POV BIANCA
Enquanto eu olhava minha imagem no reflexo do espelho, fiquei pensando nas coisas. Ainda não tinha entendido o porque da Rafa ter me enganado, eu realmente fiquei muito chateada com esse fato, mas as últimas palavras dela me fizeram pensar mais no lado dela. Em nenhum momento eu perguntei quem ela era e nem quis conhecer ela melhor. E ela me pareceu ser bem interessante. Talvez eu devesse dar uma chance à ela.
Me virei de lado e vi que ela estava debruçada na varanda, com uma garrafa na mão. Ela parecia estar pensativa também.
E, apesar de eu não querer admitir, percebi que ela teve mesmo motivos para mudar o visual. Ela deve ter me analisado e visto as minhas preferências. Gosto de pessoas que sabem se vestir bem, que saibam combinar as peças de roupas, que tenham classe. Pessoas assim sempre chamaram a minha atenção, e, vendo isso, ela percebeu que eu nunca iria aceitar ficar com ela naqueles trajes tomboy. Eu iria julgar ela pela capa, como fiz naquele dia e ela nunca teria chances comigo.
E se ela foi capaz de me analisar e conseguir entender o que eu gosto, é porque ela era muito inteligente e isso fazia dela uma garota muito interessante. Sorri pensando nisso e decidi que não iria ficar magoada com ela, afinal, ela me proporcionou muito prazer, e foi a segunda pessoa que conseguiu me faz ter orgasmos tão rápidos, e me fez esquecer da primeira: Rebeca.
A noite tinha apenas começado, e não tinha porque perder o resto da noite ficando magoada, se nós estávamos naquele quarto de motel tão maravilhoso.
Me levantei e fui até a varanda. Ao passar pela porta um vento gelado me deixou toda arrepiada, mas ele não me impediu de chegar até a pequena. Parei atrás dela e abracei sua cintura.
ㅡ Você não está com frio, aqui no relento? ㅡ Falei perto de seu ouvido, assim que senti ela tremer com o meu abraço.
ㅡ Que susto. ㅡ Ela disse e riu, virando o rosto ㅡ Quase matei alguém lá na rua.
ㅡ Quase matou alguém? ㅡ perguntei sem entender.
ㅡ No susto quase soltei a garrafa. ㅡ Riu fazendo uma careta e se virou de frente para mim ㅡ Imagina se eu tivesse a derrubado e tivesse alguém lá em baixo.
Ela me fez rir e dei graças por ela não ter derrubado a garrafa. ㅡ Ainda bem que eu não fui a culpada de você cometer um assassinato. ㅡ Ela deu um sorriso.
ㅡ Mas respondendo a sua pergunta, sim, eu estou com um pouco de frio. ㅡ Rafa me olhou nos olhos e então cheguei mais perto e a abracei.
ㅡ Então me deixa te esquentar. ㅡ Apertei ela contra meu corpo e ficamos em silêncio por alguns minutos.
ㅡ Achei que não ia mais falar comigo.
ㅡ Até cogitei essa ideia, mas achei que eu devia te dar mais uma chance, e te conhecer melhor. ㅡ Falei e parei de abraçá-la, dando um sorriso. Aumentei a distância entre nós, peguei a mão dela e a levei para o quarto, me sentei na cama e ela fez o mesmo. Ficamos de frente uma para a outra. ㅡ Me fale, quem é você?
ㅡ Meu nome é Rafaela Collins, tenho 18 anos, sou americana, mas meus pais são Ingleses. Estudo Artes, primeiro semestre, mas já te contei essa parte. ㅡ Rafa disse tudo isso bem séria e quando terminou de falar fez uma careta, me fazendo rir.
ㅡ Legal, então agora já sei seu nome, sua idade, sua descendência… sei que você é muito boa na cama… ㅡ Dei um sorriso safado ao falar isso e levei a mão até meus cabelos, desfazendo o coque, fiquei passando os dedos por entre as mechas e notei que ela estava quase hipnotizada com meus gestos fazendo meu sorriso crescer ainda mais. ㅡ Também sei que gosta de desenhar e andar de skate.
