POV REBECA
Eu estava num lugar escuro e muito frio e as frases que minha mãe jogou contra mim, assim como as que meu pai me disse, não saiam de minha cabeça. Elas se misturavam virando uma bagunça, e, por mais que eu apertasse minha cabeça, elas não paravam de ecoar, como se eu estivesse ficando louca. Ainda sentia meu corpo todo dolorido pela surra que levei, e a única coisa que eu podia fazer era chorar, pedindo que tudo isso se acabasse logo. Meu corpo parecia estar preso e não me deixava sair da posição fetal em que eu me encontrava.
– Você está com febre, amor, já vai passar. – Ouvi a voz de Mel se misturando com as do meu pai e da minha mãe, e, apesar de tudo ficar ainda mais confuso, senti um conforto e a paz que ela me proporcionava.
– Me tira daqui, Mel… –Tentei gritar para poder ser ouvida, pois as vozes eram muito altas. – Estou ficando louca, faz parar.
Voltei a chorar, apertando mais a minha cabeça em desespero. Eu precisava tirar essas vozes da minha cabeça, eu não queria mais ouvir. Não sei quanto tempo fiquei assim, parecia que não tinha mais fim e que eu iria ficar louca para sempre. Sem ter mais energias e força para lutar contra essa loucura, me deixei cair, ficando esparramada no chão e olhei para o céu, não havia estrelas, ele estava tão negro quando a minha volta, nada podia ser visto.
De repente as vozes começaram a ficar mais baixas, e o céu começou a clarear, ficando em tons alaranjados, sendo possível ver andorinhas voando e cantando alegremente. Minhas dores também estavam diminuindo, respirei fundo e olhei ao redor. Eu estava num campo muito florido, o perfume das flores silvestres e coloridas invadiram meus pulmões e senti minhas energias sendo renovadas. Parecia ser impossível eu poder ter vontade de sorrir depois de tudo o que me aconteceu, mas nesse momento eu estava com muita vontade de sorrir e admirar as cores e o perfume que aquele campo possuía.
Virei-me para o outro lado para poder apreciar ainda mais o local em que eu estava e o cenário mudou de forma e cor. Agora eu estava num local que eu conhecia muito bem, o quarto de Mel e ela estava do meu lado, dormindo descoberta, segurando uma toalha. Fiquei em dúvida se isso era mesmo real ou se era outro sonho. Levei minha mão até o rosto de Mel e a toquei, acordando-a sem querer.
– Me desculpe, amor… eu dormi. – Mel se sentou num pulo e tocou em minha testa – Como está se sentindo? A febre baixou, que maravilha. – Deu um sorriso e segurou em meu rosto me dando um beijinho.
– Acho que estou melhor. – Dei um sorriso fraco sem tirar meus olhos dos olhos dela.
– Mesmo assim é melhor tomar outra dose de antitérmico, para evitar que a febre volte. – Falou e achei-a linda toda preocupada comigo. Fiquei admirando-a pegar o remédio, que estava ao lado da cama, colocar algumas gotas num copo e depois me entregar.
Levantei a cabeça para beber, e senti que meu pescoço estava muito dolorido. Fiz uma careta de dor e tomei o remédio, voltando a apoiar a cabeça no travesseiro.
– Parece que eu fui atropelada por um caminhão… Dói tudo.
– Então fica quietinha, tenta não se mexer – Mel pediu e achei uma boa ideia – Eu não sei como sua mãe teve coragem de fazer isso com você, até a minha mãe está chocada.
– A Victória sempre me bateu, ela achava que tinha esse direito depois que meu pai se foi. – Olhei para o lado, lembrar de tudo era péssimo.
– Ela é a pessoa mais desumana que já conheci, mas agora mais nada de ruim vai acontecer com você, vou te proteger. – Disse e me beijou com cuidado, me fazendo sorrir. Mel era tão linda, eu tinha muita sorte em ter conquistado o seu amor.
