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História Só vejo você - Mau Humor


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Buuuu! Calma, calma, não se assustem, só vim recompensar o atraso do fim de semana #TODASGRITAM #EEEE \O/ KKK
Boa noite meninas, boa leitura e até mais!

Capítulo 29 - Mau Humor


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Mau Humor

POV BIANCA

Dizem que só um novo amor pode curar um amor antigo e eu estava começando a acreditar nisso. Não que eu esteja amando a Rafa, mas amei o jeito dela na cama. Ela sabe o que faz, e sabe me seduzir de um jeito que só de lembrar já quero viver tudo outra vez. E por ela ter feito isso tão bem, consegui parar de pensar na Beka. Rafa me ajudou inconscientemente.

Mel e Beka são minhas amigas há anos, não tinha porque eu estragar nossa amizade assim de repente por um capricho meu ou uma teimosia. Beka e Mel sempre foram lindas juntas, mesmo antes do namoro, e eu sempre soube que elas se gostavam, era bem visível no olhar que uma lançava para a outra, e sempre achei isso fofo. Ontem vi Mel na faculdade e ela estava tão feliz, conversava com Duda e seu semblante era tão sonhador, que por alguns minutos senti falta disso, eu nunca havia me apaixonado por ninguém antes, sempre fiz o estilo pegadora, aqueles que a gente pega e não se apega. Beka foi a única que me apeguei e esse tinha sido o meu pior erro, também foi por ela que eu sofri de amor pela primeira vez, talvez se ela tivesse se apaixonado por mim, quem estaria toda feliz com cara de sonhadora agora seria eu, mas enfim, ter visto a Mel tão feliz, me deu muita saudade do quanto eramos amigas antes, saudades das brincadeiras, das bebedeiras, das fofocas, das brigas nada sérias que tínhamos e não duravam nem cinco minutos. Eu queria poder voltar no tempo e apagar todo o erro que cometi ao me apaixonar pela ruiva gostosa. A vida mesmo me tendo feito sofrer naquele dia, também fez um grande favor em juntar Beka e Mel logo, antes que eu pudesse beijar ela na frente de Mel, pois sem nada disso ter acontecido eu ainda tinha chance para corrigir as coisas e fortalecer a nossa amizade. Mas antes de consertar as coisas com Mel, eu precisava estar cem porcento curada no coração. Eu precisava esquecer  a ruiva e vê-la apenas como amiga. Não sabia se isso seria possível, mas eu não queria mais sentir aquela dor horrível de um coração despedaçado e muito menos ser a causadora da separação de dois corações apaixonados (Beka e Mel). Eu estava disposta a ser a mesma amiga linda, rica e charmosa de antes, e eu só precisava de um remédio para isso, um remédio dos bons.

Rafa me veio a mente e como era sábado eu precisava arranjar um jeito de marcar um programa com ela, mas que programa? Eu estava sem ideias, então decidi ligar o computador e pesquisar por eventos na cidade ou na região. Alguns filmes interessantes estavam em cartaz, mas eu não pretendia ir ao cinema com a Rafa, não hoje pelo menos. Eu queria algo mais divertido, como uma festa, músicas e bebidas alcoólicas. Eureka!!! Era isso mesmo o que eu queria. Pesquisei por shows nas redondezas e dois me chamaram a atenção: Calvin Harris e Ed Sheeran.

Pensei, pensei e pensei, qual seria o mais legal? Calvin Harris fazia mais o estilo animado que eu buscava no momento e Ed Sheeran fazia mais o estilo romântico e não era bem isso o que eu queria com a Rafa, pelo contrário, eu estava fugindo de romances e de dores no coração. Pensar no estilo deles ajudou a clarear minhas ideias e escolhi o show do Calvin Harris. Vi o horário que iria começar, o local que era numa cidade vizinha e desliguei o computador sem comprar as entradas online, pois toda casa de show conhecia meu pai e era só eu mostrar meus documentos, que minha entrada era liberada. Ter um pai famoso era bom demais, sempre amei isso.

Com um sorriso no rosto, peguei meu celular e liguei para Rafa, ela era rápida para atender, eu gostava disso, parecia que estava desesperada para me ver. Sorri convencida.

ㅡ O que quer Bianca? ㅡ Sua voz grave era muito gostosa de ouvir, que chegava a arrepiar.

ㅡ Saber onde você mora, pois vou ir aí te buscar. ㅡ Ela estava bancando a durona comigo, eu iria fazer o mesmo.

