarreei, entrando lentamente na cozinha, encarando Junmyeon, que ao me ver entrando se assustou e se afastou um pouco de Soo. Ao mesmo tempo pude perceber que meu pequeno havia paralisado no lugar. Fingi procurar alguma coisa na geladeira ao mesmo tempo em que tentava parecer natural.

— Estão sem sono também? — perguntei como quem não quer nada.

Percebi a troca de olhares entre os dois, me perguntando mentalmente o que significava aquilo. Será que meu Soo gostava dele? Peguei uma garrafa de água, fechei a geladeira e me encostei ao balcão, tomando a água, ainda esperando uma resposta a minha pergunta.

— Mais ou menos, estávamos conversando um pouco. — respondeu Junmyeon, se dirigindo ao corredor, e sorrindo para Soo — Vou dormir. Boa noite.

— Boa noite — respondemos juntos.

Um silêncio se instalou entre nós. A cafeteira apitou, avisando que o café estava pronto. Ele pegou uma caneca, despejando o líquido logo em seguida. Assoprou um pouco e tomou um pequeno gole. Eu observava cada movimento seu. Admirando aqueles lábios que eu desejava tomar. Me lembrei das imagens que eu havia visto na internet, será que ele gostaria se eu fizesse aquilo com ele? Me olhou timidamente, não ousara sair do lugar. Olhei em sua direção.

— Então... deu pra ouvir sua risada do corredor. — tentei puxar conversa.

— Desculpe — disse, timidamente — Era apenas uma brincadeira.

Ele estava visivelmente nervoso. Levou a caneca à boca, e tomou rápido demais o café quente, quase engasgando e, logo em seguida, procurando por água.

Rapidamente entreguei a garrafa de água em suas mãos. Ele levou a garrafa à boca, tomando em grandes goles. Pousei minha mão em sua costa, acariciando-o levemente. Ele tossiu algumas vezes, tomou mais um pouco de água, e ficou respirando fundo por alguns minutos.

— Está melhor? — perguntei, preocupado.

Ele acenou a cabeça em resposta, e depois olhou para mim.

— Obrigado.

Seus lábios formaram um pequeno sorriso. Aqueles lábios... pareciam tão macios, vistos assim, de tão perto. Mordi meu lábio inferior, mal me segurando. Acho que fui afetado demais por aquelas imagens. Era minha imaginação ou ele estava corado? Ele desviou seu olhar do meu, e voltou a assoprar a caneca de café, tomando novamente pequenos goles. Ou ele estava me provocando de propósito, ou o fazia sem perceber, com todos aqueles biquinhos que fazia com a boca ao assoprar o café e cada olhar tímido que me dirigia, tentando em vão disfarçar.

Quando ele terminou de tomar o café, peguei a caneca de sua mão, e coloquei na pia. Apoiei meus braços no balcão, um de cada lado de seu corpo, não o deixando sair. Me lançou um olhar interrogativo.

— Sabe... há um bom tempo venho querendo te perguntar uma coisa. — eu hesitava em tocar nesse assunto, porém eu precisava saber — Por que toda vez que estamos sozinhos, você fica distante de mim? Quando eu tento me aproximar, você se afasta. Você... não gosta de mim? Porque é o que eu sinto quando isso acontece.

— Não é isso! — gaguejou.

— Então, por que você continua se afastando de mim? Eu fiz alguma coisa de errado?

Acenou a cabeça em negativa. Seus lábios estavam pressionados, formando um biquinho não intencional, e em seus olhos havia insegurança. Toquei seu rosto, delineando-o com a ponta do dedo, até chegar a seu queixo, trazendo-o delicadamente para mais perto.

— Por quê? — sussurrei contra seus lábios, sentindo sua doce respiração contra minha pele.

— Porque eu sou um covarde. — sussurrou em resposta.

Tentou desviar os olhos dos meus, mas o impedi. Mesmo sem ter a certeza se deveria ou não, e antes que a coragem me abandonasse, juntei nossos lábios. No começo ele tentou me afastar, mas logo se entregou ao beijo. Sua boca era tão doce e macia, que me fazia querer mais e mais. Mordisquei seu lábio inferior algumas vezes, e me afastei para olhá-lo. Ele manteve os olhos fechados, seus lábios, entreabertos, estavam vermelhos e inchados, e sua respiração estava um pouco acelerada. Acariciei seu rosto, vendo uma fina lágrima correr por ele.

— Soo?

