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História Só vejo você - Bianca Attack


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Meninas, não deu pra vir ontem, mas aqui estou.
Gostaria de agradecer a todos que favoritaram e comentaram, vocês são tudo. Dessa forma, fico mais motivada a escrever. Espero que gostem do novo capítulo. Beijos!

Capítulo 4 - Bianca Attack


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Bianca Attack

 

Deitada em sua cama, Bia estava sozinha há algumas horas e ainda não tinha conseguido dormir. Seu mal estar por causa da bebedeira já havia passado. Gostava muito de companhia, se ela pudesse escolher, teria pelo menos umas três irmãs, mas seus pais não quiseram mais filhos. Tudo o que eles faziam era planejado muito bem antes, por isso se deram muito bem na vida. Seu pai era muito inteligente e sabia multiplicar o dinheiro com facilidade. Era dono de uma danceteria de Beverly Hills e sócio de muitas outras espalhadas pelos Estados Unidos. Ele quase não parava em casa, toda semana tinha uma viagem importante pra fazer e levava sua mãe junto. Mas como Bia estudava, muitas vezes não pode ir com eles. Só que dessa vez seria diferente, Bia planejou com o consentimento deles uma viagem para irem os três juntos por um mês. Escolheu a Europa, pois lá existem muitas cidades lindas. Ela estava muito feliz com isso, não via a hora de chegar logo o dia seguinte para pegar seus pais e viajarem mundo à fora.

Sem conseguir dormir mais, desistiu e sentou na cama na cama abraçando as próprias pernas se lembrando do beijo de Mel e Beka. Ele foi realmente muito prazeroso, se não fosse amiga delas já teria pego elas faz tempo. Mas agora não saberia mais se teria essa oportunidade porque as coisas estavam mudando entre Mel e Bia, não tinha como não reparar. As trocas de olhares, os sorrisos que uma davam para outra, o jeito bobo de Mel e o mundo da Lua de Beka. Elas só não viam porque não queriam, porque estava praticamente escrito na testa. Mas esperava que elas não percebessem, porque se elas se pegassem nunca mais se largariam, e como iria ficar um mês longe, não daria para pegar elas logo.

Bianca riu e voltou a se deitar, planejando uma maneira de pegar elas quando voltasse da Europa.

POV Melissa:

Fui para a janela e olhei para a rua, havia um casal namorando e fiquei prestando atenção no que eles faziam. A mulher deu um abraço no homem que deu um beijo na testa dela e depois os dois se beijaram. Imaginei essa cena comigo e com a Beka, e na hora do beijo me lembrei do nosso beijo que demos na brincadeira e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Abri meus olhos assustada e fechei a janela. Me sentei na cama. O que está havendo comigo? Porque só foi a gente se beijar e eu não paro mais de pensar nisso? Porque nunca vi ela como vejo agora?

Sempre gostei muito dela, mas era só amizade. Agora quando ela me olha ou chega muito perto eu sinto uma coisa estranha. Mas isso não está certo, sempre gostei de meninos. Já beijei vários e tive um namorado. Nenhum me beijou como a Beka, o beijo dela tem algo especial que o deles não tem.

― Está tudo bem, querida?

Ouvi a voz de minha mãe, olhei para a porta e lá estava ela. Sorri e balancei a cabeça que sim.

― Notei que está pensativa, filha. Geralmente fica assim quando tem algo que precisa resolver.

Sorri e fiz um gesto para que ela entrasse no quarto. Como ela podia me conhecer tão bem, eu nunca consegui mentir para ela. Esperei ela se sentar na cama e deitei minha cabeça em seu ombro abraçando-a.

― Mãe, o que você sentiu quando beijou o papai pela primeira vez?

Ela me olhou e sorriu, deitando sua cabeça na minha.

― Eu senti coisas que não sabia explicar, eu queria ficar com ele o tempo todo e quando o via eu só queria que ele me beijasse novamente. Eu sabia que ele era o único que eu amava, e era só com ele que eu queria me casar. Nenhum outro homem fez eu me sentir assim como ele me fez.

