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História Sometimes, goodbye, is a second chance. - Alguma coisa está faltando


Escrita por: AndyLouiseAllen

Notas do Autor


Oi gente
Esse capítulo é meio emotivo.
Várias lembranças de Liv ❤
Espero que gostem.

Capítulo 23 - Alguma coisa está faltando


Fanfic / Fanfiction Sometimes, goodbye, is a second chance. - Alguma coisa está faltando

 

Barry acordou com o sol batendo em seu rosto, por dois segundos pensou em ficar mal-humorado com a incômoda situação, mas foi então que percebeu, que ao seu lado estava ela, a mulher de sua vida. Não, não ficaria mal-humorado, e sim agradecido. 

O sol que o irritava, batia nos cílios de Caitlin, os deixando com um leve, porém intenso tom de dourado. Aquilo era lindo de se ver e além do mais, aquilo lhe era familiar, olhá-la dormir. Porém, não percebeu ao certo, mas de repente a tristeza lhe chegou e bateu de frente. Os cílios de Caitlin eram iguais ao de Liv, antes de tudo, ele vivia repetindo isso. 

Ainda se sentia mal por não contá-la sobre a menina. Ainda se sentia mal pela falta que ela fazia e ainda se sentia e sempre se sentiria inquieto pelo fato de não terem encontrado o corpo da criança. Ele sabia que ela não estava viva, que tinha que seguir e esquecer aquilo, mas ainda assim, se castigava por tudo.

No final das contas ele era um covarde, assim com Killer Frost gritava aos sente cantos de sua prisão. Ele era covarde por não conta-lhe a verdade, e acima de tudo, por nem se quer ao menos tentar trazer Liv de volta. Pelo menos Caitlin tentou.

Mas a vida é isso: um amontoado de escolhas. Teria de viver com a dor da ausência de Liv, teria que carregar sozinho a culpa e a lembrança constante de ter falho. 

Caitlin era a sua vida agora, faria tudo para vê-la feliz novamente. Nem que para isso tenha que passar por cima da verdade, da história e das escolhas passadas.

 

Ela suspirou, pôs uma das mãos sobre o rosto e abriu os olhos.
- Barry, fecha  essa cortina? Por favor? - Implorou 
- Mas já são sete de meia. Você disse que queria estar as oito nos laboratórios.
- Ai droga, é mesmo!!! E não é no STAR... -disse sonolenta se levantando mais que depressa. Enrolando seu corpo nu em um dos lençóis e seguindo para o banheiro. Porém no meio do caminho, é interceptada por um certo velocista que por sorte corria mais rápido que ela. 
- Ainda não me acostumei com isso. - Diz Caitlin se referindo a velocidade de Barry.
- Sim. Você já se acostumou. Só não lembra. - Ele sorri.
- Como você pode ser tão paciente comigo? - Ela sorri de volta e passa a mão em uma mecha de cabelo dele.
-  Essa é simples. Porque eu amo você.- Por um segundo ele imaginou que ela diria o mesmo, mas não, ela o encarou assustada e entrou no banheiro. 
- Cait, me desculpe? - Diz batendo na porta do banheiro alguns poucos minutos depois. - Eu sei que você quer ir devagar, mas é que, eu não posso mas ficar sendo só o seu amigo. Não depois da noite ontem. 
- Barry, eu, eu não sei. - Diz saindo do banheiro de roupão e com os cabelos molhados. - Eu gosto de você, eu realmente gosto, mas é complicado, sabe... - Caitlin não conseguia por em palavras tudo o que sentia em relação a ele, e isso a deixava frustradíssima. 
- Não, Caitlin, eu não entendo. 
- Eu tenho medo, tá bom? 
- Medo de que? - Perguntou paciente, a olhando nos olhos. 
- De me apaixonar, de gostar de você mais que de mim mesma. E de descobrir que tudo foi uma farsa. 
- Mas... Caitlin, o que nós vivemos é real. A gente se ama, nós íamos nos casar. Nós vamos nos casar! 
- Eu não sei, Barry. Mas é que parece que falta alguma coisa...
- Como assim? - perguntou sentindo a tensão em seu corpo, estaria Caitlin se referindo a Liv? 
- É que, eu sei que é confuso, mas parece que isso não tá completo. Tá faltando alguma coisa. Você definitivamente é o tipo de cara pelo qual eu me apaixonaria. Mas...eu não sei, você tem certeza que está me contando tudo? Que não esqueceu de nada?
- Cait - Ele pegou em suas mãos e os dois se sentaram na beirada da cama. - você só está confusa. Assim que você relaxar, você vai vê que está tudo bem, está tudo no seu devido lugar. - mentiu, e rezou para que ela não percebesse, por sorte ela ainda não o "conhecia" tão bem assim.
- Você promete que essa sensação estranha vai passar?
- Claro, e chega de falar do passado. Ele acabou, o importante é o agora. E agora tudo o que eu mais quero é ficar abraçadinho com você a manhã inteira. 

