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História Só vejo você - Declaração


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


O momento tão esperado por todas chegou. Espero não decepcioná-las :)

Capítulo 20 - Declaração


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Declaração

POV NARRADOR

Mel estava deitada no sofá com a cabeça pendurada para baixo, de modo que a fazia ver o mundo de cabeça para baixo, pois era assim que a sua vida se encontrava. Estava chateada porque não conseguiu atender a ligação de Beka. Queria dizer a ela e ao mundo que estava apaixonada, mas quando viu o nome dela na tela de seu celular, rejeitou a chamada. E agora não sabia mais o que fazer. Porque era tão covarde assim? Sentia vontade de chorar, mas estava segurando o choro desde que não aceitou a primeira ligação. Cada vez que ouvia o celular tocando, não sabia o que fazer, só conseguia tremer e sentir seu coração disparando muito. Não sabia onde estava com a cabeça quando resolveu ouvir Duda.

Ouviu a campainha tocar e se levantou, quem poderia ser aquela hora? Ajeitou os cabelos e sem vontade foi em direção à porta,  abriu-a e quando viu quem era levou um tremendo susto.

— Beka! — Mel piscou algumas vezes sem saber o que falar, sentindo o aroma do perfume dela que a brisa trazia.

— Eu mesma. — Disse e entrou na casa sem ser convidada.  — Queria saber se você estava bem. Me manda mensagem com urgência e não atende o celular.  Fiquei preocupada. Está tudo bem?

Mel não sabia o que dizer, fechou a porta e se encostou nela, respirando fundo.

— Estou bem, Beka. — Mel tentou sorrir, mas não teve muito sucesso.

— Você disse que era urgente na mensagem. Te liguei e não me atendeu. Fiquei preocupada... Consegui deixar a Lisa com a vizinha e vim ver o que estava acontecendo.

— Desculpa te deixar preocupada. Eu só queria conversar... — Mel passou a mão no rosto. Estava sentindo seu rosto pegar fogo. Olhar para Beka era irresistível. Ela continua tão linda e sua boca estava mais rosa que o normal.

— Você está bem mesmo? Não está me convencendo. — Beka estava séria analisando Mel.

— Estou... — Mel olhou nos olhos de Beka e suspirou novamente, sentindo seu corpo todo se arrepiar..

— Você está estranha. — Beka deu um passo à frente e colocou a mão na testa de Mel — Está quente, parece que está com febre.

Mel riu e balançou a cabeça que não, mas aquele toque macio em seu rosto fez seu coração disparar, e seu rosto ficar em chamas outra vez. Piscou algumas vezes, Beka ainda media sua temperatura com a própria mão. Admirou outra vez cada traço do rosto de Beka, ela era tão perfeita, não estava mais conseguindo resistir. Talvez agora fosse a hora certa. "Coragem, Mel,  coragem..." pensou olhando aqueles olhos verdes perfeitos que no momento estavam preocupados. Se não dissesse agora, nunca mais diria. Quando seus olhos se encontraram, respirou fundo e tomou coragem.

— Beka?

Rebeca olhou-a, arqueando as sobrancelhas: — Diga, Mel.

— Me beija?

Surpresa com o pedido, Beka arqueou ainda mais as sobrancelhas: — Como?

— Me beija? — seu coração queria sair pela boca,  mas ela conseguiu fazer uma das perguntas que há meses tinha vontade de fazer.

Beka ficou paralisada por alguns segundos, não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir, deu mais um passo à frente e olhando nos olhos de Mel, sorriu dizendo: — É tudo o que eu mais quero.

Mel deu um sorriso também e ficou imóvel. Beka passou a mão em seu rosto e levou-a até a nuca. Ficando bem próxima de Mel, sentiu a respiração dela desconsertada como se ela não aguentasse mais esperar. Tocou seus lábios nos dela num longo selinho, e iniciou o beijo, Mel entreabriu sua boca e Beka invadiu-a com sua língua, entrelaçando-a na língua de Mel, sentindo outra vez o sabor doce que ela tinha. Milhares de borboletas invadiram o estômago de Beka provando mais uma vez que era Mel quem ela amava. Abraçou-a com carinho e sentiu Mel retribuindo o abraço. Tinha vontade de apertá-la e nunca mais largá-la, mas sentiu um líquido quente molhando seu rosto e após dar um selinho soltou-a, vendo o rosto de Mel cheio de lágrimas e se assustou.

