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História Só vejo você - Bianca Ataca Novamente


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Olá, pessoal. Aqui estou altas horas da matina, deixando um capítulo novo pra vocês. Espero que gostem. Confesso que estou ansiosa para saber o que vocês acharam, rs. Beijos!

Capítulo 13 - Bianca Ataca Novamente


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Bianca Ataca Novamente

POV REBECA

Pensei o dia inteiro em que roupa eu usaria a noite, mas eu não tinha nenhuma roupa de balada decente. Minhas roupas já estavam bem gastas, já havia muito tempo que eu não fazia mais compras. Após revirar todo meu guarda roupa, separei algumas peças para provar e me joguei na cama fitando o Teto. Precisava encontrar um emprego logo, pois esperar Victória me dar dinheiro para renovar o guarda roupa era algo que nunca iria acontecer. Avisei ela bem cedo que eu iria sair com minhas amigas a noite para ela não vir me encher o saco. Arrumei a casa toda, cuidei da Lisa, dei banho e janta a ela pra ninguém me impedir de ver a morena dos meus sonhos novamente. Ontem por pouco não agarrei ela, mas Victória tinha que aparecer na hora errada.

Sinto que a Mel está me olhando diferente,  mas tenho medo de ser tanta vontade minha de ficar com ela que estou vendo coisas. Vai que eu agarre ela e ela me xingue e me bata, ou simplesmente se afaste de mim, eu tenho muito medo de perder a amizade dela para sempre, por isso preciso pensar muito bem antes de tomar qualquer decisão.  

Ela fica tão sexy dirigindo que eu não consigo parar de olhar, a  minha sorte é que ela não percebe minhas segundas intenções e posso paquerar ela toda hora. Eu ri pensando nisso e mordi meu dedo me virando de lado, olhei no relógio e só faltava meia hora pra eu me arrumar, levei um susto em como a hora passou tão rápido e me levantei de um salto, peguei minha toalha e corri para o banheiro. Prendi meus cabelos pra não molhar e me despi, liguei o chuveiro e tomei banho. Não demorei muito, pois estava sem tempo. Me enrolei na toalha e decidi fazer a maquiagem primeiro,  eu era um desastre nisso então optei por fazer uma coisa bem básica: delineador, rímel e batom. Quando terminei me senti estranha, senti vontade de tirar tudo aquilo, mas agora só faltava dez minutos, então corri para o quarto, vesti a lingerie e experimentei as roupas. De todas, a melhor foi um short jeans todo desfiado, uma blusa regata preta e um tênis sneaker preto. Coloquei os acessórios de ouro que a Bia me deu e soltei meus cabelos passei meu perfume e fiquei me olhando no espelho, gostando da imagem. Eu estava fazendo um estilo rockeira, sorri com esse pensamento e fui até a sala esperar pela Bia.

Já tinha levado a Lisa na casa da vizinha e estava sozinha em casa, Ricardo passou a tarde na rua e Victória saiu com o namorado após o jantar.

Bia, muito pontual, chegou na hora combinada e bateu palmas, pois a campainha estava quebrada. Peguei meu celular, apaguei as luzes e tranquei a casa. Fui até o carro estacionado em frente à minha casa e vi Bia encostada no mesmo, toda sorridente ao me ver. Ela estava linda, usava uma saia preta, uma blusa de seda branca e por cima um casaquinho preto. Nos pés tinha um tamanco de salto exageradamente alto e os cabelos estavam soltos caindo por cima do ombro, deixando-a muito charmosa.

― Meu Deus do céu, Beka, você está linda! ― Bia disse meio abobada como se eu realmente estivesse linda mesmo.

― São seus olhos, Bia.

― Não querendo me intrometer, mas você está muito gata mesmo. ― disse o motorista me olhando com malícia e morri de nojo.

― O que é que você está fazendo aqui fora? ― Bia perguntou a ele com mau humor. ― Volte já para o seu lugar, não pedimos sua opinião.

Assim que o motorista entrou no carro, Bia  bufou irritada.

― Vou pedir pro meu pai despedir esse abusado. ― Veio até mim, segurou minha mão e levantou-a me fazendo dar uma voltinha e voltou a sorrir ―Maravilhosa!!!

Fiquei totalmente sem graça e fiz o mesmo com ela, fazendo-a dar uma voltinha também.

― Uma verdadeira Diva. Perfeita!!!

Bia sorriu de orelha à orelha, me abraçou apertado e depois me levou para o carro. Nos sentamos e ela não desgrudou de mim em nenhum momento. Deitou a cabeça em meu ombro enquanto íamos buscar Duda e Mel e ficava brincando com minha mão. Achei isso muito estranho e apesar de estar incomodada com isso, não falei nada. Ela sempre foi carente, mas hoje estava demais.

