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História SLAVE TO LOVE - Reencontro


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Bom dia pessoas do meu ❤
Julian e Maya estão prontos para o 💓💓💓
Será ?!

Capítulo 8 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction SLAVE TO LOVE - Reencontro

Reencontro 

 

 

JULIAN 

 

Parece que todos ao meu redor estavam decididos a testar minha paciência. Desde meu irmão à Pablo, que tinha se metido em mais uma confusão. 

Dessa vez, estava sendo chantageado por um cara que alegava ter uma fita comprometedora dele, em atos explícitos. E exigia quinhentos mil, para não entregar a fita à Quintero. 

Seria fácil de resolver, se o cara não fosse um traficante opositor e com uma estrutura bem armada.

Por que diabos, Pablo tem que se deitar com os inimigos do tio ?! Se bem que o tal russo, é realmente bonitão, para quem gosta.

E agora desesperado, espera que eu limpe essa sujeirada toda !!!

Planejei a extração da fita e se tudo correr bem, vou tentar colher informações sobre essa quadrilha também. Afinal, conhecimento nunca é demais e eles são inimigos em potencial. 

Me preparei e fiquei esperando no carro, o momento de agir.

E não mais que de repente, a imagem daquela invocadinha tomou a minha mente de novo. Aliás, isso vinha acontecendo com uma frequência assustadora. 

Eu me imaginava tocando aquela pele sedosa, afundando o rosto naqueles cabelos ... para em seguida me lembrar do tapa e do olhar de ódio que ela me dirigiu.

Ódio? 

Acho que desprezo, ou uma mistura dos dois. E eu não sei a razão, já que me propus a pagar o estrago, mesmo ela estando errada.

Sentindo a irritação me dominar pela falta de controle, que pensar nela provocava em mim, decidi que já era hora de agir.

 

 

Eu estava em um local ermo, onde havia alguns armazéns desativados e prédios comerciais, que já tiveram melhores dias. 

Me aproximei do meu alvo, um prédio de três andares, recém pintado de pistache e com portas de alumínio. O proprietário, obviamente, não tinha nenhum senso estético. 

Sorri ao pensar no que Chris diria se visse o prédio.

Dei a volta pelos fundos e observei que havia apenas um vigia, por sinal um brutamontes. 

Optei por escalar e ir direto ao escritório do tal Romanov.

Estranhei a facilidade, mas prossegui com meu intento. 

Já no interior da sala, localizei o cofre e sem dificuldade, abri e peguei o que vim buscar . Além, de um pendrive que me pareceu muito interessante. 

Saí do prédio do mesmo jeito que entrei. E estava considerando a missão um sucesso, quando fui interceptado pelo brutamontes russo. 

- Quintero é mesmo muito previsível. – disse num sotaque carregado, apontando a arma para minha cabeça. 

Avaliei a situação em silêncio e ergui as mãos. Eu precisava ficar próximo à ele para poder reagir. 

- Quem é você? Mais um capanga ou o novo namorado do Pablito? -notei certa amargura quando pronunciou o final da frase.

Me mantive em silêncio e isso o irritou, fazendo – o se aproximar. 

- Você é surdo ?! Não fala minha língua ?!

Sem pestanejar, o ataquei, fazendo com que a arma voasse para longe. Entre socos e pontapés, eu estava me saindo bem, até que a vi.

Toda de preto, se esgueirando como uma gata pelas sombras. 

Perdi o foco e o russo se aproveitou do meu momento de distração, me deu um chute no tornozelo e um mata- leão, me fazendo perder o ar.

Apesar de imobilizado, minha preocupação de imediato, foi de que ele a visse. Mesmo sem saber o que diabos ela estava fazendo ali, não queria que corresse perigo. 

Juntei todas as minhas forças e mordi o braço do russo, que deu um urro de dor e me soltou. Me coloquei de pé e desferi um chute certeiro em seu queixo, que o tonteou.

Contudo, para o meu azar ele não desmaiou e acertou outro chute, dessa vez no meu joelho me colocando de quatro e vendo estrelas. Em seguida, senti um golpe forte nas costelas que mal tinham se curado da última surra e pensei que fosse perder os sentidos. 

Porém, o russo repentinamente parou de me bater e após sons de golpes e ossos sendo quebrados, um silêncio tenso se instalou. 

Tomei coragem, olhei ao redor e lá estava ela, a dona dos meus pensamentos nos últimos dias : a invocadinha.  Me olhava como se avaliasse um espécime raro, porém sem nenhuma admiração. 

Me senti mortificado, tomar uma surra do russo já era humilhante, mas ter como testemunha justo essa mulher, ninguém merece. 

- Você consegue andar ? – perguntou friamente – Precisamos sair o mais rápido possível daqui.

- Eu ... Hum... Acho que sim.- gaguejei atordoado pela presença dela e pela dor ao levantar, meu corpo todo doía. 

Num impulso ela me apoiou e saímos andando o mais rápido que pudemos, nos escondendo em um dos galpões abandonados. 

O silêncio entre nós começou a pesar e percebi a inquietação que a incomodava. 