— Porque está chorando, Mel? — Perguntou passando a mão nos cabelos dela, que grudavam em seu rosto com as lágrimas.

— Não sei… acho que é de alegria — Mel sorriu tímida.

Beka sorriu também e beijou o rosto úmido de Mel, abraçando-a novamente.

— Linda, não chora, não.

Sentindo-se mais calma agora, Mel abraçou-a também, deitando a cabeça no ombro dela, sentindo o perfume de Beka deixá-la ébria, disse: — Não era para ter parado o beijo.

Beka sorriu ao ouvir aquilo e sem pedir licença, inclinou-a para trás, e, fechando os olhos, procurou os lábios de Mel com os seus, ouvindo Mel suspirar com o passeio de seus lábios pelo rosto dela. Quando encontrou os lábios de Mel, beijou-a cheia de paixão, tentando matar aquela vontade insaciável que já vinha sentindo há anos. Encostou Mel na porta e deixou suas mãos passearem livremente pelo corpo de Mel, quase não cabendo em si de tanta felicidade. Enquanto beijava-a, achava que esse momento era um sonho, não podia ser real. Mas se fosse mesmo um sonho, não queria acordar jamais. Mel sempre foi tudo o que ela sempre quis. Sem conseguir se controlar, prendeu Mel com seu corpo na porta, e apertou os seios de Mel, ouvindo um gemido abafado pelo beijo. Chupando os lábios de Mel com muita vontade, acabou ficando sem ar e se afastou um pouco para recuperá-lo.

Mel tocou nos cabelos de Beka e encostou sua testa na dela, também estava sem ar e buscava desesperadamente recuperá-lo. Que beijo foi esse? Nunca tinha sentido tamanho prazer em apenas beijar alguém. Abriu os olhos e ficou admirando Beka de olhos fechados, também tentando se recompor. Quando Beka abriu os olhos e encontrou os de Mel, ambas sorriram. Permaneceram assim, fitando uma a outra por alguns minutos.

Mel soltou os cabelos de Beka, pegou nas mãos dela e a levou até o sofá com um sorriso de orelha a orelha. Após ambas se sentarem, Mel se virou para olhar para Beka e disse:

— Eu preciso te contar o que há meses venho sentindo. — Beka a olhava curiosa, mas não disse nada, apenas esperou que ela continuasse e então Mel continuou: — Depois daquela brincadeira de desafio ou desafio,  tudo mudou para mim. Eu não podia mais te olhar, que logo a lembrança daquele beijo me vinha a mente. Sempre que eu olho em seus olhos ou em sua boca eu sinto coisas que não sei explicar. Você é linda, mas eu nunca tinha sentido isso por você antes, porque agora eu sinto, Beka?

Ouvir essas palavras foi a melhor coisa que ouviu nos últimos tempos. Então o amor era recíproco.  "AAAHHH" gritou mentalmente. Olhou aquela morena linda e sorriu quase agarrando-a, pois também não conseguia resistir aos encantos de Mel.

— Não sei porque Mel, talvez já sentia, mas não percebia. — Beka pegou a mão dela e fez carinho com seu dedo polegar.

— Eu achei que estava enlouquecendo... — ficou olhando para a mão e sentindo o carinho, isso era gostoso. — Tentei mudar meus pensamentos e ficar com homens, mas não adiantava, meu coração não queria mais ninguém, ele só queria você — Mel voltou a fitar os olhos de Beka e viu neles lágrimas começando a brotar. — Então quando aceitei seguir meu coração e queria falar com você, eis que vejo aquela mensagem da Bia, e meu mundo caiu. Eu senti tanta raiva de você, não conseguia aceitar ver e imaginar vocês duas juntas, por isso mandei você embora aquele dia.