Após alguns minutos paramos na casa de Duda, achei que Bia fosse descer para chamá-la, mas ela continuou ao meu lado e pediu que o motorista fosse buscá-la. Ele fez o que ela pediu e em poucos minutos, Duda estava no carro conosco. Sorri para ela e ela também sorriu. Ela estava com um vestido rosa salmão, um tamanco e uma tiara da mesma cor que combinou muito com ela.

― Que gostosa, Duda! ― Bia disse também analisando-a.

― Está muito bonita, Duda. ― falei sorrindo e dei uma piscadinha.

Duda sorriu ainda mais e disse: ― Vocês também estão lindas. Quase não consegui vir, acredita?

― Porque? ― Bia perguntou curiosa.

― Meu pai não queria deixar. Tive que prometer que eu não iria por nenhum pingo de álcool na boca.

― Seu pai é muito chato, Duda! ― Bia reclamou e se deitou em meu ombro novamente.

― Mas é melhor obedecer, do que não poder sair. ― falei tentando animar Duda e esta sorriu.

― Sim, eu também penso assim.

Fomos conversando sobre vários assuntos até que finalmente o motorista parou o carro em frente à casa de Mel. Ele nem precisou sair do carro para chamá-la, pois Mel já estava nos esperando fora de sua casa. Ao nos ver ficou em pé e veio até nos com aquele sorriso lindo e único que ela tinha. Fiquei admirando sua beleza radiante enquanto ela caminhava. Estava mais que linda, estava perfeita, com uma mini saia jeans, uma blusa preta de alcinha, com detalhes em strass que formavam uma teia de aranha. Sobre a blusa, na direção do quadril, um cinto delicado, com uma fivela em forma de aranha. Nos pés calcava uma botinha preta de cano curto. Usava alguns acessórios descolados e deixou os cabelos jogados de lado. Quando entrou no carro, se virou para trás e nos olhou sorridente, ela tinha o dom de conseguir fazer maquiagens lindas em seu rosto. Fiquei tão boba com a sua beleza que perdi a fala. Eu só consegui sorrir e ficar olhando para ela enquanto ela conversava com as meninas. Nossos olhos se encontram várias vezes e eu não desviava eles em nenhum momento.

Não sei dizer se o caminho até a danceteria de foi curto ou longo, porque não prestei atenção.

― Acorda, Beka. Já chegamos. ― Bia me cutucou e então me recordei de onde estava.

Sorri tímida por estar pagando mico com cara de boba e saí do carro. Fui ao lado de Mel e sem conseguir segurar, disse:

― Você está linda, Mel.

Mel me olhou piscando e sorriu. Seu rosto ficou levemente corado e sem que eu esperasse ela me abraçou apertado e disse perto de minha orelha:

― Você que está linda, está arrasando. ― me deu um beijo no rosto e parou de me abraçar.

Não sei o que estava acontecendo comigo hoje, eu estava perdendo a fala toda hora, apenas sorri para ela e tentei puxar um assunto, mas Bia enroscou seu braço no meu e nos levou para dentro por uma porta onde somente ela e os pais tinham a chave.  Disse que não queria passar pelo tumulto e que por ali era mais rápido.

E realmente foi mais rápido. Em poucos minutos chegamos a área VIP. Paramos primeiro no bar, Bia pediu uma bebida com álcool, enquanto Mel, Duda e eu pedimos refrigerante.

― Sério que vão beber só refrigerante hoje?

― Eu prometi ao meu pai, Bia.

― Minha última ressaca foi terrível, ainda estou traumatizada. ― Mel fez uma careta e eu ri.

― E você, Beka?

― Eu não gosto de beber coisas com álcool, Bia, você sabe.

― Lembro que bebeu na minha casa e não reclamou.

― Aquele dia foi um dia diferente.

― Hum, vem chatinhas lindas, vamos nos sentar.

Seguimos Bia até a nossa mesa exclusiva e esperei elas se sentarem. Quando ia me sentar, sinto alguém me puxar, olho para trás e vejo Ethan. Sinto vontade de deixar ele no vácuo, mas sorrio levemente na tentativa de não e ser mal educada.

― Você está linda demais hoje morango. ―Disse me olhando da cabeça aos pés e eu revirei os olhos ― Vem cá me dar um abraço. ― disse já me puxando e senti um volume enrijecido no meio de suas pernas. Não era possível ele já estar exitado assim só em me ver. Me afastei do abraço logo quando senti a mão boba dele tirando uma casquinha de mim.

