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História Só vejo você - Xeque Mate


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Devido a um problema no roteador, acabei atrasando o capítulo, mas agora o problema foi resolvido e poderei postar.
Boa leitura ;)

Capítulo 23 - Xeque Mate


POV NARRADOR

Na mesma posição em que dormiu, Beka acordou. Não abriu os olhos, pois instantaneamente as lembranças da noite perfeita vieram a sua mente, sorriu, cada detalhe ainda era muito vivo, como se estivessem voltando a acontecer. Sempre quis viver esse momento, e sempre passou horas imaginando como ele seria, mas quando ele realmente aconteceu, ele foi muito melhor que nos seus sonhos. Mel era perfeita, já imaginava que ela era virgem e poder confirmar isso foi ótimo. Tanto ela, quanto Mel eram puras, e perderam a virgindade juntas. Abriu os olhos e se levantou um pouco para olhar para o rosto de Mel. Ela dormia tão serena que dava vontade de mordê-la. Ficou olhando ela dormir por algum tempo e deu vários beijos por todo o rosto dela. Não demorou, ela abriu os olhos e ao ver Beka abriu um sorriso lindo.

— Bom dia, minha namorada linda. — Beka disse sorrindo e beijou Mel com carinho.

— Bom dia, namorada perfeita — Mel disse após o beijo e abraçou-a. — Essa foi a melhor noite de minha vida.

— A minha também, e a melhor manhã. Acordar com você é tão gostoso. — Beka dizia entre os beijos que dava no pescoço de Mel.

— Para, se não eu vou me apaixonar ainda mais por você. — Mel deslisava suas mãos pelas costas de Beka lentamente.

— Então eu só irei continuar. — Beka olhou-a e sorriu.

Mel não resistiu e beijou Beka, parando o beijo com várias mordidas. Sorrindo, acariciou o rosto de Beka.

— Está com fome? Eu estou morrendo de fome.

— Estou, não comemos nada ontem.

— Vamos tomar um banho e depois descemos pra comer algo.

— Será que seus pais já acordaram?

— Acho que ainda não, eles sempre aproveitam o sábado pra dormirem até mais tarde. — Mel riu.

— Eles são muito espertos. — Beka riu e beijou Mel outra vez e depois se sentou na cama.

Mel se sentou na cama também e abraçou Beka dando beijos em seu ombro. — Estamos parecendo Eva e Eva no paraíso.

Beka começou a rir, essa comparação tinha sido péssima, mas não deixava de ser verdade.

— A diferença entre ela é que você é mil vezes mais bonita. — Disse e olhou o corpo de Mel, admirando-o.

— Assim fico sem graça. — Mel estava com o rosto corado e então se levantou, foi até o guarda roupa, abriu-o e após tirar um robe, o vestiu e depois pegou outro para Beka, foi até ela e o entregou.

— Vamos logo para o banheiro, antes que meus pais acordem.

Beka concordou e vestiu o robe, amarrou-o e começou a pegar as roupas espalhadas pelo quarto.

— Fizemos uma bagunça aqui. — Riu em seguida.

— Eu gostaria de fazer essa bagunça toda noite, não me importaria de arrumar. — Mel disse e olhou pra Beka com malícia.

— Nem eu importaria. — Sorriu, foi até Mel e beijou-a. Dessa vez beijo foi mais quente e se não fosse Mel parar e se lembrar que tinham que tomar banho, elas já iriam para a cama outra vez.

Rindo, como crianças travessas aprontando algo escondido dos pais, abriram a porta do quarto e após ver que não tinha sinal de ninguém por perto, correram para o banheiro e trancaram a porta.

Mel foi até o chuveiro e o ligou. Esperou a água ficar em sua temperatura perfeita e descobriu seu corpo. Foi até Beka, retirou o robe dela também e após olhar ela dos pés a cabeça, sorriu, segurou em sua mão e a puxou para debaixo do chuveiro. Ambas sorriRam e se abraçaram, ficaram se olhando por alguns segundo e iniciaram outro beijo ardente. As mãos de ambas exploraram os corpos uma da outra. Enquanto suas línguas iniciaram uma batalha. Ambas sentiam o mesmo prazer, o mesmo amor, era como se elas fossem feitas exatamente uma para a outra. Beka sempre só teve olhos para Mel, e agora Mel só tinha olhos para a Beka. Mais ninguém lhes era importante no mundo.

