1. Spirit Fanfics >
  2. Só vejo você >
  3. Amor Próprio

História Só vejo você - Amor Próprio


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Oie, boa noite, leitoras <3
MUITOOO obrigada por estarem acompanhando essa história, apesar da demora da autora para vir trazer capítulos novos, vocês são lindas e me fazem sorrir a cada comentário. Gostaria de agradecer também as novas leitoras que vêm favoritando a fic e as leitoras que não tem conta aqui, mas que também acompanham. Eu me sinto o máximo quando vocês dizem que não tem conta e fazem uma só para poderem comentar hahaha (sim, sou toda boba). Acho que o site devia começar a me pagar, já que trago cadastros novos por aqui de vez em quando, né? lalalala ♪
Enfim, chega de lero lero e tenham todos uma boa leitura ;D

Capítulo 63 - Amor Próprio


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Amor Próprio

POV BIANCA

Mesmo sem estar muito animada, decidi ficar para assistir as últimas aulas. Duda havia conseguido me animar um pouquinho e me sentia melhor. Ter alguém para conversar me fazia falta. Durante grande parte da minha vida, transformei minhas amigas em grandes irmãs, sabia que podia contar com elas o tempo todo, mas a vida de cada uma tomou caminhos diferentes. Agora elas estavam ocupadas demais para poderem passar o tempo comigo e eu me sentia muita falta de como tudo era antes. Era como se a vida tivesse me tirado minhas irmãs. Talvez fosse por isso que eu havia me apegado tanto com Rafa, me sentia carente e aí ela surgiu e completou o espaço que faltava. Eu nem imaginava que meu sentimento por ela fosse tão forte, quando terminamos eu achava que estava bem, mas foi só vê-la nos braços de outra para o meu mundo desandar de uma vez. Não derrubei mais lágrimas por ela, eu me proibi terminantemente de fazer isso, mas era impossível conseguir controlar a tristeza interior que me consumia diariamente, principalmente na hora de dormir. Eu sabia que não devia sentir essas coisas por uma menina que tentou acabar com a minha vida, e até me sentia muito idiota por isso, mas não sabia o que fazer para acabar com essa dor.

Não sei se o que eu sentia era depressão, só sei que acabei deixando a tristeza tomar conta de mim. Eu poderia conhecer pessoas novas e tal, e até fiz isso, mas tinha medo de gostar de novo de alguém e a vida mais uma vez me arrancá-la da maneira mais cruel que exista. A única coisa boa ultimamente na minha vida era ter a presença dos meus pais todo final de semana e se eu perdesse isso iria ficar muito mal, eles eram meu bem mais precioso e poder estar com eles renovava as energias que eu perdia com o vazio durante a semana, planejando sempre alguma coisa diferente para fazer com eles, como cinema, jantar, um passeio no parque… Meus pais eram lindos e sempre que chegavam já me perguntavam o que eu tinha programado. Eles, assim como eu, estavam amando esse nosso momento, talvez eles estivessem começando a perceber que nenhuma riqueza material pudesse ser comparada com a riqueza mais valiosa que poderíamos ter na vida: a nossa família.

Com os cabelos presos num rabo de cavalo, um top, uma calça legging preta e um tênis esportivo, eu esperava ansiosa por Duda na sala. Como não era dia que o meu personal vinha, o convidei para vir fazer uma amostra grátis de suas aulas e, assim, animar minha amiga preguiçosa. E foi só ouvir a palavra preguiçosa, (sim, eu disse que Duda era muito preguiçosa para ele), que Tim aceitou correndo o convite.

Quando a campainha tocou, nem esperei Mary ou qualquer outro empregado que estivesse por perto para abrir a porta, eu mesma corri até lá e ao encontrar Duda a puxei para dentro dando um saudoso abraço, como se eu não a tivesse visto na Universidade mais cedo.

ㅡ E aí, animada para conhecer melhor minha academia?

ㅡ Nenhum pouco, posso fazer como sempre e a admirar só da porta? ㅡ Perguntou me fazendo rir e balancei os dedos.

ㅡ Nem pensar, vai conhecer cada aparelho, melhor que isso, também irá conhecer meu personal trainer.

ㅡ Mentira, ele é bonito??? ㅡ Os olhos dela até brilharam de emoção, mas como eu amava estragar a graça dos outros, fiz uma careta.