Abriu os olhos lentamente, e me dirigiu um olhar indecifrável. A insegurança tomou conta de mim, e seu silêncio me assustava ainda mais. Sem saber o que fazer, esperei. Abaixou a cabeça, evitando me olhar nos olhos, e pegou em minhas mãos, acariciando suavemente com o dedo.

— Desculpe se fiz você pensar que não gosto de você. — sua voz estava trêmula, e mais algumas lágrimas caíram de seus olhos. — Mas, quando se trata de você, eu sou medroso e inseguro. Tenho conversado com Junmyeon sobre isso, e ele vem me aconselhando, me encorajando... — levantou a cabeça, e me olhou diretamente nos olhos — Eu... te amo, Jongin.

Aquelas palavras flutuaram por minha cabeça durante alguns minutos, antes de eu realmente processá-las. Apesar de pouco acreditar em meus ouvidos, era o que eu mais queria ouvir dele. Senti como se meu peito fosse explodir de felicidade. Abracei-o, sentindo seu calor, sentindo-o envolver minha cintura com seus braços, me apertando enquanto seu corpo tremia levemente. Uma pequena lágrima caiu dos meus olhos, e um sorriso se formou em meus lábios. Beijei sua cabeça, e sussurrei contra seu ouvido.

— Eu também te amo, Kyungsoo.

Se afastou de mim, com um sorriso se formando em seu rosto. Limpei suas lágrimas e lhe dei um beijo apaixonado. Minhas mãos passeavam por seu corpo, sentindo-o. O levantei, colocando-o sentado no balcão, e voltei a beijá-lo, com mais intensidade. Mordisquei seus lábios, e desci os beijos para seu pescoço, arrancando baixos suspiros dele. Lentamente, abri os botões de sua camisa, dei uma olhada rápida para seu rosto e percebi que estava corado. Abri mais sua camisa e beijei seu peito nu, lambi um de seus mamilos, enquanto descia minha mão para o cós de sua calça.

— Espere — sussurrou, contendo um gemido. Lancei lhe um olhar interrogativo. — E se alguém nos pegar?

Mordi o lábio, pensativo. Foi então que me lembrei que eu estaria sozinho em meu quarto hoje. Dei um sorriso largo, ele me devolveu um olhar curioso e então, sem avisá-lo coloquei-o em meus ombros. Ele quase gritou com o susto. Mas logo chegamos ao meu quarto e o deitei na cama, dei-lhe um beijo rápido e corri fechar a porta. Quando me virei para ele, vi que ele já havia tirado a camisa, e me olhava com desejo. Mordi meu lábio inferior, pensando em todas as possibilidades que poderiam ocorrer essa noite.

Arranquei minha camisa com uma certa pressa, e caminhei lentamente até a cama, me lançando sobre ele. Juntei nossos lábios, enquanto descia minha mão até sua cintura, apertando levemente. Mordi seus lábios algumas vezes, e beijei seu pescoço, mas fui interrompido por algumas batidas à porta. Dei um suspiro de irritação. Me levantei devagar, percebendo que Kyungsoo corria vestir sua camisa. Abri a porta e lá estava Chanyeol todo sorridente, ele olhou de mim para Kyungsoo e de volta para mim, seu sorriso sendo substituído por uma expressão confusa em seu rosto.

— Ué, o Sehun não ia dormir no mesmo quarto que você?

— Ele saiu — respondi rápido, querendo que ele saísse logo. —, mas volta amanhã cedo, então não se preocupe. — tentei fechar a porta, mas ele a segurou.

— Ah, estão falando sobre o Luhan na TV e eu queria mostrar pra ele — disse meio decepcionado.

— Luhan? — perguntou Kyungsoo curioso. — Ele está aqui no Japão?

— Na mesma cidade que a gente. — respondi querendo encerrar o assunto logo, sentindo uma impaciência crescente dentro de mim.

— Como você sabe disso? Nem revelaram a cidade na reportagem. — Chanyeol me olhou assustado.

Respirei fundo, pensando no que eu teria que fazer pra conseguir um pouco de privacidade aqui. Tudo o que eu queria era fechar essa maldita porta e agarrar o Soo antes que mais alguém chegue pra me atrapalhar.

— Eu sei de muitas coisas. — respondi quase o empurrando do quarto.

— Espere, espere. Se o Sehun saiu a essa hora, e o Luhan está na mesma cidade que nós, então quer dizer que eles foram se encontrar? — Soo perguntou pra mim, tocando meu braço levemente.