― Que lindo, mãe. Por isso vocês se amam até hoje, não é?

― Sim, minha filha. E ele sempre sentiu o mesmo por mim. O amor quando é recíproco é o melhor. Agora me conta, Mel, o que você tem?

Fiquei em silêncio alguns segundos, não sabia como contar, ela poderia me odiar para sempre.

― Nada mãe…

― Ainda não acredito, eu te conheço há 17 anos. Pode contar comigo, eu sou sua melhor amiga, não precisa ter medo.

― É que eu tenho vergonha, mãe. ― Não ia ter jeito, eu precisava inventar algo logo, ou omitir algumas coisas. É, omitir era o melhor.

― Não precisa ter vergonha da sua mãe, meu amor. É pra isso que servem as mães.

Eu ri e me sentei na cama, cocei a cabeça e respirei fundo ― Fui beijada e desde então eu não consigo mais chegar perto de… ― quase falei dela, foi por pouco ― perto dele, quando eu olhava aquela boca e aquele corpo e aquele cabelo, eu só queria estar ali de novo. Meu corpo tinha arrepios, meu coração disparava e meu rosto queimava como um pimentão. Achei que estava ficando louca, mãe. Nunca senti isso antes, fiquei com medo.

― Oh, meu amor, isso não é motivo pra vergonha, você está apaixonada! ― Ela exclamou passando a mão em meu rosto e sorriu.

Arregalei meus olhos e balancei a cabeça que não, eu não podia estar apaixonada pela Beka, isso era uma aberração.

― Não pode ser, mãe, isso está errado, eu não posso me apaixonar.

― Porque não, filha? A paixão é um sentimento natural.

― Porque… ― Eu precisava inventar algo logo e falei o que veio a mente primeiro ― Ele já é comprometido. Não posso!

― Comprometido? ― Ela retirou o sorriso ― Então não pode se apaixonar mesmo. Se afaste dele, ignore as ligações, mensagens e se ver ele na rua finja que não viu. Paixão é uma coisa passageira, se for só paixão passa logo.

Balancei a cabeça concordando com o que minha mãe disse e me deitei em seu colo. Senti ela me fazendo cafuné e sorri, sempre gostei que ela me fizesse cafuné.

― Vou esquecer ele mamãe, existem muitos homens por aí.

― Vai sim, Mel. Homem que trai a namorada não presta.

Fiquei em silêncio depois disso, mas como eu iria fazer pra esquecer a Beka? Ela não traiu ninguém, porque, assim como eu,ela também estava solteira. Não tinha como ignorar as mensagens e ligações dela se nós eramos amigas, eu precisava esquece-la de outra maneira, mas como? Eu ainda não sabia, mas iria dar um jeito.

Narrador:

No dia seguinte Bianca ligou para todas e marcou um almoço de despedida. O almoço seria na casa dela mesmo. No horário combinado todas estavam lá, Rebeca levou a Lisa, porque sua mãe mais uma vez não estava em casa. Arrumou um namorado novo e vivia na rua. Logo apareceria grávida de novo, não tinha juízo nenhum.

― Estou tão feliz que todas puderam vir ― Bia sorriu, foi até Beka e bagunçou os cabelos de Lisa ― Até você mocinha linda.

― Que pena que ela ficou loirinha, Beka! ― Duda disse olhando para a Lisa.

― Cabelos ruivos só eu, ninguém mais pode ter, gosto de ser a única ― brincou Beka sorrindo e colocou a Lisa no chão que sorria timidamente pra todas.

― E até nos olhos você é única, Beka. ― Mel falou espontaneamente e quando Beka olhou para ela, sentiu novamente aquelas coisas estranhas. ― Preciso ir ao banheiro, já volto! ― sem esperar mais correu para o banheiro e ficou se olhando no espelho.

Não era possível, não queria gostar dela, porque isso estava acontecendo?