 Ele começa a lhe fazer cócegas e ela começa a rir, caindo de costa sobre a cama e então, ele não teve escolha, seus instintos falaram mais alto. E ele calmamente se deitou sobre ela e a beijou, um beijo calmo, cheio de amor.  

E logo em seguida, de fato as cortinas deveriam ser fechadas, não precisavam de testemunhas, não precisavam de ninguém os observando. Porque o que fizeram depois, ali, entre as quatro paredes, era o ato real que inspirou o termo "fazer amor".

 

 

As duas mulheres olhavam o relógio, posto estrategicamente na parede rente ao balcão, cada uma com seu café na mão, aguardavam por uma Caitlin que parecia nunca chegar. Tudo bem, ela estava só quinze minutos atrasada. Mas um atraso de quinze minutos para Caitlin Snow era quase que um pecado. Ela sempre fora a pessoa mais pontual do time. Coisa engraçada se comparar a mesma com Barry, que sempre chegava atrasado. 

De fato os opostos se atraem!

- Oi, desculpa a demora!? -disse se sentando ao lado de Iris. 
- Não sabia que você havia aderido ao estilo de vida ( atrasado)  do seu noivo. - Disse sua mãe bebericando mais um gole de seu café.
- É que houve um imprevisto. - corou lembrando dos momentos que antecederam a sua chegada ao local. 
Céus, ela estava tão apaixonada por Barry Allen!
- E ele não é meu noivo! 
- É claro que é! - As duas afirmaram juntas.
- Bom, como eu não lembro de nada... enfim... a gente só está indo devagar. 

Aquela era a segunda vez naquele dia que ela não conseguia por em palavras o que estava sentindo. Aquilo estava de fato a incomodando. De modo que sua feição mudou drasticamente de um hora para outra, coisa que não passou despercebida por Iris ou por sua mãe. 


- Filha, você tem certeza que está bem? Você pode ir passar um tempo comigo se você quiser. O seu quarto ainda está lá, do jeito que você deixou.
- Acho que ainda não estou pronta pra voltar lá. - Falou fria, muito mais fria do que pretendia. Ainda achava estranha a relação dela e da mãe. 

Era esquisito vê a mãe "pisando em ovos"  para falar ou se aproximar dela. Segundo Cisco, as duas não eram exatamente melhores amigas, mas mantinham uma forte relação de mãe e filha. Já ela, Caitlin, não conseguia entender o que levou elas a isso? Qual foi o estopim que levou as duas a se reconciliarem e a manterem contato. Poderiam muito bem ter feito as pazes e voltado a se ignorar no momento seguinte, mas não, elas de fato vinham mantendo uma relação. As fotos atestavam isso. 


- Quer dizer. - começou - Eu estou bem, a gente está bem! E voltar pra aquela casa ainda é difícil. 
- Talvez ajude você a se lembrar. No último ano, nós vivemos ótimos momentos naquela casa. Eu diria que são as minha lembranças favoritas. - Carla deixou escapar, sentindo e imediatamente enxugando um par de lágrimas que deixou escapulir. 

Caitlin, pela primeira vez em muito tempo  ( que se lembre, é claro) abraça a mãe, e aquele não era o típico abraço social, mais frio que um aperto de mão, era um abraço de verdade, com sentimentos. 

- Ô minha querida! - Carla falou entre o abraço. 

Carla assim como qualquer um sentia falta de Olívia, quando a menina morreu, com ela morreu também a sua relação com Caitlin, que após o acontecido ignorou todos que tentavam se quer chegar perto. Ela se sentia sozinha novamente. E assim como Barry, estava tendo uma nova chance com a filha. Só que diferente de qualquer outro, ela discordava do fato de não contar sobre sua neta. Queria falar sobre o quão maravilhosa era sua pequena, sobre o quão incrível havia se tornado a sua vida depois que a pequena Liv entrou nela, sobre o quanto aquela criança  poderia ser tão especial. Queria mostrar as fotos e desenhos que a pequena semanalmente lhe presenteava. Ou simplesmente analisar ao lado da filha, os desenhos " enigmáticos" que Liv rabiscou na parede em seu último dia. 