ㅡ É… até que é bonitinho, mas é todo afetado. ㅡ Fiz uma careta e dobrei a mão como se tivesse com o pulso quebrado para que ela entendesse.

ㅡ Poxa, Bia, então já vou embora, por um segundo achei que teria uma linda vista como recompensa por sofrer 3 vezes na semana.

ㅡ Para de ser safada, Duda, você já tem um namorado, além do mais, que vista mais linda que a minha você precisaria para se animar? ㅡ Abri um sorriso de orelha a orelha e Duda só mostrou mais preguiça ainda.

ㅡ Eu queria uma visão linda masculina, okay? E estou namorando, não estou cega. ㅡ Me mostrou a língua com deboche e acabei rindo.

Era disso que eu sentia falta, dessa provocação saudável com minhas amigas, que me faziam rir o dia todo, como eu daria tudo para ter isso novamente. Já estava pronta para responder Duda à altura, mas a campainha tocou outra vez.

ㅡ Deve ser o Tim. ㅡ Falei rápido e fui até a porta, assim que a abri e o vi, sorri, dando dois beijinhos no ar. Como já havia avisado Duda, Tim era MUITO afetado, todo animado e muito fofo.

ㅡ Biaaaa, não me diga que essa é a sua amiga preguiçosa. ㅡ Falou indo até Duda e segurei a vontade de rir quando Duda me fulminou com os olhos.

ㅡ Preguiçosa? ㅡ Indagou, sem tirar os olhos de mim.

ㅡ Preguiçosa? ㅡ Coloquei as mãos na cintura e encarei Tim, jogando toda a culpa nele, que me olhou sem entender nada.

ㅡ Ham? Preguiçosa? Não, eu quis dizer linda, porque você é muito linda, deixe-me vê-la… ㅡ Segurou a mão dela e fezendo-a dar uma voltinha.

ㅡ Sei… Vocês não me convenceram.

ㅡ Vem, vamos lá pra academia, você precisa convencer a Duda a gostar de malhação, Tim, não perca o foco.

ㅡ É mesmo, mas não entendo porque tem que ser aqui e não lá na academia onde eu trabalho, tem cada bofe escândalo lá que eu fico babando, aposto que vocês iriam me entender se vissem os machos musculosos todos suados. ㅡ Tim se abanava enquanto falava e eu só sabia rir.

ㅡ Nossa, acho que esse seria um bom incentivo para sentir vontade de “malhar” todos os dias. ㅡ Os olhos de Duda até brilhavam enquanto devia estar imaginando a cena de vários homens musculosos suados em sua volta.

ㅡ Já te expliquei mil vezes Tim, e para de envenenar a Duda, okay? Aqui na minha academia não preciso entrar na fila enquanto espero liberarem os aparelhos. Aqui eu fico à vontade, posso fazer qualquer coisa sem me preocupar com as pessoas me olhando e ainda tenho um personal trainer só para mim, amo ser a exclusiva. ㅡ Dei um sorriso ao terminar de falar e pela expressão que Duda fez, acho que consegui convencê-la.

ㅡ Pensando por esse lado, ter uma academia em casa é ótimo, mas poder ver vários homens saradões e ainda ser amiga deles, deve ser maravilhoso.

ㅡ Bia, amei a sua amiga, ela é das minhas, bate aqui gatona ㅡ Tim levantou a mão e Duda abriu um sorriso, batendo na mão dele.

ㅡ Dois safados, isso sim, vou contar tudo para o Enzo… ㅡ Dei as costas para eles e abri a porta da academia.

ㅡ Enzo? Ai, eu amo esse nome, meu ex se chamava assim, que saudades!

ㅡ Enzo é o namorado da Duda, e ele nem imagina a safadona que ela é. ㅡ Olhei séria para Duda e ela ficou com o rosto corado.

ㅡ Ele sabe sim, tá?  Eu nunca disse que era santa.

Nós rimos e apesar de estar curiosa, decidi perguntar em outro momento se Duda e Enzo já haviam transado.

Como eu já imaginava, nossa tarde foi muito animada. Apesar de mostrar com seriedade como funcionava cada aparelho para Duda e a importância de manter a postura correta enquanto os usava, conseguia ser extrovertido e transformar um momento chato e cansativo num momento animado e apaixonante. Por isso que eu gostava dele como personal e o fato dele ser gay tornava tudo melhor ainda, sem nenhum tipo de assédio sexual, me deixando sempre à vontade.