ㅡ Os últimos são a minha paixão. ㅡ Saiu do transe com um brilho nos olhos.
ㅡ Eu imagino que sim. Agora me conta, porque me enganou?
ㅡ Tentei conversar com você naturalmente e você só me ignorava, então vesti algo que sabia que iria te agradar e deu certo. ㅡ Deu um sorriso no final se sentindo muito esperta.
ㅡ Imaginei que fosse por isso, mas porque teve tanto interesse em vir para a cama comigo? ㅡ Essa questão realmente estava me deixando curiosa.
ㅡ Sei que não se lembrará de mim, mas já estudamos juntas no fundamental, e sempre te achei interessante. Quando te vi na rua aquele dia, te reconheci, pensei que depois de tantos anos eu poderia ter uma chance com você.
ㅡ Então sempre teve uma queda por mim? ㅡ Acabei rindo, deixando-a sem graça.
ㅡ Quando criança, era só admiração, você era e tinha tudo o que todas as meninas sonhavam ser e ter. Pelo menos foi o que achei, mas aquele dia na rua, percebi que não era só admiração. ㅡ Ela falava olhando fixamente em meus olhos, ela estava sendo sincera e gostei disso.
ㅡ Você fala de criança e de agora, mas me conta, sempre curtiu mulheres? ㅡ Perguntei colocando os pés na cama e mexendo em meus cabelos, eu estava adorando a forma que ela ficava quando eu balançava os cabelos.
ㅡ Sim, desde novinha, para o desgosto de meus pais. As vezes fico com homens pra sair da rotina, mas prefiro as mulheres. ㅡ Sorri, achando ela bem parecida comigo.
ㅡ Então seus pais não aprovam sua opção sexual?
ㅡ Não, sempre fui uma vergonha para eles, mas eles tem mais filhos para amar. ㅡ Deu de ombros e levou a garrafa de vinho até a boca, bebeu outro gole e respirou fundo ㅡ Ano passado eu saí de casa, cansei de ser a decepção. Pelo menos agora eles não me enchem mais o saco.
ㅡ Você foi bem corajosa, admiro pessoas corajosas. ㅡ Sorri e peguei a garrafa da mão dela, bebi um pouco e depois deixei-a no chão.
ㅡ Agora que você já sabe bastante sobre mim. ㅡ Ficou de quatro sobre a cama e se aproximou mais de mim, como se estivesse me intimando ㅡ Acho que já posso te beijar de novo...
Meu coração bateu mais rápido com essa atitude dela, mordi meu lábios ao ver os dela assim tão próximos do meu e antes que eu pudesse dizer sim, ela me beijou. Levou a mão até a minha nuca, enroscando seus dedos em meus cabelos, o puxou, me forçando a levantar a cabeça. Abri a boca para gemer de prazer e senti a língua dela entrando em minha boca. Ficou massageando minha língua com a dela e eu fiz o mesmo, sentindo o gosto do vinho que ela bebia. Deixei que ela comandasse o beijo enquanto levei minhas mãos até o nó da faixa vermelha, desfiz ele e levei minhas mãos até a cintura dela. Sua pele estava quente e muito macia, deslisei ela para baixo e apertei a bunda dela. Em resposta ela mordeu meus lábios e enfiou uma de suas pernas entre as minhas, pressionando seu joelho em minha intimidade. Sorri entre o beijo e continuei apertando aquele bumbum macio. Num gesto rápido, Rafa parou o beijo, se sentou na cama e me sentou em seu colo, abrindo meu roupão com muita pressa, começou a chupar meu pescoço. Suas mãos experientes e ágeis me tocavam por inteira e eu só conseguia gemer, era tanto prazer que meu corpo estava explodindo em brasa. Quando ela me penetrou, joguei a cabeça para trás e segurei em seus ombros. Meu corpo estava tão contraído e tão relaxado ao mesmo tempo, que eu estava em dúvida se estava na terra ou no paraíso. Rafa era uma ninfa no sexo, e estava me proporcionando sensações maravilhosas que eu desconhecia até então. Apenas poucas pessoas conseguiam me agradar na cama, e Rafa estava me agradando até demais. Sentir aquela boca perfeita me beijando, me saboreando, era como estar num sonho. Eu já estava começando a pensar na ideia de ter ela toda a noite para me satisfazer.