– Eu que tenho que te proteger, linda, você é tão doce, meu presente mais precioso – Falei sorrindo e sem que eu precisasse me levantar, Mel se abaixou e me beijou outra vez. Sorrimos e ficamos nos olhando por alguns segundos. Mel era como se fosse o meu refúgio, desde que nos conhecemos e nos tornamos amigas, mesmo eu sendo completamente diferente de todas na classe social, quando eu estava com ela a minha vida parecia ser um sonho, tanto na minha imaginação (pois eu vivia imaginando nós duas juntas), quanto na realidade. Minha vida se transformava de tal maneira que eu esquecia completamente das dificuldades e da saudade que eu sentia de meu pai. Será que era por isso que vim para a casa dela, mesmo inconscientemente? Tentei me lembrar de tudo o que me aconteceu assim que fui expulsa, mas tudo ficou bagunçado em minha mente.
– As coisas estão bem confusas, Mel. – Falei quebrando o silêncio – Eu não lembro direito como vim parar aqui, não sei o que foi sonho e o que foi real, tudo parecia ser um pesadelo sem fim, eu estava sentindo que ia ficar louca. Então, eu acordei e vi você.
– Talvez seja melhor não se lembrar das coisas, pode ser que seu cérebro esteja querendo te proteger das lembranças ruins. – Mel se deitou do meu lado.
– Mas eu queria lembrar, nunca quero esquecer o que Victória me fez, ela disse que não sou mais a filha dela, então ela também não é mais a minha mãe... Não, ela nunca foi. – Não consegui evitar que meus olhos ficassem marejados e lágrimas rolassem por minha face enquanto eu dizia essas palavras.
– Oh, minha vida… – Mel levou a mão até meu rosto e limpou minhas lágrimas – Você está coberta de razão de não querer esquecer o que ela te fez, e eu concordo com você, ela nunca foi sua mãe. Me conte o que houve, porque ela te bateu?
– Ela me viu com você, esperou que eu entrasse em casa e me atacou sem dar chances para eu me defender. Me disse coisas horrorosas enquanto puxava meus cabelos, me dava tapas e me beliscava, e depois, como se não estivesse satisfeita, me bateu com um cinto e me arrastou pelo chão. – Conforme eu ia dizendo, todas as cenas se passavam em minha mente como num filme, eu podia sentir meu corpo queimando a cada nova cintada que eu recebia. – Depois ela me jogou para fora como se eu fosse um saco lixo.
– Essa mulher é uma demente, ela não tem coração. – Mel cobriu a minha mão com a dela e fez um leve carinho com seu polegar. – Ela estava te esperando no quarto?
– Não, a casa estava vazia quando eu entrei, ela apareceu do nada, não sei onde ela estava.
– Se ela nos viu juntas, ela devia estar na rua. – Mel ficou pensativa. – Eu não devia ter saído do carro, a culpa de tudo isso é minha.
– Não, não é. – Me virei de lado e levei a mão dela até a minha boca para dar um beijo. – Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, o Ricardo só adiantou as coisas. – Dei um sorriso fraco, mas pensar em Ricardo me dava vontade de chorar, meu próprio irmão me odiava.
– Como assim ele adiantou as coisas?
– A Victória disse que ele já tinha contado para ela que eu era lésbica, mas ela não tinha acreditado, então para mostrar que ele falava a verdade, foi chamar ela para que visse nós duas juntas.
– Eu não acredito que ele fez isso. – Mel ficou boquiaberta – Ele é seu irmão, não podia te dar uma rasteira desse jeito.
– Ele fez e ficou rindo o tempo todo. – Deixei novas lágrimas lavarem meu rosto, isso tudo era muito dolorido. – Eu não consegui ficar quieta e falei pra minha mãe que ele estava usando drogas e sabe o que ela me disse? – Minha voz estava embargada, a dor em meu peito doía mais do que os machucados que tinha pelo corpo.
– O que? Espero que ela tenha brigado com ele.
– Ela disse que prefere um filho drogado do que uma filha sapatão. – Comecei a chorar outra vez, era vergonhoso chorar na frente da morena linda que eu amava e mostrar fraqueza. Eu queria ser forte, mas não estava sendo possível, eu não aguentava mais sentir essa dor.
