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História Sometimes, goodbye, is a second chance. - Você me conhece melhor que eu mesma.


Escrita por: AndyLouiseAllen

Notas do Autor


Desculpa a demora

Capítulo 22 - Você me conhece melhor que eu mesma.


Fanfic / Fanfiction Sometimes, goodbye, is a second chance. - Você me conhece melhor que eu mesma.

Com olhos atentos, como os olhos de criança conhecendo um novo lugar, observava a cidade.

Era Início de Outono, a cidade já começava a ficar em um tom de avermelhado e alaranjado. Para um final de tarde, ainda estava bem claro, de modo que pôde vê e observar o quanto Central City tinha mudado nos últimos sete anos.

Sete anos. Custou a acreditar que se passara tanto tempo. De fato, só se deu por vencida, quando, dois dias depois de acordar naquele hospital, se olhou com atenção no espelho pela primeira vez e viu o inegável. O tempo tinha passado, tinha marcado o seu rosto. Já não era mais a jovem cientista  e sim uma mulher. 

Talvez para qualquer um , ela não tivesse mudado tanto, mas para ela, que se conhecia, de fato, os anos haviam se passado.

 

 

Barry a observava, ele estava desatento com o trânsito, ela incomoda com a atenção redobrada do velocista. 

Ainda duvidava de algumas coisas.

Ainda não conseguia acreditar no quanto as coisas estavam diferentes. Ele puxava assunto, falava sobre o clima, sobre os novos prédios e construções, ou simplesmente perguntava se ela estava bem. E para todas as perguntas a sua resposta era simples e curta.

" sim"

"legal!"

"Claro" .

Não queria falar, não sabia nem o que queria, talvez, quisesse ficar sozinha. Mas era impossível, já que o médico  havia recomendado que sempre houvesse alguém a acompanhando. 

Cisco teria levado ela em casa, mas naquele dia houve um imprevisto, desse modo foi Barry quem foi buscá-la. Ponto pro Barry. 

Os dois ainda não tinham conversado, não sobre eles ou sobre qualquer outro assunto . A última semana se resumirá para Caitlin em dormir e fazer baterias e mais baterias de exames. E de todo modo, ainda era bastante estranho ter aquela figura sempre a acompanhando. Barry era um completo desconhecido. 

"O que ela sabia sobre ele?"

Perguntava mentalmente todas as vezes em que se sentia invadida, que sentia que não o queria por perto.

Ele era o seu noivo.

Mas como ? Como pôde seguir sem Rony? Essa era a principal pergunta que pairava em sua mente confusa. E todas as vezes, colocava em sua mente, que sete anos era muito tempo, muita coisa acontece em sete anos. 

Cisco era seu único ponto de referencia naquela loucura toda. 

Foi perceptível a cara de surpresa e incômodo quando soube que ele não a levaria para casa naquele dia. 

Barry, por outro lado não se deixava abater. Estava sempre presente, por mais que ela não gostasse tanto da presença dele. 

Aquela era a primeira vez que os dois ficavam realmente à sós, sem Cisco, os médicos ou as enfermeiras. Barry queria conversar, queria falar sobre eles, queria que ela o olhasse nos olhos, queria as coisas como eram antes. Mas ela não queria, com suas respostas curtas, simplesmente o ignorou a viagem toda do hospital até seu apartamento.

Assim que chegaram no prédio, ele notou que a feição dela havia ganhando um tom mais vivo, menos pálido, e percebeu que bem la no canto da sua boca, havia um pequeno sorriso. Se castigou mentalmente quando percebeu que provavelmente aquele sorriso era devido às memórias que a mesma mantinha daquele lugar. Memórias que não o incluía.


- Olá Doutora Snow- disse o porteiro 
- Oi - disse desconfiada, afinal, aquele homem também não era um antigo conhecido.
- Olá senhor Allen .
- Oi Héctor. - Disse sorrindo para o homem.
- Já faz um tempo que não os vejo por aqui. - Comentou o homem de meia-idade , e nesse exato segundo, Barry sentiu um frio subir em sua espinha, e começou a torcer para que o homem não comentasse sobre Liv. 
- A Caitlin esteve doente, mas agora ja está bem melhor. 
- Que bom! 
- Disse o homem abrindo a porta do elevador.
 

