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História Só vejo você - Embaraçadas


Escrita por: MikaWerneck

Capítulo 2 - Embaraçadas


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Embaraçadas

Após rodarem Beverly Hills inteira com a Limousine Pink, as meninas foram para a casa de Bia, onde iriam terminar a festa. Bebendo batidas, brincando na piscina e comendo muitas gordices, a noite passou. Todas estavam muito animadas e foram por seus pijamas para a festa do pijama. Bia fez questão de comprar o pijama de todas, cada um ao estilo de cada uma. Após todas voltarem para a sala com seus pijamas fofos, Bia colocou uma garrafa no meio delas e disse que iriam jogar desafio ou desafio.

— Espera, o correto é verdade ou desafio, Bia — Disse Mel rindo.

— Não, na minha casa se chama desafio ou desafio — Bia deu uma gargalhada, fazendo todas rirem com isso. — Quero ver todo mundo pagando mico. Eu começo rodando. Mas antes, uma dose de tequila para todas. — Bia serviu todas e após beber a sua dose, girou a garrafa que parou em Duda.

— Poxa, logo eu??? — choramingou Duda

— Duda, imite uma galinha botando ovo ­— Bia ria demais imaginando a cena.

— Deixa chegar na sua vez... você vai ver só... ­— Duda se levantou e foi imitar uma galinha botando ovo.

Todas riram muito, foi uma cena muito engraçada. Mas após 3 doses de tequila os desafios começaram a mudar.

POV Melissa:

Eu estava me divertindo muito com aquela festinha, a Limousine, o shopping, os presentes, a piscina, as comidas e até as bebidas estavam divertidas, mas quando Bia quis brincar de desafio ou desafio comecei a ficar preocupada, eu já conhecia Bia à muitos anos e sabia o quanto ela era doidinha e cada ano que passava ela piorava mais. Mas deixei esse pensamento de lado, afinal, ela quem planejou aquele dia então queria que ela ficasse feliz.

Cada desafio absurdo que eramos obrigadas a fazer, mas até aí tudo bem, afinal não tinha tido nada grave até o momento. Mas ao ver aquela garrafa girando e apontando em minha direção pela décima vez eu fiquei preocupada, que mico mais eu devia fazer agora? Esperei Bia dizer o desafio.

— Bom, como todas nós já nos conhecemos há vários anos, Mel, e sempre acho que podemos nos conhecer melhor, tem uma coisa que vc ainda não conhece na Beka.

— Na Beka? — eu ri olhando pra Beka — Já conheço tudo dela e ela de mim, somos amigas, não precisamos esconder nada.

— Isso mesmo, Bia. A gente já se conhece em tudo. — Beka respondeu e também parecia com medo.

— Eu aposto que vocês ainda não conhecem o beijo uma da outra. Quero que vocês se beijem de verdade, que role língua e pegada na nuca.

Arregalei meus olhos não acreditando no que ouvia, como assim beijar minha melhor amiga? Bia estava mesmo ficando louca. Olhei para Beka que estava séria, com certeza ela também não estava gostando disso.

— Vamos meninas, não temos a noite toda ­— Bia se divertia com a ideia de ver a gente se beijando.

— Me desculpe, Bia, mas não vou fazer isso. — Olhei pra Bia séria e ela riu muito alto.

— Você quem sabe, mas vai ter que tomar três colheres de molho de pimenta. Eu acho que beijar é melhor, mas se prefere o molho... — ela riu me mostrando a garrafinha de molho de pimenta.

— Que? — perguntei incrédula. Acho que Bia tinha razão, era só um beijo, melhor que beber pimenta. Olhei para Beka e ela balançou os ombros como quem diz tudo bem, então olhei pra Bia novamente e ela arqueou a sobrancelha direita esperando uma resposta, então respirei fundo e disse: — Tá bom, eu beijo...

