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História Só uma garota suicida. Nada de interessante por aqui. - Why, Nathan, your idiot.


Escrita por: jussaricunicorn

Notas do Autor


Oieee! Espero que gostem desse capítulo!
Não esqueçam de deixar a opinião de vocês!
Obs: sim, Nathan Prescot é uma referência do jogo Life is Strange.

Capítulo 2 - Why, Nathan, your idiot.


Fanfic / Fanfiction Só uma garota suicida. Nada de interessante por aqui. - Why, Nathan, your idiot.

  Quando finalmente cheguei a escola eu fui me sentar em um banco que fica em baixo de uma grande árvore. Ninguém estava sentado no banco. Ninguém iria me incomodar.
       Suspirei. Essa história do meu pai está me estressando muito. Mais do que deveria. Obviamente eu vou dizer não. E pronto. Nada vai mudar. Não tenho com oque me preocupar. Mas ainda sim algo me fazia sentir muito mal. Talvez o fato de minha mãe pensar que eu poderia aceitar, tanto que ela chorou hoje de manhã e ligou para Any. Talvez seja o fato de que eu não queira magoar Carlos com isso. Eu sei que é idiotice. Tipo, eu deveria não ligar para oque ele sente, se vai ou se não vai se magoar ou sei lá. Mas eu não consigo. Eu sempre me importo com as pessoas e com oque elas sentem. E eu simplesmente não tenho a capacidade de apenas rir e continuar seguindo sem me importar. Eu me importo com todos. Pelo que está parecendo, até com os babacas.
       Outro fato que me incomoda é que eu estou sozinha nessa. Minha mãe não sabe que eu sei. Ela não sabe que eu escutei ela no telefone. Sara faltou, e eu não quero contar esse tipo de coisa por mensagem. Além de sua falta me causar  um dia inteiro sozinha na escola, claro. Respirei fundo. Meu celular apitou.  Liguei ele. Uma mensagem, da minha mãe. Estranho? Com meu coração acelerando, comecei a ler:

Alhyne: Oi filha.
Alhyne: Seu pai vai te buscar. Ele quer conversar com você.
Alhyne: Me desculpe.

     Um nó se formou em minha garganta. Carlos se esforçava para apagar o passado, mas isso? Ele espera mesmo que eu possa aceitar? Eu não quero ser muito dura com ele. Mas minha resposta é óbvia. E minha mãe está tão preocupada com isso. Uma sensação ruim toma conta de mim. Quanto mais eu penso nisso e no divórcio, mais eu fico mal. Sinto uma lágrima brotar em meus olhos. Olho pra baixo. Decido ir para o banheiro. Antes que alguém me veja.
      Corro até o banheiro. Entro em uma cabine. Choro silenciosamente. Escuto garotas entrarem no banheiro, fazendo muito barulho. Eram mais ou menos quatro garotas. Começam a falar:

-Você acha mesmo?- Uma delas grita.
- Completamente! Ele está gostando de você, tipo, há muito tempo! -A outra fala, em um tom provocante.
- Eu também acho miga. E você, Fer? -Outra delas fala.
- Eu não sei. Talvez? - A "Fer" diz, com uma voz um pouco chorosa e um pouco birrenta também, claramente não gostando nada daquilo.
- Você está com ciúmes???-As outras três garotas falam ao mesmo tempo.
-Oque? De quem? Do Miles? -Ela fala surpresa das outras garotas se importarem com sua resposta.
-Não acredito amiga! - A primeira garota fala, fazendo todas rirem. Depois de um tempo rindo, elas nem estavam dando a mínima para a garota que supostamente tinha ciúmes. Então, ela começou a rir com as outras.
        E, nesse meio tempo uma lágrima escorre no meu rosto e eu suspiro. Tudo lá fora fica em silêncio. Elas escutaram? Paro de chorar. Escuto um passo. Dois. Depois, uma voz:
-Quem será que tá lá dentro?
-Ela tá chorando?
     Sinto alguns passos indo em direção a minha cabine. Fico em completo silêncio. O sinal bate. E eu sou salva por ele. Espero elas saírem e saio de lá. Vou, finalmente, em direção aos corredores
     Ando devagar no meio de centenas de adolescentes histéricos. Estou andando tranquila quando um garoto bate no meu braço e me faz derrubar minha mochila. Eu pego a mochila do chão e ele olha pra mim, vermelho, e diz:
-Desculpa... Hum... Callie? - Ele fala.
-Oque?- Falo, me levantando e começando a olhar pra ele.
- Desculpa aí. - Ele fala, e eu finalmente me lembro que ele é da mesma turma que eu.
      