— Whoa, sério? — Chanyeol me olhou animado — Tenho que contar isso pros outros.

Fechei meus olhos brevemente. Me desculpe, Sehun. Eu não consegui manter seu segredo. Boa sorte com as perguntas amanhã. Suspirei e olhei para Soo, confirmando com a cabeça.

— Ah, não acredito! Ele nem pra me avisar. Eu queria que ele mandasse um abraço por mim. — Soo disse ao fazer um biquinho que me fez derreter ali mesmo.

— Tenho certeza que ele vai dar muito mais que um abraço. — Baekhyun apareceu ao lado de Chanyeol com um sorriso malicioso nos lábios.

— Quer assistir a reportagem do Luhan comigo? O Yixing ta dormindo, mas ele não acorda com o barulho da TV.

Sem esperar uma resposta, Chanyeol agarrou a mão de Baekhyun e o puxou pelo corredor até entrar em um quarto, enquanto um "Yoda" ressoava pelo corredor. Agradecido, fechei a porta e me virei para Kyungsoo. Dei-lhe um sorriso, e tranquei a porta.

— Enfim, sós.

Ele sorriu timidamente para mim, dando um passo para trás. Hesitação estava escrito em sua face. Aproximei-me devagar, e o puxei para meus braços, dando-lhe um beijo suave em sua testa. Talvez eu esteja apressando demais as coisas. Não quero assustá-lo. Eu só... não consigo me controlar quando estou ao lado dele.

— Se você não quiser, tudo bem. Não vou forçar você a nada. Eu te amo, Soo.

Dei um beijo em sua cabeça, acariciando seu corpo. Ele se afastou de mim, e sem dizer uma palavra, me empurrou até a cama, me fazendo sentar. Olhou decidido para mim, e começou a se despir. Eu assistia incrédulo, não imaginei que ele faria isso por mim. Deixando apenas a cueca, ele veio até mim e sentou no meu colo, me beijando com vontade. Acariciei suas coxas, sentindo a maciez de sua pele. Ele estava me levando à loucura. Peguei-o em meu colo e o coloquei deitado, tirei minha calça, subi na cama, e voltei para seus lábios, mordiscando-os de leve. Eu podia sentir sua ereção através da cueca. Beijei seu pescoço, fazendo um caminho de beijos até seu abdômen, arrancando vários gemidos baixos dele.

Quando finalmente arranquei a peça, não pude me conter, passei a língua da base até a fenda, colocando-o por inteiro em minha boca, subindo e descendo, vez ou outra circulando a cabeça com a língua. Sentia seu corpo se contorcer a cada movimento, gemendo contidamente. Apertei sua cintura, e saindo daquela tortura, me levantei. Sentei na cama, trazendo sua cintura para perto de mim, e enquanto preparava sua entrada com meus dedos, massageei seu membro lentamente.

Sua face totalmente entregue me deixava extasiado. Não me aguentando mais, posicionei meu membro em sua entrada. Vi-o fechar os olhos e tapar o rosto com as mãos enquanto eu o adentrava. A sensação era maravilhosa, diferente de tudo que já senti. Desci ao seu encontro, afastando suas mãos para me deparar com seu rosto ruborizado, a ponto de cair lágrimas de seus olhos.

— Está doendo, Soo? — perguntei preocupado.

Ele balançou a cabeça em negativa. Olhei-o, sem entender o motivo para ele estar assim.

— É minha primeira vez. Estou tão... envergonhado — uma lágrima caiu de seus olhos — Me desculpe, acho que estraguei o clima, não é?

Como se fosse possível. Kyungsoo é irresistível, até mesmo chorando. E isso é fato. Beijei logo abaixo de seus olhos, descendo em seguida para seus lábios, explorando sua boca o máximo que podia. Ao me separar dele, olhei em seus olhos lacrimejados.

— Não tem porquê se envergonhar. Também sou inexperiente, você é meu primeiro.

Sorri, tentando reconforta-lo. Agora, eu mesmo me senti envergonhado ao dizer essas palavras, mas resolvi deixar isso de lado, pois ele parecia ter se acalmado. Acariciei seu rosto, sem desviar os olhos dos dele. Aquela face ruborizada, aquele olhar inseguro, os lábios pressionados, provavelmente por conta da vergonha, tudo... eu amo tudo nele. Eu amo Do Kyungsoo. Não importa se somos homens, ou se no meio do sexo paramos para falar sobre uma coisa dessas. Eu o amo, e não importa o quanto seremos julgados por conta desse amor.