— Isso mesmo, gosto assim! — Exclamou Bia batendo palminhas ­— Agora vai lá, mas tem que ser beijão.

Olhei para Bia e fiz uma careta. Fui até o centro da sala onde estava Beka, me abaixei ficando de joelhos. Beka não parava de me olhar, acho que ela queria que eu fosse logo, então me aproximei mais dela, cheguei mais perto de seu rosto e uma crise de riso me atacou me fazendo cair para trás. Eu estava realmente bêbada!

— Levanta, Mel. Não vi o beijo ainda. Quero beijo. O molho de pimenta está aqui ainda...

Ouvi a voz de Bia e tentei me controlar, respirei fundo e me sentei de novo. Joguei meus cabelos negros para trás e olhei novamente para Beka que deu um leve sorriso. Respirei fundo novamente e olhei em sua boca, que era muito perfeita e rosada, em seguida olhei para seu nariz pequeno com algumas sardas e depois em seus olhos verdes. Que olhos lindos ela tinha, sempre gostei de olhar para eles. Me aproximei mais um pouco e voltei a olhar em sua boca, quando mais eu chegava perto, mais lindo eles ficavam. Quando fiquei a dois centímetros de encostá - la senti sua respiração e isso fez meu coração pulsar mais rápido, o que estava acontecendo comigo? Devia ser a tequila, respirei fundo novamente e rocei meus lábios nos dela, que fez o mesmo comigo e então fechei meus olhos e beijei minha melhor amiga. Quando nossos lábios se encontraram ela abriu os dela e eu coloquei minha língua em sua boca, ela tinha um gosto doce bem gostoso. Minha respiração ficou entrecortada ao sentir que ela também estava roçando sua língua na minha. Senti que ela pegou em minha nuca e fiz o mesmo com ela, chupei seus lábios com vontade. Tudo em volta havia sumido. Eu realmente me entreguei ao beijo. Confesso que foi o melhor beijo de minha vida. Senti que ela foi parando o beijo aos poucos e me deu uma mordida antes de me soltar e depois um selinho.

— Uau, que beijo foi esse?

Escuto a voz de Bia e Mel ao fundo e então abro meus olhos, vejo aqueles olhos verdes me olhando tão de perto e escuto palmas. Completamente embaraçada, me afasto de Beka e volto ao meu lugar sem olhar pra ninguém. Pego a garrafa e rodo a mesma a fim de que esqueçam aquela cena. Fico ouvindo comentários que não presto atenção olhando fixamente pra garrafa que girava sem parar. Quando a mesma para, olho na direção em que ela apontava e vejo Bia. Sorrio e já sei meu desafio. Agora ela me paga!

— Bia, você vai ter que beijar a Duda, mas eu quero ver pegação, muita mão boba.

— Mas o que? Como assim? — Pergunta Mel de olhos arregalados.

— Uhuuu — comemorou Bia — Que delícia. Vem cá, Duda...

Fiz uma careta, como assim ela gostou do desafio? Me virei pra olhar pro lado e Beka me olhava. Dei um leve sorriso e voltei a olhar para a Bia.

POV Maria Eduarda:

Quando ouvi o desafio de Mel, quase saí correndo. Não quero mulher nenhuma me pegando. Até que foi bonitinho as duas se beijando, mas eu não precisava passar por isso. Bia me chamou, mas não me mexi, continuei onde estava, mas pelo jeito a Bia estava mesmo muito bêbada, tentou puxar a minha mão e eu continuei ali, ela então se jogou em cima de mim e me encheu de beijos. Comecei a gritar e escapar daquela situação, mas a Bia estava decidida a me pegar. Passou então a mão na lateral de meu corpo e apertou minha coxa, depois tentou enfiar a mão dentro de minha blusa e eu quase infartei, segurei a mão dela com força e ela veio com a outra mão apertar meu seio, deu beijos no meu pescoço e quando senti que ia me chupar, juntei forças e empurrei ela, que caiu deitada no chão, rindo muito. Olhei pra Beka e pra Mel que riam sem parar do sufoco que eu passei, respirei fundo e me levantei, gritando bem alto: — Chega, pra mim já deu essa brincadeira, não brinco mais! E saí da sala indo para o banheiro mais próximo.