Sentindo a água morna batendo em seu corpo, Beka mordeu o lábio inferior de Mel e a encheu de selinhos, sorriu em seguida e pegou o sabonete liquido. Despejou aquele líquido no colo de Mel e passou a mão em seguida, espalhando o sabonete nos seios dela, sentindo o mesmo enrijecido. Jogou um pouco de líquido em si mesma e após Mel fazer o mesmo com ela, Beka voltou a abraçá-la, deslisando seus seios nos dela. Despejou mais sabonete em suas mãos e passou nas costas de mel, a ensaboando toda, virou Mel e a abraçou por trás, voltando a passar sabonete em seu seios e foi descendo suas mãos até suas pernas e voltou a subir, puxou Mel outra vez para debaixo do chuveiro e ajudou a água a tirar toda a sua espuma. Virou Mel de frente para si outra vez e levou sua mão direita entre as pernas dela e a alisou. Mel soltou gemidos de prazer e Beka falou em seu ouvido: — Não gema, Mel, seus pais podem ouvir. — E após Mel concordar com a cabeça, ela decidiu beijar Mel, para abafar seus gemidos e continuou a esfregar a vagina de Mel. Penetrou-a com seu dedo, fazendo Mel gemer mais e foi aumentando o ritmo mais e mais. Mel arranhava as costas de Beka e puxava seus cabelos, sentindo ondas de prazer imensas. Perderam a noção do tempo no banheiro, só percebendo o quanto demoraram quando desligaram o chuveiro. Ambas se enrolaram na toalha e se olhavam com paixão.

— É melhor eu me vestir aqui, enquanto você se veste no seu quarto, ou ficaremos coladas o dia inteiro. — Beka teve a idéia e Mel concordou, vestiu o robe novamente, e antes de sair do banheiro a beijou outra vez.

— Te amo, namorada.

Beka sorriu e espiou ela sair do banheiro com cautela, então se vestiu, penteou os cabelos e se olhou no espelho. Seu rosto estava diferente, estava se sentindo linda e amada. Era muito bom se sentir assim, sua vontade de viver só aumentava mais e mais. Saiu do banheiro e voltou para o quarto, Mel já tinha se vestido também.

— Uau, como você é linda — Beka disse indo até ela e deu um beijo no rosto, a abraçando.

— A linda aqui é você, Beka. — Mel abraçou-a forte e ficou olhando seus olhos verdes.

— Não pode dizer mentiras. — Passou o nariz no nariz de Mel e deu um beijinho.

— Não é mentira. Te acho muito linda. — Mel sorriu e pegou na mão de Beka — Vamos descer, minha barriga já está reclamando.

Elas desceram e foram pra cozinha. Mel começou a procurar no armário o que iriam comer e e Beka resolveu ajudar a preparar o café. Quando tudo estava pronto, comeram, mas estavam bem atentas, pois a qualquer momento os pais de Mel poderiam aparecer.

— Ah, Beka, já estava me esquecendo, vamos sair hoje a noite. A Bia nos convidou na universidade ontem.

— A Bia nos convidou? — Beka ficou pensativa.

— Sim, mas eu fui mais esperta e disse que iria te convidar primeiro. Não queria que ela falasse com você.

— Foi bem esperto, mas então porque aceitou ir? Ela com certeza irá falar comigo lá.

— Eu sei, mas estarei junto e podemos contar as meninas que estamos… — Mel ia tocar na mão de Beka enquanto falava, mas viu sua mãe entrando na cozinha e disfarçou. — Me passe a manteiga?

— Claro… — Beka disfarçou também pegando a manteiga.

— É isso mesmo o que estou vendo? Mel preparou o café da manhã? — Nicole ficou admirada com a mesa posta.

— O café foi a Beka, eu não sei cozinhar lembra?

— Quis agradecer pela hospitalidade preparando um café. — Beka sorriu e viu com o canto do olho Mel a olhando.

— Foi muito gentiu de sua parte, Rebeca. — Nicole sorriu, foi até Mel e deu um beijo em sua cabeça. — Bom dia Mel, bom dia Rebeca.

