POV SUN HE ON
- Yeoboseyo? (alô?) - pergunto enquanto praticamente chutava a cara de Jin. - Fica quieto, oppa! - Digo Para o tal que logo se comporta e assim consigo falar ao celular. - Sim, sou eu. Hm... - fiz uma pausa para tentar entender. - Quê? Mas... Tá certo, tudo bem... Vou desligar. - e, com feição emburrada, o faço.
- O que foi? - pergunta o mais velho.
- Omma (mãe) disse que eu vou dormir aqui na casa da tia hoje, ela vai ter de sair a trabalho, e não quer me deixar só em casa. - ele assente.
- Yaaah... - após se espreguiçar e ajeitar seu moletom azul, Seok me sugere algo. - Hey, que tal sairmos hoje?
- Como assim?
- Owowow, não é um encontro, mocinha, já estou de olho em outra garota.
- Morre, Kim SeokJin! - dou um tapa mediano no mesmo, que faz careta. - Engraçado que na frente dos outros você é um santo lindo e perfeitinho, nem parece esse ser infantil. - reviro os olhos.
- Enfim... Vamos comer algo fora hoje, estou com preguiça de cozinhar. - assim que ele termina a frase, me entalo com a água que estava tomando.
- Você? Preguiça de cozinhar? Assim, quanto tempo eu passei fora? Eu estou numa realidade paralela, só pode...
- "Hehehehe, que hilária, estou morrendo de rir", espera aí que eu vou comprar meu caixão e já volto.
- "Enfim..." - imito a expressão que ele mais usa. - Tudo bem, vamos a onde?
- Numa lanchonete 4 quadras daqui, é bem perto.
Após isso, subo as escadas e vou me trocar com a única roupa que tinha ali. Quando volto para a sala, vejo que o mesmo não trocou o suéter, e surpreendentemente estava com outro igual na mão.
- Vista isso. - ele joga sob mim sorrindo de forma doce.
- Ué, mas por que? Quer ser gêmeo meu? - pergunto rindo e segurando o casaco com as duas mãos.
- Eu sei que você quer ser tão bonita quanto eu, mas diminuiu aí. - como ele conseguia ser tão egocêntrico e não soar idiota?
Ignorando sua fala, visto o tal moletom felpudo e vamos em direção a garagem.
- Hm? Vamos de carro? - pergunto.
- Eu pensei em ir de moto, mas se você quiser. - eu fiz não com as mãos e o oppa ri.
Me entregando um capacete rosa, ele sobe na moto branca e já a liga.
Sem demora, chegamos no tal lugar que ele diz ser excepcional. Antes mesmo de entrar, percebo que alguém, algum empregado do local, se escondia de nós.
- Espera aí. - saindo da moto e entrando rápido no estabelecimento, Jin corre até um rapaz que não vejo bem quem é. - Park Jimin aqui?! - ele faz questão em falar aquilo alto.
Park Jimin? Não seria o...? Não, não pode ser. Ele é egocêntrico e rico demais para isso. Mas o rapaz está com o mesmo casaco que eu e SJ.
Parece que eu estava errada, sendo arrastado pelo braço pelo meu primo, Park JiMin levantava os olhos e parecia com raiva, tanta que daria para fuzilar Kim pelos olhos.
- Olá, SunHe. - de forma fria, o rapaz de cabelos tingidos de marrom me cumprimenta.
- O-oi. - um pouco assustada, digo Oi.
Depois do que aconteceu no refeitório, havíamos trombado algumas vezes, era como se o destino queria que fossemos cada vez mais inimigos, mas eu não conseguia sentir tanta raiva dele.
1 semanas atrás...
" - Akemi-unnie! Eu não aguento mais! Eu sempre fui calma, legal, uma pessoa sociável, mas eu juro que se o encontrar outra vez, soco a cara dele com tanta força que aquela boca perfeita e bochechas salientes sumirão. - fazem do bico e cruzando os braços, eu disse a mais velha. "
Tá okay, eu fui um tanto bruta dessa vez, mas eu estou fazendo yoga, é muito bom para controlar seus sentimentos e seu corpo.
- O que está fazendo aqui? - o mais velho de nós pergunta.