Essas meninas estão ficando malucas, tudo tem um limite. Não brinco mais com elas. Lavei meu rosto escovei meus dentes e fui me deitar no quarto de hóspedes.

Narrador:

Todas ali já sabiam que Bianca era bissexual, então qual era o problema em dar uns pegas em uma de suas melhores amigas? Ela gostou mesmo de ter sido desafiada a isso, e mais, gostaria de ter dado uns amaços na Mel e Beka também, afinal, ambas eram lindas. Mas sempre teve que se controlar em nunca agarrar elas, porque elas se diziam heteras e não gostaria de perder a amizade com elas. Contudo, após Mel e Beka se beijarem ela tinha a plena certeza que as duas se gostavam mais que amigas. Aquele beijo tinha sido muito mágico, tanto que a própria Bia ficou excitada apenas em olhar. Em outra oportunidade iria beijar elas também pra sentir um pouco daquela mágica.

Olhou para Duda e a mesma não se mexia, ela estava muito assustada com a idéia de ser agarrada por uma menina. Bia riu e foi até ela para puxá - la numa tentativa de que a mesma se levantasse, mas Duda não iria se render. Então só havia um jeito, se jogou sobre ela e deu muitos beijinhos por todo o rosto, foi difícil acertar um na boca, porque Duda não parava de se mexer e gritar muito escandalosa. Bia estava se divertindo com isso, amava domar feras, então parou com os beijos e decidiu passar a mão na lateral do corpo da amiga e desceu até a coxa, onde apertou a mesma e voltou a subir sua mão tentando enfiar por baixo da blusa, mas Duda segurou sua mão com força a impedindo disso. Bia riu divertida e como sua mão esquerda ainda estava livre, levou - a até o seio farto e apertou o mesmo enchendo sua mão com vontade e num ato rápido em sinal de defesa, Duda empurrou - a com força, fazendo Bia cair no chão deitada.

Bia ria muito e sem conseguir se levantar de novo pelo fato de estar bêbada, se deixou ficar ali mesmo, esparramada no tapete macio da sala.

Duda se levantou quase chorando. Ao ver que Beka e Mel estavam rindo demais, disse que não iria brincar mais. Saiu muito brava e foi em direção ao banheiro.

— Ai que dor de barriga de tando rir ­— comentou Mel deitando no sofá e colocando a mão na barriga.

— Bia, sua malvada. Deixou a menina traumatizada — Beka disse divertida — Sua pegada deve ser ruim mesmo.

— Que nada, a Duda que é exagerada. Vou te mostrar a pegada ruim. — Bia tentou se levantar, mas foi impossível.

Beka olhou a cena e morreu de rir. Sua amiga estava mesmo muito mal.

— Levanta primeiro e aí a gente conversa. — zombou Beka se levantando. — Duda tem razão, tá na hora da festa acabar e a gente ir dormir. Quer ajuda pra se levantar, Bia?

— Não, me deixa aqui, ruiva gostosa! ­— Beka riu e pegou uma almofada, colocou - a sob a cabeça de Bia que pegou no sono instantaneamente. Depois se virou e notou que Mel a olhava sonolenta. — E você, Mel, não quer ir para a cama?

Mel balançou a cabeça negativamente e abraçou a almofada.

— Não, tá bom aqui, obrigada. — Mel sorriu e fechou os olhos.

Mel estava tão fofa abraçando a almofada que Beka não resistiu, se abaixou,beijou a testa da amiga com carinho, e afagou seus cabelos. ­— Boa noite, Mel.

— Boa noite, Beka.