As duas deram bom dia juntas e riram disso. Beka ficou um pouco sem jeito, pois não conseguia disfarçar sua alegria, e pelo jeito Mel também não conseguia. Tiveram uma conversa animada com Nicole e logo depois o pai de Mel também se sentou à mesa. Nenhum dos dois comentou sobre terem ouvido barulhos durante a noite e nem sobre a música estar muito alta. Após o  café, Beka se lembrou da Lisa e Mel a levou para a casa, combinando de se encontrarem a noite. Mel iria buscá-la com seu carro, ignorando os conselhos de seu pais, sobre não usar o carro quando fosse em festas.

 

Quando a noite chegou, Mel foi pegar Beka, como o combinado. Estava muito feliz, tinha até ido pegar ela antes da hora, para Bia nem ao menos tentar passar na casa dela. Pediu para Beka ligar pra ela e avisar que não precisaria de carona essa noite e assim ela o fez. Após darem muitos beijos às escondidas no quarto, decidiram ir para a boate.

Chegaram animadas, e foram para o local onde sempre ficavam, se sentaram e aproveitaram o momento a sós para namorar. Após alguns minutos, Duda e Bia chegaram, comprimentaram-as e se sentaram também.

— Ué, porque não quiseram vir comigo hoje? — Bia perguntou olhando diretamente para Beka.

— É que eu não vou ficar muito tempo, tenho que estudar amanhã, aí vim de carro, pra vocês não se preocuparem comigo e aproveitarem mais a noite. — Mel respondeu sorridente e olhou para Beka. — Como eu estava passando perto da casa da Beka, aproveitei e dei uma carona à ela.

— Mas você está muito estudiosa, imagina quando chegar o fim do semestre. — Bia analisou Mel, mas sabia que ela sempre levou os estudos a sério.

— Mas isso com a Mel é muito comum. Tirar nota 9 para ela é um caos. — Duda disse e riu.

— Me lembro bem disso, teve um dia que ela tirou 8 em matemática e quase chorou. — Beka riu e abraçou Mel — Ainda bem que nunca tirou zero.

— Parem de contar mentiras, nada disso aconteceu. — Mel escondeu o rosto com as mãos e depois olhou para Beka.

Bia ficou olhando aquela cena, isso estava muito estranho, abraços, sorrisos e olhares de uma para a outra. Balançou a cabeça e tentou tirar Mel do foco do assunto.

— Já fizeram o pedido de bebidas?

— Ainda nem fizemos. — Beka respondeu.

— Vou fazer o pedido então, vem comigo Beka? — Bia sorriu esperando que ela dissesse sim.

— Ai! — Duda gritou e fez uma careta para Mel, o chute doeu, não era assim que tinham combinado — Ah, deixa que eu vou com você, Bia. — Duda se levantou e esperou Bia se levantar também.

— Já que a Duda vai, vou ficar aqui. — Beka deu uma risadinha sem graça, entendendo o jogo entre Duda e Mel.

— Tudo bem… — Bia olhou bem para Beka e se levantou, jogou os cabelos loiros para trás e foi com Duda mancando até o bar.

— Acho que chutei a Duda muito forte. — Mel disse e riu. — Combinamos hoje a tarde que ela iria sempre acompanhar a Bia quando ela fosse fazer algo.

— Tadinha, tenta chutar mais fraco da próxima vez — Beka riu,pegou na mão de Mel, levantou-a e deu um beijo. — Vamos dançar quando elas voltarem?

— Eu aceito. — Mel sorriu e deu um selinho nela.

— Essa será a melhor balada da minha vida.

— Da nossa vida, e muitas virão após essa.

Beka sorria para Mel quando sentiu que alguém tocou em seu braço, olhou para o lado e viu Ethan.

— Hey, morango, preciso falar com você. — Ele falava apressado e olhava para os lados com medo que Bia o visse papeando ao invés de trabalhar.

— Não vai dar, estou com a Mel. — disse e apontou a Mel para que ele a visse.

— Deixe a sua amiga um segundo, só quero matar as saudades.

— Ela não é só minha amiga, é a minha namorada. — Falou educadamente e fazendo carinho na mão de Mel.

— Como assim, sua namorada? — Ethan meio que ficou em choque, não acreditando naquelas palavras.

— Acho que você entendeu muito bem, Ethan. — Mel disse começando a ficar irritada.

— Eu sempre gostei dela, agora somos namoradas. — Beka disse se virando para Mel e sorriu dando um selinho.

— Eu não acredito nisso, morango. Vocês estão me zoando.

