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História Small Sun Beach - O céu!


Escrita por: AyaseKohn

Notas do Autor


No capítulo anterior de Small Sun Beach:

Mia consegue salvar seu vestido que ganhou de Anne, graças a Daniel e claro... o Vinagre! Sua primeira tarde de trabalho correu tudo bem e seu pai ainda de ressaca esquece o carro no restaurante. Daniel ajuda novamente Mia levando o carro para casa e ela finalmente descobre que ele é o filho da Rose.

Capítulo 6 - O céu!


Fanfic / Fanfiction Small Sun Beach - O céu!

– Eu estou falando Anne, não é tão simples. Por sorte, não tem aula de fotografia hoje. – Suspirei.

 Eu estava com Anne na cantina almoçando algo que eu não era costumada a comer, peixe. Ah, que saudades do Mc Donald’s ao lado da minha antiga escola.

– Olha, eu sei que fotografia não é a coisa mais fácil do mundo. Ainda mais quando você entra no meio do ano na disciplina. Mas você só tem que começar a treinar... – Ela deu uma mordida na maçã – Não pode ser tão difícil.

– Eu vou tentar depois do trabalho... Tenho que entregar isso até quarta feira.

O dia anterior foi calmo no restaurante e eu pude sair cedo, eu e o meu pai aproveitamos para arrumar toda a casa e acho que estava tudo em ordem... Até conseguimos uma máquina de lavar em uma loja que por incrível que pareça, estava aberta em um domingo.

– Mia! – Olhei para trás e vi Thomas correndo.

– Oi Thomas.

– Você... Já está indo? – Ele falou pausadamente respirando fundo.

– Bom... Eu estava indo para o trabalho. Mas ia passar em casa antes.

– Então deixa pra lá.

– Não, agora fale. Você precisa de algo?

– Sim. – Ele respondeu meio tímido.

– O quê?

– Você.

– Oi? – A voz dele meiga me fez ficar um pouco vermelha.

– É que eu preciso de uma opinião feminina, sabe? Eu preciso comprar um presente.

– Ah... Eu acho que tenho tempo livre ainda. – Sorri – Aonde você quer ir?

– Bom... O que você daria para uma amiga? – Ele perguntou andando.

– Eu nunca tive amigas próximas, mas se eu fosse escolher um presente para alguém como eu... Acho que gostaria de algo que eu possa usar bastante e que seja útil. Tipo, algo de papelaria ou roupas.

– Entendo.

– Mas... Tem algo que eu acho que qualquer pessoa iria gostar. E eu acho bem prático. – Sorri.

...

Andamos por umas lojas do centro da cidade até desistir.

– É impossível, não consigo achar nada que ela possa gostar. – Ele sentou em um banquinho.

– Hey. – Coloquei a mão em seu ombro e sentei do seu lado – Calma, não desista. Olha... Lembra que eu falei que tinha algo que qualquer pessoa iria gostar?

– Sim, você falou que não tem loja que venda isso aqui. – Ele suspirou.

– Digamos que eu tenho um jeito de arrumar essa coisinha. – Falei levantando e estendendo minha mão – Vamos!

Ele segurou a minha mão e levantou. Acabamos indo para minha casa, que estava vazia.

– Espere aqui. Eu já volto. – Falei deixando ele na sala e subi até meu quarto.

Abri minha gaveta ao lado da cama e peguei aquele pequeno aparelho que havia ganhado de presente de alguém. Sorri e procurei meu notebook.

– Quase pronto. – Sentei ao lado dele no sofá – Só preciso fazer umas coisinhas.

– O que... – Ele olhou para o computador.

Conectei o MP4 ao computador e abri a pasta de músicas. Apenas vi as primeiras que apareceram e suspirei...

>I Wanna Get Lost With You - Stereophonics

>Chasing Cars - Snow Patrol

>Maybe Tomorrow - Stereophonics

– Mia...? – Thomas olhou para mim.

– Ah, desculpa. Estava pensando em umas coisas. – Voltei a apagar as músicas e levantei.

Corri até o armário e peguei uns papéis de presente para embrulhar o MP4 com um fone de ouvido.

– Aqui, pronto. – Entreguei para ele.

– É sério??? Você vai dar o seu aparelho de música? – Ele arregalou os olhos.

– Eu não uso mais, pode ficar. – Sorri.

– Eu não posso aceitar Mia. Isso deve ser caro. – Ele me entregou de novo.

– Nada disso. – Coloquei em suas mãos de novo – Vai ficar com você sim, dê para a garota. Ela vai adorar.

– Mesmo assim...

– Não foi caro e é melhor do que ficar na minha gaveta pelo resto da vida... – Sorri – Agora vai lá.