Rebeca decidiu ficar na sala com as amigas e se deitou no sofá olhando para o teto tentando pegar no sono. Mas esse não queria vir abraçá - la.



 

POV Rebeca:

Sempre soube que Bia era maluquinha, mas hoje ela estava se superando. Como algumas famílias tinham tando dinheiro e outras não tinham nada? Todo o dinheiro que ela havia gastado só hoje, deve ter passado tudo o que minha mãe gastou comigo a minha vida inteira. Limousine, presente, bebidas, comida... Fiquei morrendo de vontade de perguntar quanto tudo custou, mas achei falta de educação. Mas eu admirava ela, essa maneira que ela tinha de ver o mundo sem responsabilidades, eu não conseguia ser assim. Eu tinha sempre que pensar no futuro, porque meu mundo era um mundo onde a vida era mais difícil. Todas elas tinham uma vida boa, só eu que não podia ser irresponsável. Mas parei de pensar nessas coisas chatas e decidi brincar um pouco de ser irresponsável. Bebi tudo o que me ofereceram e fiquei muito alegre (mais pra bêbada eu diria). Aquela brincadeira de desafios estava me matando de tanto que eu ria, era um mico pior que o outro, até que tudo de repente parou. Mel teria que me beijar, fiquei feliz com essa informação, mas não podia demonstrar. Sempre achei Mel a amiga mais bonita, a mais inteligente, a mais gostosinha. Mas fiquei triste quando ela disse que não viria me beijar. Respirei fundo, mantive a calma para não demonstrar minha frustração, e por sorte, Bia era mesmo porreta, e fez Mel escolher me beijar. Dei pulos e gritei de alegria interiormente. Tentei encorajá - la quando ela me olhou e acho que funcionou. Ela veio até mim e parecia decidida, quase me beijou, mas ela teve um ataque de risos e caiu para trás. Eu ri com isso, mas fiquei chateada. Já estava achando que ia ficar na vontade de sentir aqueles lindos lábios quando minha ídola Bia deu um jeito de novo e dessa vez ela não me escapava. Fiquei excitada ao ver que ela olhou para minha boca após se sentar na minha frente e foi subindo aqueles olhos cor de mel, fiquei encantada com aquele olhar e me segurei ao máximo para não agarrá - la. Vi que ela se aproximou mais e olhou novamente para minha boca, respirei fundo, pois o ar estava quase me faltando e quando senti finalmente aqueles lábios carnudos roçando nos meus, fiquei louca, tive que retribuir e então finalmente ela cobriu meus lábios com os seus. Pude sentir a maciez de sua boca e fechei meus olhos, abri meus lábios automaticamente, esperando ansiosa cada toque seu. Correspondi ao beijo com a mesma doçura que ela me ofereceu, peguei em sua nuca e senti que ela correspondeu, brinquei com a língua dela, chupei aquela boca docinha e mordi ela antes de tudo se acabar. Quando o beijo acabou dei um selinho, sorri e abri os olhos. Ela ainda continuava de olhos fechados bem próxima a mim, fiquei assim, olhando - a e morrendo de vontade de agarrar ela novamente. Mas ela despertou quando Bia falou, acabando com o clima. Agora estou aqui, com vontade de quero mais, lembrando a todo o tempo de nosso beijo, olhando para o telhado sem conseguir pegar no sono. Achei que era apenas uma atraçãozinha boba, o que eu sentia pela Mel, mas agora estou percebendo que a coisa é séria. Acho que realmente gosto da Mel. Porque ela tem que ser tão linda, corpo e cabelo perfeitos, seu jeito de falar e de andar, porque eu fui gostar dela? Porque não sou normal? Sinto uma lágrima quente correr meu rosto e me viro de lado para esconder meu rosto, mas me deparo com a Mel dormindo profundamente, tão serena. Queria estar assim também. Respiro fundo, deixando as lágrimas escaparem e acabo adormecendo olhando pra ela.



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