Após receber uma ligação, ele precisou sair e me deixou a sós com Duda, dizendo que tinha amado ela e que era pra ela voltar na próxima semana.

ㅡ Ele é engraçado, gostei dele. ㅡ Duda concluiu assim que ele saiu.

ㅡ Muito, e ele consegue me animar sempre que não estou muito bem. Vai ser gostoso treinar com vocês, se você aceitar Duda. São só três vezes na semana, e apesar de fazer bem para o corpo, fará bem para o coração também. Diz que sim, Duda, por favor... ㅡ Juntei as mãos, suplicando com voz mimada e ela riu alto.

ㅡ Está certo, eu venho.

ㅡ Vem? ㅡ Não acreditei no que ouvi.

Duda balançou a cabeça concordando e eu vibrei de alegria, libertando a criança que eu sempre fazia de tudo para esconder.

ㅡ Mas não garanto três vezes na semana, porque tem cada coisa difícil pra fazer e estudar na faculdade que acaba com todo o meu tempo livre.

ㅡ Tudo bem, eu entendo, também passo por isso. ㅡ Fiz uma careta, me lembrando de vários trabalhos acumulados que eu havia deixado pra depois.

ㅡ Ainda bem que meu namorado me ajuda bastante, ele é tão inteligente.

ㅡ Você precisa ver sua cara de boba quando fala dele, está muito apaixonada. ㅡ Falei rindo para zoar com ela, mas nem ligou.

ㅡ Depois que nós fizemos amor eu fiquei assim e o pior é que eu não paro mais de pensar nele.

ㅡ O QUE? ㅡ Parei de fazer as abdominais pelo susto, ficando deitada no chão e encarei Duda.

Duda também parou de tentar me acompanhar com os exercícios, abaixou as pernas e abriu os braços, me olhando toda cansada, mas seus olhos não perderam o brilho.

ㅡ Já faz alguns dias, mas parece que foi ontem, foi tudo tão lindo, ele foi muito carinhoso, atencioso…

ㅡ Hummmm, agora entendo porque está assim tão apaixonada, ele merece mesmo um abraço por te deixar tão feliz.

ㅡ Merece mesmo, mas pode deixar que eu o abrace.

ㅡ Nada disso, quero tirar uma casquinha, ciumenta. ㅡ Dei a língua para ela outra vez e rimos em seguida. Ficamos em silêncio por alguns segundos e olhei para o teto, não conseguindo evitar um suspiro ao pensar na convencida da Rafa e em como ela sabia fazer um sexo gostoso ㅡ Ai, que saudades de ter uma noite boa assim de novo.

ㅡ É muito bom, não é? ㅡ Duda suspirou também e depois se sentou, me fitando ㅡ Mas o que realmente aconteceu entre você e aquela garota?

Olhei para ela e ela parecia muito curiosa, mas eu não tinha vontade nenhuma de falar disso, até porque, de alguma maneira meu pai poderia ficar sabendo da verdade e alguma coisa ruim poderia acontecer com Rafa e eu não queria que nada acontecesse com ela, as coisas estavam melhores do jeito que estavam.

ㅡ Você disse que ela não era quem você pensava que ela era, porque? ㅡ Duda insistiu e eu não sabia o que dizer, então me sentei, soltei meus cabelos, passei a mão neles e os joguei para o lado tentando pensar em algo.

ㅡ Criança. ㅡ Encontrei a palavra exata sem precisar falar coisas que a prejudicasse ㅡ Ela se mostrou ser muito infantil e eu achava que ela já era adulta, me enganei completamente.

ㅡ Como assim?

ㅡ Do tipo que não esquece as coisas que já aconteceram e quer se vingar, sabe?. Ela guarda muito rancor naquele coração.

Duda me olhava tentando encaixar as palavras que eu dizia e não pareceu assimilar nada com nada.

ㅡ Espera, se vingar de quem, de você?

ㅡ Não, são coisas dela que acho melhor não comentar, só que acho muito infantil e brigamos por esse motivo.

ㅡ Hum, não entendi muito bem, mas se são coisas dela então não precisa comentar. Mas se fosse com você, aí eu iria juntar a Mel e a Beka e iríamos bater nessa Rafa, porque ninguém se vinga assim das minhas amigas.

Sorri e abracei Duda com carinho, pois achei fofo o jeito que ela disse. Me sentir protegida pela minha amiga fez meu coração pulsar mais forte e mesmo sem eu dizer nada, também sempre iria proteger minhas amigas com unhas e dentes.