― Obrigada. ― falei sem vontade e ele pegou em minha mão, beijando-a.

― Você não quer ir lá atrás comigo?

Era só o que me faltava, ter um banana atrás a noite inteira. “NÃO!”  gritei mentalmente.

― O que você está fazendo aqui, Ethan? ― Perguntou Bia, interrompendo minha gritaria interna.

― Oi, Bia. ― Ethan sorriu sem graça e coçou a cabeça num gesto nervoso ― Nem tinha te visto. Como foi a viagem?

― Foi boa, e pelo que eu sei você está em horário de expediente.

― Sim, estou... é só que...

― Só que quer ser despedido? ― com um aceno de cabeça negativo de Ethan,  Bia continuou ― Então volte já para o seu trabalho e deixe a Beka em paz.

Bia me pegou pelo braço e me levou ao lado dela na mesa, mudando meu plano de ficar ao lado da Mel.

― Você quem manda, prima. ― Ethan bateu continência e saiu cabisbaixo, nos deixando a sós.

Por um lado fiquei feliz, ele não iria mais me encher o saco, mas por outro achei chato como Bia falou com ele, ela devia ser mais educada. Mas quem sou eu pra achar alguma coisa? Então fiquei quieta e olhei para Duda e Mel. Agora Mel estava bem na minha frente. Iria paquerá-la a noite toda, discretamente.

 

POV BIANCA

Após estar bem descansada da viagem, comecei a me arrumar para sair com minhas amigas. Abri a mala que intitulei como Paris e comecei a olhar as roupas que trouxe de lá. Logo encontrei a roupa perfeita para colocar meu plano em ação e hoje a noite a Beka não escaparia.

Fui tomar um banho de banheira, com muitos sais de banho. Deixei formar muita espuma e entrei, fiquei muito tempo lá só pensando em como eu faria tudo. Tinha que funcionar. Quando minha pele começou a enrugar, saí da banheira, e me enrolei na toalha. Passei um hidratante que ganhei na viagem e coloquei meu robe com estampa de pele de onça. Chamei a Mary para fazer a minha maquiagem, ela era boa nisso. Em pouco tempo meu rosto estava perfeito. Dei um beijo e um abraço nela em agradecimento e ela sorriu. Após Mary sair, comecei a me vestir. Escolhi uma calcinha fio dental pink e iria sem sutiã. Coloquei minha blusa de seda branca e olhei no espelho, meus seios estavam muito evidentes e me senti muito vulgar. Só com a blusa de seda não dava para ir, então peguei um casaquinho e coloquei me olhando no espelho, vi que ficou bom e decidi que iria assim. Vesti minha saia, meu tamanco e penteei os cabelos,  deixando-os soltos mesmo e coloquei alguns acessórios. Satisfeita com meu visual, borrifei meu melhor perfume e como já estava na hora,  fui chamar o motorista.

Eu estava muito desgostosa com o serviço dele, por sorte ele conseguiu pegar todas as minhas malas, mas já havia notificado ao meu pai sua incompetência, e ele ficou muito bravo.

Logo chegamos na casa de Beka e fiz questão de eu mesma ir chamá-la. Apertei a campainha, mas parecia quebrada, então bati palmas e me encostei no carro esperando por ela.

Não precisei esperar muito tempo, pois logo Beka saiu de sua casa e eu fiquei boquiaberta com tamanha beleza. Dificilmente via ela de short, na maioria das vezes ela usava calça jeans para sair. A tonalidade de sua pele era muito clara, dando contraste com a blusa preta que escolheu. A roupa dela estava simples, mas diante de tanta beleza natural, não precisava de mais nada.

Quando chegou perto de mim, não resisti e disse:

― Meu Deus do céu, Beka, você está linda!

― São seus olhos, Bia. ― Me respondeu dando um sorriso tímido e senti vontade de mordê-la por ser tão fofa.

― Não querendo me intrometer, mas você está muito gata mesmo. ― Meu motorista se intrometeu no meu momento mágico e me virei para ele, o fuzilando com meus olhos. Como ele vem cantar minha amiga dessa forma e pior na minha frente.

― O que é que você está fazendo aqui fora? ― falei com grosseria e ele se assustou ― Volte já para o seu lugar, não pedimos sua opinião.

Bufei irritada, ele já havia perdido créditos comigo e ainda tinha a audácia de cantar a Beka. Respirei fundo, tentando tirar todo aquele mau humor que me tomou em segundos e olhei para Beka que me olhava sem dizer nada. Me sentindo mais calma agora falei:

― Vou pedir pro meu pai despedir esse abusado.

