História Só vejo você - Presentes, Amor, Carinho e Muitos Beijinhos

POV NARRADOR

Hoje estava fazendo exatos trinta dias que Beka e Mel estavam namorando. Um mês que passou rápido demais quando estavam juntas e lento demais quando estavam distantes. Um mês de muitos beijos, amor e carinho. Mas esse romance tinha apenas começado, afinal, muitos meses como esse ainda viriam, e seriam melhores ainda, pensava Beka, com seu sorriso bobo no rosto, enquanto ia andando até a casa de Mel. Preferiu ir a pé, estava economizando alguns trocados nos últimos dias para comprar um buquê de flores para sua amada, não devia ser caro, e uma semana sem andar de ônibus devia dar para comprar um bem bonito.

No bairro da casa onde Mel morava, havia uma floricultura, e sempre que passava em frente ficava paquerando os buquês com flores das mais diversas cores e espécies, uma mais linda que a outra. Que tipo de flor será que Mel gostava? Nunca tinha parado para pensar sobre isso e agora iria ser muito difícil de escolher.

Quando chegou em frente à floricultura, olhou pacientemente todos os buquês que ali estavam expostos e após escolher um bem bonito com vários tipos de flores, nas cores rosas e vermelhas, entrou para comprar. Foi em direção à uma moça que estava com um avental branco com detalhes verdes, e sorriu.

ㅡ Boa tarde, senhora, em que posso ajudá-la? ㅡ Perguntou a moça, assim que a viu, com um sorriso simpático.

ㅡ Eu gostei de um buquê e gostaria de levá-lo. ㅡ Beka respondeu, se sentindo à vontade.

ㅡ E qual a senhora gostou, poderia me mostrar?

ㅡ Sim, foi aquele ao lado das flores amarelas. ㅡ Apontou para o buquê e assim que a vendedora viu o buquê, se virou para ela, a olhando dos pés a cabeça.

ㅡ Não sei se tem dinheiro o suficiente para levar aquele, tenho essas opções aqui para você… ㅡ Caminhou até um balcão onde só haviam flores avulsas, dentro de uma embalagem plástica bem sem graça.

ㅡ Ah… ㅡ Beka começou a ficar sem graça ㅡ Mas quanto custa aquele que eu gostei?

ㅡ Aquele está custando trinta dólares, senhora, já essas saem por cinco dólares cada uma.

“Trinta dólares? Que floricultura mais ladra era essa? Porque um buquê de flores tinha que ser assim tão caro se logo iriam murchar, algumas não deviam durar nem uma semana.” Pensava Beka quando enfiou a mão no bolso cheia de vergonha e contou seu dinheiro, por sorte conseguiu juntar seis dólares e iria poder comprar pelo menos uma, só uma flor para Mel.

ㅡ Vou levar uma de cinco dólares… posso escolher? ㅡ Tentou sorrir, mas estava difícil engolir a vergonha que sentia.

ㅡ Pode, senhora. É para sua mãe?

ㅡ Mãe? ㅡ Beka engoliu em seco, pra que ela queria saber para quem era? Decidiu dizer a verdade, afinal, já namorava Mel por um mês, não podia mais esconder a verdade ㅡ Não, é para minha namorada, fizemos um mês hoje.

ㅡ Ah… ㅡ Dessa vez foi a vendedora que ficou sem graça e para disfarçar pegou uma rosa ㅡ Se ela for romântica, talvez ela goste dessa.

Beka olhou para a rosa e sorriu, a rosa estava linda, tinha uma cor rosa bem viva, ela estava com as pétalas bem abertas e passava alegria para quem a olhasse.

ㅡ Essa rosa é perfeita, vou ficar com ela. ㅡ Beka continuou sorrindo, esperou que ela colocasse a rosa na embalagem sem graça, pagou, agradeceu pela ajuda e voltou para a rua. Pelo menos conseguiu comprar uma rosa, quase achou que iria sair sem nada de lá.

Não demorou muito para chegar, tocou a campainha e escondeu a rosa nas costas, queria fazer uma surpresa.

