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História Small Bump - Byun Baekhyun,


Escrita por: seexsaw

Notas do Autor


Sim,é uma "sequel" da oneshot Brave postada por mim dias atrás.
Não é preciso lê-la para entender essa OS,mas a sensação depois de ler Brave e vir pra essa vai ser mais intensa.
Me desculpa pelo o que eu fiz e não desiste de mim,não tenho culpa se também sou a loca dos angst idofjdsoifjs
Link de Brave estará nas notas finais.

Boa leitura,te amo vocês!

Capítulo 1 - Byun Baekhyun,


“Um nó será desfeito  no fim

Um adeus que eu não queria se aproximou

Talvez esse momento seja o mais difícil para mim

Mas não se preocupe,eu não irei te culpar

Não consigo voltar no tempo mesmo se eu perder tudo

Meu olhar cansado que não conseguiu proteger as coisas preciosas

Eu não consegui te dizer nada, então eu não consegui te segurar.”

—Ribbon, Beast.

 

O toque de sua tez contra a minha era quente mesmo quando você se encontrava arrepiado devido aos lençóis que mal cobriam seu corpo nu ao lado do meu. Sua cabeça em meu peitoral e suas mãos agarrando-me como se por alguma hipótese insana eu fosse o abandonar. Meus dedos embrenham em seus cabelos róseos que agora já perdiam a cor pela falta de retoques. Com você deitado de lado,podia sentir sua barriga saliente encostar contra a lateral do meu corpo e sorrio sabendo que quem nos separava alguns centímetros um do outro era nosso filho.

No instante tudo parecia uma cena de uma pintura poética de um museu esquecido. A mais profunda e confortante paz envolvia-me da mesma maneira que você me envolveu naquela noite de estudos onde eu o observava ser um dos últimos a deixar a biblioteca em que eu trabalhava ao acordar de seu sono tranquilo em cima de um dos seus livros.

Você sempre foi bonito dormindo.

Sua personalidade afobada e voz ativa caracterizavam-o quando estava acordado,mas o seu sono trazia um contraste bonito com a leveza em suas expressões e com o leve franzir do seu nariz ao se remexer quando eu acariciava o seu rosto. Estar com você era a melhor parte do meu dia.

Você acordou.

Seus olhos castanhos encontrando-se pequeninos devido à falta de costume com a claridade que vem da janela. Um bocejo contido e curto vinha de sua boca e você se espreguiçava com uma expressão satisfatória no rosto. Suas mãos iam direto pra sua barriga para checar se estava tudo bem com nosso pequeno. Um sorriso genuíno enfeitava o seu rosto como o mais belo ornamento. Você percebia que estava sendo observado durante todo o tempo e sua pele tomava uma cor carmesim linda e extremamente adorável.

—Hunnie. —murmurava com a voz ainda rouquinha de sono e as mãos cobrindo o rosto. —Não acredito que estava nos vendo dormir novamente.  

Eu simplesmente não conseguia evitar.

Roubava os lençóis sem o menor receio de receber um advertimento vindo de mim. Enrolava-se do quadril pra baixo nem cogitando cobrir a barriga saliente e tudo o que podia fazer era agradecer por isso. Virava-se pra mim parcialmente com um singelo piscar de um dos olhos e logo entendia o seu convite silencioso. Sorria—tudo o que mais fazia ao seu lado era sorrir—e o segui antes mesmo que me chamasse novamente.

Dentro do ambiente fumegante do box do banheiro entramos em instantânea combustão. Nossos corpos quentes,inflamáveis e suscetíveis um ao outro se amavam entre constantes suspiros e palavras doces. Delicados sussurros de segredos e desejos nossos que foram personalizados por nossa vida a dois. Eu o amei ali contra a parede fria daquele pequeno cubículo tentando demonstrar o sentimento que emanava de mim com as pontas dos meus dedos,deixando marcas suaves em sua tez que sumiriam de horas depois,mas nunca de sua mente.

Você terminou.

Seus cabelos molhados deixavam cair pequenas gotículas de água que desciam todo o caminho de sua mandíbula até as clavículas proeminentes. Saí do box enrolando-me numa toalha no mesmo momento em que você reclamou de dor nas costas. Parei atrás de ti e o encarei nossas silhuetas pelo espelho embaçado. Você levou umas de suas mãos até o mesmo retirando o vapor. Nossa imagem fica nítida. Era o que você fazia em minha vida,chegava e deixava tudo mais claro pra mim.