ㅡ Vem me buscar? Para o que?

ㅡ Fiquei sabendo de um show do Calvin Harris e quero ir, mas estou sem companhia, então pensei em te raptar por uma noite. Topa?

ㅡ Tá brincando que conseguiu as entradas para esse show, eu estava louca para ir.

ㅡ É… de certa maneira consegui... ㅡ Omiti o fato de ainda não ter conseguido as entradas, mas ela não precisava saber disso, ri mentalmente. ㅡ E aí, topa ou não topa?

ㅡ Mas é claro que sim.

ㅡ Então me passa seu endereço, que daqui a pouco passo aí. ㅡ Sorri vitoriosa, eu sabia que ela não iria resistir aos meus encantos. Peguei uma caneta e anotei na minha agenda o endereço dela. ㅡ Agora se apressa e coloque uma roupa bem bonita, logo chego aí.

Sem esperar respostas, desliguei. Fui tomar um banho rápido, coloquei uma roupa bem linda, Mary fez a minha maquiagem e sorri em frente ao espelho quando terminei minha produção. Eu estava linda, queria ser o centro das atenções naquele show e obviamente eu iria conseguir. Peguei minha bolsa com meus documentos, cartões de crédito, dinheiro, maquiagem para retoques, pedi para Mary não se preocupar, pois eu iria demorar para voltar e fui para o carro. O motorista já me esperava e após eu entregar o endereço para ele, ele me levou em frente ao edifício onde Rafa morava. Saí do carro e olhei o prédio, não era grande, tinha aproximadamente uns quinze andares, Rafa morava no décimo. Fui até o portão, apertei o interfone, e após me identificar com o porteiro, o portão foi destravado e pude entrar. O prédio era bem simples, não tinha enfeites e nem requintes no saguão. Fui até o elevador apertei o botão e logo a porta se abriu para que eu entrasse. Entrei e acionei o botão novamente, no momento o elevador estava vazio, mas a medida que ele foi subindo, pessoas começaram a entrar e ficavam me olhando como se eu fosse um doce saboroso exposto na vitrine da padaria (mas eu sou mesmo um doce saboroso). Pensei que fosse pela minha roupa, eu realmente estava arrasando. Sorrindo toda convencida, sai do elevador quando ele parou no andar que eu escolhi e fui até o apartamento 210. Apertei a campainha e após alguns segundos, Rafa abre a porta e meu sorriso se desfaz. Ela estava com uma regata preta com estampa de uma cobra pink, uma calça moletom cinza bem larga, um tênis preto e na cabeça tinha um boné preto.

ㅡ Eu não acredito que você ainda não se arrumou, já viu que horas são? ㅡ Falei bem grossa. Minha educação devia ter ido viajar para Paris quando a viu naqueles trajes.

ㅡ Já estou pronta, Bianca, eu vou assim. ㅡ Ela também parou de sorrir, mas tinha um ar divertido no olhar.

ㅡ Mas você não vai assim mesmo.  ㅡ Minha grosseria continuava, aquela roupa estava fazendo minha vista doer.

ㅡ Esse é o meu verdadeiro estilo, não vou mais me esconder. Ou eu vou assim ou não vou.

ㅡ Ótimo! ㅡ Empurrei ela e entrei no quarto, vi um sofá branco logo em frente e me sentei pesadamente nele. Eu estava muito decepcionada com ela e meu mau humor se aflorou em meu rosto com facilidade.

ㅡ Ótimo? Nós iremos? ㅡ Rafa estava com um semblante que não consegui identificar, mas a diversão ainda estava em seu olhar.

ㅡ Não! Com essas roupas não vou sair com você. ㅡ Cruzei os braços e fiz uma cara que eu sabia que estava bem feia.

ㅡ Eu não acredito nisso. ㅡ Rafa se jogou no sofá ao meu lado e ficou me encarando, o olhar divertido havia desaparecido e agora estavam normais ㅡ Você aparenta ser uma mulher muito inteligente, não combina em nada com você julgar as pessoas pelas roupas que elas usam.

ㅡ Eu não julgo as pessoas pelas roupas que elas usam, só não quero que me vejam andando com uma menina vestida de menino.

Rafa soltou uma gargalhada muito exagerada e quando parou voltou a me encarar.

ㅡ Você acabou de me julgar pelas roupas que eu uso, Bianca.