ㅡ Beka… ㅡ Mel sorriu ao abrir a porta e se inclinou lhe dando um selinho. ㅡ Que saudade de você. Não vem dizer que te vi ontem, porque eu já sinto saudades de você toda vez que vai embora.

ㅡ Bobinha, eu nem ia dizer nada disso, também morri de saudades de você. ㅡ Foi Beka quem se inclinou dessa vez, para poder beijar Mel e abraçá-la bem forte.

ㅡ Te amo, sabia? ㅡ Mel segurou o rosto de Beka e fitou os olhos verdes lindos dela. Era apaixonada por eles.

ㅡ Sim, mas amo ouvir toda vez que me diz. ㅡ Beka sorria de orelha à orelha, também fitando aquele par de olhos cor de mel tão profundos. ㅡ Também te amo. ㅡ Beijou Mel outra vez com muito carinho e se afastou um pouco para poder mostrar a rosa que tinha trago. ㅡ Queria te dizer que esse mês ao seu lado foram os trinta dias mais felizes da minha vida. ㅡ Disse entregando a rosa para Mel cheia de sorriso.

ㅡ Beka, que linda, você comprou uma rosa para mim. ㅡ Mel não cabia em si de tanta emoção, seus olhos brilhavam muito. Pegou a rosa e a levou até o nariz para sentir o seu perfume. ㅡ Ela é tão linda, e tão perfumada…

ㅡ Não é mais linda e mais perfumada que você. ㅡ Admirando Mel toda encantada com a flor, Beka se sentia feliz. Mesmo sendo a flor mais em conta que havia na loja e com aquela embalagem toda sem graça, Mel havia amado seu presente e isso fazia seu coração queimar de amor, Beka tinha a mais completa certeza de que Mel era a mulher da sua vida, era a sua alma gêmea.

ㅡ Você que é linda, minha vida. ㅡ Mel abraçou Beka bem forte e beijou-a cheia de paixão. ㅡ Te amo, te amo, te amo. ㅡ Dizia entre os selinhos que dava nela e pegando a mão de Beka a levou para dentro. ㅡ Você fica me dando rosa na porta, e quase a gente fica só lá fora hoje de tanta emoção que estou sentindo.

ㅡ Mas é exagerada essa morena. ㅡ Riu e puxou Mel para mais um beijo.

ㅡ Agora deixa eu te dizer o quanto sou feliz por estar com você. ㅡ Mel segurou as mãos de Beka e as balançava devagar. ㅡ Com você me sinto a mulher mais amada do mundo, você me completa, eu te amo tanto e sou tão apaixonada por você que sem você aqui não é a mesma coisa, você me viciou de tal maneira que agora eu sou tão dependente de você, eu só quero você. ㅡ Lágrimas escorriam do rosto de Mel, não conseguiu controlar.

ㅡ Está tentando me fazer chorar, não é? ㅡ Beka disse com a voz embargada, lutando para controlar suas lágrimas de alegria que enchiam seus olhos. Passou os dedos no rosto de Mel para secar suas lágrimas e afagou-lhe os cabelos. ㅡ O mesmo acontece comigo, você enche meu peito de alegria. ㅡ Sorriu ao terminar de falar e juntou seus lábios com os dela num longo selinho.

ㅡ Agora eu quero te dar seu presente, mas antes preciso por essa linda rosa na água, vem comigo. ㅡ Mel sorria sem perceber enquanto levava Beka para a cozinha. Foi até o armário e procurou por um vaso pequeno, ao encontrar colocou água e depois a rosa, e se virando para Beka, disse: ㅡ Feito, agora vem o seu presente… ㅡ Com um sorriso safado, segurando o vaso de flor, Mel foi até ela, beijou-a e a puxou pela mão para que a seguisse.

ㅡ Para onde vamos? ㅡ Beka a abraçou por trás, sem soltar a mão que as unia.

ㅡ Para o meu quarto, seu presente está lá. ㅡ Mel sorria com cara de criança travessa.

ㅡ Algo me diz que vou gostar muito do presente. ㅡ Quase sussurrou no ouvido de Mel ao pararem na porta do quarto.

