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História Sobre Kombis, amores e falhas no Matrix - A falha no Matrix


Escrita por: olmo

Capítulo 3 - A falha no Matrix


Acordei meio tonto, a cabeça girando e o estômago embrulhado, roncando mesmo que não sentisse fome.

Uma mão me cutucava e demorei até reconhecer o rosto do Sehun acima de mim. Ele me olhava curioso e tocava minha bochecha insistentemente com o indicador.

– Parece que a bela adormecida finalmente acordou – ouvi a voz dele dizer, parecia um pouco distante.

Sentei confuso, pressionando as têmporas pela dor na cabeça.

Levantei o olhar, percebendo atônito que eu tava no meu apartamento. Sim, o mesmo apartamento que abandonei dois dias atrás no intuito de viver altas aventuras com a Kombi na companhia de dois outros viados.

– Onde tá minha Kombi?! – perguntei um pouco exaltado, sentando na cama e piscando os olhos várias vezes.

Sehun tava sentado na beirada do colchão, sem camiseta e amarrando os tênis. Parou a tarefa antes que o coelho pudesse entrar na toca e olhou confuso pra mim.

– Que Kombi, Jongin? Tá louco?

– A minha Kombi! – insisti – Onde ela tá?

– Você deve ter fumado uns Toddynho muito louco ontem, cara – Sehun debochou antes de levantar e ir em direção ao banheiro.

Coçei os olhos e fiquei alguns minutos olhando pro nada com uma expressão digna de Nazaré, tentando processar o que tava acontecendo. Me livrei do lençol que me cobria e levantei, ainda grogue, os olhos um pouco embaçados.

Eu realmente tava no nosso apartamento, sem nenhum sinal de que algo houvesse mudado como eu pensava. Nada de Kombi. Nada de cair de boca na estrada. Nada da maior pizza do mundo. Nada de Sehun, Baek e eu. Nada.

Me apoiei na porta e respirei fundo. Então voltei pra cama e me sentei novamente.

– Sehun – chamei, a voz saindo um pouco mais séria do que eu pensei.

– Hm? – ele parecia estar terminando de se vestir pela voz abafada. Saiu do banheiro vestindo uma camiseta cor de cocô saudável e veio até mim, sentando-se ao meu lado com os olhos curiosos.

Hesitei por um segundo, mas então me deixei levar pela dúvida. Me aproximei abruptamente dele, como se fosse o beijar, e era exatamente o que eu iria fazer se ele não houvesse desviado no último segundo.

– O que você tá fazendo?! – perguntou exaltado quando eu afastei o corpo novamente.

– Merda – baixei a cabeça, tentando organizar meus pensamentos. Levantei o rosto, então, em uma última tentativa – Onde tá o Baek?

– Jongin, você tá bem? – Sehun riu soprado, desacreditado, fingindo checar se eu tava com febre ao pressionar as costas da mão contra minha testa – Não conheço nenhum Baek.

Eu permaneci em silêncio, olhando para o nada enquanto Sehun mantinha aquela expressão de "que merda tá acontecendo aqui".

– Eu sonhei, Sehun. Eu sonhei com coisas que pareceram muito reais e agora eu tô triste pra caralho – falei, me sentindo a ponto de chorar por algo que parecia tão pequeno – Foi real demais, parece que eu vivi  mesmo aquilo. Foi como… como…

– Uma falha no Matrix?

– Isso! Como uma falha no Matrix.

– Tudo que aacontece na sua vida você fala que é falha no Matrix, cara. Bem, sinto muito – Sehun me abraçou e tentou manter-se sério, mesmo que eu soubesse o quanto ele queria rir.

Na verdade eu também queria rir, e acabei por fazer isso mesmo.

Eu podia tá fazendo a dança do backpack kid no teto da Kombi naquele exato momento. Eu podia tá viajando pra Tailândia na Kombi. Eu podia tá tomando suco de laranja natural enquanto Sehun dirigia a Kombi e o Baek lia aquele livro chato. Mas a Kombi não existia. Foi tudo um sonho. Um sonho cruel.

Mas que merda que merda que merda que merda que merda aaaaaa que merda


Notas Finais


essa foi minha reação quando eu acordei e não tinha Kombi nenhuma
that's all folks


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