— Não é brincadeira, estamos falando sério.

— Muito sério, eu amo a Beka. — Mel abraçou Beka.

— Desculpe interrompê-las então. — Ethan disse chateado e saiu.

— Ele ficou triste, ele sempre gostou de você. — Mel falou olhando para ele.

— Ele vai superar, eu sempre contei que ele é muito tarado. Você sempre foi a minha paixão.

— Awn, você é tão perfeita. — Mel olhou nos olhos de Beka, lindos e penetrantes, sentindo uma vontade de louca de beijá-la ardentemente, quando foi interrompida por Bia.

— Trouxe um Manhattan pra gente. — Bia sorriu, disfarçando o ciúmes que sentia por ver Mel abraçando a ruiva. Entregou o copo à elas e virou sua bebida de uma vez.

Mel pegou o copo, mas antes de beber se lembrou que estava dirigindo e então deixou o copo sobre a mesa. Olhou para Beka e ela bebia devagar, então iniciou uma nova conversa.

— Duda, quando é que vai dançar com alguém?

— Quando alguém vier me convidar, ninguém me convida. — Respondeu e bebeu um gole do drinque.

— E porque você não convida ninguém? — Indagou Bia, entrando na conversa para parar de ver o que não existia entre Mel e Beka.

— Acho que esse é o papel do homem, não vou convidar ninguém.

— Que pensamento mais ultrapassado. — Disse Beka — Hoje em dia as mulheres também convidam os homens para dançar.

— Pois então ainda sou das antigas. — Duda fez uma careta e bebeu outro gole.

— Mas me conta qual o gato que mais te encantou essa noite? — Bia perguntou de novo, achando o papo interessante.

— Vários, mas o mais bonito é aquele. — Duda apontou para um moreno, alto, com jaqueta de couro e calça jeans encostado em um pilar.

— Uau, ele é realmente um gato. — Bia, levantou as sobrancelhas e depois se levantou — Já volto meninas. — Disse e foi até o moreno de jaqueta.

— Eu não acredito que a Bia foi lá falar com ele. — Duda ficou com cara de braba olhando para a Bia, fazendo Mel e Beka olharem para trás.

— Eita, será que ela está falando de você? — Beka ficou curiosa.

— Vamos apostar? — Mel tentou brincar, achando graça — Eu aposto 5 dólares que ela está falando da Duda.

— Vamos, eu aposto…

— Parem — Duda gritou interrompendo Beka — Isso não tem graça, suas bobas.

Mel e Beka começaram a rir com o jeito que Duda estava reagindo e pararam de encher o saco. Beka tocou a coxa de Mel, sob a mesa discretamente e Mel a olhou piscando e ficando corada.

— Oh meu Deus, ela está trazendo ele para cá. — Duda disse procurando um buraco no chão para se esconder.

— Relaxa, vai dar tudo certo, ele é bonito. — Beka tentou encorajar Duda.

— Duda, esse é Carlos, Carlos essa é a Duda. — Bia apresentou os dois. Depois que ele comprimentou Duda, apresentou Mel e Beka também e se sentou. — Sente-se Carlos, não fique tímido.

Carlos concordou e se sentou, iniciando uma conversa com Duda, que estava bem tímida e isso a vez tomar todo o drink bem rápido.

— Quer ir dançar Mel? — Beka convidou Mel e ela concordou com a cabeça, sorrindo.

Ambas se levantaram e foram para a pista de dança, sem avisar, deixando os três na mesa. Beka pegou na mão de Mel enquanto caminhavam, e ao chegar na pista, começaram a dançar no ritmo animado da música. As luzes não paravam de piscar e mudar de cores. Ninguém prestava atenção no que elas faziam, então elas aproveitaram ao máximo, com beijos e amassos, e danças provocantes. Estavam se divertindo bastante e só pararam quando começaram a sentir calor, Mel quis ir tomar água e Beka a levou até o bar, depois de pegar a água, voltaram para a mesa, Duda e Mel estavam a sós, o moreno já tinha saído.

— Onde vocês foram? — Duda perguntou curiosa.

— Fomos dançar um pouco. — Mel disse abrindo a garrafa de água e despejou num copo descartável.

— Mas foram dançar juntas? — Bia perguntou séria.

— Fomos, dançamos juntas. — Beka disse e abraçou Mel de lado.