Okay, talvez ela estivesse certa e eu a julguei mesmo, mas esse estilo dela de menino não me agradava em nada. Só faltava ela cortar os cabelos e fazer um moicano.

ㅡ Talvez você esteja certa, preciso pensar mais sobre isso, mas por enquanto perdi a vontade de sair. ㅡ Falei com desdém e virei o rosto, parando de olhar para ela. Observei o apartamento, ele era bem pequeno e sem divisões. No canto esquerdo havia uma cama box de casal, e era a única coisa grande por aqui, ao lado da cama, um pequeno guarda roupa preto, ao lado do guarda roupa havia uma porta, e como ela estava fechada imaginei ser o banheiro. Uma boa parte estava vazia, sem móveis, com apenas um cavalete encostado na parede, logo mais à frente estava o sofá em que estávamos sentadas, em frente ao sofá estava uma televisão de tamanho médio e um vídeo game X - box conectado à ela, em um rack muito pequeno. Ao lado da televisão tinha um balcão de mármore que servia de mesa, pois nem cima dele estavam uma xícara e uma garrafa térmica. Atrás do balcão estava uma frost free e ao lado desta, um microondas em cima de um suporte, uma pia pequena, com um pequeno armário sobre ela e por ultimo, um fogão.

ㅡ Que bom, porque agora quem não quer ser vista com uma patricinha metida sou eu. ㅡ A maneira debochada como ela disse isso atraiu a minha atenção e voltei a olhar para ela, dei de ombros, mostrando que aquelas palavras não me atingiam.

ㅡ Como consegue morar num apartamento tão apertado como esse? ㅡ Mudei de assunto descaradamente e esperava que ela me respondesse logo.

ㅡ Vivendo, e não acho ruim, tenho aqui tudo o que preciso. ㅡ Ela me respondeu logo e gostei disso ㅡ Não preciso de muito, só do essencial.

ㅡ Parabéns, eu não conseguiria viver assim, mas de certa forma isso é admirável. ㅡ Sorri ao terminar de falar.

ㅡ Nos dias de hoje, com tantas pessoas querendo cada vez mais riquezas, ser como eu sou chega a ser uma qualidade. ㅡ Ela deu aquele sorriso convencido que era bem irresistível.

ㅡ Não exagere. ㅡ Revirei os olhos fingindo não notar o quanto ela era sexy. ㅡ Mas como você faz para pagar a faculdade, você trabalha?

ㅡ A faculdade é meu pai quem paga e é o mínimo que ele faz por mim. Eu já te contei que gosto de desenhar, certo?

Balancei a cabeça concordando e esperei que ela continuasse a falar, notando que a cor dos olhos dela eram de uma cor mel, que quase se passava por verde.

ㅡ Sempre gostei de desenhar, desde pequena, e no ano passado eu queria fazer uma tatuagem, mas eu queria um desenho único que ninguém mais tivesse, então desenhei essa tatuagem... ㅡ Ela apontou a tatuagem bracelete em seu braço esquerdo ㅡ …e fui num estúdio, pedi que eles copiassem ela no meu braço e eles copiaram. Me perguntaram onde eu encontrei o desenho e eu disse que eu mesma havia criado. Eles não acreditaram, então fiquei de voltar no estúdio com meus desenhos e eles amaram. Perguntaram se eu queria desenhar tatuagens para eles e eu aceitei, afinal, desenhar é a minha paixão e ganhar meu primeiro dinheiro me divertindo foi muito bom. Desde então não parei mais, minha fama foi se espalhando por muitos estúdios e quando percebi eu estava desenhando demais. A grana que eu estava ganhando era muito boa, então abri uma poupança e quando consegui juntar o suficiente, comprei esse apartamento, e saí de casa. Hoje pago minhas contas com o dinheiro dos desenhos para tatuagens que faço, mas pedi ao meu pai que pagasse a minha faculdade, afinal, ele é meu pai e me deve isso, mesmo ele não gostando de quem eu sou.

ㅡ Que história incrível! ㅡ Exclamei sorridente, não pude deixar de notar o brilho nos olhos dela enquanto ela me contava um pouco de sua vida. Rafa era uma garota admirável. Muito independente e corajosa. Eu não sei o que seria da minha vida se meu pai não tivesse tanto dinheiro. ㅡ Pode me mostrar seus desenhos? Estou muito curiosa. Sua tatuagem é muito surreal, nunca vi nada parecido.