Decidimos parar o treino por hoje, afinal, Duda precisava pegar leve no começo. Comemos um lanche natural enquanto conversávamos e depois Duda precisou ir para sua casa, me deixando sozinha outra vez. Era incrível como eu conseguia disfarçar completamente minha tristeza enquanto me socializava, sempre fui assim, por mais que eu estivesse arrasada por dentro, botava um sorriso no rosto, aparentando estar muito animada, mas era pura fachada. Era só eu me encontrar a sós que o vazio voltava com força, me rasgando.

Decidi tomar um banho numa tentativa frustrada de preencher o vazio com a água da banheira. Fiquei ali por longos minutos, até que minha pele começou a ficar enrugada e precisei sair. Me sequei, vesti um pijama e depois fui para a cozinha, queria tomar algo com álcool, mas a única coisa que encontrei foi champanhe, papai guardava os whiskies no escritório e agora ele não permitia que mais ninguém entrasse lá, levava a chave com ele nas viagens e só pedia para os empregados limparem o local quando ele estivesse presente. Achei isso um tanto exagerado, mas ele estava certo, afinal, quase perdemos todo o nosso dinheiro, ele só estava sendo precavido. Tomei metade da garrafa ali na cozinha mesmo, olhando sem ver para a mesa e então decidi ir para a sala. Eu precisava fazer meus trabalhos acumulados, mas eu não queria ficar sozinha no meu quarto e ali na sala sempre passava uma empregada ou outra com seus afazeres e de alguma forma não me sentia tão sozinha. Liguei a televisão à procura de um filme e vi Mary passando apressada pela sala.

ㅡ Babá, vem aqui ver TV comigo? ㅡ pedi encarecidamente, muito mimada, eu sabia que ela não resistia aos meus apelos.

ㅡ E o que você quer ver? ㅡ Ela veio até o sofá e passou a mão nos meus cabelos.

ㅡ Estou procurando um filme…

ㅡ Ah não, eu não posso perder o capítulo da novela hoje, já vai começar, eu estava indo lá no meu quarto.

ㅡ Eca, sério? ㅡ Ela balançou a cabeça e fiz uma careta, mas como eu não queria ficar sozinha hoje, faria de tudo pra ela ficar comigo, até assistir um capítulo chato de novela ㅡ Então senta aqui comigo, vou por na novela.

ㅡ Está bem, chega pra lá.

Sorri e me sentei, tomando o último gole de champanhe que sobrou na taça. Esperei ela se sentar e depois me deitei no sofá, pondo a cabeça em seu colo e entreguei o controle da TV para ela. Após ela achar o canal e pousar a mãos em meus cabelos me fazendo um cafuné sorri e revelei que sentia saudades desses momentos com ela.

ㅡ Também sinto saudades, lembra quando você não saia do meu pé, me seguia pra todo lado o dia inteiro.

ㅡ Culpa dos meus pais que não me deram irmãos, eu precisava encher o saco de alguém.

ㅡ Mas eu gostava, e ainda gosto, ouviu? Eu sei que você já está bem grandinha, mas serei sempre a sua babá, pode me procurar sempre que precisar.

Sorri e fechei os olhos, apesar de Mary não ser minha mãe, foi com ela que sempre contei e levei uns tapas também quando foi preciso. Eu a considerada como um membro da família.

ㅡ Como estão as coisas na faculdade?

Contei para ela que estava tudo bem, escondendo alguns fatos, como trabalhos acumulados e faltas em excesso. A conversa rolava solta, até que começou a novela e ela me pediu para ficar quieta. Obedeci e como eu já imaginava, mesmo estando em silêncio, apenas sentindo a mão dela em meus cabelos, a minha carência estava sendo suprida com a presença dela, mas eu sabia que era só ela sair de lá para o meu vazio voltar e achava que nunca mais ele seria preenchido, e eu nem queria mais isso, eu tinha medo de sofrer de novo e sentir o vazio era menos pior do que perder alguém outra vez. Rafa foi a última que eu gostei, os outros para nada mais serviam além de tapa buracos. Eu não chamava isso de egoísmo, e sim de amor próprio, eu me amava e iria me proteger desse sentimento chamado paixão.