Deixei um beijo terno em um de seus ombros e comecei uma massagem firme neles. Ouvi seus suspiros de satisfação e me senti ainda melhor quando ouvi de seus lábios que eu era o melhor esposo do mundo. Não me considerava o melhor,só havia encontrado a pessoa certa pra amar.

Com um leve tocar de suas mãos em uma das minhas percebi que você queria que eu parasse para ir se arrumar. Deixei de tocar sua pele e senti falta do calor que a mesma transmitia pra mim. Dei um leve selar em sua cabeça e você se irritou porque isso o fazia se lembrar de que apesar de ser mais velho,era muito menor que eu. Minha risada ecoou no banheiro e quando percebi seu corpo virando-se para provavelmente me bater o prendi contra o meu próprio e acariciei por vez o seu ventre,antes de enfim soltá-lo e deixá-lo livre para se arrumar sem distrações.

Você sussurrou que me ama demais assim que passei pela porta,tendo uma de suas muitas conversas com nosso bebê. Mas eu ouvi.

Ouvi e me senti o homem mais feliz do mundo por ter Byun Baekhyun e um mini projeto de nós dois a caminho.

[...]

Já era de tarde quando você disse que queria sair pra comprar roupinhas e acessórios para nosso pequeno Yonghun. Mesmo que ainda estivesse em seu sexto mês,você havia ficado extremamente fascinado com os primeiros chutes do menor em seu ventre semanas atrás e eu,claro,não o contestei. Éramos dois pais babões,no fim das contas.

Com receio já que estava a caminho do trabalho e não podia ir contigo,deixei que fosse assim que mencionou que um de seus amigos,Kyungsoo —que também se encontrava grávido—estaria o acompanhando. Você veio até a mim com um sorriso sapeca nos lábios,passou os braços em meu pescoço e beijou-me delicadamente. Ficou na ponta dos pés e forçou meus ombros para que eu abaixasse um pouco e deixou um selo rápido em minha testa. Afinal de contas,você ainda tinha o instinto protetor vindo de si por ser mais velho que eu. Assim que virou-se de costas pra mim para ir de encontro a porta deixei um leve tapa em seu traseiro e você riu alto.  Com as mãos nos bolsos da calça social te observei deixar a casa com uma bolsa nos ombros.

O dia de trabalho foi monótono,mas preciso. O que mais me incomodava era a sensação de sufocamento trazido pela gravata obrigatória. No caminho de volta pra casa,estava parado no sinal vermelho quando avistei um pouco á frente uma loja de artigos pra bebês e crianças. Lembrei-me do seu entusiasmo ao falar das roupinhas que queria comprar e não hesitei em cogitar passar na mesma para comprar algo para Yonghun também.

Foi o que fiz.

A loja era enorme e tinha tantas opções que logo me veio à cabeça que você gostaria de estar comigo. Fiquei olhando tudo cautelosamente e observando as pessoas grávidas que adentravam a loja com um sorriso estampado ao rosto. Estava em dúvida do que comprar,mas assim que vi um sapatinho estampado do seu time de beisebol preferido já soube que o devia levar.

Peguei meu celular no bolso checando se havia alguma mensagem sua. Nada. Era estranho estar sem nenhum recado seu durante todo esse tempo,já passava-se das sete da noite. Estava prestes a lhe mandar uma mensagem dizendo que iria levar uma surpresa pra você e Yonghun quando a sua foto apareceu em minha tela indicando que estava me ligando.

Tudo o que ouvi depois das poucas palavras vindas do desconhecido que portava o seu celular foram coisas incoerentes. Os sapatinhos que estavam em minhas mãos caíram ao chão e eu corri apressado até o meu carro.

As palavras que adentraram a minha mente faziam-me sufocar.

Baekhyun.

Acidente de trânsito.

Atropelado.

Consciente.

Desesperado.

Quando cheguei ao hospital só percebi que havia me perdido em um estado catatônico quando Junmyeon havia chegado,tempos depois da mensagem incoerente que havia deixado em seu número. Ele parecia estar me chamando por bastante tempo já que batia levemente em meu rosto. Pela primeira vez consegui enxergar algo além de borrões e vi o mais velho encarando-me com preocupação em seu semblante.