Caitlin estava quieta, olhava por todo apartamento, tentava se conectar com todas aquelas coisas que "estavam fora do lugar", mas nada. A olhos nus Não tinha praticamente nada de diferente de sete anos atrás, mas para ela tinha, eram os detalhes que denunciavam que o tempo havia passado.

Olhou por todo lugar, e quando enfim olhou para a mesa de centro, avistou alguns porta-retratos. 

Alguns dias atrás Barry havia os encontrado, em uma caixa, dentro de um dos armários. Aqueles porta-retratos sempre estiveram ali, espalhadas pela casa. A grande maioria deles eram com fotos de Liv ou sobre coisas ligadas à ela. Mas quatro deles não ligavam a Olívia, eram sobre ela. Caitlin Snow. O primeiro continha uma foto de Caitlin, Cisco e Barry, no Star labs, foi tirada no primeiro aniversário de Cisco o qual todos passaram juntos. No segundo porta retrato, havia uma foto de Barry e Caitlin, tirada a alguns anos. No terceiro havia uma foto de Caitlin ainda criança, com seus pais. E no último retrato, tinha uma foto de Carla e Caitlin, sorrindo, olhando para o horizonte em um lindo jardim que na hora Caitlin reconheceu como sua antiga casa. Barry lembrava exatamente do momento em que aquela foto fora tirada, e sabia exatamente para onde, ou melhor, para quem elas estavam olhando. Para Liv.


- Minha mãe. - Comentou meio sem saber o que dizer.
- Sim, vocês fizeram as pazes.
- quando? Como?
- huuuum - pensou- acho que faz mais de um ano. E como? Bom... vocês conversaram... e ela te pediu perdão. 
- Isso não parece a minha mãe.
- Mas é. E ela está muito preocupada com você. Ela queria muito ter ido te vê no hospital, mas o médico achou que não seria bom pra você, já que você não lembrava de ter feito as pazes com ela. 
- Tudo bem! - disse por fim, encarando a janela. 
- É uma vista e tanto, não é ? - Disse Barry tocando em sua mão esquerda. 
- Eu adoro esse lugar!- disse atônita- desvinculando a sua mão da dele.
- Eu sei. 
- Barry - disse Se virando abruptamente, unindo seus corpos, ficando frente a frente, cara a cara com o velocista.- Eu acho que eu preciso dormir um pouco. - disse desviando o olhar. 
- Ah claro. - sorriu nervoso.

Foram até o quarto e lá ela notou que haviam algumas mudanças, mas não se incomodou. 


- Vou ficar aqui até você dormir, tá bom ? - disse a cobrindo com o cobertor. 
- Eu não sei... - tentou falar mas não consegui, era como se fosse incapaz de por em palavras tudo o que estava sentindo. E tudo o que conseguiu fazer foi chorar.

Barry não sabia como lidar com aquilo, vê-la chorando sempre partiu o seu coração,de modo, que tudo o que foi capaz de fazer, foi abraçá-la. Não se importou de estar invadindo o espaço dela, muito menos de está sendo inconveniente. Só queria abraçá-la , remediar- lá de toda a dor e confusão. 

Ela, instintivamente o abraçou de volta, retribuiu o gesto, e se assustou quando enfim notou, que se sentia segura nos abraços dele. 

Barry sabia que havia começado aquele abraço para ajudá-la, porém, ele era o maior beneficiado com aquilo. Não podia dimensionar o quanto estava sedento por tocar naquele corpo, por ter aquela mulher em seus braços novamente. Ele a amava e sempre estaria ao lado dela, ela lembrando ou não da relação dos dois, ela sempre seria a sua pessoa favorita, o mais simples e puro significado de um lar. Daria o tempo que fosse preciso para ela se acostumar novamente com ele, seria paciente, e se preciso fosse, a reconquistaria novamente. Começaria uma história do zero. 