– Oh, meu amor, vem cá… – Mel se sentou na cama e fez eu me sentar também, me dando um abraço, tomando o máximo de cuidado comigo. – Ela vai pagar por tudo o que ela te fez.
Me deixei ficar em seu abraço e fechei os olhos, enquanto eu chorava e meu corpo tremia com os meus soluços. Eu me sentia derrotada, como se num piscar de olhos, tudo o que vinha dando certo se desmoronou. Minha vida estava uma completa bagunça, o que eu iria fazer de agora em diante?
– As coisas vão melhorar agora, você vai ver. – Disse afagando meus cabelos e beijou minha cabeça, como se tivesse lendo meus pensamentos.
Eu queria muito acreditar nisso, já estava cansada de sofrer, as coisas precisavam melhorar para mim.
– Você está com fome? Quer tomar um banho?
Eu não sentia fome, a única coisa que eu queria era continuar nos braços de Mel e dormir para sempre.
– Amor, você precisa se alimentar. – Falou e me fez olhar para ela – Vou te ajudar a tomar banho e depois vamos comer alguma coisa. – Ela deu um sorriso e mesmo sem eu estar com vontade de viver, concordei com ela.
Fomos para o banheiro, após Mel pegar uma toalha, e ela realmente me ajudou. Eu estava parecendo uma velha enferrujada, qualquer movimento brusco era muito dolorido. Quando olhei minhas costas pelo espelho levei um susto, Victória tinha feito um belo estrago. Após o banho, Mel passou uma pomada nos meus ferimentos e as dores foram ficando mais suaves. Mel me emprestou uma roupa e após vestí-las fomos para a cozinha. Me sentei na cadeira porque Mel me obrigou e disse que iria preparar o café. Ela ficava linda assim toda preocupada comigo, mas também ficava muito mandona, e o que eu poderia fazer se não obedecê-la? Aguardei ela preparar o café, enquanto minha mente retornava para todos os piores momentos de minha vida.
Não demorou muito e logo estávamos comendo, Nicole já havia deixado tudo preparado antes de ir trabalhar. Quando ouvi essa palavra, lembrei do meu trabalho e fiquei muito preocupada, eu ainda era novata e já estava faltando na segunda semana, eu corria o risco de ir parar no meio da rua desse jeito. Mas Mel me fez entender que eu não estava apta para trabalhar hoje.
Após o café, voltamos para o quarto e nos deitamos outra vez. Mel estava tão sonolenta que acabou dormindo, ela me contou que não conseguiu dormir, pois estava preocupada comigo e achei isso muito fofo. Ela cuidou de mim durante a noite e agora eu iria cuidar dela. Fiquei velando seu sono, por muito tempo, sem saber se ela ficava mais bonita dormindo ou acordada, a cor dos cabelos dela combinava muito com o bronzeado de sua pele, o desenho do seu rosto, olhos, boca e nariz eram tão bem desenhados que chegavam a ser perfeitos e eu era uma boba apaixonada mesmo. Prestar atenção na beleza dela me fez esquecer dos meus problemas, então, não parei de paquerar minha musa, até que acabei adormecendo.
POV MELISSA
Ao abrir meus olhos, tive a visão mais linda do mundo, Beka estava dormindo comigo, e ao contrário da noite, agora ela dormia tranquila. Minha cama não era de casal e isso fazia com que ficássemos muito próximas, e eu amava isso. Sorri e toquei em seu rosto com cuidado para não acordá-la. Ela estava sem febre e isso era ótimo.
Tranquila olhei para o relógio ao lado da minha cama e vi que já era sete horas da noite. Fiquei admirada, nós tínhamos dormido a tarde inteira. Também pudera, eu estava com muito sono, não dormi quase nada durante a noite, por estar preocupada com Beka. Sempre que eu pegava no sono ela gemia ou falava coisas desconexas me fazendo acordar assustada. Quando vi que ela estava com febre chamei minha mãe, e ela deu um remédio e pediu que eu fizesse compressas frias para abaixar a febre. Nem lembro quanto tempo fiquei tentando abaixar a febre, só me lembro de acordar com ela me tocando, e dei graças ao ver que sua temperatura estava normal. Mas ela estava muito triste, não podia ficar quieta que já começava a chorar, isso cortava meu coração, eu não queria que ela sofresse mais, então, tentava fazer ela se distrair, conversar coisas aleatórias, mas eu sabia que isso não iria adiantar muito, ser expulsa de casa levando uma surra da própria mãe era péssimo. Por mais que eu tentasse distraí-la, ela iria sofrer.