Abriu a torneira e jogou água em seu rosto na esperança de que aquele sentimento fosse embora pelo ralo. Quando se sentiu melhor, voltou para a sala de jantar e se sentou ao lado de Beka, porque era a cadeira que sobrou. Não viu a Lisa ali e perguntou onde ela estava, mas sem virar seu rosto para encarar Beka.

― Ela está com a Mary, ela ama bebês. ― Foi Bia quem respondeu.

Mel sorriu e se serviu da comida. Em todo o almoço, olhou poucas vezes para Beka e parecia ter dado certo. Com toda a certeza, só ela sentia coisas, pois Beka estava como sempre. Era bobagem da cabeça de Mel apenas e isso tinha que passar. Fora toda essa luta interior consigo mesma, o almoço foi agradável. Percebeu que Duda estava brava com alguma coisa, mas não sabia o que. Depois iria perguntar a ela, pois agora não era o momento.

Todas brincaram muito com a Lisa, que era uma menininha muito fofinha. Não chorava à toa e ria com facilidade. Bia quis dar um presente à ela e chamou Mel para lhe ajudar, levando-a até seu quarto. Queria por seu plano em ação e se desse tempo ainda tentaria com a Beka.

― Tenho muitos ursinhos de pelúcia e bonecas nesse closet, me ajude a escolher um que é a cara dela?

― Ajudo, sim Bia.

― Mamãe doou a maioria dos meus brinquedos depois que eu fiz 15 anos, sobrou apenas esses.

― São todos lindos. Todas as crianças que ganharam ficaram muito felizes.

― Imagino que sim, mas eu não queria doar eles ― Bia deu uma gargalhada e Mel riu junto. ― Mas depois eu vi que era bobagem guardar o que eu não usava mais, mamãe me fez entender.

― A minha mãe também faz isso comigo. No começo parece bobagem depois percebemos que nos fará bem. ― Mel viu um ursinho bege claro com um vestidinho pink segurando um bombom e sorriu animada pegando ele. ― eu acho que a Lisa vai gostar desse.

― Realmente, é a carinha dela, vou levar ele. Agora escolhe um pra você.

Mel piscou algumas vezes e olhou para Bia sem entender. ― Para mim?

― Sim, quero te dar um também, por ter me ajudado.

― Não posso aceitar, Bia. Eu não fiz nada.

― Então eu mesma vou escolher e não aceito não como resposta. ― Bia começou a procurar um urso e Mel sorriu pra não contrariá-la.

Alguns minutos depois Bia encontrou um urso branco com um coração nas mãos dizendo “eu te adoro” e entregou a Mel.

― Olha, esse é muito fofo, como você, Mel. Você sabe que eu te adoro, não sabe?

Mel riu se sentindo embaraçada e concordou com a cabeça ― Sei sim, Bia. Eu também te adoro.

Bia sorriu e deu um passo ficando mais próxima de Mel ― Quer me dar um presente?

― Sim, quando voltar da viagem eu te entrego. Eu ia te dar um hoje, mas não deu tempo de ir no shopping.

― Não se preocupe com isso, Mel. O presente que eu quero é outra coisa, e não é material.

― Não? Que tipo de presente quer então? ― Mel não estava entendendo mais nada, estava achando aquela conversa muito estranha.

― Eu queria um beijo, como o que deu na Beka. ― Bia falava naturalmente enrolando uma mecha de cabelo.

― O que? ― Mel piscou os olhos não acreditando no que ouvia.

― É, um beijo, Mel, não tem nada demais.

― Acho que não é uma boa ideia, eu gosto de homem, Bia.

― Porque não é uma boa ideia? A Beka você beijou… qual é a diferença?

― Se eu não beijasse ela eu ia ter que beber pimenta, é uma situação diferente, não beijei porque eu quis.

― Vai me deixar chateada assim… ― fazendo voz de mimada, Bia saiu do closet e voltou para o quarto.

Mel foi atrás dela, não queria magoar sua amiga, mas talvez beijando ela, se esquecesse da Beka. E com esse pensamento se sentou ao lado dela na cama, e sem pensar duas vezes deu um selinho nela.

