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História Só vejo você - Pontos Nos Is


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Boa noite, lindas, saindo mais um capítulo pra vocês.
Beijos!!! <3

Capítulo 69 - Pontos Nos Is


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Pontos Nos Is

POV BIANCA

Sentada em um pequeno sofá ao lado da cama, eu velava o sono de Rafa. Seu sono era tranquilo, nem parecia que duas horas atrás ela estava com muita dor. Eu não me importava de ficar no hospital sem fazer nada, tudo o que eu queria era estar perto dela, me certificando que ela ficaria bem, vê-la dormir sem sentir dores era o que me animava.

Eu era pura confusão, ao mesmo tempo que uma parte minha me dizia para não me envolver mais com Rafa, a outra queria reviver todos os nossos bons momentos, e essa outra parte era mais forte. Ela tinha aquele ego inflamado e um jeito durão que me irritava demais, mas também sabia me deixar louca como ninguém. Pensar que ela quase morreu naquele acidente corroía a minha alma, pois se ela tivesse morrido, eu nunca mais a veria, nem poderia mais tocá-la e sentir o calor de sua pele, nem ouviria mais a voz gostosa dela sussurrando em meu ouvido, me provocando arrepios por todo o corpo… Mas mesmo ela estando viva, eu sentia um aperto no peito, pois não fazia diferença se ela estava viva ou morta, se nós não estamos mais juntas e não temos mais toda essa intimidade. Entristecida, me levantei e parei ao lado da cama, toquei o rosto dela com meu dedo indicador e me lembrei da alegria que senti quando ela acordou, ouvir a voz dela descompassou meu coração e só não chorei de emoção, porque não queria que ela me visse assim. Porque eu estava sendo tão dura comigo comigo mesma? Porque eu negava tanto esse amor? Ela fez o que fez, mas teve seus motivos. Para mim, não fazia muito sentido se vingar por coisa de criança, mas agora, olhando pelo lado dela, eu acho que a entendia. Os pais nem ligavam para ela, a deixaram de lado desde pequena e até mesmo nesse momento tão difícil que ela estava vivendo, ficando entre a vida e a morte, eles estavam demorando tanto para ir vê-la, que parecia que não estavam dando a mínima para algo tão sério. Era como se Rafa não fosse importante para eles. Ela não merecia isso, eles eram seus pais, se meus pais fossem tão frios assim comigo, eu iria ser muito depressiva. Ela disse que a culpa deles serem assim era minha, na hora não acreditei muito, mas desde que conversei com Maurício pela primeira vez e falamos sobre eles, essas palavras de Rafa ficavam martelando a minha mente, me fazendo ver que a culpa era minha mesmo. Não fosse a Beka ter aparecido em minha vida, até hoje eu seria a mesma patricinha, que só quer em seu ciclo de amizades pessoas com a mesma classe social, pessoas vazias que só pensam em dinheiro. Na vida há diversidades e podemos aprender tanto com elas se abrirmos nossa mente, aprendendo a respeitar cada um, sem ter preconceitos bobos.

Passei a mão pelos cabelos dela com carinho, mas o som de passos no corredor chamaram a minha atenção e olhei para a porta. Logo Maurício entrou acompanhado de um casal. O homem tinha estatura média, seus cabelos começando a ficar grisalhos, e uma aparência séria. A Mulher era um pouco mais baixa, os cabelos num castanho escuro com luzes e a pele bronzeada, era bonita e um pouco mais simpática que o homem.

ㅡ Bianca, esses são meus tios, os pais de Rafa. ㅡ Apresentou Maurício.

Bianca sorriu e os comprimentou por educação, então finalmente eles deram as caras, já estava na hora.

ㅡ Tios, essa é a Bianca, ela é a moça que eu falei para vocês, não fosse por ela ter ido nos procurar, nem sei o que teria acontecido com a Rafa.