Mel sorriu e entrou com Beka no quarto assim que abriu a porta, fechou-a novamente e foi até sua penteadeira para colocar o vaso de flor sobre ela e pegou um embrulho pequeno.

ㅡ Não é bem um presente, mas acho que irá gostar, e pode até dividir com a Lisa se quiser… ㅡ Sorriu e foi até Beka, entregou o embrulho e se sentou na cama. ㅡ Parabéns por me aguentar por um mês, minha linda.

Beka só conseguia sorrir, Mel era tão linda, tão perfeita, tão delicada, tão sua, que a cada segundo que se passava ao seu lado, ficava cada vez mais feliz. Começou a desamarrar a fita lilás que amarrava o papel de presente ㅡ Não precisava comprar nada, Mel, você já é meu presente. E não te aguento, eu te amo, bobinha mais linda. ㅡ Puxou a fita ao terminar de falar e se sentou na cama, dando um beijo em Mel.

ㅡ Bom mesmo, se não iria levar uns tapas. ㅡ Mel riu e voltou a observar Beka abrir seu presente.

ㅡ Uau, que delícia, uma caixa de bombons, a Lisa vai amar! ㅡ Exclamou ao ver o que era seu presente. ㅡ Mas não sei se eu divido com ela, ou se guardo para me lembrar desse momento. ㅡ Riu ao terminar de falar.

ㅡ Espero que você coma, porque se não eles irão estragar. ㅡ Disse toda séria, mas na verdade queria rir. ㅡ Eu queria te dar um presente valioso, assim como você, mas pensei que seu irmão poderia te roubar para vender.

ㅡ É bem provável que ele me roubasse, mas eu amei os chocolates e estou disposta a dividí-los com você.

ㅡ Mas eu comprei para você, coma na sua casa, pensando em mim. Porque eu sou tão gostosa quanto esse chocolate. ㅡ Mel passou a mão em seus cabelos negros, os jogando para trás tentando seduzir Beka.

ㅡ Deixe-me ver se você está certa sobre isso… ㅡ Beka colocou a caixa de lado e puxou Mel para poder beijá-la. Cobriu os lábios dela com os seus, os sugou com muita força, dando uma suave mordida, e parou o beijo, para fazer o contorno deles com sua língua. ㅡ Não, Mel, você está errada. ㅡ Passou a língua novamente, fazendo Mel sorrir. ㅡ Você é muito mais gostosa que um chocolate. ㅡ Falou roçando seus lábios nos dela lentamente.

ㅡ Para de me provocar assim, Beka, se eu infartar a culpa será sua. ㅡ Mel sentia seu coração pulsar muito rápido, e ficar olhando para Beka com os olhos semi fechados não estava ajudando.

ㅡ Se você infartar com a minha provocação eu te reanimo com todo o meu amor. ㅡ Sorriu e passou o nariz sobre o nariz de Mel com carinho, sentindo que a respiração dela estava muito irregular, então decidiu parar com aquele adorável tormento, a pegando pela nuca e a beijou com muito desejo. Assim que Mel deu passagem, explorou a boca dela com sua língua, ora massageando a língua dela, ora disputando uma batalha, ora apenas se deliciando com o sabor doce que apenas o beijo dela possuía. Levou sua mão livre por baixo da blusa que Mel usava, e alisou a barriga dela, sentindo a pele ficar toda arrepiada. Sorriu entre o beijo e deitou Mel na cama, sem parar de beijá-la. Sua mão massageando a barriga dela suavemente, sem pressa. Parou o beijo e ficou olhando para o rosto dela, tão sereno, com as bochechas levemente coradas. Mel estava de olhos fechados e ainda respirava com dificuldade, fazendo Beka sorrir e depositar um beijo em cada lado daquelas lindas maçãs.

ㅡ Linda, você é linda demais… ㅡ Disse dando um selinho, fazendo Mel sorrir.