- Obrigado. – disse para romper o silêncio e tentar satisfazer minha curiosidade – Se não fosse você, não sei o que teria acontecido. 

- Apesar de tudo pessoas como eu, não conseguem ver alguém em perigo e não ajudar. Por mais, imbecil que o sujeito em questão seja. – respondeu petulante – E eu posso te dizer o que teria acontecido, a essa altura você estaria com vários ossos quebrados ou morto. Agora me diz, o que um almofadinha como você, está fazendo em um lugar como esse ?

Olhei para ela com o rosto pegando fogo, pela raiva e pela indignação. Quem ela pensa que é para falar assim comigo? 

- Primeiro, eu quero saber o que você entendeu, quando eu disse naquele dia “ pessoa como você “ , porque eu acho que está havendo um mal entendido ...

- Ora, por favor  !!! Não tente remediar ou disfarçar, o que deixou bem claro ...

- E o que eu deixei bem claro, que só você, nessa cabeça maluca sabe ?! – interrompi impaciente. 

- Que você é um racista !!! “ Pessoas como eu ... “

- Você realmente é louca !!! – não pude conter o riso e se não fosse a dor nas costelas rolaria de rir da expressão irada dela.

- Não ouse rir de mim, seu energúmeno !!! – disse com ódio no olhar. 

- Desculpe !!! – tentei recuperar o fôlego e me levantei cuidadosamente – Eu não sou preconceituoso de forma alguma. E quando disse isso, foi no sentido de que naquele momento, você não me pareceu apta ou com condições de resolver nada. Afinal, dirige como uma tresloucada. Mas eu jamais, ofendi qualquer pessoa por sua etnia, credo ou opção sexual. Sinto muito, se lhe pareceu isso. 

A encarei e esse foi o meu erro. 

Aqueles olhos castanhos, me tragaram e tudo o mais desapareceu da minha mente. Só havia ela e o meu desejo te -la para mim.

 

 

MAYA

 

Prescott me metia em cada roubada, mas não havia como dizer não a ele.

Entendo perfeitamente o porquê de Chloe ter caído de amores por ele. Com aquele olhar sedutor e o jeitinho manso, ele consegue o que quer de qualquer um.

E justamente por isso cá estou eu, em um dos bairros do subúrbio de Nova York, mais precisamente uma antiga zona comercial. Procurando um russo conhecido por Romanov, que detêm informações importantes sobre Quintero e outras que podem ser usadas para chantagear seu querido sobrinho. 

Além disso, Prescott desconfia da ligação desse russo com a máfia chinesa e quer obter todas as informações possíveis. 

Sendo assim, me incumbiu de realizar uma busca e coletar o máximo que puder de dados, sem deixar rastros. E tudo estava saindo como o planejado, até eu ver o idiota daquele dia, abrindo o cofre e pegando o que me interessava.

No que ele estava metido? 

Será que trabalhava para Romanov ? 

Não. Só se tivesse começado, no tempo de percurso que levei até aqui. Eu tinha a ficha completa de todos os homens de confiança do russo e a foto dele não estava na lista.

Contrariada, esperei ele sair do escritório, fiz o backup do computador e voltei a me esgueirar para sair dali o mais rápido possível. Eu pretendia tomar aquele pendrive daquele idiota, mas me surpreendi com a briga de rua que estava rolando entre ele e o russo. 

Apesar de enorme o russo estava tomando uma surra, até apelar para um golpe baixo e atingir a base do imbecil. Imagino que o chute no tornozelo deva ter lhe tirado o fôlego. 

Com ele caído, o russo passou a enforca- lo e mesmo sentindo raiva dele, meu coração ficou apertado. A luta não estava sendo justa !!! O russo o golpeou no joelho e nas costelas, a luta estava se tornando um massacre. 

Então uma batalha entre razão e emoção  ( ou loucura mesmo) se instalou em mim: ajudar ou não ?

 

Quando dei por mim, já tinha agido e ao ver Romanov caído com um dos braços quebrado, não havia mais o que fazer além de ajudar o idiota que vivia atormentando meus pensamentos. 

Por um momento, fiquei com pena ao ver o esforço que ele precisou fazer para se levantar e principalmente, como tentou disfarçar a dor que estava sentindo ao andar. Romanov o acertou mesmo ... bem- feito !!!

Mas ofereci ajuda, porque precisávamos nos esconder e só por isso. 

Já no galpão, ele se jogou a um canto e eu permaneci andando de um lado para o outro. 

A proximidade dele mexe comigo de uma forma estranha e me sinto perdida, sem o controle das minhas emoções.

 O que me deixa furiosa !!!

E ainda há o fator de ele ser racista. 

Eu só precisava daquele maldito pendrive e dar o fora, isso sim. Porém, ele tinha que puxar assunto ?!

Tentei ser contida e mostrar indiferença, mas devo admitir que esse sentimento é o único que ele não me provoca.

No momento em que ele se explicou e em seguida se desculpou, me encarando com aqueles olhos azuis que parecem dois pedaços do céu, me senti completa. 

Como se a vida toda faltasse um parte de mim e agora ao olha – lo, me fosse restituída essa peça que estava faltando. Toda lógica e racionalidade me abandonou, me fazendo desejar ardentemente me entregar a ele.