Juntei minha boca à dele, o sentindo retribuir meu beijo aos poucos, enquanto suas mãos acariciavam minha nuca lentamente. Devagar, comecei a me movimentar dentro dele, ouvindo um gemido abafado entre nós. Me separei de seus lábios e desci ao seu pescoço, mordiscando algumas vezes enquanto me movimentava. Eu sentia ele raspar as unhas levemente pelas minhas costas, me estimulando ainda mais, apertei suas nádegas, aumentando a velocidade em que eu entrava e saía dele. Nossos corpos pareciam dançar em sincronia, um ritmo que apenas nós conhecíamos. E bem junto ao meu ouvido estava meu vício, a voz manhosa de Kyungsoo gemendo meu nome, pedindo por mais. Eu estava enlouquecendo.

E naquele movimentar sincronizado, quase chegando ao ápice, selei seus lábios, enquanto sua mão procurava a minha, entrelaçando-as. Levei sua mão acima de sua cabeça, prendendo-a ali, enquanto o observava virar o rosto de lado, gemendo, deixando-o totalmente exposto. Mordisquei seu pescoço, chupando-o e distribuindo beijos ali.

Não aguentando mais, fechei os olhos e gemi, me desfazendo nele. Soo começou a gemer mais alto, logo se desfazendo. Continuei me movimentando lentamente, enquanto buscava seus lábios. Nossas respirações estavam aceleradas, e só então me preocupei se os outros haviam notado alguma coisa.

Mas, realmente, não me importava.

Tudo o que importava no momento, era minha boca junto à dele. E as palavras sussurradas por aqueles lábios volumosos, enquanto eu admirava aqueles olhos grandes e castanhos, sentindo seu corpo quente junto ao meu.

— Eu te amo, Jongin.

Sorri, sentindo o cansaço tomando conta dos meus sentidos. E entre carícias e beijos, adormecemos.

 

♦♦♦

 

Quando acordei pela manhã, notei que a cama parecia maior. Mas era apenas impressão. Eu estava sozinho nela. Me perguntei onde estaria Kyungsoo, e como eu deveria agir em frente a ele de agora em diante. Seriamos namorados? Ou continuaríamos do mesmo jeito que antes?

Desanimado, bocejei, vestindo minha calça. Minha barriga roncava, então resolvi sair daquele quarto, e eu realmente esperava que os outros estivessem dormindo para eu poder conversar com o Soo sobre a nossa situação.

Andei a passos preguiçosos pelo corredor, mas ao me aproximar da cozinha ouvi as vozes animadas de Minseok, Yixing e Junmyeon. E parei no mesmo minuto em que entendi o que estavam falando.

— Eu tenho certeza. Eu ouvi!

— Deve ser sua imaginação, Yixing. Eles não fariam esse tipo de coisa. Não é, Junmyeon?

— Quem sabe... Aqueles dois estão bem próximos ultimamente.

Me encostei à parede, não acreditando no que eu ouvia. Então, como um raio, a lembrança das nossas ações de ontem à noite me atingiram. Acho que não fomos tão discretos quanto eu pensei, a começar por nossos gemidos. A cama indo contra a parede, com certeza, deve ter nos denunciado. Cobri a face com as mãos sentindo meu rosto queimar e a vergonha me consumir.

Ouvi uma porta sendo aberta do outro lado do corredor, e lá estava Soo, me olhando igualmente envergonhado. Acenei constrangido, sendo retribuído com um sorriso e em seguida começou a acenar para ir até ele.

Sentindo meu coração acelerar, espiei a cozinha e, vendo que estavam todos de costas, andei rápido até Soo. E só voltei a respirar quando parei de frente para ele, apenas para parar de respirar novamente, ao ver seu rosto tão perto do meu. Um sorriso sondava seus lábios e havia um brilho diferente em seus olhos. E eu me peguei admirando cada detalhe de seu rosto.

— Você sumiu hoje de manhã... — comecei meio incerto.

— Vim tomar um banho, e me trocar. Desculpa. Eu não queria te acordar, você parecia tão tranquilo enquanto dormia.

Sorriu enquanto levou a mão ao meu rosto, me acariciando suavemente. Eu havia sonhado tanto com isso, que parecia até surreal. Num surto de coragem, olhei decidido para ele, mas ao ver seu olhar interrogativo, minha coragem oscilou, e tudo o que consegui fazer foi gaguejar o que era pra ser uma declaração.

— Então... Sobre nós... Eu estava pensando se... quer dizer... só se você quiser...