POV RAFAELA
Quando abri meus olhos na manhã seguinte, estranhei o local onde estava, mas após ver nosso reflexo no espelho, minha memória funcionou perfeitamente. Sorri olhando nosso reflexo, Bianca estava deitada sobre meu peito, seu corpo ainda estava nu e pude mais uma vez contemplá-lo. Eu não entendia como ela tinha tanta sorte na vida, tudo o que era dela era perfeito, desde as coisas mais bobas e simples até as mais caras. Passei meus dedos suavemente sobre suas costas, e fui descendo até onde meus braços alcançavam, depois subi outra vez e assim fiquei, passeando meus dedos por aquela pele tão branca e tão macia. Eu estava sentindo vontade de foder ela outra vez.
Quando coloquei meu plano em ação, não sabia que Bianca era assim tão apaixonante, tão inteligente. Eu achava que a mente dela continuava sendo mesquinha, que ela continuava sendo aquela metida besta que só olhava para o próprio umbigo, mas me enganei e enganei feio. Bianca tinha mudado, estava se tornando um mulher admirável e se eu não tomasse cuidado, eu iria cair em sua rede sem chances de conseguir escapar.
Depois de muitos anos sem ver a branquela metida, ter encontrado ela naquela avenida foi pura sorte. Assim que bati os olhos nela, lembrei de tudo o que ela tinha me feito e isso me encheu de raiva, então me lembrei também que sempre esperei essa oportunidade e fui falar com ela. Como eu já esperava, ela não se lembrou de mim e ainda me tratou com um “zé ninguém,” me deixando ainda com mais raiva. Mas mesmo assim, deixei ela ir em paz. Assim que voltei para a Califórnia, a primeira coisa que fiz foi descobrir onde ela morava, com quem ela andava e do que ela gostava. Minha alegria ficou completa quando descobri que ela era bissexual, pois assim eu mesma iria fazer o serviço. Analisei ela por alguns dias, fingi estudar na mesma Universidade que ela só para saber qual era a sua preferência por meninas, e como eu já desconfiava, ela amava o mesmo estilo patricinha que ela. Descobri fácil ouvindo a conversa dela com suas amigas que iriam para uma balada no sábado e achei que era a hora de começar a agir. Decidida fui alugar algumas roupas de grife, e me produzi toda, me encaixando perfeitamente bem no meio das patricinhas, e eu estava certa que ninguém duvidaria disso. No sábado, então, fui para a casa noturna, que por sinal, era muito famosa em Beverly Hills, e é claro que essa boate só podia ser do pai de Bia. Durante minhas viagens, conheci várias boates dele, e todas eram impecáveis e muito bem organizadas, eu não podia negar.