Ouvi um barulho fora do quarto e devia ser minha mãe, pela hora que já era, ela já devia estar em casa. Me levantei, dei um beijo em Beka e fui tomar um banho. Depois desci e encontrei minha mãe na cozinha.
– Boa noite, mãe! – Exclamei com um sorriso.
– Boa noite, Mel. – Veio até onde eu estava e beijou minha testa. – Como ela está?
– Ela está melhor, não teve mais febre e está dormindo agora, mas está muito triste, mãe.
– Tenha paciência, Mel, essa dor que ela está sentindo é a mais difícil de ser curada. Talvez nunca se cure.
– Mas não gosto de ver ela assim, aperta meu coração, é horrível, eu quero poder ajudá-la de alguma forma.
– Amando ela você já está a ajudando. Continue assim, seja paciente, ela vai precisar muito de você.
Sorri, minha mãe tinha toda a razão. Eu estava sendo egoísta pensando na minha dor por ver Beka tão mal, a dor dela era muito maior do que a minha.
Enquanto mamãe preparava o jantar, contei a ela tudo o que Beka me contou e minha mãe ficou ainda mais chocada.
Meu pai chegou no meio da conversa e também ficou chocado com o que ouviu. Me fez sentar em seu colo como ele sempre fazia e me abraçou bem forte.
– Me desculpe, Mel. – Ele falou e fiquei surpresa – Por ter sido tão egoísta com você nesses últimos dias. Ver a Rebeca desse jeito me fez entender que não são os pais que sofrem por ter filhos gays, são os próprios filhos que sofrem, porque as pessoas sempre acham que estão certas em sentir homofobia, ter preconceitos. Sei que vocês não escolheram ser lésbicas, apenas aconteceu. Se vocês pudessem escolher, jamais iriam escolher viver do lado que é atacado todos os dias.
Enquanto meu pai falava, eu sentia vontade de chorar, ele finalmente estava aceitando, por vontade própria, quem eu era. Meu peito se encheu de alegria e abracei meu pai muito forte, eu o amava e ser aceita era me sentir ser amada também.
– Eu nunca quero ver você como eu vi sua namorada ontem, seria a pior dor da minha vida. Então fiquei pensando, porque eu não aceitava o relacionamento de vocês, e sabe o que eu descobri? Que eu tinha vergonha do que as pessoas iriam falar, mas um pai não precisa ter vergonha de ter um filho gay, sabe por quê? – Ele me fez olhar para ele e segurou em meu queixo, me olhando nos olhos – Porque vocês são pessoas corajosas, e por mais que saibam que a vida não será nada fácil, que serão julgados o tempo todo, não desistem de amar. – Meu pai sorriu e secou as lágrimas que eu derramava. – Você é muito corajosa, Mel… – Disse e beijou minha testa, voltando a me abraçar.
– Isso foi tão lindo Tom, estou tão orgulhosa de você. – Ouvi minha mãe dizer e olhei para ela, ela também chorava, mas tinha um sorriso no rosto e um brilho no ar. Veio até nós e nos abraçou, e beijou meu pai.
Sorri sendo esmagada entre eles, meu pai e minha mãe eram muito lindos, eu me sentia muito feliz por ser tão abençoada tendo eles como pais.
– Eu não sou a única corajosa, vocês também são por me aceitarem e por aceitar passar por todas as barreiras que a vida pode por em meus caminhos, junto comigo. Eu amo muito vocês. Ser filha de vocês é muito melhor que ganhar na loteria.
Fiquei ainda mais esmagada por eles, e agora nós três chorávamos de alegria, não consegui identificar quem era o mais babão entre nós.