Fui até ela e segurei a mão dela, a levantando, fiz ela dar uma voltinha, admirando aquele corpo perfeito e voltei a sorrir ― Maravilhosa!!!

Beka deu aquele sorriso tímido novamente e me fez dar uma voltinha também sorrindo que nem uma boba.

― Uma verdadeira Diva. Perfeita!!!

Sorri de orelha a orelha, e abracei ela bem apertado, receber um elogio dela fez meu mau humor ir embora. Levei ela para o carro e fiz com que ela ficasse encostada na porta para que mais ninguém, fora eu, sentasse ao seu lado. Essa noite, Beka ainda não sabia, mas ela era minha só minha. Deitei a cabeça em seu ombro e como ela não reclamou, assim fomos buscar as meninas. No caminho fui brincando com a mão dela, seus dedos eram muito delicados e as unhas estavam curtas, perfeitas para a ocasião. Sorri pervertida, já imaginando eles em ação.

Após Mel e Duda estarem no carro, fomos para minha casa noturna, e o fato de Beka quase babar por ver a Mel toda arrumada, me deixou chateada. Era impossível Mel não notar nada nunca, como ela podia ser assim tão cega. Se fosse comigo eu já teria notado há muito tempo e não perderia tempo.

Tive que cutucar Beka quando chegamos, porque ela estava realmente paralisada. Quando ouvi ela elogiando a Mel, senti ciúmes, e senti vontade de mandar a Mel embora, mas eu não podia fazer isso, afinal, eramos amigas. Talvez se eu agisse mais rápido eu teria mais chances.

Deixei as três um pouco a sós enquanto eu mandava o motorista voltar para casa e esperar eu ligar para ele para vir me buscar, e quando olho as meninas, Mel e Beka já estão se abraçando, mas como assim? Vendo que Beka ainda estava boba com o abraço, fui até elas, enrosquei meu braço no dela, e a levei para dentro da boate.

Paramos no bar, mas ninguém quis beber comigo, quiseram apenas refrigerante. Novamente chateada, fomos para a mesa, será que meu plano não ia dar certo, o álcool era uma das peças principais. Me sentei à mesa, e comecei a beber esperando elas se sentarem também. Me distraí olhando um pouco para os lados, a casa estava lotada, todo final de semana ela lotava, era um sucesso. Quando volto minha atenção para as meninas de novo vejo Ethan abraçando Beka com aquela mão boba quase tocando na bunda dela. Ver aquilo fez meus nervos ferverem, quem ele pensa que é pra vir agarrar minha amiga em hora de trabalho. Me levantei rapidamente e disse sem nenhuma educação:

― O que você está fazendo aqui, Ethan?

― Oi, Bia. ― Ethan sorriu sem graça e coçou a cabeça num gesto nervoso ― Nem tinha te visto. Como foi a viagem?

― Foi boa. E pelo que eu sei você está trabalhando, não está?

― Sim, estou... é só que...

― Só que quer ser despedido, é isso? ― com um aceno de cabeça em negativa de Ethan, continuei ― Então volte já para o seu trabalho e deixe a Beka em paz.

Peguei Beka pelo braço e fiz ela se sentar ao meu lado, me sentando em seguida. Esperei Ethan sair de perto e terminei de beber. Meus nervos estavam a flor da pele e eu precisava relaxar, chamei um garçom que passava e ele veio rapidamente me atender, pedi mais dois copos de batida e olhei para Mel e Duda. Ambas estavam em silêncio, Beka também estava e pelo jeito a culpa era minha, eu precisava mudar o clima.

― Eu contei pra vocês que conheci um casal em paris?

― Disse que conheceu algumas pessoas, mas a palavra casal não foi citada ― Duda disse toda curiosa com o que eu iria contar.

― Então contarei agora… Teve um dia que meus pais me deixaram sozinha, e eu fui dar uma voltinha por Paris, sabe? Entrei  num bar qualquer e quando cheguei ao balcão eles me olharam dos pés a cabeça e sem rodeios perguntaram se eu aceitava participar de um ménage, como eu estava afim de me divertir aceitei, sem nem saber o nome deles.

― O que? ― Mel perguntou chocada e eu ri.

― Ménage é ir pra cama com eles? ― Duda disse tão inocente que eu quase apertei as bochechas dela.

― Isso mesmo meninas, foi muito divertido. ― Eu estava me divertindo muito com as expressões que elas faziam ― Eles moravam por ali então chegamos rápido na casa deles. Eles eram tão apressados que já foram logo tirando as próprias roupas e depois vieram me agarrar, o francês preferiu me deitar logo e amou as minhas pernas. Acho que ele nunca tinha visto pernas tão lindas como as minhas. Já a francesa gostou de me beijar, ficamos muito tempo nisso. Mas o resto não contarei porque é muito íntimo.