Soo ficou me olhando com aquele sorriso tomando conta de seus lábios e, diminuindo a distância entre nós, juntou seus lábios aos meus, mordiscando levemente algumas vezes. Definitivamente, eu nunca me cansaria disso.

Quando nos afastamos, senti suas mãos entrelaçando-se às minhas, e notei o rubor em seu rosto. Ele mordeu o lábio, e sorriu em seguida.

— Eu aceito.

Eu não sabia nem como reagir. Soo e eu, finalmente, juntos. Sorri largo, e o abracei forte, desejando parar o tempo, apenas para não ter que me soltar dele. Distribuí beijos por seu rosto, até capturar seus lábios novamente. E pararmos, encostando minha testa à dele, simplesmente sorrindo um para o outro. Sentindo aquilo que não se dá para expressar em palavras. O mais puro amor, o nosso amor.

— Se eu não tivesse saído do quarto naquela hora, eles teriam feito aquilo na minha frente!

A conversa na cozinha estava cada vez mais alta, e eu estremeci quando a ouvi. Me afastei, notando o olhar assustado do Soo.

Eles sabem? — sussurrou pra mim.

— Não tenho certeza, mas acho que sim.

Me olhou preocupado, mas respirou fundo e com um olhar decidido pegou em minha mão, me puxando diretamente para a cozinha. E eu me perguntava se era possível meu coração acelerar mais que isso. Os três viraram-se de frente para nós, sorrindo e apontando em nossa direção. Paramos de frente para eles, olhei assustado para o Soo, mas ele não parecia querer mudar de ideia. Eu deveria estar pálido a essa hora.

— Nós... — começou com o rosto ruborizado.

— Ah, ali está ele! — Yixing falou alto, apontando em nossa direção.

— Então, vocês realmente fizeram aquilo!? — Minseok exclamou.

— Do que vocês estão falando?

Com um choque, ouvi a voz preguiçosa de Chanyeol vindo de trás de mim, e entendi que não era de nós que estavam falando, mas dele. Suspirei aliviado, mas franzi a sobrancelha me perguntando o que havia acontecido. Soo estava inquieto ao meu lado, e parecia desapontado. Acariciei sua mão com o polegar, enquanto olhava para ele, tentando entender. Acho que ele realmente queria contar a eles.

— Então, você e Baekhyun se resolveram, é? — Zitao disse risonho, também entrando na cozinha.

Chanyeol andou até o balcão, pegando uma caneca de café e encostando-se a ele, tomando poucos goles enquanto assoprava. Ele queria disfarçar, mas seu constrangimento era visível.

— Nós... — Kyungsoo começou tímido, ao mesmo passo que meu coração deu um salto.

— Ah, vocês fazem muito barulho, e ainda é de manhã...

A voz de Baekhyun surgiu atrás de nós. Ele entrou no cômodo e andou até o balcão, pegando uma caneca de café e encostando-se a ele, notando a presença de Chanyeol ao seu lado. Os dois sorriram minimamente, e se cumprimentaram ruborizados, enquanto tomavam o café em silêncio.

— Viu só!? — Yixing apontou para eles — Definitivamente, aconteceu!

Kyungsoo começou a tremer, apertando forte minha mão, estalando a língua em seguida.

— Será que dá pra vocês me ouvirem!? — bateu o pé no chão.

E, de repente, toda a atenção estava voltada para nós dois. Eu apenas queria ser um avestruz e enfiar minha cabeça no chão naquele momento. O silêncio dominou o cômodo, e percebi Yixing apontando silenciosamente para nossas mãos dadas.

— Jongin e eu... estamos namorando.

Ele disse. Ele finalmente disse. E eu estou oficialmente morto.

Ao tomar coragem e olhar para frente, pude notar o sorriso enorme vindo de Junmyeon, me senti culpado ao pensar aquelas coisas erradas dele noite passada. Pouco a pouco, eles começaram a sorrir e nos parabenizar. Era uma reação diferente da que eu imaginava. Totalmente diferente. Pensei que iriam se afastar, que teriam nojo. Eu fui idiota. São meus hyungs, afinal. Não fariam isso conosco.

Ao longe, pude notar Baekhyun cutucando Chanyeol enquanto conversavam entre olhares. Chanyeol fez que sim com a cabeça, se esticou e pigarreou, chamando atenção dos outros.

— Já que estão revelando coisas... Faz quase um ano que eu e Baekhyun estamos namorando.