 

POV MELISSA

ㅡ Amor… ㅡ chamei por Beka, entrando na casa dela e como não a vi pela sala, fui para a cozinha. Eu estava tão animada, que já não aguentava mais de ansiedade para contar logo a novidade para ela. ㅡ Beka? ㅡ Procurei pela cozinha, na lavanderia e nada de encontrar ela, então ela só poderia estar no quarto e provavelmente dormindo, afinal, eu havia dito que precisava estudar e por isso não iria vê-la hoje, mas depois que recebi aquela notícia maravilhosa, eu precisava vê-la urgente. Subi a escada chamando por ela e ao entrar no quarto fiquei surpresa por não vê-la na cama dormindo. Ouvi o barulho do chuveiro e, apesar de sentir vontade de entrar no banheiro, me sentei na cama. Eu andava muito pervertida e se entrasse no banheiro, não iria deixá-la tomar banho. Aguardei ela sair, coisa que demorou uns dez minutos, e já estava vestida com um pijama (o que me desapontou, me deixando arrependida de não ter ido até o banheiro). Quando ela me viu, sorriu, mas estranhou um pouco a minha presença.

ㅡ Mel, você disse que não viria hoje. ㅡ Veio até mim com seu sorriso maravilhoso e me levantei para beijá-la com carinho.

ㅡ Eu disse. ㅡ Falei assim que parei o beijo com um selinho e levei minhas mãos até seu rosto, sentindo a pele macia ㅡ Mas eu precisava te falar algo e tinha que ser hoje e pessoalmente. ㅡ Abri um sorriso e a soltei por um instante para pegar um papel que eu havia trazido comigo e o deixei sobre a cama quando a vi. ㅡ Pega, você vai precisar desses documentos.

Beka não entendeu nada, mas pegou o papel e leu.

ㅡ Para que todos esses documentos?

ㅡ Amor, adivinha! ㅡ Eu não conseguia parar de sorrir ㅡ Eu perguntei ao meu pai, já tem alguns dias, se não estavam precisando de alguém para trabalhar na empresa em que ele trabalha e hoje ele disse que surgiu uma vaga e eles querem que você vá lá amanhã com todos esses documentos, você irá fazer uma entrevista, meu amor, não é demais?

ㅡ É, mas… ㅡ Beka parecia não ter acreditado no que ouviu ㅡ Amanhã?

ㅡ Isso, bem cedo, papai falou que te leva.

ㅡ Mas como… porque falou com ele?

ㅡ Amor, você vive dizendo que está cansada, mal consegue ficar acordada a noite e namorar comigo. Eu sei que você quer fazer tudo sozinha, mas eu precisava fazer alguma coisa, não aguentava mais te ver assim. Você merece ter um emprego mais tranquilo, sem ter que pegar no pesado todos os dias. Meu pai falou muito bem de você lá, tanto, que quando surgiu a primeira oportunidade de te contratar, eles pediram para meu pai te levar lá.

ㅡ Isso não pode ser verdade, Mel, eu nem sou formada e muito menos estou estudando para conseguir um emprego assim tão tranquilo, como você disse.

ㅡ Claro que pode, amor, meu pai falou que eles estão iniciando um projeto onde irão treinar pessoas que ainda não são formadas, parece que assim que se você for contratada, irá ter que fazer alguns cursinhos ou até mesmo uma faculdade.

ㅡ Parece que é mentira. ㅡ Beka sorriu, ainda não acreditando no que eu falava e eu abracei-a, dando vários beijinhos.

ㅡ Não é mentira, amor, você vai mudar de emprego.

ㅡ Graças a você, minha linda… ㅡ Beka me carregou e me inclinou para trás, roçando seu nariz no meu enquanto sorria. ㅡ Te amo! ㅡ Disse e me beijou e depois se sentou no chão, comigo em seu colo. ㅡ Eu não sei como seria a minha vida sem você. ㅡ Me olhou nos olhos e tocou em meus cabelos, os colocando para trás ㅡ Linda, linda, linda, tudo o que fez por mim e continua fazendo, eu nunca poderei retribuir. Você e seus pais são como anjos em minha vida, sou e serei eternamente grata.

Lágrimas inundaram os lindos olhos verdes de Beka enquanto ela proferia essas palavras e rolaram por seu rosto e eu quase chorei junto.