Beka se ajeitou na cama, para poder encher a barriga da morena de beijinhos, começou com beijos suaves, fazendo os músculos da pele dela se contraírem com seus toques, e foi gradativamente aumentando o prazer que sentia, massageando a pele macia dela com sua língua, dando chupadas e mordidas. Foi subindo cada vez mais, levantando mais e mais a blusa de Mel, até deixá-la na altura do pescoço, enchendo de beijos por cima do sutiã. Podia ver o peito de Mel subir e descer muito rápido. Quando beijava entre os seios, sentia o coração dela batendo bem rápido, mas não ficava assustada, pelo contrário, gostava de vê-la tão entregue as sensações de prazer que podia proporcionar à ela. Levantou o sutiã que ela usava sem o tirar e após sorrir, passou a língua no bico do seio dela, deixando-o bem duro e o chupou com muita força.

Mel gemia e puxava os cabelos de Beka, era tão gostoso sentir a boca dela saboreando seu corpo, estava viciada nisso. Tinha dias que se pegava lembrando dos momentos quentes, de amor em sua cama, e essas lembranças vinham do nada, não importava o que ela estava fazendo, podia ser na Universidade, em sua casa, nas compras… mas amava tudo isso. Estava amando namorar com ela. Já havia namorado com homens antes, mas não era a mesma coisa. Com eles não sentia o mesmo amor que sentia com Beka, e nem aquela vontade de louca de ir para a cama toda hora. Não que já tivesse ido para a cama com homens antes, mas nunca sentiu vontade de transar com eles. Já com Beka, foi tudo diferente, desde o primeiro beijo, até os momentos atuais. A ruiva era toda poderosa, em tudo o que fazia, e se alguém lhe perguntasse qualquer coisa sobre ela, sua resposta seria idolatrando Beka e seria como estar escrito em sua testa que amava ela.

ㅡ Te amo! ㅡ Disse quando Beka se levantou e a olhou nos olhos com aquele sorriso lindo que somente ela sabia dar.

ㅡ Também te amo, cada vez mais. ㅡBeka sorriu mais ainda e inverteu as posições, fazendo com que Mel ficasse por cima, tirando logo a blusa da morena.

Mel sorriu, cada dia que passava sentia que ficava mais experiente na cama, agora era a vez dela provocar Beka, quem mandou ela cutucar a onça com a vara curta. Sorriu com malícia e se abaixou, dando mordidas no queixo da ruiva que sorria, gostando da provocação. Levou a mão sobre os seios dela e os apertou ao mesmo tempo que sua boca escorregou para o pescoço dela e deu uma chupada, arrancando gemidos dela. Sorriu e continuou apertando-a, passando a língua no pescoço dela, e disse ao pé do ouvido: ㅡ Amo te ouvir gemendo, amor, geme mais para mim? ㅡ voltou a sorri e olhou nos olhos dela, Beka deu um sorriso e apertou a cintura de Mel, subindo e descendo pelas laterias de seu corpo.

ㅡ Se você gosta, gemerei o tempo, só pra te fazer feliz. ㅡ Disse e mordeu os lábios, de maneira tão sexy, que Mel não resistiu e beijou-a cheia de tesão por alguns minutos, enquanto suas mãos famintas corriam soltas pela corpo da ruiva.

Após o beijo, decidiu tirar logo as roupas dela e a devorou, como o fogo devora a palha em instantes, e se o vento soprasse, espalharia fogo por tudo.

Dava tanto amor, quanto recebia. Não existia entre elas uma passiva, pois ambas tinham muito apetite sexual. Receber prazer era tão maravilhoso quanto dar, e dependia muito do seu estado de espírito. Como há dias em que estamos mais carentes, e em outros puro fogo, na cama acontecia o mesmo.

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Deitadas sobre a cama, com o corpo todo relaxado, Beka brincava com os cabelos de Mel. Amava o perfume que eles tinham, e conforme mexia neles, o perfume se espalhava pelo quarto, deixando-a sonolenta. Não tinha certeza se Mel estava dormindo, mas ela estava bem quietinha, podendo sentir apenas a respiração tranquila dela, batendo em seu ombro.