- Mãe! - Caitlin disse sorrindo e sentindo as lágrimas molharem o seu rosto também. - Eu...

Já recompostas as duas e Iris que até então só ás observava, seguem rumo a uma das mesas do Jittles. 
- Eu pedi pra vocês virem aqui hoje, porque eu fui ao médico ontem e...
- Como assim? E você não me falou, filha eu teria ido com você!
- Eu também, Caitlin! 
- Eu sei, mas é que eu queria ir sozinha. Na verdade nem o Barry sabe que eu fui.
- Então? O que o médico disse? - perguntou Iris, curiosa.
- Ele falou que nada mudou. E que se as memórias não começassem a voltar até duas semanas depois da perda, a chance de algum dia voltar, diminui em 80%... E, bom, amanhã faz três semanas que eu acordei naquele hospital, então...
- Filha, eu sinto muito! 
- Eu também, Caitlin!
- Eu sei! - disse balançando a cabeça afim de mandar para longe o sentimento ruim que estava pairando por sua mente. 
- Enfim, eu chamei vocês aqui porque pelo o que me contaram vocês são uma das poucas pessoas, tirando o Cisco e o Barry que eu sou mais próxima. Ah, e tem a Felicity também, ela é bem engraçada, mas a gente ainda não se viu pessoalmente. Mas enfim, eu queria, que vocês me contassem o que o Barry e o Cisco ou vocês mesmas estão escondendo. 
- Como assim?- Íris perguntou já sentindo pânico.
- Eu não sei, sabe, eu realmente quero seguir em frente, mas eu acho que o Barry está me escondendo alguma coisa. 
- Tipo o quê? - Perguntou Carla, fuzilando Iris com os olhos. 
- Não sei, detalhes, talvez ?
- AAAAH SIM ! - Disse Íris sorrindo, sorrindo de nervoso é claro. 
- Então! - Caitlin sorriu e olhou para as duas que já respiravam mais aliviadas. 
  

Iris tentou puxar na memória tudo o que se lembrava sobre eles que ainda não tivessem a contado, coisas que não implicassem, nem em Liv, Killer Frost ou Zoom. Assuntos esses estritamente proibidos. Carla no entanto, não conseguia compactuar com aquela mentira, de modo que imediatamente inventa uma emergência em sua casa. Desse modo se retirando e deixando apenas as duas.


- Então, quer dizer que você e o Barry eram noivos? - Diz Caitlin pasma. - Mas vocês são irmãos!
- É complicado, mas sim e eu estava torcendo pra não ser eu a pessoa a te contar isso. - Diz sem graça. 
- Uau!!!
- Então o Ed  veio depois que você e o Barry terminaram? 
- Não exatamente, esse Ed é outro Ed! 
- Ãh?
- Nossa, você tem razão por achar que falta você saber muita coisa. Acho que vamos precisar de um ano, no mínimo, pra te atualizar sobre tudo. - Diz sorrindo.
- Obrigada. - Caitlin toca fraternalmente na mão da morena. 
- Não tem de quê!
 

 

O dia no Star labs foi o mais tranquilo possível. Apenas uma ocorrência. Roubo a banco. Sim, aquela era  atividade favorita dos mau-caráters metas ou humanos de Central City.

Barry assim que guardou o seu traje convidou todos para irem a primeira feira de natal que seria realizada naquele ano. Era algo simples que ele gostava muito, todo aquele clima, as pessoas felizes, e sem falar que no ano anterior, se divertiu como nunca, já que feira de natal ou qualquer coisa que fizesse ao lado de Olívia e Caitlin eram as suas atividades favoritas. Ele sabia que pensaria na pequena em cada detalhe já que a menina era fissurada pelo Natal, coisa que não puxou para a mãe, que antes da menina nascer falava que o natal, basicamente era uma festa de aniversário pra um bebê de 2000 anos. 

Olívia era tão ela, que simplesmente, no auge dos seus três anos, tinha sua própria fé, suas cresças, seu jeito bonito de vê o mundo e as pessoas. Não era um criança perfeita, as vezes fazia " tolice", ou chorava quando algo a assustava ou não saia como ela queria. Mas no geral, era uma criança incrivelmente agradável, amável e com uma alegria e simpatia que contagiava qualquer um. Barry inclusive costumavam dizer que o superpoder de Liv era a sua alegria. 