– Rebeca, não fique aí parada, venha aqui também. – Meu pai falou e olhamos para a entrada da cozinha, onde Beka estava parada nos olhando com lágrimas nos olhos.
Vi que Beka hesitou, mas decidiu vi até nós. Minha mãe nos deu espaço e eu me levantei. Meu pai se levantou em seguida e pegou na mão de Beka, olhando-a nos olhos.
– Não sei se ouviu a nossa conversa, mas quero que saiba que após ver o seu estado, acabei abrindo os olhos e pude entender que eu estava agindo de maneira infantil, olhando para o meu próprio umbigo. Vocês se amam, e eu não tenho mais nada contra esse amor. Vocês são muito corajosas, só merecem ser felizes.
– Obrigada! – Foi tudo o que Beka disse e deu um sorriso fraco.
Notei que ela estava tímida e provavelmente não sabia o que dizer, e apesar de estar feliz com a aceitação de meu pai, ela estava sofrendo muito com a falta de amor que sua família tinha por ela.
– Quero te dizer que você pode ficar conosco o tempo que precisar, e que pode se sentir em casa e ficar à vontade. – Meu pai continuou.
Beka sorriu e concordou com a cabeça, depois me olhou e sorri para ela.
– Seremos a sua família agora, pode contar conosco sempre que precisar. – Minha mãe falou, deu alguns passos e abraçou Beka. – Não hesite em nos procurar. – Sorriu, soltando-a e piscou. – Agora vamos jantar que o jantar está pronto. – Disse e foi até o fogão para começar a por a mesa.
Ajudei minha mãe por a mesa e em poucos minutos estávamos jantando, minha mãe continuou dizendo que estava disposta a ajudar Beka em tudo o que ela precisasse. Até que o assunto virou Victória.
– Você sabe que sua mãe cometeu um crime, não sabe? Se quiser podemos ir à delegacia fazer um boletim de ocorrência.
– Eu não quero, tem a Lisa, ela precisa ter uma mãe. – Beka falou, esse assunto a deixava muito pra baixo.
– Ela pode perder a guarda da Lisa, se mostrar não ser capaz de cuidar dela.
– Victória nem sabe quem é o pai da Lisa, Ricardo está usando drogas e eu não tenho nada. Se Victória não for capaz de cuidar dela, nenhum de nós será e a Lisa pode ir parar num orfanato. – Uma lágrima rolou pela face de Beka enquanto ela falava, e eu senti um aperto no peito. Beka tinha razão, talvez abrir uma queixa contra Victória fosse ainda pior. – Eu consegui colocar a Lisa na creche. Victória nem vai passar muito tempo com ela, se ela acordar cedo para levá-la.
– Você se preocupa muito com a Lisa, isso é lindo. – Mamãe sorriu – Não faremos nada contra Victória então.
Beka deu um sorriso, mas notei que ela estava sem vontade de comer e conversar e quando terminamos, a levei para o quarto e a abracei com carinho.
– Vai ficar tudo bem, meu amor, as coisas vão entrar no eixo.
– É o que eu espero… Obrigada por cuidar de mim, te amo, Mel. – Ela tentou sorrir e me deu um beijo.
– Também te amo, minha vida! – Falei e a beijei outra vez. – Quer ver algum filme, ou ler um livro? Eu preciso estudar para a atividade de amanhã.
– Pode ser um livro… a televisão vai fazer barulho, vou te deixar estudar.
– Own, minha linda. – Eu sorri e peguei um romance para ela. – Se precisar ir ao banheiro, ou quiser beber água, ou comer alguma coisa, pode ir. Lembre-se que meus pais te disseram que é pra se sentir à vontade.
Beka concordou, mas eu sabia que ela não iria se soltar assim logo de cara, eu a conhecia muito bem. Deixei-a lendo na cama e fui até a escrivaninha para poder estudar e fazer algumas anotações.
Tentei estudar bem rápido só pra ir me deitar com minha ruiva, eu não queria deixá-la sozinha nenhum minuto.
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