ㅡ Obrigado por tudo, Bianca! ㅡ O homem agradeceu e foi ao lado da cama, a mulher o acompanhou e dei espaço para que eles pudessem vê-la melhor.

ㅡ Como ela está? ㅡ Maurício me perguntou.

ㅡ Ela acordou tem umas duas horas, mas ficou muito nervosa quando descobriu que quebrou o braço e precisaram sedá-la outra vez.

ㅡ Eu imaginei que ela iria ficar assim, é o braço que ela usa para fazer os desenhos. ㅡ Maurício falou com tristeza e concordei.

ㅡ Mas ela está consciente, sabe que sofreu o acidente. Só fiquei preocupada porque ela estava com muitas dores e dizia que sua visão estava embaçada.

ㅡ O acidente afetou a visão dela? ㅡ A mãe de Rafa perguntou assustada.

ㅡ Não, segundo o médico, é só um efeito colateral da anestesia, logo a visão voltará ao normal, não se preocupe. ㅡ Tentei manter a calma.

ㅡ Que estranho isso, Rodolfo! ㅡ Ela se apoiou no ombro do marido, fitando Rafa com compaixão.

ㅡ Melhor procurarmos o médico que está cuidando dela. ㅡ Falou o homem ㅡ Ela parece estar muito machucada.

Eles não pareciam ser pessoas más, eu conseguia ver que eles estavam preocupados com Rafa, só estavam um pouco travados, eu não sabia se era pela minha presença, ou se era por eles não ter nenhuma intimidade com Rafa. Uma enfermeira adentrou o quarto para medicar Rafa e ver se estava tudo bem, e teve que responder muitas perguntas sobre o quadro clínico da filha do casal. Quando ela saiu, eles ficaram um pouco mais tranquilos e até se sentaram na poltrona. Pareciam estar muito exaustos da viagem.

Enquanto os olhava, voltei a pensar nas palavras de Rafa, e achei que não era justo eles serem maus pais por minha, eu precisava conversar com eles e contar toda a verdade, era o mínimo que eu podia fazer por ter estragado a vida de uma criança cheia de sonhos. Decidida, convidei-os para ir até a cantina comigo, como quem não quer nada, aleguei que eles tinham um café expresso maravilhoso e que ambos precisavam relaxar um pouco. Eles aceitaram de prontidão e fomos para a cantina. Maurício meio que entendendo as entrelinhas, permaneceu no quarto com Rafa.

ㅡ Eu os convidei para virem até aqui porque eu precisava conversar com vocês a sós. ㅡ Comecei a falar quando todos nós já estávamos sentados, bebericando nosso maravilhoso café expresso.

ㅡ Soube de alguma coisa grave e quer nos contar? ㅡ Perguntou a mulher, já imaginando coisas terríveis.

ㅡ Não, senhora, é outra coisa. ㅡ Falei apressada tentando a manter a calma. ㅡ Conheço a Rafaela há muitos anos, desde quando ela tinha nove anos e ganhou uma bolsa de estudos no colégio onde eu estudava.

ㅡ Ah, a bolsa… ㅡ O homem pareceu incomodado com o assunto, mas eu precisava continuar.

ㅡ Ela se esforçou bastante para conseguir, creio eu, pois não era nada fácil ganhar bolsas naquele colégio.

ㅡ Sim, foram muitas horas de estudo, nós todos nos esforçamos muito para dizer a verdade, o sonho não era só da Rafaela, era meu e da Ana também, queríamos o melhor para nossa filha. ㅡ Rodolfo nem imaginava que essas palavras me atingiram como um tapa, engoli em seco quando ele terminou, nunca havia imaginado nada disso, mas mesmo abalada eu precisava continuar.

ㅡ Não sei se na época vocês ficaram sabendo o que aconteceu, que uma turminha de crianças queriam acabar com os bolsistas e faziam de tudo para que eles perdessem a bolsa.