- Mas, meu amigo - Começou Cisco enfim tirando a cara da frente do computador e encarando o amigo - ainda é dia 02 de Novembro! 
- É Barry, meio cedo pra isso! - Concordou Caitlin que passara a tarde trabalhando em antídoto para um caso do time "Arqueiro". 
- Mas, é Natal! - Disse animado
- Ainda não é natal! - os dois falaram juntos e em bom tom. 
- Ah não, Caitlin, você gosta dessa feira! E  Cisco, lá tem aquele chocolate quente que você adora!
- I, é verdade. - Colocou a mão no bolso e tirou uma nota de um dólar e deu para o amigo que o encarou como quem quisesse o fuzilar com os olhos. - Compra lá pra mim então, e vê se não esquece que eu gosto só de duas gotinhas e menta e não doze. - Termina fazendo careta.
- Sério, Cisco ?
- Vai lá, Cara, sério, eu não estou nem um pouco no clima de natal. A cigana tá me dando um gelo desde o dia em que eu fui até a casa do primo dela e não levei um réptil. 
- Porque você teria que dar um réptil pro primo da Cigana? 
- Aaaaaaah!!!!!!!!  - Grunhiu Cisco.
- Vem Cait? - Disse Barry pegando o Casaco dela e estendendo a sua mão para ela - Vamos, antes que ele exploda. 



- Porque você queria tanto vim aqui? - Perguntou enquanto andavam pela tranquila feira de Natal, armada bem no meio do principal parque da cidade. 
- Nós viemos aqui, a exatamente um ano atrás. Aquele foi um dia incrível!
- Como?
- Não sei, foi simplesmente incrível! Nós estávamos felizes naquele dia! 
- Eu estou feliz agora! - Disse depois de quase um minuto de silêncio, mas não aquele tipo de silencio desconfortável, estava mais para um silêncio contemplativo. 
- Você está?
- Sim! Isso é tão doido, mas, eu sei que agora eu posso dizer isso, então... - se ajeitou de modo que ficou de frente para o velocista- Barry Allen eu a.... 
- Começou, mas assim que ia falar, avistou um mural com fotos da feira de anos anteriores, é bem lá, no meio, havia uma foto dela e de Barry, e ela tinha uma mecha loira, quase branca, mas não era isso o que mais lhe intrigou naquela imagem, naquela foto, além dela e de Barry, havia uma criança, uma menina de casaco de chuva amarelo, agarrada nas pernas de Barry. 
- O que é isso? - Falou mudando de assunto, deixando o velocista frustrado. 
Assim que Barry percebeu que o motivo pra ela ter mudado de assunto era um foto tirada no ano anterior, ele quase surtou. Como diabos explicaria a presença de Liv naquela foto? 
- Quem é ela, Barry?
- Ela, ela, ela é só uma criança que estava na feira naquele dia. Foi bem engraçado, porque na hora que nós estávamos tirando a foto, ela simplesmente atracou na minha perna. 
- Ela é linda! - disse observando a foto mais de perto.
- É sim! - Diz triste, porém aliviado por ela ter acreditado e parado de fazer perguntas sobre aquela foto. 



 

Já era noite e os dois estavam seguindo andando para casa, a noite estava fria, as luzes de natal já começando a brilhar pela cidade. Caitlin de Barry de mãos dadas, olhavam por tudo ao redor, ela adorava estar ao lado dele, adorava se sentir protegida, adorava a sensação de segurança que sentia sempre que ele estava com ela. Ela enfim confiava nele, e simplesmente adorava imaginar que futuramente estariam casados. Talvez tivessem filhos algum dia, talvez realmente a felicidade não fosse algo que se repele a ela. 


- Barry - Disse freando a caminhada. 
- Oi, você está cansada? Se tiver, tudo bem, a gente pode parar e descansar um pouco... 
- Não, eu só quero falar uma coisa.
- Que coisa Doutora Caitlin Snow, ou seria Allen? - Diz lhe abraçando e sorrindo com aquele sorriso bobo, típico de um Barry Allen . 
- Acho que Snow-Allen ! 
- Perfeito, algumas coisas simplesmente não mudam, não é mesmo?
- Barry eu amo você. - Disse de uma só vez, sem vírgulas. 
- O que? - perguntou confuso, ela havia de fato falado rápido demais, até para ele. 
- Eu também, amo você. - Dessa vez disse devagar, em alto e em bom tom, o deixando com um sorriso ainda mais largo no rosto.
- Vocês ouviram? - Gritou em direção a todos que passavam naquela calçada. - Ela disse que me ama! 

Assim que o disse ele a beijou e simplesmente, todos na rua, como em um daqueles filmes clichês de comédia romântica, aplaudiram a cena. 

 

E nesse exato momento, o primeiro floco de neve daquele inverno caiu. 


Notas Finais


Qual a sua parte favorita do capítulo?


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