História Soldier Side VHope - I remember of you...

*1 ano depois*

Taehyung POV

Eu ainda havia de lidar com os traumas da guerra, desde a tortura ao meu curto romance com Hoseok, eu ia a psicólogo toda quarta à tarde e eu dizia tudo o que me vinha a mente sobre os assuntos anteriormente mencionados, estava me ajudando um pouco, porém esquecer aquele moreno era uma das tarefas mais difíceis que eu ja enfrentara.

Meu emprego estava gerando muito stress ultimamente, ja que alguns pacientes não colaboravam e meus colegas se mostravam um pouco ignorantes, e eu tentava segurar as pontas para não mandar ninguem se fuder, so que hoje meu chefe me chamou em seu escritório e sinceremante coisa boa não deve ser... Será que ele descobriu sobre o incidente com o bisturi? Vish, se for eu to ferrado.

Quando eu chego no gabinete do meu superior bato na porta e ele me manda entrar, eu sento numa cadeira em frente a sua escrivaninha e ele começa a falar:

- Bom dia Sr. Taehyung, sabe por que está aqui?

- Bem Sr. Wolf eu não tive culpa, a enfermeira tava muito perto quando eu peguei o bisturi e... - Ele me olha sem entender nada - Não foi por isso que me chamou aqui, né?

- Não mas vamos falar sobre isso depois, chamei-o aqui pois um hospital do Seul está com poucos profissionais atuando e o representante do local pediu caso eu pudesse para enviar alguns bons médicos para lá, o fizesse, então indiquei o senhor, o que achas?

- Seul? Bem, isto é ótimo, mas e quanto a passagem e vou só eu? Não vai mais nenhum médico?

- Calma não se preocupe com passagem ou moradia, o hospital vai te ceder um apartamento provisório até você se estabilizar e irão mais dois proficionais com você

- Oh ok, e quando é o voo?

- Sai amanhã de manhã as 8h00

- Okay

- Foi bom trabalhar com o Senhor Dr. Taehyung, boa sorte no Seul

- Obrigado

Me retiro da sala ainda não acreditando no que tinha acabado de acontecer, caramba, eu vo pro Seul! Por que isso me soa familiar... Eu sinto que tem alguma coisa naquela cidade que não me é estranha... Hum não sei... Bem quando eu terminar o expediente vo arruma minhas malas e tirar uma boa noite de sono, depois tento pensar o porquê dessa "familiaridade" com o Seul.

Cara eu tava atendendo uma mulher hoje ai eu perguntei:

"Bem Sra. Lanchaster o que a senhora está sentindo?" ai ela me respondeu "bem me diga você, cê não é o médico?" tentando manter a calma eu respondi "sim eu so médico e não adivinho, o que a senhora está sentindo?" daí ela disse "primeiramente, senhora ta no céu e segundamente to com dor aqui ali..."

E véi eu não so obrigado a suportar isso não, eu pergunto o que a pessoa sente ela me da um coice ;-; ainda hoje eu perguntei para uma colega de trabalho se ela tinha horas, ai ela me respondeu "tenho cara de relógio por acaso?" me questiono o que tem demais dizer a hora para um ser humano porque né... Bom finalmente amanhã eu tava livre de tudo isso.

...

(Barulho do despertador)

Ai véi que merda, por que essa droga ta tocando? Quando eu olhei no lembrete pra ver por qual motivo, razão ou circunstância aquilo tava fazendo barulho eu vi "#partiuseul", pulei da cama e fui me arrumar so que eu não tinha separado uma roupa na noite anterior... Fiquei muito entretido assistindo "American Horror Story" e não lembrei de ver uma roupa... E minhas malas ja estavam prontas eu ia ter que fuçar nelas pra ver alguma coisa. Eu fui revirando tudo pra achar, finalmente achei um jeans e uma blusa polo azul marinho, eu pensei "isso serve" guardei tudo na mala de qualquer jeito e sai correndo pra me arrumar.

Corri em disparada pra fora do apartamento parei na calçada e chamei um taxi para me levar até o aeroporto ja eram 7h40.