— Temos uma novidade pra contar a vocês. — Mel disse sorridente, após beber a água.

— Novidade? — Bia, arqueou as sobrancelhas, pois sabia que não vinha coisa boa por aí.

— Sim, eu e Beka estamos namorando. — Mel disse com um sorriso de orelha a orelha, olhando diretamente para Bia, pois estava amando a reação que ela estava tendo ao processar a notícia.

— Para tudo, como assim? — Duda ficou de boca aberta.

— Isso mesmo, Duda, estamos namorando. — Beka disse abraçando Mel mais forte e deu alguns beijos em sua bochecha. — Agora que vocês já sabem, podemos fazer demonstrações públicas de afeto.

— Amei ouvir isso, Beka. — Mel disse e beijou-a na boca, sem medo de ser feliz.

— Meus parabéns. — Disse Bia sem vontade, gritando de raiva por dentro.

— É lindo, mas vocês vão ficar se pegando mesmo na minha frente? — Duda perguntou já sabendo a resposta.

Beka e Mel concordaram e agradeceram Bia pelos parabéns, voltando a se abraçarem e se beijarem.

Duda fazia caretas a cada novo gesto de afeto entre elas e Bia não disse mais nada, tentava disfarçar, mas não estava conseguindo disfarçar direito tamanha frustração.


 

POV BIANCA

Beka estava namorando com a Mel, como assim? Então eu queria dar um xeque mate e no final quem acabou dando o xeque mate foi a Mel. Ver as duas juntas tão felizes não estava me fazendo bem, eu precisava sair de lá. Me levantei e para não ser mal educada disse:

— Vou no bar, alguém quer alguma bebida? — Sorri mascarando meu real sentimento.

Como todas disseram que não queriam nada, saí de lá.  Eu estava sentindo náuseas, uma coisa estranha por dentro e uma vontade terrível de chorar.

— Não chora, Bia, não chora. Seja forte. — Disse a mim mesma, quando meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

Parei no bar e pedi uma garrafa de whiskey. Assim que me deram, fui para a pista. Levei a garrafa até a boca e virei-a, engolindo grande quantidade como se fosse água. Fiz uma careta quando aquele líquido amargou minha boca e queimou meu estômago. Mas não tinha problema, o gosto amargo era o de menos no momento. Eu precisava esquecer as cenas que acabei de ver. Comecei a dançar sozinha, enquanto tomava novos goles do whiskey. Rapidamente a garrafa ficou vazia e meu corpo começou a ficar dormente. Deixei a garrafa cair no chão e com as mãos livres comecei a dançar loucamente. Não me importava se eu estava pagando mico, eu só precisava esquecer. Chacoalhava a cabeça, na tentativa de expulsar aquelas lembranças do meu cérebro, mas elas insistiam em permanecer. Eu não sabia mais o que fazer, talvez se eu fosse embora e dormisse, eu esquecesse de tudo.

Sinto que me abraçam por trás e esse alguém cola seu corpo no meu, fazendo-me movimentar o quadril conforme ele mexia o dele. Não quis saber quem era esse alguém, apenas fechei os olhos, e cobri a mão desse ser com as minhas, deixando ele me conduzir na dança. Meu corpo estava começando a ficar pesado, joguei a cabeça para trás, encostando-a na cabeça de quem me abraçava. Sinto beijos em meu rosto e depois uma mordida na ponta de minha orelha que me arrepia por inteira.

— Eu imaginei que gostaria disso. — Era uma voz feminina e eu gostei, afinal, mulheres são mais gostosas que homens.

Sorri e me esfreguei mais nessa mulher, depois me virei de frente para ela, para ver como era e ao ver uma garota de cabelos castanhos compridos, soltos, com um sorriso bonito, arquei minha sobrancelha e sorri. Me afastei mais um pouco para olhar como ela estava vestida e fiquei chocada pelo fato de como estava bem vestida. Com um vestido tomara que caia branco, que realçava as curvas de seu corpo, nos pés um tamanco estilo “Barbie” que combinava muito com o vestido, estava com alguns acessórios delicados.

— Vai ficar me olhando a noite toda? — Ela disse me fazendo rir.

— Só estava admirando tanta beleza em uma única pessoa. — Continuei sorrindo após terminar de falar e cheguei mais perto dela.

— Então gostou do que viu? — Ela deu um sorriso convencido e eu amei.