- Eu não quero falar, não na frente dela. - parecendo uma criança mimada, Park me olha de forma inferior. Respiro fundo e sento longe dos dois.
- Satisfeito? - Em tom alto, o pergunto cínica e o tal assente.
Não pude escutar o porquê ele estava ali, mas provavelmente o "Papai cortou a mesada" ou "Quero que as meninas achem que eu sou bonzinho e me amem".
- E então, já decidiu o que pedirá? - voltando a mim, o oppa senta em minha frente. Nego olhando o cardápio muito variado.
Depois de quase uma hora ali, escutamos Jimin ser dispensado e finalmente por ir para casa.
- Tchau para vocês. - ele diz, mas antes que fosse, o de cabelos castanhos grita por ele.
- Onde pensa que vai? Vamos à LSB. - logo que disse, o menor olhou e correu até nós.
- Vamos mesmo? - eu não entendia nada.
- Onde, oppa? - pergunto.
- Lugar Secreto do Bangtan.
- É um elevador no prédio dos pais do HoSeok, lá funciona uma grande galeria, aquele elevador já nos fez passar muitas coisas boas, principalmente para mim, Jin e Hobi. - diz Jimin.
- Entendi, então... Vamos lá? - pergunto ainda confusa e sinto ser arrastada pelos dois braços.
Saímos e percebo que o outro também está de moto, todavia não branca como a de meu familiar. Uma grande e potente moto azul marinho, alta e larga.
- Uau. - acabo soltando.
- Sim, ela é incrível, não? Eu posso sempre comprar outros carros, motos, mas nunca a deixarei. - ele parecia ter um amor à moto. - Quer vir comigo? - primeiro eu havia pensado que não estava escutando bem, Park sendo gentil comigo? Isso era bizarro.
-Você está bem? - pergunto preocupada.
-Ava... Eu não sou uma pessoa ruim, só não tivemos boas impressões uma do outro. - ele me estende um de seus capacetes, e mesmo receosa, aceito, já que vi Jin fazer sinal para que eu fosse com o mais novo.
Ao subir na motocicleta, me senti um tanto estranha, não era acostumada a andar em automóveis como aquele, minhas pernas quase não alcançavam o apoio, quem dirá o chão. Olhando para o tamanho do que iria dirigir, não entendia como ele conseguia controla-la com facilidade, afinal ele não era lá o garoto mais alto da escola.
Ao dar partida, ficamos para trás, já que Jin acelerava como nunca antes, além de Jimin parecer estar com medo de acelerar.
- Me desculpe, mas não consigo dirigir tão devagar, me diga que posso acelerar e não se incomodará.
- Claro, eu sou uma garota, não uma velha cardíaca. - acabo rindo, e assim que digo, sinto meu corpo ser jogado para trás com força, ele realmente aumentou a velocidade.
Eu estava com dificuldade em me segura apenas pela parte de trás da moto, e como se lesse meus pensamentos, sinto uma mão suave e macia tocar a minha é trazê-la para cintura do mesmo. Mesmo surpresa, não nego o gesto e faço o mesmo com a outra mão entrelaçando meus braços em seu corpo.
O engraçado era que não, ele não se mexia, era como se nem fosse a mão dele tocando na minha, ele não tinha feição. Mas isso era bom, afinal assim ele estava concentrado no trânsito.
Passamos o trajeto todo calados, entretanto quando descemos, não achamos Seok e tivemos que nós dirigir a palavra.
- Onde o Oppa se meteu? - pergunto olhando ao redor.
- "Oppa". - ele ri. - Vamos logo, ele deve estar lá dentro. - sem me deixar protestar, ele anda até a porta com as mãos nos bolsos.
Entramos e andamos um pouco pelo hall lotado de obras artísticas e nada do moreno.
- Seok? Hyung? - o que me acompanhava grita.
- Oppa-shi? SeokJin, apareça já. - Com um tom choramingão, eu faço o mesmo.
- Aish. - JM já havia se irritado. - Eu vim aqui, então vamos logo. - segurando e entrelaçando Seus dedos da mão direita nos meus, ele me puxa, de forma estranhamente delicada, para um dos elevadores internos.
- O que faremos? - pergunto.
- Você verá. - curto e direto, o garoto de olhos negros me diz.
Continua...
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