ㅡ Ouvimos essa versão da Rafaela, mas o que a diretora do colégio nos disse foi completamente o contrário. Ela falou que a nossa filha era um péssimo exemplo para todos os alunos daquele colégio tão renomado. Falou que a nossa filha vivia se metendo em brigas e sujando o colégio, que ela não tinha nenhuma educação. Pensa na humilhação que foi para nós, depois de tanto esforço para ganhar uma bolsa, ela jogou tudo para o ar, como se não tivesse nenhuma importância.

Pobre Rafa, o que eu e meus amigos fizemos com ela era vergonhoso, e pensar que ela não tinha nada a ver com isso tudo, que foi sempre nós que a provocamos e ela só se defendia, protegendo o que tanto lutou para conseguir, agora queimava meu rosto de vergonha.

ㅡ A Rafa não mentiu para vocês, havia mesmo um grupinho que não gostava dos bolsistas por não terem a mesma classe social que eles e faziam de tudo para que os expulsassem da escola, e, infelizmente, a Rafa foi um deles.

ㅡ Ela não jogou tudo para o alto como pensamos esses anos todos? ㅡ A mãe perguntou com um meio sorriso e um brilho nos olhos, emotiva ㅡ Ela sempre foi uma boa aluna?

ㅡ Uma das melhores. ㅡ Essa parte eu inventei, pois já fazia muitos anos e não me lembrava, mas a mãe ficou tão feliz, que acreditei não ter feito nada errado. ㅡ Ela fazia de tudo para conseguir boas notas, mas a gente não a deixava em paz, mesmo ela fugindo e nos ignorando, a gente ia atrás, a provocava, até que ela brigava para se defender, mas sempre foi em legítima defesa.

ㅡ Espera aí, você disse a gente? Então você estava no meio das crianças rebeldes? ㅡ O pai perguntou muito sério e confesso que senti medo misturado com vergonha ao encará-lo.

ㅡ Sim, eu estava no meio e fui a principal criança a causar todo esse transtorno na vida de vocês. Ela foi expulsa por minha causa ㅡ Revelei e esperei pedras serem lançadas contra mim.

ㅡ E nos conta assim, na maior cara de pau.Onde estava o respeito que seus pais lhe ensinaram? Se é que um dia eles ensinaram.

ㅡ Eu queria pedir desculpas por tudo isso, vocês sabem como são as crianças, elas são geniosas e acabam cometendo coisas que nem imaginam ser tão ruim. Eu nunca imaginei que por trás de toda a vontade que ela tinha de estudar naquele colégio, existia tanto esforço, principalmente de vocês, para que o futuro dela fosse muito melhor. Eu só tinha oito anos, não entendia muita coisa que entendo hoje…

ㅡ Já faz muitos anos, nem que quisermos resolver as coisas dá mais, tudo já passou.

ㅡ Eu sei, mas eu não quis conversar com vocês para que me perdoassem, e sim para que pensassem mais na Rafa, ela não merece todo o desprezo que ganhou todos esses anos porque vocês não acreditaram nela. Ela precisa de vocês, principalmente agora que está tão abalada.

ㅡ E você acha mesmo que a maneira como agimos todos esses anos com ela foi só por ter perdido a bolsa e por sua culpa?

ㅡ E não foi?

ㅡ A Rafaela sempre foi uma menina muito difícil de lidar e depois desse episódio no colégio as coisas só ficaram ainda pior. Ela se fechou para o mundo, sempre muito reservada, começou a usar as roupas do irmão mais novo e não havia ninguém que conseguisse tirar. Pensamos que ela só estava querendo chamar a atenção, mas  ela não parou mais. Não foi nada fácil para nós aceitarmos isso, até para ir na rua ela queria ir como um menino, morríamos de vergonha e queríamos escondê-la de todos.Rafa ficou muito revoltada na adolescência, brigava muito com os irmãos e nos respondia com grosseria, nós nunca entendemos o que havia de errado, nunca nem batemos nela por agir assim, mas tem coisas que não há explicação. Os boatos na cidade rolavam solto, diziam que nossa filha beijava meninas, nós já desconfiávamos, mas um dia pudemos ver com nossos próprios olhos. Ela sempre teve um temperamento forte e nunca ouviu os conselhos que tentamos dar. Não gostamos de saber que ela era lésbica, mas eu sabia que ela não mudaria, que ela só queria chamar a atenção então largamos a mão. Deixamos ela ser quem ela queria ser, paramos de nos mudar e como todo mundo já sabia que ela era lésbica, não tinha mais porque escondê-la.