― E o que você mais gostou? ― Beka perguntou, olhei para ela e sorri. Passei a mão em seu rosto e dei um beijo no mesmo que a deixou sem graça.

― Ah Beka… foram tantas coisas que eu mais gostei… Outro dia te conto ― Pisquei para ela e olhei para Mel, não soube identificar qual foi a reação dela, mas ela parecia incomodada. Já Duda estava horrorizada com o meu documentário. Ri alto e peguei na mão dela que me olhou assustada.

― Um dia podemos fazer um, o que acha?

Duda puxou a mão rapidamente e escondeu em baixo da mesa, balançando a cabeça que não ― Nem pense nisso, Bia, tô fora!

Eu ri demais pegando os copos que o garçom trouxe e entreguei um para Beka.

― Eu não pedi bebida nenhuma. ― Beka protestou me olhando.

― Fui eu que pedi, só segura pra mim. Relaxa! ― pisquei pra ela novamente e ela deu um leve sorriso.

Eu sabia que a qualquer momento Beka beberia a batida e ficaria mais solta. Contei para elas outras histórias que aconteceram comigo durante a viagem e todas me ouviam atentas e comentavam sempre me fazendo rir muito. Esperei um pouco mais e eu já estava ficando muito alegre, já Beka nem encostou na bebida e eu não podia forçá-la. Até que o destino ficou a meu favor e um moço chamou Mel para conversar.

Beka não tirava o olho deles, parecia estar bem atenta em tudo o que eles faziam, então tentei distraí-la.

― O que você está olhando?

― Nada, achei que conhecia um rapaz ali. ― Disse sem parar de olhar pra eles.

― É mesmo? E eu conheço?

― Não, é da rua onde eu moro…

― Hum… bebe um pouco, Beka. Você parece estar tensa. ― Finalmente consegui chamar sua atenção e ela me olhou ― Só pra relaxar ― continuei e ela pegou o copo e bebeu um pouco. Deixei ela quieta mais um pouco e puxei um assunto com Duda. Conversamos por um cinco minutos e quando vi Mel dançar com o moço achei que era o momento exato.

― Duda, preciso resolver um assunto pro meu pai que eu já estava esquecendo. Já volto.

― Tudo bem, eu fico aqui. ― Duda disse despreocupada.

― Obrigada, Duda. ― Me levantei e puxei Beka ― Vem comigo.

Beka se levantou e sem vontade me seguiu. Fiz questão de passar bem longe de Mel para Beka não ver mais ela e me dar atenção total.

― Pra onde vamos? ― Ela finalmente se deu conta do que estava fazendo e eu sorri.

― No escritório. Preciso pegar um documento importante pra ele. Eu já estava esquecendo. É rápidinho, já já voltaremos.

Beka não disse nada, apenas concordou com a cabeça. Segurei a mão dela forte e atravessamos a multidão que dançava na pista e parecia que nunca tinha fim.

 

POV MELISSA

Eu não estava gostando nada de ver Bia pegando na Beka o tempo todo. Era abraços daqui, beijos no rosto dali, o tempo todo ela tinha que pegar na mão de Beka. Mas apesar de tudo, Beka não estava nem ligando para Bia, era como se ela não sentisse quando Bia encostava nela e isso me fazia rir interiormente. Beka parecia estar fascinada comigo, acho que a roupa que eu escolhi a deixou de boca aberta. Peguei várias vezes seus olhos verdes lindos me olhando, e quando os meus se encontravam com os dela, ela simplesmente continuava me olhando. Juro que se não tivesse mais ninguém com a gente na mesa, eu agarraria ela.

Beka estava irresistível hoje, com aquele shortinho jeans desfiado, o tênis, a regata, e até mesmo a maquiagem simples que fez. Eu prefiro ela sem nenhuma maquiagem, amo a beleza natural que ela possuí, mas a maquiagem básica que ela fez estava a deixando ainda mais charmosa.

Fiquei feliz quando Bia deu um chega pra lá no Ethan, ele sempre tentava ficar com ela, mas ela dificilmente aceitava. Acho que foram apenas duas vezes que eles ficaram, mas pelo jeito, ele nunca esqueceu como era bom beijar os lábios daquela ruivinha. E nisso eu tinha que concordar com ele, aqueles lábios eram mágicos.