— Bem pouco, poderia ter se saído muito melhor. — Menti descaradamente e segurei a cintura dela, puxando-a para bem perto de mim. Tínhamos quase a mesma altura, mas eu era alguns centímetros maior, então me inclinei um pouco e inspirei o pescoço dela para sentir o perfume que ela usava.

— Não foi isso que seus olhos me disseram, quando me viram. — Ela disse toda convencida outra vez.

Dei um beijo em seu pescoço e ao sentir que o corpo dela estremeceu com esse gesto, sorri e beijei outra vez, depois olhei em seu rosto. Ela não era perfeita, mas tinha alguma coisa nela que me chamava a atenção. Talvez eu já estava bêbada e estava vendo demais. Levei meu dedo indicador até os lábios dela e disse: — Shhhhiiu, não seja tão convencida. Só aproveite o momento.

Ela riu muito alto, me olhou nos olhos e após eu dar uma piscada ela segurou em minha cintura, apertando-a, e voltou a dançar comigo sem dizer mais nada. Fiquei olhando-a enquanto dançávamos e então notei que por alguns minutos havia esquecido a ruiva gostosa. Mas pensar nela outra vez me deixou triste de novo, eu não queria mais pensar nisso, precisava fazer algo para esquecer. Sexo estava parecendo uma boa pedida e a garota com quem eu dançava parecia saber fazer isso muito bem, sorri imaginando ela rebolando para mim.

— Posso saber o que está pensando?

— Pode… queria saber como é o beijo de uma pessoa convencida. — Eu queria provocar ela e sabia que assim eu iria conseguir.

— Ah é mesmo? Posso te garantir que é o melhor que já provou na vida. — Ela terminou de falar e mordeu o lábio inferior de maneira muito sexy.

— Aposto que não é tão bom assim… — Sorri para ela e dei um selinho.

— Você não sabe de nada, patricinha. — Ela segurou em minha nuca e puxou meus cabelos, mas como meu corpo estava dormente por ter bebido a garrafa toda de whiskey, não senti dor nenhuma. — Nunca sentirá prazer maior em sua vida, como sentirá agora. — Sem mais delongas, mordeu meus lábios e me beijou ardentemente, como se tivesse vontade de me beijar há muito tempo. Eu acompanhei o ritmo dela, e enquanto ela controlava o beijo, mordendo e chupando minha língua, eu explorava o corpo dela com minhas mãos. Ela era magra, mas tinha curvas. Fiquei apertando a bunda dela, peguei em suas coxas, enfiei as mãos por baixo do vestido, alisei aquela pele lisa e a garota me empurrou, parando o beijo.

— Tem noção de onde estamos para ficar levantando meu vestido assim? — indagou ajeitando sua roupa apressada.

— Não, eu tinha esquecido onde estávamos. — disse a verdade e olhei em volta, mas a maioria dos jovens que ali se encontravam não estavam dando a mínima para o que nós duas fazíamos. — Quer ir para um lugar reservado?

— Sim… — Sorriu e me beijou outra vez, mas dessa vez segurou as minhas mãos para eu não levantar mais sua roupa, parou o beijo com uma mordida — Na sua casa ou na minha?

— Hum… Na minha, sei que amanhã estarei de ressaca, é bom eu já estar na minha casa. — Falei e ri.

— Então vem… — continuou segurando a minha mão e me arrastou para fora da pista, indo em direção à saída.

Conforme eu ia dando passos, percebi o quanto eu estava bêbada, minhas pernas não pareciam fazer mais parte de meu corpo, me escorei na garota que me conduzia e se não fosse por ela me ajudar, eu acho que nunca iria conseguir de lá. Quando chegamos no estacionamento, lembrei que não tinha ligado para o meu motorista, como iríamos ir para a minha casa.

— Espera, preciso ligar pra virem me buscar. — parei de andar, procurando meu celular nos bolsos do meu short.

— Não precisa ligar pra ninguém, eu tenho um carro. — Me puxou de novo, me fazendo andar.

Dei graças por não precisar pegar meu celular, estava muito difícil tirá-lo do bolso, minhas mãos não respondiam aos meus comandos com precisão.

