É… o que eu posso falar? Eu só… realmente estava afim de dormir um pouco. Talvez eu tenha dormido, um pouco. Mas como eu sei que Yunhyeong me ama, e não perde a oportunidade de começar a gritar meu nome igual a uma gralha. Agora, o que caralhos, esse garoto queria?
— Jin, pelo amor de Deus, acorda! — chamou me balançando. Eu realmente não estava afim de acordar — Ô, JIN, ACORDA CARAI, O TITIO E A TITIA TÃO ‘VINO.
Ok. Talvez o meu primo ter me chamar foi uma ótima coisa. Porque eu acabei me levantando em um pulo me sentando, o que resultou em uma leve tontura. Olhei meu primo, pedindo com o olhar para que ele me falasse o que se passava.
— Titia me ligou, falou que já estão chegando, e que querem falar com a gente sobre o dia em que a gente foi pra festa! — falou me olhando e se movimentando de forma desesperada.
Suspirei levando a mão até a minha testa.
— É o seguinte, Yun… Nós apenas falamos a verdade. O que eles quiserem saber, nós falamos! — falei voltando a olhá-lo — Então, relaxa, meus pais não vão brigar com a gente.
— Eu tô é com medo de falarem algo pra minha mãe! — Yunhyeong, assim que terminou de falar, começou a roer a unha.
— Do jeito que a tia é, ela vai dar graças a Deus por você tá saindo e dando a raba — falei revirando os olhos — Só relaxa, Yun.
Escutamos um barulho de carro entrando na garagem. Eu e Yun nos aproximamos da janela olhando meus pais. O dois entraram em casa. Yun agarrou meu braço. Escutamos nossos nomes serem chamados, e então saímos do quarto indo para a sala, encontrando nossos pais sentados no sofá. Fizemos uma breve reverência e nos sentamos no sofá em frente ao deles.
— Onde vocês estavam? — minha mãe perguntou, com certeza se referindo ao dia da festa, assim como Yun tinha falado.
— Fomos a uma festa fantasia de um amigo! — respondi a olhando.
— Beberam? — perguntou meu pai.
— Sim! — respondi. Senti Yun se estremecer ao meu lado, ele estava com medo.
— Fumaram! — meu pai voltou a perguntar.
— Não! — respondi.
— Quem foi a ideia de beber? — perguntou minha mãe.
— Perguntaram se nós não iríamos beber, Junhoe, falou que éramos menores, e não podíamos. Eu desobedeci e bebi, oferecendo também a Yun — eu realmente estava sendo sincero. Eu prefiro mil vezes morrer do que mentir para meus pais.
— Quem é Junhoe? — perguntou meu pai.
‘Eta. Agora eu realmente não sei se falo que Junhoe é meu “namorado”. Tanto que meu pai iria mandar eu chamá-lo para fazer várias perguntas um tanto… constrangedoras.
— Junhoe? — perguntei e meu pai concordou — Junhoe é m…
A campainha tocou. Olhei para a porta. Então me levantei indo atender. Assim que abri a porta, me deparei com a Girafa. É, o próprio Junhoe. Observei Junhoe, ele olhou para dentro de casa vendo e meus pais e logo para mim, com um olhar pedindo explicações, talvez. Peguei na mão de Junhoe o puxando para dentro de casa, fechando a porta atrás de nós.
— Mãe, pai… esse é o Junhoe, meu… namorado! — falei.
Meus pais me olharam desacreditados. Olharam Junhoe. Me olharam. Olharam Junhoe novamente. Depois me olharam de novo. Ficaram nessa de me olhar e olhar Junhoe por um tempo. Eu realmente queria saber o que se passava na cabeça deles.
Meus pais sabiam da minha orientação sexual, então isso não era problema. O esquisito, que era o que com certeza eles acharam, era que eu nunca tinha aparecido com um garoto, sendo ele meu namorado. E eles com certeza, dentro da cabecinha deles, estavam planejando algo muito mirabolante para poder nos passar vergonha. Eles sempre faziam isso quando estavam por perto, não importa se é namorado, amigo, primo, conhecido, eles sempre vão estar lá para aprontar algo. De certa forma, mesmo sendo ocupados, quando estão livres, meus pais dão a louca, ou seja, eu não sou o adolescente da casa, o Yun, não é o adolescente da casa, e sim eles.
— Desde quando você tem namorado? — perguntou meu pai se levantando do sofá e caminhando em nossa direção.
Junhoe teve que abaixar a cabeça para olhar meu pai, certo que ele fazia isso também comigo, mas com meu pai… com meu pai era diferente. O mais velho era um pouco mais baixo que eu, e muito mais baixo que Junhoe. E mesmo com essa pouca altura, meu pai conseguia fazer as pessoas ficarem com medo dele.
— Ah, é, hã… — comecei a murmurar algumas coisas, tentando responder a pergunta de meu pai.
— Estamos namorando a alguns dias, senhor! — meu Deus. Eu realmente não esperava por essa. Junhoe respondeu a pergunta de meu pai. Seria muito esquisito falar que… eu amo o Junhoe? Porque, mano — Me desculpe aparecer assim do nada — fez uma breve referência — Acho que… eu vou indo — falou apontando para a porta atrás de nós. Segurei sua mão com força. Forma de pedir que ele ficasse.
— Filho! — meu pai olhava Junhoe dos pés a cabeça enquanto colocava as mãos na cintura.
— Sim, pai! — respondi.
— Ele tem cara de ator pornô! — falou me olhando.
— Eu sei!
Olhei para minha mãe e Yun. Os dois estavam em pé, lado a lado dividindo um pacote de amendoim enquanto nos olhavam.
— Cara de ator pornô? — Ri Yunhyeong. — É verdade.
— Pai, tem mais alguma coisa pra falar? — Suspiro.
— Não que eu saiba, talvez. — Diz se sentando, já que tinha se levantado. — Ah, usem camisinha.
Assim que meu pai soltou essa, vi minha mãe se engasgar com o amendoim, e Yunhyeong estava a ajudando dando um copo de água para ela.
— Provavelmente Junhoe tinha alguma coisa para me falar, podemos ir?
— Sim, depois se eu me lembrar de alguma coisa eu te falo.
— Obrigado, tchau pai, tchau mãe, tchau Yun. — Falo abrindo a porta e puxando Junhoe pela sua mão enquanto se despedia.
— Seu pai é bem simplista. — Fala assim que eu fecho a porta.
— É eu sei. — Falo o puxando para uma praça que havia pela vizinhança.
— Onde você tá me levando?
— Para algum lugar. — Sorrio simplista.
— Tal pai, tal filho. — Murmura.
Em cerca de cinco minutos estávamos na praça, estava vazia e calma, me sento em um balanço, e vejo Junhoe fazer o mesmo
— Junhoe? — Falo em meio a ruídos do balanço, assin recebo um 'hm?' como resposta. — Quem era aquela gazela te chamando de oppa no outro dia?
— Mais uma menina que fica correndo atrás de mim, acho que eu deixei o recado bem claro, que agora eu namoro. — Diz levantando a cabeça e olhando para mim.
— Bom mesmo, não quero umas gazelas chamando o meu namorado de oppa pela escola. — Falo revirando os olhos.
— É, o seu namorado. — Ri Junhoe.
— Acostume-se, se continuar assim, pode aparecer uma gazela morta pela escola.
— Sem gazelas?
— Sem gazelas!
....[Continua]....
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