— Me perdoe, Mel, eu nunca pude imaginar que você gostasse assim de mim. Eu achava que eu e você nunca ficaríamos juntas, que essa conversa nunca aconteceria, você sempre ia dançar e ficar com os rapazes, eu morria de ciúmes, mas nunca tive coragem de me declarar para você. Eu sempre pensei que você era hetera, e que tinha me expulsado daqui aquele dia por esse motivo. O que rolou com a Bia não significou nada para mim, pois assim como o seu coração, o meu só quer você e sempre quis, desde que nos conhecemos. Sempre sonhei em te beijar e te abraçar sem pedir permissão, você é linda demais. Eu pensei que nunca teria a chance de te beijar. Depois daquela brincadeira, meus sentimentos por você só aumentaram, mas sempre consegui esconder. Exceto no dia em que me expulsou e não quis mais falar comigo. Eu senti tanto a sua falta, sabia?

— Eu não consegui controlar a minha raiva. — olhou para os lábios dela e queria beija- la de novo. — achei que se me afastasse daria certo, mas só piorava mais a cada dia.

— Promete que não vai se afastar outra vez?

— Sim, eu só quero ficar ainda mais próxima... — Mel piscou algumas vezes e sentou mais perto de Beka, que a olhava toda linda. — Quero te dar mais um beijo.

Beka se inclinou e colocou a boca perto do ouvido de Mel dizendo: — Só mais um? Eu quero vários.

Mel se arrepiou toda ao ouvir aquilo e sorriu,  puxando a cabeça de Beka pra mais perto, deu um selinho — Quantos você quiser me dar... — dizendo isso, deu uma leve mordida no queixo dela.

Beka agarrou a então, se tinha uma coisa que gostava era provocação. Segurou os cabelos de Mel, inclinando-a para trás e beijou a com paixão.  Queria matar aquela vontade que a perseguia por anos. Mel também se entregou ao beijo com paixão, e dessa vez não ficou imóvel, passou as mãos nas costas de Beka e em seus braços descendo e subindo. A pele dela era quente como o fogo. Sua boca tinha um sabor adocicado tão gostoso que nunca o sentiu em mais ninguém. Beka realmente era única, mais ninguém se igualava a ela, como pode demorar tanto tempo para contar o que sentia? Era dela quem ela gostava, tinha a certeza disso agora. Os beijos a faziam voar, a sensação era tão boa que não queria mais largá-la.

— Você me deixa sem ar. — Beka disse se afastando por alguns segundos, para puxar o ar de volta e deu alguns selinhos em Mel.

— E isso é bom ou é ruim? — indagou Mel de olhos fechados sentindo os beijinhos.

— É ótimo, Mel. Não quero mais parar. — Beka abraçou Mel, deitando-a no sofá, distribuindo beijos por todo o pescoço.

Mel suspirava de prazer, como isso era bom. Gemeu quando Beka mordiscou sua orelha e ouviu um barulho lá fora. Abriu os olhos e olhando em direção a janela, viu o carro de sua mãe parando na garagem e levou um susto.

— Oh meu Deus, minha mãe chegou, Beka.  

Beka ouviu aquilo e se levantou bem rápido. Puxou Mel para se sentar também e ajeitou os cabelos dela que estavam bagunçados. Deu um beijo rápido nela e riu com a cara de desespero que ela fez.

— Linda! — Beka sorriu. — Isso são horas dela chegar? Momento impróprio— Beka disse divertida.

— Mel cheguei... — gritou a mãe de Mel ao entrar.  Nem olhou pros lados e fechou a porta.

— Estou aqui mãe. — Mel olhou para sua mãe, piscando, deu um sorrisinho e se virou logo, pois sabia que sua mãe iria desconfiar de algo.

— Rebeca, quanto tempo que não te vejo. Como você está bonita! — Nicole disse entusiasmada olhando para Beka, ignorando o fato de Mel estar nervosa.