Por sorte ele chegou rápido, logo entrei no veículo e pedi que rumasse para o aeroporto o mais veloz possível. Cheguei ao meu destino já eram 7h55, o táxi tinha mesmo voado ele cortava os carros e virava as esquinas como se não houvesse amanhã, só pude agradecer por não ter ido de mototáxi, ao sair do veículo me despedi do motorista dessa forma:
- Valeu, falou Ayrton Senna urbano! - ele me olhou sem entender muita coisa, pegou o dinheiro e seguiu seu caminho. Observei as pessoas ao meu redor por um segundo e me lembrei que meu voo saia em alguns instantes, corri e consegui chegar faltando 1min para o avião decolar. Depois do sufoco entrei na aeronave e fui para meu assento na... Ah não, ah não, econômica?! Sério?! Bem eu não podia reclamar já que eu não tinha pagado nada, mas enfim...
Eu me sentei e ao meu lado tinha uma senhora dormindo de boca aberta com um bafo horrível de peixe e alho, na verdade todos os passageiros da econômica pareciam os retirantes da Coréia do norte, a situação dos miseráveis no livro do Victor Hugo descrevia bem essa cena, tá eu posso estar exagerando MAS né...
Após algumas horas de viagem eu finalmente cheguei no Seul! E nem tava tão feliz assim por ter chegado na cidade era por sair daquele avião, puta merda eu não aguentava mais aquela véia baforando na minha cara e roncando, mano acho que ela fazia de propósito porque pela mor né, e outra a minha bunda tava doendo de tanto ficar sentado, glória que eu ia sair daquilo. Depois alguns instantes do meu desembarque fui para a frente do aeroporto e chamei um taxi de novo, sinceramente depois da minha corrida comno mister need for speed acho que já tinha esgotado minha cota de táxis do dia, mas eu não ia carrega aquelas malas até a casa do Kct à pé, nem fudeno.
O cara chego eu entrei no carro dele e partimos (essa frase fico meio estranha mas ok) dei a ele o endereço e este rumou para o destino solicitado. Estava um silêncio desconfortável, então iniciei uma conversa para quebrar o gelo:
- Qual o nome do senhor?
- Nicolas
- Ah muito prazer Nicolas, meu nome é Taehyung- ele acena com a cabeça - Há quanto tempo é taxista?
- Há mais de 10 anos, sou taxista desde meus 45
- Hum, o senhor é daqui?
- Não eu nasci no México
- Nossa você veio de bem longe, por quê?
- Meus pais eram imigrantes e a nossa situação não estava muito boa, então recebemos a oportunidade de vir para cá com a promessa de uma melhor condição de vida e viemos.
- Entendo
- E o senhor trabalha com o que?
- Sou médico, vim para cá pois recebi uma oferta do meu chefe, sabe, eu participei da guerra ha uns tempos atrás
- Sério? Aquela guerra foi feia e muitas famílias tiveram grandes perdas e algumas foram separadas, atualmente muitas pessoas estão vindo para o Seul visitar suas famílias ou alguém especial. O senhor tem alguem especial aqui sr. Taehyung?
- Não, não... Bem eu não sei, nãi sou muito bom de memória
- Haha eu também não, quando se chega na minha idade não se lembra mais nem onde estão os óculos, mesmo se estes estiverem bem encima da sua cabeça.
Rimos e conversamos o resto do caminho, contei a ele sobre minha recente experiência com taxis ultrapassando o limite de velocidade e ele riu com o fato. Chegando ao prédio onde se localizava o meu apartamento, Nicolas me ajudou com as malas e me deu seu cartão caso eu precisasse de seus serviços, agradeci e entrei no edifício.
Namoral o hospital não tinha achado um hotel piorzinho não? Tipo assim, o interior do local era verde debotado, com algumas plantas de decoração a recepcionista era uma senhora com alguns cabelos brancos aparentes, eu cheguei nela e disse (autora: chega na gata e fala...)
- Há algum quarto no nome de Kim Taehyung ou de Min Wolf?
- Só um minuto - começa a folhear uma agenda de tamanho impressionantemente grande! - aqui está, Kim Taehyung é o senho?
- Sim, em carne e osso - ela me entrega a chave do quarto e diz - Terceiro andar número 24
- Obrigado senhora...?
- Grace
- Obrigado senhora Grace - me retiro e começo a subir um lance considerável de escadas.

Conforme eu subia o cansaço tomava meu corpo e segurando duas malas d rodinha complicava ainda mais, eu me questionava por que não tinham istalado um elevador naquele lugar seria muito útil. Depois do meu exaustivo trajeto finalmente cheguei no meu apartamento ou melhor dizendo meu "apertamento", o lugar era muito pequeno, tinha cerca de quatro comodos minúsculos, ao entrar dava de cara com a sala com um sofá azul marinho empoeirado e uma especie de hack com uma televisão de 24 polegadas com uma antena bem torta em cima, na frente da sala tinha a cozinha com nada mais que uma mesa, um armário, a pia e um fogão com quatro bocas. Mais adiante tinha uma porta a esquerda onde ficava o banheiro, la tinha um vaso sanitário, outra pia, um armarinho para guardar utensílios de higiene pessoal ele tinha um espelho também e por ultimo uma cortina no lugar de um box de vidro e um chuveiro. No fim do corredor ficava o quarto com uma cama de casal que tinha um cobertor roxo empoeirado por cima, ao lado da cama tinha uma escrivaninha, do lado da porta tinha um guarda-roupas de madeira e num canto do quarto um baú.