Me sentei num canto na área VIP, fontes me disseram onde era o lugar preferido da loira e tentei ficar bem perto. Esperei com muita paciência elas chegarem. Primeiro chegaram duas amigas delas e logo notei que eram um casal, parecia ser um romance bem recente, pois elas estavam num grude só, me diverti observando-as. Após alguns minutos Bianca finalmente chegou com a menina que conversava na Universidade, eram amigas, mas ainda assim prestei bastante atenção se não passava disso, mas por sorte era apenas amizade mesmo. Assim que elas chegaram a morena e a ruiva pararam com o grude. Conversaram um pouco compraram bebidas, conversaram mais um pouco e Bianca foi falar com um rapaz, nessa hora achei que tinha me produzido atoa, mas quando a vi voltar com ele à mesa para apresentar ele à amiga, sorri, meu plano ainda tinha chance de dar certo. Continuei observando e não demorou muito, o casal foi dançar. Enquanto Bianca procurava alguma coisa na pista, o rapaz conversava com a amiga. Me distraí quando um homem veio falar comigo e quando consegui despistar ele, vi que o casal já tinha voltado e que Bianca estava se levantando, falou alguma coisa e foi sozinha para o bar, vi que pegou uma garrafa e foi para a pista. Ao mesmo tempo que ela bebia, ela dançava. Não demorou muito tempo, vi que ela estava bem “alegrinha” e decidi que era a hora certa de dar meu bote. Com um sorriso de orelha a orelha fui até ela, o destino estava a meu favor. Abracei ela por trás, e talvez pelo fato dela estar bêbada, nem se importou em ver quem a abraçava. Melhor ainda, continuei a abraçando e comecei a dançar com ela, mas quando o perfume dela invadiu os meus pulmões, algo aconteceu. Minha raiva toda passou, dando lugar a um desejo descomunal. Sem conseguir cessar a vontade de beijar aquele pescoço perfumado, beijei o rosto dela, mordi a pontinha de sua orelha e notei que ela gostou. Provoquei ela falando bem perto de sua orelha e ela reagiu como eu esperava, sorri de satisfação ao ver que ela se virava e me analisou dos pés a cabeça. Só de ver as expressões no rosto dela, notei que ela estava aprovando o meu visual. Iniciamos uma conversa e ela foi bem provocante, atiçando os meus sentimentos. Sempre gostei de pessoas com senso de humor sarcástico e convencido. Achei que eramos bem parecidas nessa parte e após ela me desafiar, tive que mostrar para ela como o meu beijo era bom, talvez o melhor que ela já tenha provado. O beijo foi tudo de bom, Bianca era deliciosa, e nem parecia estar bêbada naquela hora. A beijei cheia de vontade e fiquei surpresa com o fato dela saber beijar tão bem. Ela conseguiu me hipnotizar de um jeito que só fui sair do transe quando senti meu vestido na altura de minha barriga. Ela estava apertando minha bunda e eu só não gemi, porque morri de vergonha de estar pagando calcinha pra geral. A empurrei sem pensar e após ela pedir desculpas de maneira fofa, acabei cedendo. Ela sugeriu que fossemos para um local reservado e eu aceitei. Beijei ela outra vez, mas dessa vez me certifiquei que ela não iria levantar meu vestido, segurando as mãos dela. Após o beijo decidimos ir para a casa dela e a minha felicidade só aumentou. Só podia ser mesmo o destino conspirando a meu favor.
Levei ela para a casa, e quando vi que ela estava dormindo no meu carro, não acreditei, minha chance estava quase voando pela janela. Acelerei o carro a mais de 120 km/h e cheguei na casa dela em cinco minutos. Eu já conhecia o caminho, fiz ele muitas vezes enquanto a observava. Acordei ela logo, pois se ela estivesse dormindo, eu não iria poder entrar na casa dela. Por sorte ela acordou e quando entramos ainda xingou a mulher que falou com ela. Tentei ficar séria, mas por dentro eu estava rindo. Levei ela para o quarto e dessa vez ela me mostrou o caminho. Sentei ela na cama e é claro que eu não iria deixar ela dormir sem poder aproveitar nada do corpo magnifico que ela tem. Sem perder tempo fui tirando a roupa dela e me deleitando com cada pedacinho do seu corpo. Bianca estava muito mole, e