Sibilei o seu nome,Baekhyun. Chamei por você e Yonghun,Junmyeon me disse que havia checado minutos antes e você ainda estava em cirurgia. Os meus sentidos começaram a funcionar novamente em um turbilhão de sensações,a gravidade de sua situação agora era analisada por mim racionalmente e então senti meus joelhos cederem ao chão. Só notei que estava gritando seu nome quando Junmyeon agarrou-me pelo pescoço abraçando-me contra ele tentando a todo custo me acalmar. Agarrava-me na camisa dele buscando algo em que pudesse demonstrar o meu desespero. As lágrimas que caíam de meus olhos não pretendiam cessar tão cedo.

Horas se passaram e agora mesmo angustiado havia caído em um senso racional das coisas. Perguntava a cada meia hora o andamento de sua cirurgia,mas nunca me informavam nada. Estava começando a ficar louco.

Minhas mãos tremulavam,meus dentes batiam um ao outro e conseguia sentir a textura quebradiça da pele dos meus lábios com a língua. Sabia que isso era o efeito do amontoado de cafeína que empurrei pra dentro do meu sistema. Junmyeon encarava-me com entendimento em seu olhar,e por isso não questionava minhas ações. 

O médico finalmente apareceu e levantei tão rápido que pude sentir minha visão ficar escura por alguns segundos. Tudo pareceu desmoronar quando o profissional colocou uma de suas mãos em meu ombro.

—Nós não pudemos salvar o bebê,eu sinto muito. —sua voz veio terna como se quisesse amenizar a gravidade de suas palavras.

Um soluço preso em minha garganta se fez presente assim que ouvi a notícia. Junmyeon abraçou-me dessa vez com mais intensidade enquanto eu chorava copiosamente recostado ao seu ombro. Murmurava vários não's sôfregos como se pudesse mudar a situação com minha negação iminente. Deixei que toda dor se exteriorizasse fechando os meus punhos em fúria desejando que tivesse sido eu.

Poderia ter sido eu.

[...]

Já calmo perguntei se poderia vê-lo e até mesmo ficar no quarto com você e a permissão me foi concedida. Assim que adentrei o quarto onde você se encontrava e o vi em um sono tão profundo mesmo que os arranhões em seu rosto demonstrassem as cirscuntâncias dele,fechei meus olhos e pedi. Não,implorei que tudo aquilo fosse um pesadelo e senti o peso em meu peito se multiplicar quando o encontrei nas mesmas condições quando abri meus olhos.

Sentei-me ao seu lado e não demorei em pegar sua mão nas minhas e fazer um carinho terno na mesma. Aproximei-me mais de ti e acariciei seu rosto enquanto tentava controlar a dor que retumbava no peito e queria me fazer chorar novamente. Deixei um beijo em sua mão acariciando a marca da aliança que não se encontrava mais em seus dedos devido à cirurgia.

Deitei minha cabeça em seus ombros e quando me aconcheguei ali as lágrimas caíram silenciosamente molhando camisola hospitalar. Entrelacei meus dedos nos seus e ali mesmo,naquele momento prometi que te faria feliz novamente. Viveria para ver o seu sorriso sincero de novo.

Consegui sentir você se mexendo embaixo de mim e levantei minha cabeça para encará-lo. Seus olhos se abriam com dificuldade devido ás drogas que haviam sido injetadas em você horas antes. Você olhou pra mim e fez uma leve menção de sorrir,mas um choque grande pareceu o atingir quando percebeu onde estava. Suas mãos ainda entrelaçadas nas minhas soltaram-me e foram até a própria barriga agora plana. Foi quando você começou a se desesperar sentando-se a cama e retirando as agulhas de seus braços.

—Meu filho. —disse estupefato. —Nosso filho,onde está Younghun?

—Baekhyun... —tentei falar.

—Não! Pra onde levaram Yonghun? —perguntou. —Me responda! —gritou me confrontando.

Levantei-me te pegando pelos ombros e o abraçando fortemente. Os seus gritos eram os únicos sons preenchiam aquele quarto. Você tentava me fazer o soltar me dando tapas e socos,mas me recusei a te deixar me afastar. Em resposta ao seu ataque de fúria o abracei mais forte sentindo sua mão colidir-se com meu rosto e peitoral.

—Shh... —murmurei ouvindo o seu choro desesperado.

—Por favor. —implorou sôfrego. —Por favor,Sehun.

Tentei passar toda a força que restava em mim naquele abraço para que você aguentasse o peso que toda essa dor iria trazer. Deixei que você chorasse,gritasse e me batesse até quando não tivesse mais forças pra continuar. Quando os médicos perceberam o seu descontrole,acharam melhor aplicarem em ti um calmante e assim o fizeram.