Eu não queria conhecer ninguém hoje, mas um chato insistiu tanto que me levantei e fui conversar com ele. Não era feio, pelo contrário, era bonitão, mas não tinha nele nada que me chamasse a atenção. Sempre eu dava um jeito de olhar para trás e vi várias vezes Beka prestando atenção em nós. Ela não estava feliz e eu não queria decepcioná-la, então tentei de todas as formas me afastar do moço, mas ele era insistente e sempre encontrava um assunto novo. Depois de tanto me encher o saco, aceitei dançar uma música com ele, apenas uma e depois voltaria para a mesa com minhas amigas. Mas ele acabou não me deixando fugir e acabei dançando com ele mais do que eu gostaria. Quando parei de dançar e voltei para a mesa, não vi nem Bia e nem Beka, pra onde elas teriam ido? Me sentei ao lado de Duda e disse sorrindo, tentando esconder meu verdadeiro sentimento.

― Voltei, onde estão Beka e Bia?

― Bia disse que ia resolver um assunto que o pai dela pediu e levou a Beka com ela.

― E você não quis ir junto?

― Não, eu quis ficar aqui, pensei que se você se enjoasse do menino e voltasse aqui, não encontraria a gente e ficaria preocupada.

― Own que fofa! ― abracei ela  sorrindo.

― E como foi com ele? ― Duda mudou a expressão, fazendo cara de curiosa e eu ri.

― Ah, sabe Duda, eu não estava afim de conhecer ninguém hoje, eu só queria ficar perto da Beka. Até achei ele chato por me impedir de passar mais tempo aqui com ela.

― Está tão grave assim, Mel? ― Duda arregalou os olhos me fazendo rir e eu apenas concordei com a cabeça.

― Você notou que ela não tira os olhos de mim hoje, ou eu estou ficando louca?

― Notei, ela não para de te olhar, parece que está caidinha por você.

― Sério? Está mesmo? ― abri um sorrisão sentindo meu coração pulsar mais rápido ― Eu achei que era coisa da minha cabeça.

― Percebi que ela morre de ciúmes de você quando você vai dançar com os caras. Está sempre te vigiando e fica meio brava. ― Duda riu com isso, parecia se divertir com o mau humor de Beka.

― E eu lá deixando ela com ciúmes, pobrezinha. ― Me senti chateada com o fato de deixá-la triste ― Eu juro que tentei dar um chega pra lá no rapaz que eu nem sei o nome, mas ele não desistia de me cantar ― revirei os olhos.

― Relaxa, Mel. Acontece. E acho que a Bia vai distrair ela, daqui a pouco ela nem se lembrará mais disso.

― É disso que eu estou com medo, você notou como a Bia está cheia de grude com a Beka hoje?

― Eu notei sim, parece que está a fim da Beka.

― Eu estou com um mau pressentimento, Duda. Elas estão demorando pra voltar.

― Você acha que a Bia pode tentar agarrar a Beka?

― Acho. ― Falei já imaginando as duas juntas se beijando e isso embrulhou meu estômago.

― Mas elas são amigas, acho que não vai acontecer nada Mel.

― A Bia é bissexual, ela gosta tanto de meninos quanto de meninas, todo mundo sabe disso. Antes de viajar ela quis me beijar.

― O que? Como? Onde? Porque não me contou?

― Sei lá, não achei que era importante e nem foi especial. Ela me pediu um beijo, eu neguei, aí ela começou a fazer drama que eu tinha beijado a Beka e tal. Acabei dando um beijo nela pra ela parar com o drama e foi só. Não gostei e nem fiquei com isso na cabeça, só me lembrei agora.

― A Bia é maluquinha mesmo. ― Duda riu alto.

― Duda, me faz um favor? ― Olhei pra ela e ela me olhou de volta ― Liga pra Bia, diz que quer ir embora, pede pra ela vir aqui?

― Mas, Mel, estou curtindo a noite. ― Duda não gostou nenhum pouco da minha ideia.

― Eu sei que está, é só que eu quero interromper o que ela estiver fazendo, mas se eu ligar, vou dar muita bandeira. A Bia é esperta. ― Juntei as mãos e fiz cara de pidoncha. Com a voz manhosa supliquei: ― Por favor?

― Está bem, mas só porque eu te amo.

Gritei, pulando sentada e abracei-a, dando beijos na bochecha.

― Muito obrigada, também te amo equando precisar de algo é só pedir.

Fiquei olhando Duda ligar para Bia, peguei o copo de batida que a Beka segurava sem beber, e olhei dentro. Ele ainda estava cheio e eu tomei um gole. Beka não podia ficar com a Bia, ela corria o risco de gostar da loira e namorar com ela. Bebi mais um pouco da batida, estava gostoso, tinha sabor de pêssego. Espero que a ligação não dê tempo de Bia dar o bote.