— São seus olhos, doutora. — Beka disse toda embaraçada com o elogio.

— Fiquei muito contente em te ver aqui, a Mel precisava conversar com alguém, não saia mais de casa. — Nicole foi até Beka e a comprimentou com um beijo no rosto.

— É mesmo? Então virei mais vezes, você não pode ficar assim, Mel.

Mel a olhou e já tinha conseguido controlar o nervosismo, deu um sorriso de aprovação, gostando da ideia de ela ir mais vezes até a sua casa.

— Eu vivo dizendo isso à ela. Vai ficar pra jantar conosco, Beka?

— Ah, não posso. Prometi a minha vizinha que iria voltar logo pra pegar a Lisa.

— Mas venha outro dia para jantar então. — Beka concordou e Nicole sorriu — E a sua irmã, como está?

— Crescendo muito rápido, cada dia fica mais inteligente. Tenho uma foto dela aqui no meu celular, olha… — Beka pegou o celular, procurou a foto e mostrou para aquela mulher elegante.

— Que linda ela está, mas não se parece nada com você. — Disse analisando a foto.

— É que ela saiu mais com os traços do pai dela. — Beka aproveitou o momento de distração de Nicole e cobriu a mão de Mel com a sua, dando um sorriso.

Mel quase entrou em desespero outra vez e ficou em pé. O que sua mãe iria pensar se visse aquilo?

Nicole devolveu o celular para Beka e disse que iria tomar um banho antes de preparar o jantar. Após ela subir a escada e a sala ficar em silêncio, Mel reclamou baixinho: — Você está maluca, minha mãe poderia ter visto.

Beka sorriu e ficou em pé também: — Se ela visse tudo ficaria mais fácil para nós.

— Ou talvez pior… — Mel imaginou a cena de sua mãe descobrindo que ela gostava de Beka e brigando com ela.

— Relaxa, ela não descobriu nada. — Beka deu mais um passo para a frente e abraçou Mel, dando um beijo rápido.

Mel sorriu e abraçou a cintura de Beka, a olhando nos olhos — Porque perdemos tanto tempo assim?

— Boa pergunta, mas agora eu só quero recuperar esse tempo perdido. — Sorriu e beijou Mel outra vez.

— Não quero mais me separar de você, fica assim comigo para sempre? — Mel falou com a voz melosa, passando o nariz do rosto de Beka.

— Fico, mas agora eu preciso ir, já está tarde, não quero abusar da Dona Lourdes.

— Ah, mas já? — Mel fez um bico parecido com o que a Lisa fazia quando não ganhava o que queria.

Beka sorriu, e passando a mão no rosto de Mel, beijou aquele bico lindo. — A responsabilidade me chama.

— Vamos nos ver amanhã? Umas 18:00 horas? Não aceito não como resposta.

— E nem o terá, pois minha resposta é sim. — Ambas sorriram e caminharam até a saída. Após fechar a porta por fora, Mel, abraçou Beka, e a beijou outra vez com  toda sua paixão. Uma, duas, três vezes, estava muito difícil deixar ela ir para casa. Queria levá-la para o quarto e não deixar mais ela ir embora.

Após mais uma tentativa de despedida, Beka riu e muito à contra gosto se afastou de Mel, mas ainda segurava a mão dela.

— Então nos vemos amanhã, mal posso esperar. — Deu mais um passo para a frente, mais um beijo e então soltou a mão de Mel, e foi em direção à rua, deixando Mel com um gostinho de quero mais.

Mel não entrou em sua casa enquanto Beka não desapareceu, esperou-a sumir, admirando a beleza dela. Não se cansava de notar o quanto ela era linda. Sorrindo toda boba, voltou para a sala e se sentou no sofá. Nunca pode imaginar que as coisas dariam certo como deram hoje, se sentia feliz e não queria que essa felicidade se acabasse nunca.

 


Notas Finais


Obrigada por ler <3

A seguir, um gif do segundo beijo entre Mel e Beka *o*
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