Parte 4
No dia seguinte, bem cedo, quando acordou, Nae Hyun estava entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã, toda sorridente.
-Acorda, preguiça.
-Está me trazendo o café na cama pra eu me sentir mal por ir embora?
-Não mesmo, sua maluca… estou lhe fazendo os últimos agrados.
-Aigooo… que últimos? Já falei que quando me estabilizar num emprego eu virei te visitar.
-Você é mesmo burra.-ela riu enquanto te servia.-Quando arrumar o emprego, vai precisar se esforçar bastante e, não ficar trocando o trabalho pra fazer visitinhas à uma amiga.
-Se eu disser que vou fazer caridade pra um orfanato ninguém vai me impedir.
-Ah, claro.
-Nae Hyun…
-Eu.
-Eu te disse pra cuidar das crianças, mas não se esforce tanto… sabe… precisa repousar sempre que der e-
-Ei, boboca, vou ficar bem… sei me cuidar… não dependo só de você, tá bom?
-Ué, está brava comigo ainda, não é?
-No fundo, mais profundo e obscuro do meu coração e da minha alma? Sim… muito, mas não posso te prender aqui, de forma alguma. Me resta apenas torcer pelo seu bem estar e por sua volta.
-Você é a melhor irmã que alguém poderia ter.
-Eu sei.
-Idiota.
-É verdade…
-Te amo, bolinho.
-Também te amo…
Após tomar seu café, finalmente partiu. Estava mais que óbvio, que sua vida mudaria absurdamente, no momento em que colocasse o pé para fora do orfanato. Seguiu para o novo lar. Você estava sentindo algo mais que independência e conquista… era a primeira noite que dormiria sozinha… a primeira vez que estaria literalmente sozinha, depois de tantos anos na companhia de sua amiga, mas isso não a derrubaria. Seu ânimo pra continuar nesse caminho era maior que o medo de falhar em sua escolha.
Mas… Porquê esse medo existia? Talvez insegurança? Ou… a pressão psicológica e emocional que levou de Nae Hyun? Pode ser que esteja relacionado àquele sonho, pesadelo, seja lá o que tenha sido.
“Espero que a porta que estava trancada no sonho, não esteja relacionada à minha bolinho… pode ser que signifique “Nothing Here”. Com certeza tomei a escolha certa!”
Logo depois de se auto convencer, tomou um banho, colocou seu jeans, um moletom de cor cinza com capuz e, foi diretamente para o supermercado, pois ainda precisava colocar a comida dentro de casa.
Perdida nos seus pensamentos e ouvindo suas músicas favoritas, não conseguiu prestar atenção em seu caminho e estava quase dançando ali mesmo na rua, quando de repente foi derrubada por alguém numa bicicleta.
Vocês dois caíram e o rapaz, que havia causado todo esse transtorno, levantou-se rapidamente pra tentar te ajudar.
-Me desculpe, de verdade.-disse ele estendendo as duas mãos e erguendo você.
-Tudo bem, neh… quem vai enxergar um ser invisível como eu?-e então… PAM! Você percebeu que o próprio Lay havia esbarrado em você com aquela bike.-Lay?!
-Eu mesmo.-disse ele sorrindo e ainda limpando sua calça na região das pernas e joelhos.-Me perdoe, não foi intencional derrubá-la.
-Lay!
-Eu!
-LAY!!!
-Se acalme moça, devo ser discreto.
-Ah! Me desculpe por isso… Eu sou muito estabanada e… EU TE AMO!
Ele riu, não aguentou o fato de você ser aleatória daquela forma.
-Eu também te amo.
-Quê?! Não fala essas coisas se não forem verdade!
-Mas é verdade. Amo todos os meus fãs e não nego isso à ninguém.
-Aigooo…
-Bom, já vou indo. Mais uma vez, me desculpe.-ele se curvou como forma de respeito e arrependimento.
-Eu… E-E-Eu… tudo bem.-você estava quase mordendo seu próprio cabelo de tanto nervosismo.
-Até logo e, ande em somente um lado da calçada.-ele sorriu.
“Cacete… me mudei hoje pra perto da SM e já esbarrei no Lay! AAAHHHH vou adorar morar aqui!”
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