Você dormiu ali nos meus braços enquanto lágrimas ainda podiam ser vistas caindo de seus olhos fechados. Beijei sua testa e suspirei pesadamente o colocando deitado na cama novamente.

Eu te amo tanto,Oh Baekhyun.

E farei de tudo para que você passe por esse momento doloroso logo. Estarei ao seu lado sempre.

Só aguente firme por mim como farei por você.

Por favor.

[...]

 

1 mês depois.

 

Você não aguentou. Fazia exato um mês desde que não ouvia mais sua voz melodiosa reconfortar-me e afagar-me por dentro. Você havia decidido sofrer sozinho e calado. Na primeira semana o seu psicólogo havia dito que era uma reação normal devido ao trauma em que havia passado e que com o tempo você voltaria ao normal. Aos poucos,mas voltaria.

Você não voltou.

Permaneceu em seu estado inerte na cama do quarto de hóspedes encarando a paisagem da janela como se dali pudesse encarar sua própria dor. Você não falava,não se mexia,não se alimentava e a cada segundo eu sentia que o estava perdendo cada vez mais. Em uma semana te vi perder toda a qualidade de vida e saúde que você mantinha mais por Yonghun do que por si mesmo. Suas clavículas ficaram ainda mais fundas,sua mandíbula mais visível. Marcas escuras tomavam conta de seus olhos. Você não brilhava mais,você havia se tornado a mais palpável escuridão.

Larguei meu emprego para cuidar de você integralmente. Tomei essa decisão depois de sua primeira tentativa de suicídio. Havia saído e deixado você aos cuidados de Junmyeon e quando ele virou as costas durante uns minutos para fazer algo pra lhe alimentar,você saiu pela primeira vez de seu estado de transe e conseguiu pegar as lâminas do meu kit de barbear no banheiro do nosso antigo quarto. Os objetos metálicos haviam o machucado profundamente em ambos os seus pulsos,mas Junmyeon havia chegado antes que você se entregasse e terminasse sua história em uma escrita vertical.

Você foi diagnosticado com depressão catatônica. A escolha de não falar mais sobre suas dores ou qualquer outra coisa havia sido sua. Você preferia guardar a dor pra si mesmo do que conviver com ela exteriorizada para quem quisesse ver e foi no exato momento em que seu psicólogo contou-me o seu estado que decidi que iria parar a minha vida para viver por você até que encontrasse um motivo forte o suficiente para voltar a viver por conta própria. Viveria por você Byun Baekhyun até que possamos viver por nós dois novamente.

A rotina a qual eu tive que me acostumar foi um tanto quanto dificil,mas não me importei. Certificava-me de te alimentar,lhe dar banho,vesti-lo e o mais importante: nunca sofrer em sua frente,mesmo quando a dor em meu peito se tornava insuportável pra lutar contra. Sempre me demonstrava otimista e alegre perto de ti,pensava que de alguma forma essa falsa alegria poderia contagiar-te e me fazer ver novamente o sorriso pelo qual me apaixonei. Ver o Baekhyun cheio de nuances pelo qual me apaixonei. Agora você era só preto e branco.

Ia mais ao psicólogo pra saber como lidar com seus súbitos movimentos estupefatos depois de tempos sem se mexer do que por mim mesmo. Seu psicólogo acabou percebendo isso e até tentou fazer com que me abrisse alegando que eu havia sido deixado numa posição onde meu sofrimento havia sido reduzido a nada. Alegando que eu fui deixado pra sofrer sozinho e ele estava ali pra reverter aquilo.

Tudo o que eu fiz após ouvir todas essas acusações foi sorrir e dizer que estava bem. Ninguém precisava saber das minhas madrugadas solitárias no quarto ao lado do de hóspedes onde eu pegava a primeira e última roupinha de Yonghun que você havia comprado e abraçava-me a ela deixando lágrimas incessantes e silenciosas caírem e aliviarem minimamente a dor que sentia. Ninguém precisava ouvir os meus sussurros entrecortados sibilando o quanto sentia falta de vocês dois. Sim,vocês dois. Eu sabia que estava perdendo você também Baekhyun e que por mais que tentasse te trazer de volta pra mim e pra ti mesmo, você ignorava a minha ajuda.