por esse motivo, consegui aproveitar ao máximo. Quando ela dormiu, depois de ter me chamado de Beka, me deitei ao lado dela e acabei cochilando. Acordei com o cantar dos pássaros, o sol ainda não tinha nascido e o meu tempo estava bem curto. Vesti minha roupa, procurei um lugar para anotar meu telefone, afinal eu tinha a certeza que ela iria me ligar e pedir um replay. Após deixar um recado para ela, saí do quarto, mas ao invés de ir embora, fui procurar o escritório. A casa estava em completo silêncio, me obrigando a andar na ponta dos pés. Demorei alguns minutos, mas encontrei. A porta estava aberta, então entrei, fechei a porta com cuidado e fui procurar os papéis que me interessavam. Eles só podiam estar ali. procurei atentamente em todas as gavetas, até que vi uma que só abria com chave. Tentei forçar a gaveta a abrir, mas estava impossível. Cansada, me sentei no chão, já ia desistir, quando vi a chave pendurada em um prego, num canto escuro, embaixo da mesa. Sorrindo, peguei a chave, a enfiei na fechadura e a mesma rodou com facilidade. Meu sorriso só aumentou quando consegui abrir a gaveta. Nela existia apenas uma pasta sanfonada. Abri a pasta e meus olhos brilharam, eram os documentos que eu estava procurando. Guardei na pasta novamente, fechei as gavetas pra não deixar vestígios que passei por ali e pegando a pasta, saí do escritório, após me certificar que não tinha ninguém, fui para o meu carro. Coloquei a pasta no banco de trás e fui para a casa. Felicidade era o que eu sentia no momento, fodi a loira de corpo lindo e com os documentos em minhas mãos, os dias tranquilos dela estavam contados. Tive muito tempo para analisar bem os documentos, à procura de alguma fraude, algum deslise, algum erro bobinho, mas não tinha nada irregular naqueles papéis, tudo estava nos conformes e foram muito bem feitos. Eu iria ter mais trabalho do que eu pensava. Achei que Bianca iria me ligar no dia seguinte, mas ela nem deu sinal de vida por quatro dias, já estava ficando conformada com a ideia de que ela não tinha gostado da foda, quando sem nem esperar, ela me ligou. Tive que fazer um charme dizendo que estava ocupada, não queria deixar ela perceber o quanto eu queria aquele replay, que pensei nela todos os dias, que eu amei aquela noite. Marcamos o encontro para depois de uma hora, e acabei chegando atrasada de propósito. Quando vi ela sentada naquela mesa de bar, toda distraída, com aquele vestido simples, mas que nela ficava perfeito, não pude evitar um sorriso e sentir aquele frio no estômago. Mas prometi a mim mesma que eu não iria me apaixonar por ela, apenas acabar com aquela fortuna que ela não mexeu um dedo para ter. E quando eu estava disposta em conseguir algo, eu conseguia.
Voltei a prestar atenção naquele corpo lindo sobre o meu, me lembrando de todos os detalhes da noite anterior, e que noite maravilhosa, se não fosse o que ela me fez no passado e a minha vingança que estava apenas começando, Bianca poderia ser a minha namorada. Mas isso estava fora de cogitação, e apesar da vingança ser um prato que se come frio, a minha vingança com ela era para se comer quente, e bem quente, de preferência.
Toquei os cabelos macios dela e os massageei por alguns minutos. Pensei em me levantar, mas o calor e o peso do corpo dela contra o meu estava muito relaxante.
ㅡ Não pare, estou gostando do cafuné. ㅡ Bia resmungou assim que parei de mover meus dedos em sua nuca, me fazendo rir.
ㅡ Pensei que estivesse dormindo.
ㅡ Acordei faz alguns minutos e amei sua massagem, se quiser continuar, eu deixo.
Eu ri com suas palavras, e ela levantou o rosto para me olhar. Linda, com os olhos meio avermelhados de quem acabou de acordar, os cabelos caindo sobre o rosto e um sorriso encantador que quase parou meu coração.
ㅡ Bom dia, Rafa. ㅡ Disse se levantando, apenas o suficiente para me dar um beijo na boca, e depois se deitar, me olhando, com as mãos debaixo do queixo.
ㅡ Bom dia, Bianca. ㅡ Falei admirando sua beleza.
ㅡ Ah, para de me chamar assim, me chame de Bia, como todo mundo.