— Eu sabia! — Yixing exclamou alegre, mas depois se desanimou — Mas, por que esconderam todo esse tempo?

— Não tínhamos certeza se iriam aceitar... tivemos medo.

Baekhyun disse baixinho. Me senti feliz por eles, e principalmente feliz por meu namoro com Kyungsoo. Senti minha mão sendo puxada suavemente, e ao olhar em sua direção, vi aquele sorriso lindo surgir no rosto do Soo. Soltei sua mão, apenas para envolvê-lo pela cintura. Dei um beijo rápido em seu pescoço, sorrindo enquanto assistia sua pele se arrepiar e um sorriso tomar conta do seu rosto.

Olhei para frente e novamente eles estavam olhando para nós. Senti meu rosto queimar, afinal, isso é diferente do fanservice que estamos acostumados. Isso é amor, é tão real e natural quanto respirar.

— Hyung, acho que é a hora certa para nos declararmos também, não acha?

Yixing disse enquanto agarrou Junmyeon, tentando beijar seu rosto. Ele riu envergonhado, mas não disse nada. Internamente, comecei a torcer por eles, afinal, ele foi a primeiro a torcer por nós.

— O que é isso? Não tem câmeras aqui, tem?

Jongdae entrou na cozinha, olhando risonho para todos. Minseok, com o rosto ruborizado andou até ele, pegando em sua mão.

— Não há câmeras. É tudo real. Tão real quanto isso.

Lentamente, Minseok se aproximou de Jongdae e o beijou. Parecia um sonho. Da noite para o dia, eu comecei a namorar, e agora, um a um, os casais estão se formando. Mas ao longe, eu podia ver Zitao olhando para baixo, meio triste. Todos nós sentíamos falta de Yifan, e apesar de não admitir, ele é o que mais sente. Dias atrás o peguei olhando fotos antigas dos dois juntos, quase a ponto de chorar ao vê-las. Espero que no futuro, eles possam se reencontrar e se entender.

Olhei para Soo, agradecendo por tê-lo ao meu lado. O puxei para sentarmos a mesa e tomar café. Alguns nos acompanharam, mas Yixing e Junmyeon sairam da cozinha e, provavelmente, foram namorar. Liguei a pequena televisão que havia ali, procurando alguma coisa para assistir.

— Espera. Volta naquele canal — Baekhyun pediu.

Era um canal de notícias, e a imagem estampada na tela era do Sehun, de moletom cinza e óculos escuros, ele estava junto a um moreno, abraçado e seu rosto estava bem próximo ao dele, como se estivessem aos beijos. Em seguida, surgiu a foto de Luhan ao lado.

— Sehun foi ver o Luhan? — Minseok perguntou com uma expressão de total surpresa.

— Eu disse que ele iria dar bem mais que um abraço — Baekhyun riu triunfante enquanto olhava para Soo.

— Você sabia disso? - Jongdae olhou assustado para Baekhyun.

— Não, quem me contou foi o Chanyeol e o Kyungsoo.

— Não olhem pra mim. Fiquei sabendo através do Jongin.

Chanyeol apontou pra mim, e assim toda atenção voltou pra mim. Suspirei derrotado. Olhei para a televisão mais uma vez imaginando onde estaria Sehun a essa hora, mas ao olhar para frente, vi que esperavam uma resposta minha.

— Ele me pediu para guardar segredo. Chanyeol viu uma reportagem do Luhan na tv e veio chamar o Sehun, então como ele não estava aqui, acabei falando que ele voltaria hoje, mas Kyungsoo juntou as peças, e descobriu tudo. E Baekhyun apareceu do nada e ficou sabendo também.

— Não! Só ficamos sabendo porque você queria tanto assim fazer sexo com o Kyungsoo que acabou contando a verdade pra se livrar de nós. No próximo aniversário de vocês vou até dar um fio dental pro Soo, e um dia num hotel pra vocês se divertirem sozinhos. Se é que me entendem — Baekhyun disparou risonho.

Quase cuspi o café que havia acabado de tomar, e fiquei olhando para baixo constrangido, olhei para Kyungsoo que estava com o rosto todo vermelho e os lábios pressionados em irritação. Baekhyun riu malicioso, feliz com a nossa reação.

— Então, vocês também...? — Minseok não terminou a frase, e ao olhar em sua direção, notei que também estava constrangido.

Baekhyun ainda me paga. Ele é a verdadeira naja. Quando pensei em revidar, ouvi um grito agudo dele, e vi o sorriso satisfeito de Kyungsoo.

