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História Simplesmente Um Anjo - Eu sinto muito...


Escrita por: Uni23 e Cyene

Capítulo 72 - Eu sinto muito...


~ Narração Lysandre On ~

Estamos no carro a quase 3 horas, Bárbara disse que não era bom usar o tele transporte comigo "nas minhas condições", não sei como me sentir em relação a isso, no momento só me importo em encontra - la, só me importo em vê - la e fazer com que ela volte ao normal. Já começa a escurecer e vai ficar difícil de encontra-la, Morgana aparentemente está extremamente nervosa com o que viu, ela se recusa a falar sobre a visão que teve, só nos disse que era bom que nos apressassemos ou algo muito ruim pode acontecer. O que será que ela viu?
- É aqui... - Morgana disse.
Paro o carro em uma estradinha deserta ao lado de uma floresta.
- Eu sinto a energia dela por perto. - Disse Bárbara.
- Seria melhor nos separarmos, está começando a anoitecer, não podemos demorar muito. - Morgana disse e em seguida se perdendo no meio da mata.
Todos seguimos em direções opostas, a mata era pouco densa e até mesmo assustadora em certo ponto, mas não me importei, não parei pra pensar nisso um único segundo... Não demorou tanto até que eu visse uma garota loira, seus cabelos eram longos e suas roupas eram pretas em contraste com sua pele branca. Ela se virou, me olhou por alguns instantes até que finalmente falasse algo.
- Quem é você e o que faz aqui? - Sua voz era suave mesmo com o tom forçadamente agressivo.
- E-Eu... Eu estou procurando uma pessoa. - Respondo.
- Tem algo forte vindo de você... Você também é um anjo? - Ela me olhou empolgada.
- Bom... Eu...
Antes que eu pudesse responder, ouvi um barulho de folhas secas sendo pisadas, a garota sumiu na minha frente, como se fosse apenas uma ilusão, mas eu sei que não era... Por algum motivo ela me parecia extremamente familiar. Em instantes eu deixei aquele encontro de lado para seguir o barulho que havia ouvido,  tive esperança que finalmente fosse Marilyn... E realmente era, seu olhar, o seu jeito... Era diferente de qualquer vez que me lembro dela.
- Marilyn? F-Finalmente te encontrei... - Disse, tentando manter um tom de voz normal.
- Não posso conversar agora, eu a encontrei depois de tantos dias, sei que está nessa floresta! - A felicidade em seu rosto chegava a ser assustadora.
- Você precisa voltar pra casa... Esquece isso...
- Não! Não depois de tantos dias procurando ela, eu preciso matar a Amora... De toda forma... - Marilyn continuou a andar enquanto eu a seguia.
- Marilyn, você não é assim... Não percebe? Você está tomada por ódio...
- Não, não estou, estou apenas fazendo o que eu deveria ter feito a anos. - Eu tentei me aproximar, tocar nela, mas ela se afastou olhando fixamente nos meus olhos. - Vá embora, antes que eu te tire do meu caminho.
- Eu não vou te deixar ir... Não vou te deixar novamente...
Eu a abracei, a abracei forte a ponto de sentir que nunca mais a soltaria, Marilyn ficou parada, imóvel. Até que senti algo próximo ao meu estômago, uma pontada seguida de uma dor quase que insuportável, o que foi aquilo? Minha mão automaticamente se direcionou até o ponto da dor, até que senti algo quente em minhas mãos, sangue? Sim, era sangue.
- Marilyn? - Falei e ela se afastou, parecia confusa quando vi a lâmina em sua mão, de onde ela surgiu?
- Não... N -Não chegue perto de mim. - Marilyn correu.
Eu a observei correr por um estante por não ter reação, até que pensei em correr atrás dela, cada passo parecia mais doloroso porém não pensei nem por um instante na dor que eu sentia ou no quando de sangue eu perdi... Só pensei na Marilyn e em como eu não posso de forma alguma abandona - la de novo. Desde que eu a esqueci, a mais de um ano atrás eu não pude me perdoar de forma alguma, eu sei que não foi minha culpa, mas não posso abandona - la novamente...
- Marilyn!- Chamei quando ela se perdeu por entre as árvores. - Vamos conversar... Por favor...
Eu caí ajoelhado no chão após alguns minutos, por conta da exaustão e da grande perda de sangue. Não posso alcança - la, não posso ajuda - la e nem estar com ela como prometi. Talvez eu me perdoe um dia... Talvez ela me perdoe um dia...
- Marilyn... Eu sinto muito... Sinto muito por ter te deixado... Quando você mais precisou... Eu sinto muito... - Sussurrei e por alguns instantes tive esperança de que ela ouvisse, fechei os olhos e não tinha mais forças para abri - los.
Quando deitei no chão nada parecia mais tão relevante, eu vi o sorriso dela, os seus olhos que pareciam duas estrelas brilhantes.

~ Flashback

Eu a vi cair na minha frente, eu a achei linda, era era linda, parecia até um anjo e quem diria que ela era realmente um anjo.
 - Você está bem? - Perguntei, a ajudando a levantar, o toque de sua mão parecia uma lisa porcelana.
- Sim... eu tropecei.... Sou muito desastrada. - Ela sorriu, aquele sorriso me parecia familiar, me parecia único e irreal.


- Lysandre! - Ouvi a sua doce voz me chamar, na verdade, acho que estou morrendo. - Eu sinto muito...
- Eu te amo. - Sussurrei, quase como um último suspiro, não sei se era real, ou se era apenas uma alucinação quando abri os meus olhos e a vi na minha frente.
- Eu sinto muito... - Ela chorava, sua roupa estava coberta de sangue, sim, aquilo era real.
- Não chore... Eu quero te ver sorrir... Uma última vez...



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