História Só vejo você - Amizade e bagunça

Era último dia de aula e nada melhor que comemorar isso com uma festinha com as melhores amigas. Quem estava organizando tudo era Bianca, que estava muito ansiosa e planejando as brincadeiras, comidas e bebidas há duas semanas. Todas as outras três, acharam isso um exagero, já que a festinha seria apenas entre elas, mas Bianca não queria saber de mais nada, ela tinha muito dinheiro dos pais pra gastar e até pra jogar pela janela se quisesse. E como ela iria viajar em dois dias e não iria vê-las por um mês, então porque não comemorar do melhor jeito?

— Só mais cinco minutos pra essa aula chata acabar e estaremos livres do ensino médio— falou Bianca sorrindo de emoção.

— Não sei pra que tanta alegria se depois iremos ter que fazer faculdade, meus pais me obrigaram, eu não queria fazer nada. Estudar não serve pra nada — reclamou Duda, encostando o queixo na mão tristemente.

— Relaxa, Duda, é gostoso estudar, você vai ver e já vai ter 18 anos no ano que vem, se não gostar é só trancar a faculdade. — Mel tentou acalmar sua amiga, odiava vê-la depressiva assim.

— Isso mesmo, Mel, eu daria tudo pra conseguir continuar estudando, mas como perdi a bolsa, ano que vem tento de novo. — Beka pegou na mão de Duda, confortando a mesma. Achava que ela reclamava demais e sempre tentava mostrar que ela tinha de tudo, não tinha motivos pra reclamar.

Duda sorriu para Beka e Mel e deixou a deprê de lado, guardou suas coisas na bolsa e começou a bater na mesa empolgada, ao notar que faltava apenas um minuto para bater o sinal.

Todas acompanharam Duda e fizeram uma algazarra na sala de aula. A professora desistiu e abriu a porta deixando que todos os alunos pudessem sair antes que o sinal batesse.

Todas as meninas se despediram dos seus colegas e foram em direção à saída do colégio, Bianca abraçou todas e disse empolga:

— Estão prontas para a melhor festa de melhores amigas de suas vidas?

Todas concordam dizendo ao mesmo tempo sim e riram em seguida, mas logo ficaram boquiabertas ao verem uma Limousine pink parando em frente ao colégio. Um chofer alto e forte desceu do carro todo uniformizado e abriu a porta do automóvel.

— Não fiquem aí paradas, amigas, essa belezura é todinha pra nós. — comentou Bianca rindo e puxando as três para entrarem no carro.

Não acreditando no que estava rolando, todas entram naquele carro imenso. Se por fora ele já era grande, por dentro parecia ser ainda maior, com bancos de couro, frigobar, televisão com DVD, bebidas e petiscos à vontade, música alta e um chofer à disposição das meninas durante toda a tarde.

— Meu Deus, isso não é um carro, é uma nave espacial. — Beka comentou entusiasmada com tamanha beleza.

— Sim, sim, Beca. Eu disse que esse dia vocês nunca mais iriam esquecer. Fiz de tudo pra ser o melhor dia de nossas vidas, afinal, nós merecemos… — Bianca sorriu e abraçou as três amigas de uma vez — Mas agora é hora de comemorar, não quero ver ninguém chorando, hoje é dia de sorrir. — Parou de abraçar as amigas e pegou um telefone, que estava embutido no carro, dizendo ao motorista que podia ir. Em seguida pegou uma garrafa de champanhe e entregando uma taça para todas, abriu a champanhe e antes de encher as taças perguntou: — Espera, quem aqui é de menor?

As três disseram que eram de menor. Bianca fez uma cara de que pena, vou ter que guardar a bebida e então sorriu e disse: —E daí, hoje estamos liberadas, meus pais não estão em casa, podemos fazer o quiser.

Todas riram e esticaram suas taças que logo foram enchidas até a boca, Mel sugeriu que fizessem um brinde à amizade, e assim todas encostaram suas taças em um brinde.

Duda abriu o teto solar do carro e subiu no banco de couro, gritando toda feliz para as pessoas da rua, não demorou muito e Bia fez o mesmo. Mas como só cabiam duas ali, Mel e Beca abriram outro teto solar e ficaram as quatro gritando e rindo como perfeitas malucas pelas ruas de Beverly Hills.

Quando enjoaram e ficaram roucas desceram e foram comer e beber, tinha doces e salgados de todos os tipos, realmente a tarde naquela Limousine estava parecendo um dia de princesa. Bia ligou o som e as luzes e a Limousine virou uma baladinha. Dançaram e beberam à vontade ficando todas levemente alteradas. Bia pediu ao chofer que parasse no shopping, porque queria dar um presente à elas. Não demorou muito ele parou a Limousine e muito animadas todas seguiram Bia até uma das relojoarias mais cara da cidade.

— E então, Mary, chegou a encomenda que eu fiz?

— Chegou sim, pequena Bianca. E já colocamos na conta de seu pai. É só assinar esse recibo.

Bianca piscou para a vendedora e após assinar o recibo, pegou uma pequena caixa e saiu da loja saltitante.

— Eu aposto que vão amar e eu quero que seja de grande valor pra vocês, combinado?

— Com certeza vai ser, pequena Bianca —Brincou Duda, imitando a forma que a vendedora havia chamado Bia.

— Como hoje é um dia especial, vou fingir que você não fez isso, Duda. — Bia mostrou a língua para Duda e colocou a caixa sobre a mesa. Abriu a mesma e tirou quatro pacotinhos de pano e entregou um pra cada uma e ficou com um. — Pronto! Já podem abrir. — Bia terminou de falar e ficou olhando a expressão de todas ao verem o que era e sorrindo ao ver que elas gostaram abriu o seu, explicando o presente: — O cordão é um coração, escrito amizade que ao juntarmos todos os quatro vira um trevo da sorte, porque somos realmente sortudas por termos nos conhecido. A pulseira tem uma âncora que significa estabilidade, porque não quero perder vocês nunca, e por mais distante que estivermos que nossa amizade seja sempre forte. E o anel com esse infinito é para sermos sempre assim, minhas doidinhas.

Todas as meninas estavam com lágrimas nos olhos ao final da explicação. Uma a uma foi abraçar Bia, que fez questão de colocar o cordão e a pulseira em cada uma.

— Só mais uma coisa, é tudo feito de ouro legítimo. Encomendei diretamente de Dubai pra presentear vocês. Espero que gostem.

Todas gritaram de emoção ao saberem disso e Beka fingiu que estava desmaiando.

— Eu não acredito que posso vender tudo e ficar rica

— Espero que não faça isso Beka, o valor sentimental não tem preço ­— Bia levou a mão à testa fazendo pose de drama ao terminar de falar.

— É brincadeira, Bia. Nunca venderei seu presente, eu prometo. —BeKa abraçou Bia e beijou sua bochecha.

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