Rafa me lançou um sorriso ㅡ Era exatamente isso o que queria mostrar com ela, um desenho único e marcante, assim como eu sou!

ㅡ Quem disse? ㅡ Mostrei a língua para ela e ela riu, talvez o ego dela fosse único, afinal, nunca conheci pessoa tão convencida como ela.

ㅡ Só um minuto, vou pegar meus desenhos. ㅡ Disse se levantando e foi até o guarda-roupa, abriu uma porta da parte de cima e tirou uma pasta catálogo preta, colocou sobre a cama e se sentou. ㅡ Vem para cá, Bianca.

Me levantei após o convite e fui até a cama, onde me sentei e ela me entregou a pasta. Abri logo e no primeiro desenho (um dragão), fiquei paralisada, que desenho perfeito, com riqueza nos detalhes. Ao mesmo tempo que passava uma imagem macabra, passava também beleza e um poder indescritível. Quando meus movimentos voltaram, virei o desenho e travei de novo. A cada novo desenho eu ficava cada vez mais boba, como ela conseguia fazer desenhos tão perfeitos, tão reais, com tantos detalhes. Olhei para ela e ela estava me observando, não dizia nada, mas o brilho nos olhos continuava e tinha nos lábios um sorriso lindo. Sorri e voltei minha atenção para os desenhos. Rafa tinha um péssimo estilo, mas com relação aos seus desenhos, ela tinha muito estilo, muita criatividade. Ela sabia o que fazia quando segurava em um lápis, aliás, não era só no lápis, aquelas mãos sabiam o que faziam em tudo. Sorri com malícia e dei graças por ela não conseguir ler meus pensamentos.

 

POV RAFAELA

Como não encontrei nada errado nos documentos, entreguei eles para um primo que era advogado e pedi que ele o revisasse por completo e me mantivesse informada sobre qualquer novidade que viesse a aparecer. Após alguns dias ele me ligou e disse que os documentos estavam perfeitos, e não podíamos incriminá-los por eles, porém, aqueles papéis eram os originais e sem eles o pai da Bianca estaria encrencado. Poderíamos denunciar ele dizendo que ele estava sonegando impostos, e com isso iriam investigar ele. Iriam pedir a comprovação dos documentos sem ter os documentos em mãos, ele não teriam como provar que era inocente. A ideia parecia boa, não era o que eu pretendia, mas para começar a deixar o poderoso pai da Bianca de cabelos brancos, estava bom. Pedi que meu primo fizesse a denúncia e fiquei tranquila quanto a isso no momento, mas por outro lado, pensar em Bianca me dava um arrepio no corpo todo.

Armei o cavalete, coloquei na tela uma folha nova, abri os potes de tinta, coloquei um pote com água ao lado, peguei meu pincel, o molhei na água, depois na tinta azul e o passei na tela. Bianca era uma ótima inspiração para meus desenhos, hoje eu iria desenhar seus olhos, tão azuis e tão… doces? Não, Bianca não era doce, até podia ser lá no fundo, mas por fora era estressada. Morri de rir pensando nisso, enquanto os olhos perfeitos dela iam ganhando vida na tela. A cada nova pincelada, mais minha pintura ficava parecida com a loira charmosa. Ultimamente ela não saia mais dos meus pensamentos, hora eu pensava em nossos corpos colados naquela cama de hotel, hora eu pensava na minha vingança. Talvez eu estivesse obsecada por ela, mas eu não me importava, eu só não podia perder meu foco principal e porque não se divertir com ela enquanto o jogo começava silenciosamente?

Após alguns minutos, os olhos de bianca estavam prontos, resolvi desenhar alguns fios de cabelos loiros caindo sobre eles e um pedaço do nariz, em volta desenhei nuvens, escolhi as nuvens alaranjadas do entardecer e sorri com a minha obra final. Olhar para aquele desenho era como olhar para os olhos de Bianca pessoalmente, desenhei todos os detalhes que lembrava e antes de por o desenho pra secar, assinei com meu verdadeiro nome. Assim que termino de escrever, meu telefone toca, olho para a tela e vejo que era a Bianca. Sorri satisfeita, se ela estava me ligando era um bom sinal. Ela me convidou para ver um show do Calvin Harris, quase gritei de emoção, eu queria muito ir, mas o preço da entrada estava muito alto e desisti, e agora do nada recebo um convite desses. É obvio que eu aceitei, as músicas desse cara são fodas. Depois que ela desligou na minha cara, fui para o banheiro e tomei um banho demorado e fiquei em duvida sobre qual roupa colocar, então decidi ser eu mesma, ela já me conhecia mesmo, já sabia quem eu era, e qual era o meu estilo, então optei pela minha amada calça de moletom cinza, ela era bem larga e eu amava isso. Escolhi uma regata preta, com uma linda serpente pink na frente, um tênis preto com a sola branca e coloquei um boné, deixando meus cabelos soltos. Nunca me dei bem com maquiagens e sempre que tentei fazer fui um desastre, então passei apenas um rímel e um delineador nos olhos. Guardei meu desenho dos olhos da loira atrás do guarda roupa, era ali meu esconderijo para os desenhos que eu fazia dela. Porque eu estava escondendo os outros eu ainda não sabia, mas o de hoje era pela visita dela, vai que ela quisesse entrar, como eu iria explicar aquilo?