Bia ficou surpresa, mas não era assim que ela queria e fazendo voz de mimada novamente disse: ― Assim não vale, quero igual ao da Beka.

Mel tentou não pensar em nada e beijou Bia sem vontade. Tentou beijar como fez com a Beka, mas não conseguia se entregar ao beijo.

Bia, por outro lado, estava gostando. Agarrou Mel e não queria mais soltá-la. Aproveitou cada segundo e onde ela conseguiu tocar de Mel, ela tocou, pois sabia que essa seria sua única oportunidade. Quando soltou Mel, estava nas nuvens e se jogou na cama muito feliz.

Mel só queria sair do quarto logo, Bia devia estar com um parafuso a menos. Pegou os dois ursos e disse que iria descer.

Bia concordou e continuou deitada na cama. Realmente Mel era uma delícia, mas sentiu que ela estava muito tensa. Devia ter planejado essa cena com álcool, com certeza teria sido muito melhor. Rindo e se divertindo com seus pensamentos passou o dedo na boca e decidiu ir se despedir de suas amigas pois já estava ficando tarde.

Mel chegou na sala e viu Beka e Duda brincando com Lisa, sorriu olhando-as. Beka seria uma ótima mãe, de longe se via o quanto ela amava sua meia irmãzinha. Beka olhou em sua direção, sorrindo com aquele par de olhos verdes brilhantes e Mel ficou sem jeito, piscou algumas vezes e foi até elas se abaixando.

― Lisa, esse ursinho é pra você. ― Mel tentou chamar a atenção de Lisa.

Lisa olhou para Mel, e ao ver o ursinho veio rapidamente até ela, sorrindo muito. Pegou o ursinho e ficou muito animada ao ver o bombom na mão dele. Então foi até Beka e disse animada: ― Coy coy, Tata. Ba-aa ― Disse tentando arrancar o bombom.

― Tem bala, Lisa? Que bala bonita, será que ele me dá? ― Beka riu da pergunta besta que acabou de fazer.

― Nãão, ba-aa dele ― Lisa respondeu séria

― Então deixa com ele. Vem cá meu amor, tem que agradecer a Mel. ― Beka pegou Lisa no colo e ficou em pé. ― Fala obrigada pra a Mel.

― Bi-ga-da, Mel ― Lisa respondeu com dificuldade.

― Awn, meu Deus! Que coisa mais linda ― Mel disse empolgada ― Que vontade de morder.

― Agora dá um beijo na Mel, Lisa. ― Beka apontou para Mel e deu alguns passos ficando do lado dela. Lisa, muito obediente, beijou a bochecha de Mel e voltou a tentar tirar o bombom do urso. Beka deu um beijo na bochecha de Mel também que ficou vermelha como um pimentão. ― Obrigada!

― Mas quem deu o presente foi a Bia, agradeça à ela.

― Ah, mas foi você quem trouxe, também ajudou. ― Beka sorriu e se sentou no sofá. Lisa estava cada dia mais pesada.

― Meninas, gostaria de agradecer à todas por terem vindo se despedir de mim, quando eu voltar teremos uma festa, uhuuuu. ― Disse Bia entrando na sala toda sorridente.

― Volta logo, Bia! ― pediu Duda com cara de choro.

― Vamos sentir sua falta ― Beka sorriu ― Muito obrigada pelo presente, a Lisa adorou.

Mel foi até a Bia e abraçou ela, depois deu um beijo no rosto: Juízo, ouviu? Doidinha.
Beka também abraçou-a e pediu a Lisa que lhe desse um beijo.

Duda também foi abraçá-la e chorou: ― Estou muito sentimental hoje, desculpa.

― Ta tudo bem Duda, é só uma viagem, daqui um mês eu volto ― Bia riu. Iria viajar muito feliz, pois seu plano tinha dado certo. ― Meu motorista vai levá-las, mas agora preciso ir me arrumar, já estou atrasada. Até logo, meninas. ― E num abraço coletivo, Bia se despediu novamente e correu para se quarto.



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