― Pronto, já liguei. Ela demorou pra atender, mas disse que já vem.

― Demorou? ― Perguntei chateada e deitei a cabeça sobre a mesa, perdendo as minhas esperanças.

― Demorou, mas ela disse que encontraram um gatinhos pelo caminho, por isso ainda não voltaram.

Choraminguei ainda deitada sobre a mesa, não importa se era a Bia ou um gatinho, eu estava apaixonada pela Beka e a possibilidade de qualquer um a tocar já era uma apunhalada em meu peito.

 

POV NARRADOR

Bia levou Beka para o escritório, fechou a porta e trancou-a. Foi em direção à mesa de seu pai e se abaixou para pegar um papel qualquer que estava na gaveta. Achou um com alguns rabiscos e que sabia que não era importante.

― Acho que encontrei as anotações que papai pediu. ― Disse e abriu o único botão que fechava seu casaquinho. ― Nossa aqui está muito calor, não acha? ― Perguntou olhando para Beka e retirou seu casaquinho, o jogando na mesa do escritório.

Beka não teve como não reparar que Bia por debaixo daquele casaquinho, usava apenas a blusa de seda branca sem sutiã, deixando em evidência seus seios bem redondos e arrebitados.

― Não, está bom assim... ― Beka tentou disfarçar, mas seus olhos a traiam, fazendo-a olhar para os seios de Bia.

Bia, notando que Beka a olhava sem conseguir disfarçar, se aproximou mais de Beka e sorriu.

― Estou morrendo de calor ― Disse passando a mão nos cabelos os levantando, deu mais um passo a frente quase encostando em Beka, e soltando os cabelos pediu: ― Me dá um beijo?

― Oi??? ― Beka arqueou uma sobrancelha na esperança de saber se era aquilo mesmo que tinha ouvido.

― Depois que você beijou a Mel naquele dia eu tenho certeza que você gosta de garotas. ― Bia sorriu e chegou mais perto.

― Como é que é? ― Beka perguntou incrédula com o que estava ouvindo.

― Ah, vamos lá, Beka. Eu sempre notei como você olha pra Mel, e hoje quando eu tirei o casaco vi como olhou meu corpo. Você até tenta disfarçar, mas tem coisas que não dá pra esconder.

Beka riu, e balançou a cabeça. Não era possível, como Bia descobriu seu interesse pela Mel, sempre achou que conseguia se controlar muito bem.

― Não adianta rir. ― Bia disse dando mais um passo a frente, encarando Beka, olhou-a nos olhos ― Se você não for lésbica é bissexual, pode me contar, eu sou sua amiga.

Beka ao perceber que estava sendo encurralada na parede, tentou sair, mas Bia encostou-a na parede, mostrando uma força que até então Beka desconhecia, então respirou fundo e disse: ― Acho que você está enganada, Bia.

― Mesmo? ― Bia passou o dedo indicador em volta dos lábios de Beka, que ficou imóvel ― Então, se eu fizer isso você não vai gostar? ― Bia se aproximou mais de Beka e roçou seus lábios nos dela e depois lambeu a boca da amiga e ficou olhando-a ― Que boca gotosa você tem!

A respiração de Beka ficou entrecortada e Bia sorriu, pois sabia que tinha dado um tiro bem certeiro no alvo.

― Bia, acho que você está ficando maluca... eu...

― Xiiihhh ― Bia passou os dedos em volta da boca de Beka novamente ― Me beija, ruiva, e terá a prova. Você não quer saber do que você gosta? Não é melhor descobrir isso com uma amiga do que ficar sofrendo por isso? ― Bia sorriu e deu um selinho em Beka.

― Bia... ― Beka fechou os olhos, estava impossível resistir aquela loira assim tão próxima a provocando.

― Só me diga uma coisa, quer descobrir ou não?

Beka respirou fundo e abriu os olhos vendo o sorriso lindo de sua amiga, ela estava usando um gloss rosa que deixava sua boca muito brilhante. Respirou fundo novamente e viu Bia mordendo a boca, numa provocação. Talvez nunca fosse conseguir ter Mel em seus braços, ela devia gostar mesmo de homem, pois sempre ia dançar com eles e parecia se divertir muito. Pra que ficar perdendo tempo com algo que não teria futuro. Olhou novamente para aquela boca linda lhe sorrindo e sem conseguir resistir mais, pegou nos braços de Bia e com toda a sua força virou-a, encostando Bia na parede.