Ouvir tudo isso me deu ainda mais vontade de fazer alguma coisa por eles, nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido tão mesquinha. Não pelo fato de Rafa ser lésbica, até porque ninguém escolhe ser homossexual, mas se ela tivesse conseguido estudar no colégio e os pais continuado a se orgulhar dela, talvez quando Rafa estivesse pronta para dizer que gostava de meninas, os pais aceitassem com mais facilidade.

ㅡ Talvez tudo tenha sido culpa minha, mesmo, vocês perderam a confiança nela, e ela pensou que perdeu vocês.

ㅡ Pode ser que todos nós sejamos culpados, mas é como eu já disse, nada agora irá mudar o que já passou.

ㅡ Ela precisa ouvir dos pais que eles confiam nela, que sabem que ela foi uma boa aluna e não perdeu a bolsa por ser malcriada. Acho que é tudo o que ela precisa, agora.

ㅡ Quando ela acordar, iremos dizer essas coisas. ㅡ Foi a mãe quem falou ㅡ Acho que também merecemos fazer um pedido de desculpas, não fomos bons pais.

ㅡ Ainda há tempo para vocês fazerem as pazes e serem uma família feliz.

ㅡ Gostaríamos de conquistar o amor de Rafa outra vez, e iremos tentar, mas não podemos ficar aqui, os meninos estão sozinhos na praia e eu preciso voltar ao trabalho.

ㅡ Mas e a Rafa? ㅡ Perguntei incrédula, eles teriam coragem de abandoná-la outra vez depois de tudo o que conversamos. ㅡ Ela precisa de vocês.

ㅡ Nós sabemos, a Rafa não aparenta estar nada bem, e não podemos ficar aqui até ela se recuperar, por isso a levaremos conosco, lá ela terá os cuidados que carece e o apoio da família. Já acertamos tudo para a transferência dela, quando chegamos.

ㅡ Vocês vão transferí-la para o litoral? ㅡ Meu coração se despedaçou.

ㅡ Sim, conheço um ótimo ortopedista, ele irá examinar a Rafa para termos certeza que ela ficará bem, é sempre bom ter uma segunda opinião.

Eu estava feliz por Rafa, os pais dela pareciam estar realmente preocupados e a fim de fazer algo por ela, mas por outro lado, ela vai estar muito longe e eu não poderei mais vê-la.

ㅡ Se tudo der certo, partiremos ainda hoje. ㅡ O pai de Rafa continuou e senti que os pedaços do meu coração se espatifaram no chão.

ㅡ A Rafa irá ficar feliz quando souber. ㅡ Tentei me manter animada. ㅡ Eu posso me despedir dela?

ㅡ Mas é claro, fique à vontade, eu e Ana vamos ver se deu tudo certo para a realização da transferência.

Sorri com vontade de chorar e após me levantar, fui para o quarto entristecida. Eu não conseguia acreditar que não iria vê-la mais, nem ficar cuidando dela enquanto ela dormia.

ㅡ Onde estão meus tios? ㅡ Maurício perguntou quando me viu entrando no quarto ㅡ Eu estava ligando agora para eles, o helicóptero já está pronto para levar Rafa.

ㅡ Eles foram ver se tinha dado tudo certo para a transferência e eu vim me despedir dela.

ㅡ Então vou procurar meus tios.