— Não precisava me chutar — resmungou.

— Mas, e quando é que o Sehun vai voltar? Temos que pegar um vôo dentro de algumas horas.

Jongdae me olhou preocupado. Apenas dei de ombros. Eu não fazia ideia de onde ele estava. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para ele, avisando sobre o horário que deveríamos ir para o aeroporto. Senti Kyungsoo apoiar o rosto em meu ombro, lendo a mensagem que eu havia acabado de escrever.

— Ele ainda deve estar com Luhan, ne? Espero que esteja tudo bem entre eles. Aqueles dois realmente combinam.

Seus lábios formaram um sorriso, mas seus olhos sustentavam um brilho fraco, como se alguma coisa não o estivesse agradando, e me perguntei se eu havia feito alguma coisa errada. Beijei brevemente sua testa, e encostei minha cabeça na dele.

Assim que terminamos, fomos arrumar nossas coisas. Logo estaríamos indo para o aeroporto, e Sehun ainda não havia chegado. Olhei para a sua cama, onde tudo o que tinha eram os lençóis perfeitamente arrumados e suas malas encima da cama. Resolvi juntar suas coisas. Provavelmente ele vai chegar em cima da hora.

O tempo foi passando, e logo estava na hora de irmos. Juntei as malas dele com as minhas e me juntei ao Soo e os outros. Assim que entramos no elevador peguei meu celular, enviando outra mensagem para Sehun, avisando que já estávamos saindo.

— Ele ainda não respondeu? — Soo perguntou ao meu lado.

Fiz que não com a cabeça, puxando-o para mais perto. Ele mordeu o lábio e olhou para baixo, desviando seus olhos dos meus. Eu devo ter feito alguma coisa errada, senão ele não agiria assim. Franzi o cenho e encarei a porta, esperando.

Quando a porta do elevador abriu no andar térreo, e saímos para o saguão, Sehun entrou correndo pela porta de entrada, seus passos ecoando por todo o ambiente, e parou bem em frente a nós. Abaixou-se, respirando com dificuldade, depois se levantou e nos olhou aliviado enquanto algumas gotas de suor pingavam de seu rosto.

— Ah, pensei que não conseguiria chegar a tempo!

— Você é louco? — ouvi Baekhyun gritar atrás de mim, andando rapidamente até Sehun — Primeiro vai ver o Luhan sem nos avisar. Depois fica aos amassos com ele e quase que não chega a tempo de irmos embora!

Baekhyun deu um peteleco em sua cabeça enquanto Sehun se encolhia a cada palavra que ele disparava. Sehun ficou abaixado, sem saber o que dizer. Kyungsoo se aproximou, estendendo a mão para ele, Sehun o olhou um tanto hesitante, mas logo pegou em sua mão, e Soo o puxou, ajudando-o a levantar.

— Da próxima vez nos avise. Também queremos vê-lo — Soo disse a ele, e Sehun, com os olhos lacrimejando, acenou a cabeça em afirmativa.

Talvez não fosse a melhor recepção que ele já teve, mas acho que era exatamente isso que ele precisava: compreensão, afeto e segurança. Não só ele, todos nós precisávamos disso. Por medo, mantive meus sentimentos em segredo. Mas, ao vencê-lo, alcancei uma das melhores coisas que poderiam ter me acontecido: um amor recíproco. O amor que só o Soo poderia me oferecer, e o único amor que eu preciso. E, ao assumirmos nossa relação em frente a todos, mesmo sem a intenção, transmitimos a segurança que eles precisavam para se libertar do medo.

E, mesmo que o mundo não saiba disso tão cedo, estou feliz em ver todos juntos.

— Vamos.

Sorri, me aproximando deles. Sehun me agradeceu, me olhando complacente. Olhei para o Soo, e aquele brilho triste permanecia em seus olhos, peguei em sua mão, atraindo seu olhar até mim. O envolvi num abraço e, junto aos outros fomos ao aeroporto.

Quando finalmente entramos no avião e sentamos em nossos lugares, eu pude me livrar das perguntas insistentes do Sehun, deixando Baekhyun, o tagarela, contar tudo a ele — além de, é claro, ficar sabendo em primeira mão o que Sehun esteve fazendo com Luhan. Em poucos minutos, estávamos sobrevoando o oceano.