Ficamos nos olhando por um tempo indeterminado, em um reconhecimento mútuo, até que meu celular interrompeu essa conexão mágica e estranha que tinha se estabelecido entre nós. 

Me virei contra vontade e atendi :

- Oi.

- Alfa missão finalizada? – Colin estava monitorando e após determinado tempo sem contato tinha que entrar em contato. 

- Sim. Estou indo para casa.

- Ok. Precisa de carona? 

- Não. Até logo. 

Desliguei antes que ele pudesse responder e me voltei para o estranho de olhos azuis.

Ele me analisava atentamente, como se quisesse ler minha alma.

- Namorado? – perguntou sério.

- Não, amiga. – respondi – Mas eu não te devo satisfação. 

- Você é sempre assim tão invocada ? Eu só fiz uma pergunta. 

- E eu respondi. Porém, não costumo ficar dando explicações a pessoas, das quais nem mesmo sei o nome.

- Não seja por isso, meu nome é Julian e apesar das circunstâncias, é um prazer conhecê -la ... ? – seus olhos espelhavam expectativa e decidi falar meu nome verdadeiro, mesmo que ele não tivesse dito o dele.

- Maya.

- Maya. – repetiu meu nome como se saboreasse um vinho ou uma iguaria, me arrepiando da cabeça aos pés – Lindo nome. Mas você não é americana. 

- Sou brasileira. E você também não é americano ...

- Sou inglês, mas já vivo aqui há dez anos. – sorriu e meu coração disparou – Pensei que já tinha me livrado do sotaque. 

- Ah, está quase imperceptível. Porém, eu tenho um bom ouvido ... quer dizer,  tenho facilidade para reconhecer ...

Merda Maya, o que você está fazendo ?!

- Hum ... só por curiosidade, o que você estava fazendo nessa área da cidade e vestida assim, Maya ? – perguntou de supetão, mas eu já tinha uma resposta na ponta da língua. 

Se era convincente, aí já são outros quinhentos.

- Pakour. Pratico há anos, mas me separei do meu grupo quando vi você em apuros.

- Você pula de prédios em prédios ?! – insistiu desconfiado.

- Sim e Pakour é um esporte !!! É o controle sobre o próprio corpo e o movimento !!! – defendi com afinco o que dizia, primeiro por ser verdade e depois para convence-lo – Vai muito além de pular de prédios, nós somos uma família !!!

- Ok !!! Pode conter a veemência, eu já entendi o quanto o esporte é importante para você. Só acho essa região muito perigosa ...

- Essa região foi um desafio, que graças a você, eu perdi !!! Aliás, você é sinônimo de confusão. – falei séria – Agora ainda vou perder dinheiro. 

- Não por mim, me diga o valor e vou ressarcir o seu prejuízo. – disse me encarando com um sorriso .

- Não, muito obrigada. – fiz uma pausa e perguntei – E você o que fazia aqui ?!

Observei sua reação atentamente e ele respondeu sem pestanejar :

- Vim avaliar um dos armazéns reformados que estão à venda e quando estava voltando para o meu carro fui abordado por aquele cara. Que tentou me assaltar e o resto, você já sabe.

Meu coração ficou pequeno. 

Ele estava mentindo para mim, mas por quê ?

Assenti em silêncio e já estava pronta para ir embora, quando ele completou :

- Eu quero te ver de novo e agradecer adequadamente por sua ajuda, Maya.- se aproximou e tocou meu rosto. 

Uma corrente elétrica me percorreu e mais uma vez, qualquer noção ou juízo me abandonaram. 

Passei meu número a ele e peguei o dele, inclusive era diferente do que constava do cartão que ele tinha me dado, quando batemos os carros. 

- Vou te ligar, Maya bonita. 

- Ok, Julian.

Em um impulso, me aproximei e dei um beijo no seu rosto, praticamente no canto dos seus lábios e o ouvi suspirar. 

Saí rapidamente, sem olhar para trás. 

Julian ... que perdição. 

 

 

No caminho para a casa de Prescott, tentei me convencer de que só tinha dado o meu telefone pessoal, para poder investiga- lo. E que aquela atração estranha, não passou do efeito da adrenalina ou de uma loucura repentina. 

Contudo, ao chegar à casa de Ryan e me deparar com o carro de Chloe, percebi que a loucura parece ser contagiosa.

Decidi ligar antes de tocar a campanhia, obviamente a ligação caiu na caixa postal. Entretanto, a luz do quarto estava acesa e tudo indicava que dormir, era a última coisa que eles deviam estar fazendo. 

Dei de ombros e seguindo mais uma vez, todos os protocolos, tomei cuidado para não ser seguida e fui para casa.

Pelo visto, Romanov passou a ser um assunto secundário para Prescott e que pode esperar até amanhã. Portanto, vou para casa, tomar um banho e me livrar de vez dessa sensação estranha que Julian causa em mim.

Julian ... tão lindo, quanto o nome. 

Ai meu Deus !!! Me ajude !!!

O que está acontecendo comigo ?!


Notas Finais


Beijos de luz 💋💋💋


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