Cheguei a conclusão de que ninguém limpava ou morava naquele lugar ha um tempo pela quantidade de poeira que tinha no local, mas nada que uma boa limpeza e um toque do Taehyung não resolva. Eu abri o guarda-roupas e sairam mariposas voando de lá dentro ;-; sério, e como se não bastasse ele tava cheio de teia de aranha, eu caçei pela casa qualquer coisa pra limpa aquilo, mas não achei nada, por fim decidi sair para comprar um espanador ou sei lá. Desci aquele lance enorme de escadas e fui ofegante até a rua onde me pus a procurar alguma lojinha de R$1,99. Andei um pouco e achei uma bem na esquina do quarteirão, o nome era "Mercadinho big bom" ceriaum, eu quase morri de rir antes de entrar no estabelecimento. Já dentro do local um atendente veio até mim e disse:

- Posso lhe ajudar senhor?

- Ah sim, eu preciso de um espanador

- Ok, vou lhe mostrar onde eles ficam

Assenti com a cabeça e seguimos por alguns corredores, até que chegamos no setor de utensílios domésticos, eu começei a caçar um espanador, encontrei um com um preço bom e aproveitei e fui ver outras coisas que eu iria precisar, precisava de muito mas decidi comprar so o nescessario o resto vejo depois. Só sei que sai o mercado com umas três sacolas cheias, e olhem que eu só comprei o nescessario. Voltei para o apartamento ja era bem de tarde ai me veio a mente "kct o hospital" eu corri desesperado descendo os degraus olhei meu celular para ver a hora 16:30 e notei um e-mail, parei um pouco para lê-lo e este dizia:

"Espero que tenha chegado bem Sr.Taehyung descanse pois seu espediente começa amanhã bem cedo às 7h00

- Sr. Wolf

Horário de envio da mensagem: 10h00"

Merda, desci aqueles degraus à toa, fazer o que. Voltei ofegante pela curta corrida e mais degraus... cheguei quase me arrastando ao andar do meu quarto e uma idosa chegou em mim e disse:

- Por que você não pegou o elevador meu filho?

- Aqui tem elevador?

- É claro vê aquela porta no final do corredor? Lá é o elevador, ele é velho mas funciona

- Por que ninguém me avisou antes?

- Era só ter perguntado

Agradeci a senhora, perguntei seu nome ela respondeu "Hortênsia", então segui para meu apartamento o resto de caminho que faltava. Entrei e me joguei na cama ignorando a sujeira, eram apenas 16h30 mas eu estava morrendo de sono, por fim dormi e tentei sonhar com algo bom.

...

Eu estava em uma fazenda, tinha vários cavalos lá, parecia alegre o dia estava ensolarado e tudo ocorria bem, só que de contrapartida o cenário... todo mudou, o céu ficou nublado e os cavalos começaram a correr desesperadamente em todas as direções e relinchar, ouvia-se barulhos de tiros, por fim me coloquei a correr e do nada apareci em uma floresta densa e escura, eu sentia que algo estava me perseguindo arduamente, numa hora em que olhei para trás e não notei o penhasco que estava a frente e cai nele, porém na hora em que cai um mão agarrou meu pulso e comçou a puxar-me para cima eu não via seu rosto com nitidez e quando estava em terra "seguro" meus perseguidores nos apontaram uma arma e só vi escuridão depois.

...

Acordo suando frio e minha respiração estava pesada, era só um sonho... Quem era aquela pessoa que me puxou do penhasco? Olhei a hora 5h40, levantei e fui me arrumar eu tinha que estar no hospital às 7h00, peguei minhas coisas e rumei para o banheiro para fazer minha higiene diária, troquei de roupa, olhei em mapas da região para ver onde era o hospital, eram a cerca de 20min apé deli, por fim sai as 6h15. Passei num café para comer algo e tornei ao meu caminho para o hospital. Cheguei ao local e perguntei para a recepcionista

se ela havia sido informada da minha chegada, eu era o novo médico e tals. Ela disse que sim, tinha sido avisada sobre mimbe e só pediu para que eu preenchesse um formulário requisito da instituição, depois me deu o prontuário do meu primeiro paciente e me ajudor a chegar até o local onde ele estava. Durante o percurso fui lendo a ficha:
"Causa: acidente de moto
Situação: sem risco de morte
Problema: lesão na perna e braço fraturado
Tipo sanguíneo: A
Data de entrada no hospital: 16/09
Data de saída: indeterminada
Requisitos adicionais: operação na perna
Nome do paciente: J..."
Não terminei de ler o nome do enfermo, pois eu tinha chegado na ala onde ele estava, olhei incrédulo e várias memórias começaram a surgir em minha mente.