Acordo com sons de passos vindo de baixo da árvore, aproximo da janela da casinha e vejo dois seguranças do orfanato com lanternas me procurando. Me agaicho para não me verem e espero eles saírem de perto da casinha, quando eles se distanciam saiu da casinha e corro na direção oposta deles mas me bato com alguém na minha frente me fazendo cair no chão sujo de folhas verdes e secas.
- Está perdida, criança ? - o homem pergunta andando em minha direção e eu recuando para trás.
Começo a ficar ofegante e quando me levanto para correr ele me agarra no braço bruscamente e me joga no chão ficando em cima de mim.
- Parece assustada, criança - ele ri de mim.
- Sai de cima de mim ! - falo me debatendo para ele me soltar.
- Você é muito barulhenta - diz antes de me dar um soco certeiro e me nocautear.
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Acordo dentro de um quarto estranho mal iluminado pela janela trancada e com barricadas, sento na cama onde estou e toco minha cabeça onde doía e vejo que está sangrando, ouço a porta se abrir e o mesmo homem que me nocauteou entra no quarto.
- Vejo que acordou, criança - disse sorrindo.
Seu sorriso é tão grande e assustador que me paralisa de medo mas volto ao normal quando começo a ficar nervosa.
- Quem é você ? Por que estou aqui ? E o quer fazer comigo ? - falo em uma única vez me afastando dele.
- Não se preocupe, criança, você está segura comigo.
- Como assim segura ? Você me acertou na cabeça e diz que estou segura com você ? - aumento o meu tom de voz.
- Olha como fala comigo, criança ! - ele joga uma cadeira que estava perto dele na parede fazendo em pedaço de madeira.
Fico quieta e respiro fundo.
Ele sai do quarto e ouço ele trancar a porta.
Começo a reparar mais no quarto e vejo que tem um guarda-roupa pequeno, uma penteadeira com uma escova de cabelo e um espelho rachado ao meio.
*Parece que ele é louco. Tenho que sair daqui, mas como ? A janela está barricada, a porta trancada. É melhor eu esperar para um momento perfeito.
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Ele entra com um prato de pão é uma garrafa de água mineral.
- Comida - ele olhando para mim.
Continuo a olhar pela janela com as cortinas abertas , ele sai sem dizer nada ou fazer algo com os móveis novamente, olho para o prato e só pego a garrafa, analiso a garrafa para ver se ele colocou algo e vejo um comprimido se dissolvendo na água.
- Filho da puta - digo colocando a água de volta no prato.
Ouço gritos e choros vindo através da porta do quarto e ele abre a porta jogando uma garotinha com aparência de oito anos.
- Fique aí ! - disse ele trancando a porta.
- Não por favor ! - ela disse batendo na porta com toda a sua força mas nada acontece.
- Ei ! - chamo a atenção dela.
Ela olha para mim chorando e vem em minha direção me abraçando. Toco sua cabeça fazendo cafuné para acalma-la.
- Calma… - consolo ela.
Depois de um tempo ela para de chorar e levanta a cabeça.
- Meu nome é Maria - disse sentando na cama.
- Prazer. Sabe quem é ele ? - pergunto.
- Acho que é Jason - disse.
- Jason… - penso.
- É, Jason, foi o que eu disse. Será que vamos sair daqui ?
- Sim, eu vou tirar a gente daqui - ela me abraça sorrindo ao ouvir o que eu disse.
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