Depois de alimentá-lo tinha que lhe dar um banho imediato já que você se sujava. Colocava o seu corpo agora ainda mais delicado devido à extrema magreza na banheira com água morna. Exatamente como você gostava. Lavava os seus cabelos agora cortado rente a raiz por causa de sua prática de puxa-los fortemente da raiz para se machucar. Lavava-o sentindo cada osso proeminente,sentindo o quanto você estava se autodestruindo e também sentia a cicatriz em seu ventre. Você não esboçava nenhuma reação visual quando tocava nela,mas eu conseguia ver seus olhos marejarem.

Deixava a água esvaziar-se por completo da banheira e o enxugava delicadamente. O vestia com suas roupas preferidas,mesmo que agora elas não se ajustassem mais no seu novo corpo. Cantava sua melhor canção. Lia seus melhores poemas. Tudo com a esperança de acender a mínima faísca de vida dentro de ti.

O colocava em sua cama e beijava sua testa.

—Eu te amo,Oh Baekhyun. —eu te assegurava disso.

E me retirava por alguns minutos chamando um enfermeiro que havia contratado para ficar contigo quando precisava resolver problemas cotidianos como pagar contas,abastecer a casa.

Só não esperava que quando chegasse encontraria o mesmo molestando-o,apalpando-o e beijando os seus lábios inertes enquanto dizia coisas sujas,nojentas. Foi a primeira vez que perdi o controle de minhas emoções em sua frente. Peguei o desgraçado bruscamente pela camisa o tirando de cima de ti e o jogando ao chão em um baque forte. Ajoelhei-me com ele embaixo de mim e desferi socos por todo seu rosto,socos que não eram revidados. Nem o som nauseante do nariz do bastardo se quebrando parava-me de bater nele com mais afinco. O sangue respingava em meu rosto e roupas,meus punhos pareciam estar em carne viva quando eu parei. Parei subitamente saindo de cima do nojento que se levantou e saiu correndo com ambas as mãos no rosto ensanguentado. E chorei.

Chorei desacreditado da situação em que nos encontrávamos. Desacreditado de que um dia pudesse te fazer feliz novamente. Desacreditado no nosso amor. Apenas desacreditado. Meu olhar foi de encontro a ti e você estava ali vendo tudo pela sua visão periférica,mas não havia dito nada,não havia feito nada. Tudo o que se notava de diferente em seu rosto eram as lágrimas solitárias que insistiam cair de vez em quando.

Fui até ao banheiro para lavar minhas mãos ensanguentadas. Enquanto as lavava sentia o ardor dos pequenos cortes que haviam aparecido em meus punhos. A aliança pendia-se no meu dedo anelar da mão esquerda e a retirei para que pudesse limpar o sangue dela. Estava entretido nesse processo quando ouvi um barulho estrondoso vir do quarto e a deixei na pia correndo até o ambiente de onde havia vindo o barulho.

No quarto o percebi de pé apoiado aos móveis e notei que o que você havia deixado cair foi um vaso sem importância. Largou a base do criado mudo com os braços trêmulos e abraçou seu próprio corpo com eles. Observava atentamente a tarde fria de uma Jeju que estava prestes a nevar. Foi quando ouvi sua voz pela primeira vez em meses. Estava entrecortada e um pouco rouca,mas ainda assim era a sua voz.

—Eu sinto tanta falta dele. —percebi que suas mãos foram até a cicatriz em seu ventre. —Eu sinto tanta falta de nós,Sehun.

O meu peito parecia que ia explodir de tanta felicidade. Era um turbilhão de sensações. Eu havia ouvido sua voz melodiosa tão nitidamente que aqueceu-me como a primeira vez que o vi. Estava tão exasperado que só notei o que estava prestes a fazer quando você abriu a janela com certa dificuldade. Janela que eu tinha certeza de ter trancado e guardado a chave em um lugar que você não acharia. Um lugar óbvio,pois você Byun Baekhyun era um pouco obsoleto a obviedades. Dentro do vaso.

—Baekhyun,não! —gritei e corri em sua direção para segurá-lo.

E eu consegui segurar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A manga de sua camisa por alguns míseros segundos que não foram o suficiente.

 

Você pulou.

Morávamos no quinto andar.

E eu não consegui manter a promessa de que o faria feliz novamente.

Pois você se foi.

Se foi e me deixou sozinho com uma promessa quebrada e uma dor que nunca mais foi curada.

E mesmo depois de anos eu ainda vivia por você Byun Baekhyun.

Porque você ainda vivia dentro de mim.

 

—Oh Sehun.


Notas Finais


se eu chorei?........................................................... só um pouco
Link: https://spiritfanfics.com/historia/brave-6265574


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