Depois que Thomas foi embora, sentei no sofá e olhei para o teto. De certo modo, aquilo significava um pouco para mim, talvez até demais. Mas senti como se eu finalmente me livrei de um peso no coração. Mesmo que a retirada daquele peso me deixasse um pouco triste. Depois de uns minutos olhando para o nada, lembrei que eu tinha uma vida aqui e corri para tomar banho.

– O que está fazendo? – Daniel apareceu.

– Fazendo algo de útil antes dos clientes começarem a chegar. – Falei concentrada na câmera.

– Tirar foto é algo útil pra sua vida? – Ele sentou no banco do quintal.

– É da escola, aula de fotografia... – Ainda continuei na minha posição muito desconfortável para tentar tirar foto de uma flor.

– Meu Deus, você vai quebrar seu corpo desse jeito.

– Você tá tirando minha concentração, Daniel. – Resmunguei

– Minha presença te deixa nervosa? – Mesmo não olhando pra ele eu conseguia o sentir sorrindo.

– Por que você está aqui mesmo? – Sentei na grama desistindo de tentar tirar uma foto boa.

– Ai ai. Você sempre parece estar precisando de ajuda...

Ele levantou e pegou a câmera que estava no meu pescoço, ele ficou com um joelho na grama e o outro apoiava o braço que segurava a câmera. Ajeitou algumas coisas na câmera e tirou uma foto.

– Olha. – Ele mostrou a foto pra mim.

– Ficou ótima... Como você faz as coisas complicadas parecerem tão fáceis?

– Talvez essas coisas não sejam complicadas, você que as complica. – Ele tirou a câmera de seu pescoço e entregou .

– Faz um favor... – Olhei pra ele.

– Nem pensar Mia. A atividade é sua, eu só mostrei como se posicionar pra tirar uma foto. – Ele andou até a porta que dava direto para o restaurante.

Sentei no banco e suspirei.

–Espere ficar com poucos clientes e volte aqui. – Ele apareceu na porta.

– AH! OBRIGADA DANIEL. – Gritei sorrindo.

...

– Até mais Mia. – O cozinhou se despediu indo até a saída.

– Até amanhã Jason! – Falei enquanto passava um pano no balcão.

– Vamos. – Daniel me levou até o quintal.

– Eu nem tinha terminado de limpar o balcão... – Falei tirando o avental e colocando no banco.

– Eu não tenho todo o tempo do mundo, sabe. Daqui a pouco temos que voltar. – Ele sentou na grama – Eu vi que você tem bastante dificuldade com a posição.

com tudo – Falei baixinho

– Uma posição reta, segura e confortável é essencial para um fotógrafo. Você lembra como eu fiquei quando tirei aquela foto?

– De joelhos?

– Um dos joelhos estava no chão, o outro apoiava meu braço. Essa é uma das melhores posições, ela não cansa e deixa a câmera bem firme na sua mão. – Eu fiquei de joelhos e tentei imitá-lo.

– Assim?

– Quase. – Ele pegou meu braço e apoiou na minha perna de uma maneira reta.

– Pronto, agora tire foto de qualquer coisa. – Falou ficando do meu lado.

– Uau, não ficou tão ruim. – Olhei para a foto.

– Tá melhor que a última que você tirou. – Ele riu baixinho e eu mostrei a língua.

– Mesmo assim, eu tenho que fazer igual às fotos que o professor me deu. – Eu mostrei pra ele.

– Foda-se o professor, você tem que mostrar umas fotos não é? Essas fotos precisam ter sua autoria, tanto na hora de tirar a foto quanto na criatividade.

– Mas é a atividade...

– Mia, o que adianta você copiar essas fotos e entregar a ele?

– Não sei... Mas ele mandou.

– Confia em mim, tire foto do que quiser... – Ele falou deitando na grama. Eu fiquei um tempo pensando e fiz o mesmo, deitei e a ideia veio na cabeça.

O céu estava lindo (como sempre), já estava escurecendo e a luz do sol já não era mais tão forte, o que deixava a foto bem conceitual e agradável. Os tons de rosa, roxo e amarelo deixava o céu com um toque romântico. Só agora lembrara que aquele lugar era o meu favorito do mundo.

– O céu.

– Oi? – Ele virou o rosto pra me ver.

– Eu vou tirar foto do céu... – Peguei a câmera e coloquei na frente da minha cara.

– Por que logo o céu? – Ele perguntou olhando pra mim.

– Você notou como o céu é maravilhoso? – Continuei com as fotos. - Não importa onde ou quando, ele estará lá, acompanhando você aonde quer que você vá. Para ser honesta, eu me sinto segura com ele... Ele sempre estará lá, amando você, não importa quem você é.