     Não é como se eu nunca tivesse reparado nele, ou que tenho tantos e tantos amigos que nunca me lembrava o nome das pessoas. Na verdade, eu sei o nome de todos da minha sala. Aliás, é Nathan, o nome dele. Mas, como eu não estava olhando diretamente pra ele, não reconheci a voz.

-Ah. Tudo bem. - Eu falo, depois de alguns segundos pensando no que falar, e de revirar o olho um pouquinho, afinal ele derrubou minha mochila.
- Okay. Hã... Nos vemos na sala. - Ele diz já indo embora.
      Ele sai sem nenhuma cerimônia e eu penso no como eu vou me sentir constrangida quando chegar na sala. Nathan sentava ao meu lado.
      Quando percebi, já subi a escada para o segundo andar e já atravessei o corredor para minha sala. Entrei e reparei que Nathan já havia sentado e já havia arrumado o material, e agora estava escutando música no fome de ouvido. Sentei em meu lugar, peguei o caderno de história e meu penal (ou estojo, como você preferir) e também peguei meu celular em meu bolso. Coloque meu fone de ouvido e decidi escutar música também. Quando, de repente, Nathan tira o fone de ouvido e fala:

- Então, que música você está escutando?- Ele disse, sorrindo, acho que só querendo fazer amizade, afinal, ele também não tinha lá muitos amigos.
- Essa banda. - Falo, virando meu celular em direção a ele, pare que ele pudesse ver.
- Garota, eu também estou escutando isso. - Ele diz rindo, não gargalhando, apenas uma risadinha tímida.
- Ah, meu deus. Legal. - Eu disse, sendo um pouco irônica.
- Uau. Que simpática. - Ele me olha, arqueando um pouco a sobrancelha.
- Obrigada. Realmente obrigada. - Digo.
       Do nada começamos a conversar sobre meu jogo preferido (que era dele também), sobre meus Youtubers favoritos (que eram os dele também),  sobre aquela famosa banda (não preciso dizer, né? Era a banda favorita dele). E também percebi que ele tinha um humor incrivelmente parecido com o
meu. E nós ainda compartilhavamos o mesmo medo estúpido de escuro e de aranhas. Estranho, mas muito legal.
      Depois de rever nossa conversa sinto que tive sorte de que ele tenha derrubado minha mochila na entrada. Olhei para ele. Ele estava com um moletom preto, mas uma das mangas estava arregaçada. Enquanto ele escrevia, percebia uma coisa, seus pulsos. Cheios de cicatrizes. Algumas pareciam recentes. Me perguntava oque o feria. Me perguntava como ele conseguia parecer tão feliz, enquanto realmente não era.  Ele tinha algo que o fazia especial. Mas ele não se sentia especial, pelo jeito. Eu com certeza reparei no seu jeito meio depressivo. Mas me senti tão mal depois de ver aquilo. Me pergunto quais eram as coisas que o incomodavam.  Eram parecidas com as minhas também?
    


Notas Finais


Obrigada por terem lido, manas e manos (e unicórnios).
Próximo capítulo sairá em breve, provavelmente amanhã, no máximo depois de amanhã!
*SIM, O NOME DELE É NATHAN PRESCOT. SIM, É UMA REFERÊNCIA AO JOGO LIFE IS STRANGE. OBRIGADA*


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