― Eu quero ― e desistindo então de lutar consigo mesma, cobriu a boca de Bia com seus lábios e chupou-os com vontade. Escutou um gemido de Bia e levou suas mãos até a nuca dela, puxando os cabelos da mesma que gemeu novamente. Beka estava faminta, quem mandou ela lhe provocar tanto, agora iria sentir na pele seu próprio veneno. Beijou Bia com gosto, vasculhando toda a boca dela com sua língua, deixando Bia sem ar. Bia tentou se afastar, mas Beka não largou-a. Inclinou sua cabeça para trás e mordeu-lhe os lábios. Bia gemeu e sorriu. Beka foi parando o beijo e escorregou sua boca para o pescoço de Bia, chupando-o.

― Uau, meu Deus, que delícia de beijo! ― Bia falou e fechou os olhos, pois Beka lhe deu uma mordida no pescoço que lhe arrepiou por inteira. ― Me toca, Beka. Quero sentir sua pegada.

Beka parou de beijar o pescoço de Bia ao ouvir aquilo e olhou para ela, que piscou e mordeu os lábios novamente fazendo a mesma provocação.

Beka soltou os cabelos de Bia e passou as mãos em seu ombro, escorregando lentamente até os seios da amiga. O tecido fino de seda da roupa de Bia, deixava claro como eles eram. Bem redondinhos e firmes, não eram nem tão grandes e nem tão pequenos, os mamilos enrijeceram com seu toque e Beka apertou eles, Bia gemeu e Beka sorriu, estava gostando daquilo. Deixou a mão esquerda apertando os seios e passou a direita pela lateral do corpo dela, indo até a coxa, onde apertou a mesma e voltou a subir. Bia usava uma mini saia e sua mão acabou ficando por baixo da mesma. Apertou a bunda dela algumas vezes e levou sua mão entre as pernas de Bia, encontrando logo sua calcinha. Beka passou a mão por cima da calcinha e sentiu as curvas da boceta dela. Mordendo o lábios, esfregou a mesma, sentindo a calcinha umedecer rapidamente.

― Beka, me chupa? ― Bia quase gritou ao pedir isso e Beka riu baixinho, balançando a cabeça que sim.

Bia levantou sua blusa e tirou-a com facilidade. Beka quando viu aqueles seios lindos arrebitados não pensou duas vezes e se inclinou. Pegou os dois com suas mãos e passou a língua em um, sentindo o mamilo se enrijecer em sua língua, chupou-o com tanta força que ficou com medo de ter arrancado-o, pois Bia gemeu tanto que devia ter doido muito.

― Desculpa ― Beka parou de chupar e passou os dedos pra ter certeza que não tinha machucado Bia ― Não queria te machucar.

Bia riu alto, como ela podia ser tão gostosa e tão gentil ― Relaxa, Beka, não me machucou, pelo contrario, estou amando.

Beka ficou confusa e passou a língua com cuidado dessa vez, apertava e chupava com carinho e quando Bia ia abaixar a saia, o celular dela tocou e após conseguir esticar o braço para pega-lo sobre a mesa, o atendeu. Beka não parou e se divertia ao ouvir ela gemer enquanto falava no celular. Deu mais algumas mordidas nos seios de Bia e olhou para ela, que desligava o celular.

― A Duda ligou e está nos procurando. ― ela riu ao terminar de falar, muito divertida. ― Disse que quer ir embora. Vamos pra lá, eu disse que a gente encontrou uns gatinhos.

Beka balançou a cabeça concordando. Agora Bia sabia com toda a certeza que ela gostava de meninas e ia contar pra todo mundo. Ficou olhando Bia se vestir e passou a mão no rosto, ajeitou os cabelos e destrancou a porta, esperando por ela.

Bia foi até ela e abraçou-a dando um beijo na bochecha ― Amei, quero de novo, mas até o final.

Beka olhou-a e tentou sorrir, mas estava confusa com tudo.

― Sua boca e sua língua são mágicas... gamei.

Dessa vez Beka riu, mas logo se calou quando Bia puxou-a para dar mais um beijo.

― Quer ir dormir em casa hoje a noite?

― Acho que não é uma boa ideia…

― Não responda agora ― Bia deu outro selinho em Beka ― Depois você me diz.

Beka balançou a cabeça como quem diz tudo bem e juntas saíram do escritório, mas logo se lembrou de Mel, pra onde ela foi com aquele rapaz? Era horrível sentir ciúmes, principalmente de algo que não era seu. Bia era interessante, muito bonita, mas não era como a Mel, não sentia com ela as borboletas que sentia quando apenas encostava em Mel.

 


Notas Finais


E então, o que você achou? Deixe a sua opnião ;]


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