– Você é meio estranha. – Eu virei meu rosto.

– Desculpa, às vezes me empolgo. – Falei envergonhada.

– Foi um elogio... É difícil encontrar pessoas que pensam assim sobre algo tão simples. – Eu olhei pra ele sorrindo.

– Vocês são dois folgados, hein. – A Rose apareceu na porta. – Os clientes estão chegando, coloquem o avental e voltem.

Eu tirei mais algumas fotos do céu e nós voltamos para o trabalho.

Eu servia algumas mesas quando meu nome foi chamado por alguém, olhei para a entrada e vi Thomas entrando.

– Oi Thomas... – Sorri indo até ele.

– Ora ora, não é que você estava falando sério em trabalhar? – Ele riu baixinho e eu dei um leve tapa em suas costas.

– Eu preciso falar com você, na verdade outra pessoa. – Eu o segui até a mesa onde uma garotinha havia sentado – Mia esta é a Lily, Lily essa é a Mia.

– Ah, oi Lily... – Sorri para a menininha com a pele bronzeada e cabelos claros.

– Uau, bem que o Thomas disse que você era linda. – Ela abriu um enorme sorriso que me deixou envergonhada com seu comentário.

– Lily! – Thomas deu um empurrão de leve nela. – Mia, essa é minha irmã. A gente veio agradecer.

– Pelo o quê? – Perguntei.

– O mp4... Ela é a garota que eu iria presentear. – Ele falou como se fosse óbvio.

– Ela? Eu pensei que... Esquece. – Falei mexendo no meu cabelo pensando que ela seria uma garota que ele gostava.

– Muito obrigada Mia!!! Foi o melhor presente que já ganhei. – Ela me abraçou forte.

– Own Lily, por nada. Seu irmão fez parte também, ele ficou muito nervoso e angustiado para escolher o melhor presente pra você, eu só dei uma ajudinha. – Pisquei para ele – Enfim, os dois devem estar com fome, não?

– SIM!!! – A pequena levantou o braço e acabamos rindo.

Os dois decidiram pedir sanduiches e batatas fritas acompanhados com refrigerante. Entreguei a comanda para a Rose, que ficava na cozinha de noite para não precisar pagar um cozinheiro para esse horário, e depois de uns minutos voltei com algo a mais na bandeja.

– Aqui está o lanche dos dois... Os refrigerantes e... Uma surpresinha. – Dei um pedaço de torta com um cupcake onde estava uma vela.

Todos do restaurante começaram a cantar parabéns e a Lily ficou um pouco tímida, mas no final agradeceu. Eu dei parabéns para ela e voltei ao trabalho. Eu estava limpando uma mesa na varanda quando o Thomas apareceu.

– Obrigada mesmo Mia.

– Você já agradeceu, bobo.

– Eu sei, mas ela ficou tão feliz sabe... Não teria presente melhor.

– O seu esforço foi o melhor presente que ela podia receber. – Falei aproximando dele e peguei suas mãos.

– Ei... Você não respondeu da última vez. – Ele ficou olhando para nossas mãos.

- O quê?

- Quando eu perguntei se era seu namorado enquanto estava mexendo no celular seriamente. – Ele falou baixo o bastante para ouvir as ondas do mar na nossa frente.

– Eu respondi, era meu pai. – Falei.

– Você entendeu o que eu quis saber. – Ele riu.

– Eu não tenho ninguém naquela cidade que eu deixei, satisfeito? – Ri da sua cara de bobo.

– Matou minha curiosidade, obrigado. – Suspirou brincando – E eu sei que não era seu pai.

– Como assim?

– Você ligou pra ele depois avisando a mesma coisa... Por que você ligaria se já tinha mandado mensagem?

– Você descobriu meu disfarce, eu sabia que não podia esconder minha identidade de espiã por muito tempo. – Entrei na brincadeira – Muito bem Sherlock Holmes.

– Você tem muitos segredos, senhora Amélia. – Ele chegou perto do meu rosto – Quem era então?

– Você descobre com o tempo, se for inteligente o bastante. – Pisquei e nós rimos.

– Eu vou voltar para a minha dona... – Ele referiu-se a Lily – Mas saiba que a senhora deixou minha noite mais feliz.

– Pelo presente? Não foi nada. – Cocei a cabeça enquanto ele levava minha mão até seus lábios.

– O presente foi só um dos motivos, mas o principal foi outro. – Ele beijou a minha mão e foi embora.

Senti um arrepio em minhas costas, isso foi tão inesperado.

– Limpa a baba garçonete. – Daniel apareceu me assustando.

– Fica quieto. – Joguei um pano nele fazendo o mesmo rir.

...


Notas Finais


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A história também está disponível no Nyah! Fanfiction.


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