ㅡ Oh, meu amor, não precisa retribuir nada, tudo o que eu quero é te ver bem e feliz, não existe nada no mundo que me deixa mais contente que o teu sorriso. ㅡ Rocei meu nariz no dela e após dar vários beijos por todo o seu rosto, encontrei sua boca e iniciei um beijo longo, calmo e cheio de amor. ㅡ Só uma coisa te peço… ㅡ Falei recuperando o fôlego que eu havia perdido durante nosso beijo e a olhei nos olhos ㅡ Que me ame, incondicionalmente.

ㅡ Você será sempre o meu amor incondicional, minha vida, para sempre. ㅡ Sorriu, me beijando outra vez e eu só sabia sorrir, tamanha a minha felicidade. ㅡ Você veio pra cá de pijama? ㅡ Perguntou, enquanto abria os pequenos botões da minha blusa.

ㅡ Eu estava estudando e como não pretendia sair do meu quarto, coloquei o pijama, mas meu pai chegou me contando que você tinha uma entrevista amanhã e do jeito que eu estava, vim correndo pra cá pra te contar.

Beka riu, abrindo o último botão, e tocou em minha cintura, subindo e descendo a mão.

ㅡ Só você mesmo, mas está tão linda com esse pijama e tão cheirosa… ㅡ Disse dando beijos em meu pescoço, me deixando toda arrepiada e tocou em meus seios, que agora estavam expostos.

ㅡ Não mais que você, meu amor. ㅡ Sorrindo, levantei minha cabeça e inclinei minhas costas para trás, para que ela pudesse me beijar e me tocar a vontade.

Suspirando e gemendo de prazer, levei as mãos até os cabelos dela, levantando-os e puxando-os enquanto sentia a boca dela sugar meus seios com paixão. Meu corpo todo se arrepiou outra vez ao sentí-la lambendo meu pescoço e dando uma mordida em meu queijo de maneira provocante. Puxei logo a blusa do pijama que ela usava e após tirá-la, arranhei suas costas, podendo ouví-la gemer e sorri, sendo deitada no chão. Beka ficou de quatro em cima de mim, me olhando fixamente nos olhos.

ㅡ Te amo tanto! ㅡ Exclamou, sem tirar os olhos dos meus. Pude notar que suas pupilas estavam dilatadas e em sua face havia alegria.

ㅡ Eu te amo muito mais. ㅡ Olhei para os lábios dela, e os mesmo se abriram num sorriso. ㅡ Agora, me beija, por favor? ㅡ Pedi encarecidamente e ela sorriu ainda mais, se inclinando sobre mim e pousou seus lábios sobre os meus. Mas agora eu estava faminta de desejo e a beijei com ardor, invadindo a boca dela com pressa, iniciando uma batalha de línguas maravilhosa.

Minhas mãos apertando os seios dela, enquanto Beka fazia o mesmo comigo. Após entrar no meu ritmo, ela mordeu meu lábio inferior e parou o beijo em meus lábios para poder beijar e lamber meu pescoço, seios e barriga.

Quanto tempo ficamos no chão, não sabia, mas foram momentos incríveis e inesquecíveis, cada dia eu gostava mais da maneira como Beka me amava e não me culpava por gostar tanto de transar com ela, afinal, Beka era a única culpada por ser tão gostosa, amável e boa no que fazia, me deixando viciada.

ㅡ Amor, te contei que você vai ser a recepcionista? ㅡ Perguntei, deitada em seu peito, passando a mão suavemente pela barriga dela.

ㅡ Recepcionista? Ainda não tinha dito, amor. ㅡ Beka respondeu com voz sonolenta, e levantei meu rosto para olhar para ela. Ela já estava quase dormindo e sorri, beijando sua boca.

ㅡ Sim, será a recepcionista mais linda. ㅡ A beijei outra vez e ela sorriu, me abraçando. ㅡ Agora descansa, minha vida, bons sonhos.

Fiquei olhando-a pegar no sono e dormir profundamente, acariciando seus cabelos macios. Eu não tinha dúvidas de que Beka era o meu grande amor, eu sabia que tudo o que eu fazia por ela não era em vão e que ela sempre iria me amar, assim como eu sempre iria amá-la. Eu estava sendo sincera quando disse que a única coisa que eu queria e precisava, era do seu amor, pois bem material nenhum me traria essa paz e segurança que eu sentia ao abraçá-la.

ㅡ Meu porto seguro, minha paz, minha vida. ㅡ Sorri dando beijinhos nela e Beka se mexeu na cama, me abraçando mais forte. ㅡ Obrigada por me fazer tão feliz.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...