Respirei fundo enquanto me espreguiçava na poltrona, agradecido por ter me sentado um pouco longe deles. Virei para o lado, e lá estava Kyungsoo, olhando concentrado através da janela do avião. Me juntei a ele, vendo as nuvens decorando aquela imensidão azul. Aos poucos, deixei de admirar as nuvens, para admirar o rosto do Soo. Suas sobrancelhas estavam levemente franzidas, seus lábios um pouco pressionados, e aquele olhar triste permanecia ali.

Toquei sua mão, chamando sua atenção pra mim, e acariciei seu rosto, observando enquanto ele fechava os olhos e movia o rosto em direção aos meus toques, fazendo meu coração se aquecer a cada segundo que se passava.

— Soo? — sussurrei.

— Hm?

Ele abriu os olhos lentamente e os direcionou a mim. Mordi o lábio, sentindo o medo em desvendar o mistério que era aquele olhar triste. Desviei o olhar e passei a encarar o chão.

— Você está arrependido... do nosso namoro?

Ele arregalou os olhos, sentou-se ereto na poltrona e pegou em minha mão.

— Nunca! Por favor, não pense nisso.

— Então, me diz o que aconteceu... você está estranho desde o café. Eu fiz alguma coisa errada?

Olhei em seus olhos, era visível sua hesitação em me contar. Acariciei sua mão, tentando encorajá-lo, ao mesmo passo que sentia meu coração falhar apenas em imaginar o que eu poderia ter feito para ele.

— É só que... — começou, olhando para baixo — acabamos de começar a namorar, e vou ter que ficar longe de você para poder gravar. Tenho medo de você acabar se cansando de mim, e... Não sei. Você é lindo, talentoso... muitas pessoas iriam querer estar no meu lugar agora. Tenho medo de perdê-lo. Não quero perdê-lo.

Ao mesmo tempo, alívio e dor me atingiram. Alívio por não ter feito nada de errado, e dor por vê-lo tão abatido por isso. Sua expressão continuava fechada, e uma lágrima caía por seu rosto. Me aproximei e o puxei para os meus braços, enquanto passava a mão por seus cabelos, acariciando-o.

— Não importa a distância, ou o tempo que fiquemos longe um do outro. Saiba que você é o único que eu amo, e o único que eu vou amar, Soo.

Apesar de toda insegurança — tanto dele, quanto minha —, eu me sentia confortável, confiante, aquecido... Me sentia amado. Puxei delicadamente seu rosto em minha direção, observei seus lábios suavemente pressionados, e os juntei aos meus. Senti suas mãos passando por minha cintura, me envolvendo num abraço forte enquanto nos beijávamos.

Fomos cegados por um clarão, para só depois percebermos que era um flash de câmera. Olhei para frente, e lá estava a naja sorrindo para nós. Kyungsoo se levantou e começou a correr atrás dele enquanto Baekhyun gritava e ria ao mesmo tempo em que corria para trás de Chanyeol.

— Agora você vai ver o que é chantagem — Baekhyun ria.

Me apoiei à poltrona e olhei para Soo, todo enraivecido, e sorri ao perceber o quanto eu iria sentir falta disso, enquanto estiver longe.

— Então, estão namorando — Sehun apareceu ao meu lado; afirmei com um sorriso — Desculpe não ter contado antes, você sabe, sobre o Luhan. Queríamos manter segredo por um tempo... Saber se iria dar certo. Mas agora toda a mídia descobriu — riu nervoso.

— Não se preocupe, estaremos ao seu lado, no que precisar.

Sorri a ele, imaginando o tormento que seria sua vida de agora em diante. Só o que podíamos esperar era a piedade dos fãs. E me peguei pensando se algum dia serei capaz de assumir em rede nacional meu namoro com o Soo. Não quero nosso amor sendo condenado como errado por pessoas que sequer sabem o que é amar. Mas pelo menos agora, não quero pensar nesses receios. Sei que enfrentarei o que for para estar ao seu lado, assim como sei que ele irá fazer o mesmo por mim. Ainda mais tendo o apoio dos nossos amigos.

Afinal, somos EXO, somos UM.

 

FIM


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e desculpem se o final ficou meio "sei lá" ;u;

E, feliz seis anos de Spirit pra mim! ♥

Até uma próxima ~

Edit: Acho que todo mundo já deve conhecer, mas, mesmo assim, aqui tá o link do Prism Edits: https://spiritfanfics.com/perfil/prismedits
Deem uma olhada no trabalho deles, sério, é muito perfeito!
Eu ainda to chorando com essa capa! ADOREI T^T ♥♥

Agora sim, até uma próxima ~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...