Assim que Lisa começou a ir para a creche, (Coisa que deixou Beka com o coração apertado, pois ver a carinha dela tão tristinha no colo da professora entrando na sala foi de partir o coração, mas foi assim só nos primeiros dias, agora Lisa quase entrava correndo na sala, sem precisar que a professora fosse buscá-la. Ver e poder brincar com crianças da mesma idade que ela, estava-lhe fazendo muito bem.), sua vida ficou bem mais tranquila. Combinou com Mel que a veria todas as tardes, enquanto Lisa estava na creche e os pais dela estavam trabalhando. Com a casa só para as duas, podiam namorar à vontade, sem terem medo que que alguém pudesse ouví-las. Amar sem medo era bom demais. Sempre ia embora perto da hora que Lisa saía, assim poderia aproveitar que estava na rua e passava na creche para pegar Lisa. Victória nunca a questionava sobre onde ela estava a tarde toda, o que fazia fora de casa, para ela o que importava era o almoço e a janta estarem postos na mesa na hora certa, e que a casa estivesse limpa. Beka se sentina mais uma empregada do que uma filha, e isso a deixava muito chateada, sempre que pensava nisso, sentia saudades de seu pai. Ele jamais permitiria uma coisa dessas. Ele era um ótimo pai, um bom homem, mas se ele descobrisse que sua filha era lésbica, como será que ele iria reagir? E Victória? Um dia ela iria descobrir, mas por ela ser tão fria, Beka não tinha medo, com certeza ela iria fingir que não sabia de nada, nem iria ligar.

ㅡ No que está pensando? ㅡ Mel perguntou preguiçosa, se remexendo.

ㅡ Como sabe que estou pensando? ㅡ sorriu, mas ficou realmente curiosa por Mel conhecê-la tão bem.

ㅡ Parou de mexer em meus cabelos e está suspirando. ㅡ Mel sorriu e levantou seu rosto, mas estava com tanta preguiça que deitou novamente, mas desta vez mais para cima, para poder ver sua amada.

ㅡ No meu pai… será que ele iria aceitar nosso namoro? ㅡ Beka se virou de lado, para poder ficar olhando para Mel.

ㅡ Talvez, mas creio que sim, ele era uma boa pessoa. ㅡ Mel sorriu e pegou a mão de Beka, para brincar com seus dedos.

ㅡ Gostaria de saber a resposta, mas nunca saberei…

ㅡ Hey, não pensa nisso, pensa que se ele não aprovasse, nós não estaríamos juntas agora. Quem sabe não foi ele quem nos deu um empurrãozinho.

ㅡ Será que papai virou cupido? ㅡ Beka riu com a idéia.

ㅡ Bom, se ele virou cupido, está fazendo um ótimo trabalho, olha só para nós duas, formamos um lindo casal. ㅡ Mel sorriu e beijou a mão de Beka com carinho.

ㅡ Você tem toda a razão… ㅡ Deu um beijo em Mel e a abraçou ㅡ somos lindas. ㅡ Beka olhou a hora no relógio e se assustou, só faltava meia hora para Lisa sair da creche. ㅡ Olha a hora que já é, já tenho que ir pegar a Lisa.

ㅡ Mas já? ㅡ Mel se virou e viu que realmente já estava bem tarde, se virou novamente e abraçou Beka deitando sobre ela. ㅡ Ah, não vai embora não, fica aqui comigo. ㅡ Falou com voz manhosa, fazendo Beka rir alto.

ㅡ Eu iria amar ficar aqui com você, mas a Lisa precisa de mim. ㅡ Dizia passando as mãos pelas costas de Mel.

ㅡ A Mel também precisa… ㅡ Continuou com a voz manhosa ㅡ Mas eu entendo… ㅡ Mel se sentou fazendo bico e se levantou para pegar suas roupas e as de Beka. ㅡ Nos vemos amanhã? ㅡ Perguntou entregando as roupas para ela.

ㅡ Sim, sempre, todas as tardes. ㅡ Beka sorriu, pegando as roupas e começou a se vestir, quando terminou, abraçou Mel e a beijou. ㅡ Minha manhosinha linda.

ㅡ Manhosinha que te ama muito.