Paramos em frente a um carro, e após ela destravar as portas com um controle remoto, abriu a porta do carro e me ajudou a sentar no banco. Ela me prendeu com o cinto de segurança e depois fechou a porta. Rapidamente deu a volta no carro e entrou do outro lado. Em poucos segundos o carro começou a andar. Minha visão começou a ficar estranha, as coisas começaram a rodar. As luzes dos postes e dos faróis dos carros na rua estavam dançando, me dando a sensação de estar louca. Fecho os olhos por alguns segundos e sinto uma cutucada em meu ombro.

— Hey, acorde. — Sinto outro cutucão e abro meus olhos, vejo a garota bonita na minha frente, ela sorri. — Já chegamos, vem, desce do carro.

— Já? — Como chegamos tão rápido, eu fechei os olhos apenas por alguns segundos, isso estava muito estranho, mas mesmo assim saí do carro, me apoiando nela. Realmente vi que estávamos em casa. Esperei ela fechar seu carro e entramos.

— Bianca, que estado é esse?

— Não enche, Mary. — Falei irritada. Ela não era minha mãe, não tinha nada a ver com a minha vida. — Eu só bebi um pouquinho.

— É, estou vendo. Amanhã conversamos...

— Vem, vamos para o quarto. — Comecei a andar e a garota me ajudou. — Meu quarto nunca pareceu ser tão longe como hoje, parecia que nunca chegaríamos nele. Quando finalmente chegamos, eu quis me sentar, ficar em pé estava muito difícil. Ela me fez sentar na cama e se abaixou para tirar minha bota de cano curto. Encheu minhas pernas de beijo quando terminou de tirar a bota, e foi subindo, parou as mãos no cós do meu short e abriu o botão do mesmo. Fiquei olhando e admirei essa vontade e pressa dela em tirar a minha roupa.

— Pode tirar a sua roupa também? — Pedi enquanto ela abria o zíper do meu short. Ela me olhou e sorriu.

— Na verdade eu gostaria que você fizesse isso, mas vendo seu estado, vou te dar essa mãozinha.

Mostrei a língua para ela e ela apenas riu, ficou em pé, colocou a mão na lateral de seu próprio corpo e abaixou o zíper que ficava escondido embaixo de seu braço esquerdo. Depois se virou de costas e puxou o vestido para baixo, revelando suas costas nuas e uma calcinha preta um pouco grande demais para o meu gosto. Ela jogou seus cabelos para a frente e se virou, mas como seus cabelos eram bem compridos, não vi nada além da parte da frente da calcinha enorme que ela usava e sua barriga perfeitamente magra, sem nenhuma gordurinha. Me sorriu e se sentou de frente para mim, em meu joelho. Sem perder tempo, tirou a minha blusa e eu toquei aquela cintura muito fina, alisei a mesma e levei as mãos até os seios dela, que estavam escondidos pelos cabelos, apertei-os e olhei a reação dela, ela mordeu os lábios, e levou as mãos até minhas costas, abriu meu sutiã e o tirou.

— Seu corpo é perfeito, Bianca. — sorriu me olhando e tocou meus seios, depois começou a apertar e me empurrou, me fazendo cair na cama. Ficou em pé e terminou de tirar meu short, depois subiu na cama, colocou o joelho entre minhas pernas e o pressionou contra minha boceta, se abaixou e começou a chupar meus seios, me fazendo gemer e delirar de prazer. Ganhei mordidas, chupões e beijos, muitos beijos na boca. Ela era muito rápida e tinha muito apetite sexual, sorria o tempo todo. Senti que ela tirou minha calcinha e me chupou com muita fome, me fazendo gemer escandalosamente. O fato de eu estar bêbada, não me deixou aproveitar nada daquele corpo magro, porém, totalmente sexy que ela tem. Minha coordenação motora no momento era de alguém que estava com o corpo totalmente paralisado, dando à ela, total liberdade para usar e abusar de mim. Quando tive o primeiro orgasmo, fiquei ainda pior, então fechei os olhos. Ela deve ter percebido que eu estava quase dormindo e me beijou. Após o beijo abri meus olhos e vi o rosto de Beka. Passei a mão em seu rosto e sorri. — Beka… me beija outra vez.

— Meu nome não é Beka, pode me chamar de Rafa.

Não entendi porque Beka estava falando isso, então abracei a ruiva gostosa e fechei meus olhos. Dormir abraçando ela era bom demais, então deixei o sono me levar, sentindo meu corpo girar como se eu estivesse caindo num abismo que não tinha mais fim.

 



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