História Só você não vê... - Volta para mim?

Valkyon parou em choque, seu mascote voltou com a localização atual de Khalissa e quando o mesmo passou as coordenadas para Ezarel localizar quase teve um ataque.

Era a casa de Leiftan.

-O que essa anta estaria fazendo por lá? -Perguntou Ezarel confuso, com un leve resquício de preocupação na voz.
-Eu... eu não sei- as perguntas assombravam Valkyon.

"Ela me trocou por ele ? Não  .... deve haver uma boa explicação para isso... tenho certeza que há. "

Valkyon, junto com Nevra e Ezarel arrumou tudo que iria precisar  para travar uma batalha se necessário e rumaram até a casa do membro da guarda reluzente. Durante a jornada Ezarel e Nevra não paravam de tagarelar, o que estava deixando Valkyon a ponto de explodir de irritação,  logo ele que sempre é  tão calmo...

Khalissa acordou confusa após uma noite sem sonhos. Onde estava? Quem ela era? Onde estava Leiftan?
-Leiftan?!-Ela gritou, sua voz ecoou e ela escutou varias vezes a si mesma " Leiftan-Ftan-tan-an"
Escutou a voz de seu amado e gritou com mais força, batando-se contra a porta no intuito de abri-la
-LEEEEEEIFTAN!!!!- gritou com mais força.
Os sons foram ficando mais fortes. Gritos, ofensas, sons de lutas e coisas se quebrando vinham do andar de cima e, aparentemente,  se aproximando. Ela reconheceu a voz do loiro entre as outras e gritou, amaldiçoando quem ousasse toca-lo. Afinal, tudo que ela sabia sobre si era que ela o amava de maneira incondicional. Ouviu passos do outro lado da porta e gritou com mais vontade. Alguem do outro lado enfiou uma chave na porta
Click
A porta se abriu com um barulho de chave e ela se deparou com três rapazes que nunca viu na vida. Um tinha longos cabelos azuis, outro cabelos negros e o último platinados. Os três estavam sujos de sangue, feridos e com vários rasgos nas roupas. Um deles, com cabelos platinados e compridos veio até ela tentando abraça-la
-Khalissa!!
Ela pulou para trás, se esquivando dele.
-Quem é você? -Perguntou assustada, recuando na direção oposta.
Ele parou e a olhou confuso, inclinando a cabeça para o lado, a felicidade oscilando em seus olhos
-Como é que é? -Sua voz rouca e grave agora era quase um sussurro.
-Quem é você? -Ela repetiu, um pouco mais alto.-Quem são vocês?
Completou olhando para os outros dois que a olharam confusos.
-Que merda é essa agora? -Exclamou o de cabelos azuis-Ja não basta termos que prender nosso superior por sequestro, essa ameba mais ou menos desenvolvida perdeu a memória? Eu não recebo o bastante para passar por tudo isso.
-Do que você se lembra?-Perguntou o moreno do tapa-olho de maneira paciente.
Khalissa só os olhou, antes de empurrar o de cabelos azuis e tentar correr. Algo bateu na lateral de sua cabeça e tudo ficou escuro. Antes de perder a conciencia, ela escutou vagamente vozes, como se as escutasse debaixo da água.
-EZAREL O QUE VOCÊ FEZ???
-Ela me empurrou, oras.
-Idiota!!
-Vamos leva-la para o QG logo
-Valkyon você esta bem?

****

-Valkyon você esta bem?-Perguntou Nevra
-Claro.. -Murmurou o mesmo
-...que não né?  - "completou" Ezarel-Olha a cara de velório do cidadão! -
Valkyon suspirou e a pegou no colo, a abraçando com força.
-GENTE, olha isso aqui-Chamou Ezarel mostrando um pequeno copo com um líquido translúcido dentro.-Cheira
Ele entregou o copo para Valkyon.
O guerreiro sentiu o doce perfume de Khalissa sair de dentro so copo
-O perfume dela....-murmurou
-Que cheiro delicioso...-sussurou Nevra se aproximando para sentir também -Parece...sangue fresco.
-Que?-Valkyon cheirou de novo confuso - não, é o perfume da Khalissa,as também lembra cheiro de chuva...
-É uma poção do amor. Leiftan joga bem sujo para ter o que quer. -Comentou Ezarel -Por isso ela não se lembra da gente. As memórias dela se resumem a ele.
Valkyon agarrou a frente das vestes do elfo e gritou sacudindo-o com força.
-Tem um antídoto?  TEM QUE TER UM ANTÍDOTO!
-Calma ai romeu, se tirar meu cérebro do lugar não tem como eu saber, entende?-Ezarel riu se soltando de Valkyon- Lógico que tem um antídoto. Só a morte não  tem um, quer dizer.... depende. Mas não vamos falar de magia negra agora. Vamos para o QG antes que a desmemoriadinha acorde. -
Os três rumaram para o QG com Khalissa no colo de Valkyon. Ao chegarem, correram com ela para o laboratório e Ezarel a amarrou numa cadeira.
-Pra que isso?-Perguntou Valk
-Quer que ela fuja?-Perguntou Ezarel. -O antídoto é bem complexo, mas nada que o todo poderoso EU não consiga. Nevra, aqui esta a lista de materiais, procure tudo que esta ai. Valkyon você fica aqui com ela, eu vou falar com a Miiko. -Ezarel falou. Ele e Nevra sairam. Valk sentou-se no chão ao lado da garota que ainda estava inconsciente e seu coração se apertou ao ver que ela estava mais magra que o normal, sua pele estava pálida e frágil, cheia de hematomas e pequenos ferimentos. Os olhos dourados do garoto se focaram nos pulsos da amada e ele sentiu sua visão ficar turva de raiva. Parecia que ela usava dos braceletes pretos, mas na verdade eram fortes hematomas com certeza causados por algemas.
-Ah Khalissa...-Ele gemeu baixinho passando a mão pelos cabelos que tinham mechas sujas de sangue seco.
Ela murmurou algo e abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes até a visão se acostumar c a claridade e começou a gritar
-LEIFTAN!  LEEEEIFTAN! SOCORRO, SOCORRO, ALGUÉM!!!-
Valkyon suspirou tampando a boca dela.
-Calma. Eu não vou te machucar
-leiftan?-Ela murmurou com voz abafada pela mão do rapaz
-Não, Valkyon.-Ele corrigiu.
-Valk...Valkyon? -Ela perguntoy confusa
-Sim. Esse none te diz alguma coisa?-Ele perguntou esperançoso.
-Hm...parece que vem de um sonho distante.-Ela confessou-Onde está Leiftan?
Valkyon suspirou
-Ele virá logo.
-É? -Ela sorriu animada.-Eu amo ele.-
Valkyon sentiu uma pontada forte no peito e sorriu, lembrando-se da época que ela dizia o mesmo sobre Nevra.