 

Os dias seguiam tranquilos, aos poucos iam contando para Caitlin sobre os meta-humanos, sobre os poderes de Barry, sobre Flash e os outros heróis. 

Em pouco mais uma semana ela já estava a par de toda  a verdade que os amigos queriam que ela soubesse. E por incrível que pareça estava se adaptando maravilhosamente bem a tudo aquilo que pra ela ainda era novo. 

As coisas enfim estavam voltando a seu ritmo normal. 


- Você está me chamando para um encontro? - Perguntou sorrindo com a pergunta de Barry. Ela estava fazendo um curativo em seu rosto depois de uma luta com um meta humano não ter ido exatamente bem. 
- É... é... sim! Um encontro. - disse abobado. Todas as vezes que estava com ela ele ficava assim, como um adolescente prestes a ter um surto. 
- Claro. - disse sorrindo. 

Barry e Caitlin ainda não eram um casal de namorados, noivos ou sei lá o quê. Eram dois amigos, dividindo a mesma casa, ele a ajudava com as coisas que ela não conseguia entender, fazia o café da manhã, e se assegurava de que estava tudo bem. Os dois haviam criado uma forte amizade. E a cada dia que se passava, ela confiava e gostava ainda mais dele. 

O que fazia Barry pensar que de fato, os dois estavam tendo uma segunda chance. E talvez, conseguissem realmente ser feliz novamente.

 


- Você sabe que isso é estranho, não sabe ?
- O que? Perguntou a Cisco
- Caitlin, vocês namoram a quase "meio século". Vocês estão noivos. E você está ansiosa pro primeiro encontro de vocês. Isso... isso é confuso. - Diz e logo em seguida da um gole em seu café, sendo surpreendido pela temperatura da bebida.
- Quente, quente, quente. 
- Cisco! 
- Oque? Eu quase morri aqui. 
- Você vai me ajudar ou não?
- É claro que vou!
- Do que o Barry gosta? Eu sei que pra você a gente se conhece a sete anos. Mas pra mim, faz pouco mais de duas semanas. 
- Okay, okay. Mais cedo ou mais tarde Você vai vê que o Barry é um panaca mesmo. - diz sorrindo debochado.
- Quem é um panaca? - diz Barry chegando por trás de cisco.
- Eu, eu sou um panaca. - responde bebendo mais um pouco do seu café.

 

 


- Você está linda! - disse puxando a cadeira para que ela se sentasse. 
- Obrigada. Você também não está nada mal. 

Ele havia reservado uma mesa no melhor restaurante de Central City, mas não as mesas comuns no meio do grande salão. 

Pediu que preparassem uma mesa no terraço do prédio, onde poderiam vê todas as luzes opacas da cidade mais ao sul, onde poderiam vê as estrelas.


- Esse lugar é incrível!
- Não tão incrível quanto você. - deixou escapar com o sorriso mais bobo possível no rosto. 
- Você sabe como me conquistar não é!? Você me conhece melhor que eu mesma. Assim fica fácil pra você. - comentou retribuindo o sorriso.
- Em minha defesa, esse lugar é novo pra mim. Mas tenho que confessar que você vivia falando dele, mas nós acabamos não tendo tempo de vim aqui. 

Foi uma noite regada a conversas, sobre os meus variados assuntos, não só sobre o passado. A vinhos e a maravilhosos pratos.

E no final, logo após a sobremesa. Ela repentinamente se levantou, foi até a beirada da sacada e ficou olhando para todas aquelas luzes.

Ele a seguiu, e assim que estava próximo a ela. Ele a abraçou por trás.

 Ela desfrutou daquele abraço, pegou nas mãos dele e se virou de modo que os dois ficaram cara a cara. 


- Desculpa, mas eu não consigo resistir. - disse Barry, a beijando. 

E para a sua surpresa ela não o afastou. 

Ela queria aquele beijo tanto quanto ele. 



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