Agradeci mentalmente por Maurício ter nos deixado a sós e fui até a beirada da cama. Rafa ainda dormia e pelo jeito não acordaria tão cedo. Passei a mão pelo rosto dela e me inclinei dando um beijo na testa.

ㅡ Rafinha, tenho uma boa notícia pra você, seus pais vieram te ver e vão te levar com eles. Parece que eles querem recuperar o tempo perdido e você tem que me prometer que vai se esforçar ao máximo para que tudo fique bem entre vocês. Assim que der, irei te visitar e quero te ver bem e forte, como sempre foi, combinado? ㅡ Sorri contendo as lágrimas, eu queria que ela só sentisse energias positivas. Fiz um carinho em seus cabelos e encostei meus lábios nos dela com carinho. ㅡ Fica bem logo, vou estar te esperando.

ㅡ Moça, a senhorita poderia esperar lá fora? ㅡ Dois enfermeiros empurrando uma maca, entraram no quarto e percebi que minha despedida com Rafa havia terminado ali.

ㅡ Já estou indo. ㅡ Respondi e voltei a olhar Rafa, toquei mais uma vez em seu rosto, segurando minhas lágrimas. Sem vontade, deixei o quarto e encontrei Maurício e os pais de Rafa no corredor. ㅡ Ela já vai?

ㅡ Já, está tudo pronto, o médico disse que ela nem vai perceber, pois será rápido. ㅡ Maurício quem respondeu.

ㅡ Obrigado, mais uma vez por tudo o que fez pela Rafa. ㅡ O pai agradeceu e dessa vez deu um sorriso e apertou a minha mão.

ㅡ Ela teria feito o mesmo por mim, não foi nada. ㅡ Sorri e sem que eu pudesse imaginar, a mãe de Rafa me deu um abraço.

ㅡ Obrigada! Ela vai saber que você foi o anjo dela esse tempo todo.

Se eu estava conseguindo guardar minhas lágrimas, com o abraço não consegui mais e acabei derramando-as. Eu sentia que eles iriam cuidar muito bem da pequena e era tudo o  que ela precisava agora. Sorrindo como uma boba e ao mesmo tempo constrangida por ter chorado, sequei minhas lágrimas com as costas da mão e vi os enfermeiros empurrando Rafa na maca. Ela estava toda imobilizada agora e eu sabia que esses seriam os últimos minutos que eu iria vê-la. Fomos todos em volta da maca e após eu tocar com cuidado no braço cheio de hematomas dela e me despedir rapidamente, os enfermeiros levaram ela até a porta de um elevador. A mãe de Rafa os acompanhou, ela iria com Rafa no helicóptero, Maurício permaneceu ao meu lado e de Rodolfo.

ㅡ Vou levar meu tio para casa, você quer uma carona? ㅡ Maurício me perguntou assim que a porta do elevador se fechou e não havia mais nada para fazermos ali.

ㅡ Não precisa, vou chamar o meu chofer, obrigada. ㅡ Maurício sorriu e antes que eles me deixassem sozinha, o chamei. ㅡ Maurício, eu posso te ligar para ter notícias da Rafa?

ㅡ Sempre que você quiser, Bianca.

Quando fiquei sozinha, fui até a porta do quarto onde Rafa dormia e ao ver a cama vazia, senti um vazio no peito. Ela estava voltando para casa e levava consigo uma parte minha, mas mesmo assim eu estava feliz, ela precisava desse tempo com os pais, precisava do carinho deles. Eu sentia que as coisas iriam melhorar para ela e queria muito isso. Liguei para meu motorista e sem demora, veio me buscar. Ao chegar em casa, procurei meus pais e dei um abraço bem apertado neles. Sem imaginar, com toda essa confusão que Rafa causou em minha vida, ela acabou devolvendo meus pais. A vida era mesmo engraçada, às vezes parece que tudo vai dar errado, mas de repente tudo volta a dar certo e vice versa, como uma caixinha de surpresas.



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