ㅡ Eu sei, amor… ㅡ Beka pegou a caixa de bombons e se olhou no espelho, estava tudo okay, sorriu e foi até Mel, que a esperava na porta. ㅡ Precisa ver a alegria da Lisa quando sai da creche.

ㅡ Eu imagino, ela nunca via crianças antes, agora deve estar no céu. ㅡ Conversavam enquanto desciam as escadas, já estavam quase se agarrando, quando Nicole entrou na casa, assustando as duas. ㅡ Mãe, chegou cedo hoje.

ㅡ Uma cliente desmarcou, aproveitei para comprar algumas coisinhas para meus bebês. ㅡ Nicole falava animada e quando olhou para Mel, sorriu ao ver Beka. Ultimamente ela estava sempre ali. ㅡ Oi, Rebeca, tudo bem? ㅡ Se aproximou dela para poder abraçá-la.

ㅡ Tudo ótimo, doutora e com a senhora? ㅡ Beka estava um pouco tensa, se ela chegasse minutos antes pegaria elas na cama.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Sorriu e levantou uma das sacolas que segurava ㅡ Venham para a cozinha, comprei um bolo de chocolate. Sabe como é, se não trago nada pra essa bebezona, ela morre de ciúmes das minhas plantas.

ㅡ Mãe!!! ㅡ Mel fez cara feia, assim que Beka riu da maneira como Nicole se referiu à ela.

ㅡ Não falei nenhuma mentira, Mel.

ㅡ Falou sim… ㅡ Mel estava fazendo voz de mimada sem perceber enquanto seguia sua mãe até a cozinha.

ㅡ Ela sempre foi mimada assim, Beka, não ligue. ㅡ Nicole dizia rápido, desembrulhando o bolo, fazendo Beka rir. Gostava do jeito dela, ela era uma mãe muito divertida e carinhosa, daria tudo para ter uma mãe como ela. ㅡ O pai dela a estragou assim.

ㅡ Pelo menos ele não tem outros bebês…

ㅡ Depois ela ainda diz que estou mentindo, Rebeca. ㅡ Nicole olhou para Beka e ela sorriu, depois viu Mel quase passar o dedo na cobertura do bolo e deu uma leve batida na mão dela. ㅡ Vá lavar a mão antes, Mel. ㅡ Disse e foi pegar os pratos.

ㅡ Minhas mãos estão limpas. ㅡ Mel reclamou, mas foi lavar a mão na pia da cozinha mesmo e Beka a seguiu. ㅡ Ela só está assim porque te viu, caso contrário já estaria lá no jardim.

Beka riu, aquela cena estava muito engraçada, ver Mel com ciúmes das plantas era muito fofo, queria morder ela e encher de beijos, mas não podia.

ㅡ Fique à vontade, Rebeca, vou lá no jardim, com esse frio que anda fazendo, elas merecem muito cuidado.

Beka concordou com a cabeça, se sentou à mesa e depois olhou para Mel, se lembrando de sua irmãzinha.

ㅡ Não posso ficar, tenho que pegar a Lisa.

ㅡ Depois eu te levo, fica tranquila. ㅡ Mel estava cortando o bolo. Tirou dois pedaços e lhe entregou um. Deu a volta na mesa e parou ao lado de Beka, passou o dedo na cobertura e levou o dedo sujo até a boca de beka, a sujando.

ㅡ O que está fazendo, Mel? ㅡ Perguntou tensa, olhando para os lados.

ㅡ Te deixando ainda mais gostosa… ㅡ Disse e se inclinou para lamber a boca da ruiva.

ㅡ Sua mãe está aqui, lembra? ㅡ Disse desesperada, mas estava gostando de sentir a língua de Mel a limpando.

ㅡ Relaxa, Beka, quando ela vai cuidar do jardim, ela esquece da vida. ㅡ Mel sorriu e sujou o rosto de Beka outra vez, o limpando em seguida.

ㅡ Nesse caso… ㅡ Beka passou o dedo no bolo e também sujou o rosto de Mel.

Ficaram alguns minutos nessa brincadeira, ignorando completamente a figura de Nicole atrás de uma parede de elemento vazado que ligava a cozinha ao jardim e a lavanderia.