Assim que termino de esconder ela chega, desarmei o cavalete, o encostei na parede e abri a porta toda sorridente, ela também sorria, mas quando ela viu as roupas que eu usava, desfez o sorriso e me fulminou com os olhos. Achei aquilo divertido, ver ela ficar estressada assim tão fácil era engraçado. Ela tentou me fazer trocar de roupa, mas eu não fui, uma porque não queria e outra porque todas as minhas roupas eram todas nesse estilo. O resultado foi: Perdemos o show por um capricho de Bianca. Ela me empurrou e entrou em casa sem ser convidada, falei umas verdades para ela e ela ficou pensativa, mas ainda assim, mantinha aquele mau humor no olhar.

Ela mudou de assunto e perguntou sobre a minha vida, fiz um breve resumo das melhores partes e no final ela pediu que eu mostrasse meus desenhos, e como sou uma boa moça, peguei meus desenhos e a chamei para se sentar a minha cama. Sem protestar ela veio até a minha cama e se sentou, entreguei a pasta e fiquei a observando. Ver ela tão penetrada nos meus desenhos fez meu coração bater mais forte, ela passava os dedos sobre os desenhos e parecia estar gostando muito, sorri com a cena e ela me olhou daquele jeito encantador que eu não resistia. Vi ela sorrir e mordi os lábios, eu estava com vontade de beijá-la outra vez. Já vinha sentindo essa vontade desde que abri a porta, ela toda estressada era muito provocante.

ㅡ Seus desenhos são tão perfeitos… ㅡ Ela quebrou o silêncio, sua voz estava suave, mostrando que já estava mais calma.

ㅡ Você que é perfeita. ㅡ Eu estava tão absorta em meus pensamentos que falei sem prestar atenção em minhas palavras e então ela me olhou com um sorriso.

ㅡ Eu sei que sou perfeita. ㅡ convencida, disse essas palavras e em seguida piscou.

A partir desse momento eu não tive mais controle sobre meus atos, segurei entre a nuca e o pescoço dela a trouxe para mais perto para cobrir seus lábios com os meus. Ela usava um gloss rosa, deixando seus lábios escorregadios. Os chupei cheia de vontade, dando leves mordidas e a fiz deitar na cama, me deitando junto.

ㅡ Espera… ㅡ ela disse entre o beijo e então me empurrou. ㅡ Assim vai estragar seus desenhos, guarde eles.

Eu tinha esquecido deles completamente, mas a loira estava certa, eu não podia estragá-los. Me sentei na cama, peguei a pasta com os desenhos e os guardei logo no guarda roupas. Me virei e tive uma ideia, sorri e disse:

ㅡ Perdemos o show do Calvin Harris, mas posso fazer um show pra você, quer?

ㅡ Um show? Acho que irei gostar disso… ㅡ Bia mordeu os lábios e sorriu.

Isso foi tão sexy que fez meu coração parar por um segundo. Me inclinei, peguei a mão dela, e a puxei para que se sentasse, dando um selinho bem longo. Sorri e peguei meu celular, fui na pasta de músicas e selecionei “Feel so Close - Calvin Harris.”

Me virei de costas e esperei a música começar, levei as mãos até os cabelos ao som das primeiras batidas e chacoalhei a minha cabeça no ritmo da música, mexendo o quadril numa leve rebolada.

ㅡ Oh meu Deus, isso vai ser muito interessante. ㅡ Pude ouvir Bianca dizer e sorri, com certeza seria bem interessante, mordi meus lábios e me virei para ela tirando meu boné.



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