ㅡ Eu sou um caso à parte, Bianca… ㅡ Peguei na mexa que estava quase cobrindo seus lindos olhos azuis e a coloquei atrás de sua orelha.
ㅡ Ai, para, assim você me arrepia. ㅡ Ela me fez rir de novo e sem conseguir resistir mais a tando charme, virei meu corpo ficando por cima dela e a beijei. Meu corpo estava reagindo de maneira estranha essa manhã, dando sinais de que eu estava apaixonada, mas eu não estava.
ㅡ Acho que quero dormir com você todas as noites. ㅡ Ela disse quando parei o beijo e eu enchi ela de selinhos. ㅡ Você é muito boa na cama.
ㅡ Eu já sabia disso, mas a companhia ajudou. ㅡ Falei entre as mordidas que eu dava em seus lábios gostosos.
Ela sorriu e me beijou outra vez e então parou de repente ㅡ Sabe que horas são, eu vou pra Universidade hoje, já faz quase uma semana que não dou as caras por lá?
ㅡ Não sei, mas vamos descobrir… ㅡ Saí de cima dela e procurei meu celular. Ele estava caído, e todo desmontado num canto do quarto. ㅡ Se ele ainda estiver funcionando.
Bia se sentou na cama e ao me ver pegando as partes deles e o encaixando, começou a rir.
Montei o celular outra vez e o liguei, após alguns segundos vi que já eram 10:00 horas da manhã. Olhei para a loira, que estava sentada na cama, toda nua, e meu coração parou de bater outra vez.
ㅡ O que? Não está ligando? ㅡ Bia perguntou, ao me ver parada e sem reação.
ㅡ N-não, digo, está. ㅡ Balancei a cabeça a fim de reorganizar minhas ideias. ㅡ Quero dizer, hoje é mais um dias que você não irá para a Universidade, já são 10:00 horas.
ㅡ Nossa, mas… enfim, vamos tomar café, então? ㅡ Ela voltou a sorrir e decidi não olhar mais para ela por enquanto.
ㅡ Pode ser, estou mesmo com fome. ㅡ Respondi disfarçando e fui em direção ao frigobar, abri a porta e só tinha bebidas lá dentro.
ㅡ Hey, Rafa, eu vou ligar e pedir para trazerem aqui. ㅡ Me virei para ela e ela ainda estava dando aquele sorriso, mas dessa vez me mostrava o telefone.
Concordei com ela e fui até a cama, me sentei enquanto ela ligava e decidi olhar para ela descaradamente, afinal, não é todo dia que se tem uma musa loira sentada na mesma cama que você. Guardava cada detalhe de seu corpo em minha memória, quando eu chegasse em casa, iria desenhá-la.
ㅡ Vem tomar banho enquanto isso. ㅡ Bia ficou em pé e pegou minha mão. Sorri com a ideia e fui com ela até o banheiro. Tomamos banho no chuveiro, ela estava cheia de fogo e acabou acendendo o meu também. Nos secamos, vestimos nossa roupa e quando já estávamos vestidas, nosso café da manhã chegou.
Após comermos, o que demorou demais, já que ficamos “brincando” com a comida, levei ela para casa. Para fazer papel de boa moça, tentei rachar com ela a conta do motel, já que ficamos muitas horas e a conta ficou muito cara, porém Bia não aceitou, e pagou tudo sozinha, para a minha alegria.
Ao chegar em minha casa, a primeira coisa que fiz, foi armar o suporte para por a tela, colocar uma folha limpa em cima da tela e fazer um esboço de Bia sentada na cama, com os cabelos desalinhados e sorrindo encantadoramente. Eu sorria enquanto me lembrava dos detalhes e a cada novo traço desenhado, era como se eu estivesse a tocando de verdade. Mas isso não era paixão, não mesmo, eu só queria desenhá-la, porque ela era muito bonita e seria um desperdício não guardar aquela lembrança num papel.
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