História Sonho - Juntos?

Os entrevistadores não sabiam o que fazer então chamaram o intervalo. Eu realmente não conseguia entender o que estava acontecendo e pra onde ele teria ido, fiquei imaginando se ele não viria para a minha casa, logo fui interrompida quando o programa voltou, e pelo visto a enxerida da Irene não estava mais lá.

— Sehun, o que está fazendo??? — Digo alto.

Logo saí de frente da televisão e escuto meu celular tocar, poderia ser... minhas esperanças se vão quando olho o nome na tela... era Anne.

— Annyeonghaseyo? Anne?

— Unnie, você viu o programa? Os garotos do EXO estão loucos ligando aqui, perguntando se ele veio para cá. — O tom de Anne parecia apreensivo.

— Eu vi sim, o que ele fez? Ele está louco? Ele não foi para sua casa?

—Não, nem me mandou nada... é óbvio que ele está indo atrás de você. E pela primeira vez, meu primo está usando o cérebro. Ele sabe Unnie, sabe o quão popular é entre as exo-l, a SM não fará mais burrada do que ela já fez. Não se ela não quiser falir.

— Espero que esteja certa. Não quero que ele cometa um erro, que seja difícil ser reparado depois, eu sinto que tudo é culpa minha.

— A culpa tem nome e uma cara de dissimulada "Irene", você não tem culpa do que ela fez.

Escuto um barulho vindo do lado de fora, e logo olhei para lá, esquecendo totalmente do celular e que tinha alguém na linha.

— Annyeonghaseyo?

— Annyeonghaseyo?

— Annyeo...

— Ah, me esqueci completamente, me desculpa Anne. Vou desligar, acho que ele está aqui...

— Tá, tá, eu te perdoo Unnie, acerte as coisas com ele. Fighting! 

Sem ninguém na linha, me aproximo da janela e observo o carro parado em frente à minha casa, não era como das outras vezes, onde Sehun saia e me esperava do lado de fora, sem contar que ainda estava claro, ele não vinha no claro. O carro parecia o mesmo, queria tanto vê-lo que nem me importei com a roupa mais ou menos que estava, afinal, não estava esperando visita agora... muito menos a dele....

Desço rapidamente as escadas e respiro fundo antes de abrir a porta. Tomo coragem e abro a porta rapidamente, assim do lado de fora, paro em frente ao carro. Para minha surpresa, a "visita" inesperada não é a dele.

— Cadê ele? — Ela fala com a pior expressão do mundo.

— Como? — indago.

— Não se faça de idiota! — ela cruza os braços.

— Eu não sei "dele" nenhum.

— Puff — Solta. — Acha que eu acredito nisso? Mais de idiota do que ele me fez naquele programa é impossível fazer.

— Olha Irene, eu não sei onde ele está, e com certeza se eu soubesse, a última pessoa que ele gostaria de ver seria você.

— Ha — Riu soprado. — Olha. — ela começa a chorar. — Não era isso que eu queria, eu ao menos, necessito de uma explicação. Sabe o que ele me fez? SABE? — ela aponta para o rosto.

— A explicação é simples... Ele não gosta de você! Mas você não aceita. Você mesmo causou todo esse problema para si mesma. Poderia ser facilmente evitado. 

— Não sei quem você está achando que é para me dizer o que EU devia ou não fazer. Não estou aqui para ouvir isso, eu só quero saber onde ele está. Eu preciso conversar com ele.

— Eu não sei onde ele está, já falei. Agora, se me der licença. Eu já terminei 'nosso' assunto por hoje. Passar bem. — saio e entro de volta para casa.

Definitivamente não foi o que eu estava esperando receber, e não foi agradável. Se Sehun saiu antes dela e não chegou ou veio aqui antes, não era para cá que estaria vindo. Ele devia ter imaginado que, o primeiro lugar que ela viria seria para cá. Pensei, pensei, onde ele poderia estar?

— AHA — estalo os dedos. E rapidamente subo as escadas à procura de uma sandália e da minha bolsa... quem iria fazer a surpresa hoje, seria eu. Meu vestido estava bom para onde eu estava indo.

— Omma... irei dar uma volta, volto daqui a algumas horas. — Digo saindo.

— Se cuida filha, não volte tarde. — Ela fala em tom alto.

— Tudo bem. — Fui ao encontro dela e dei um beijo na bochecha.

Saí em disparado para fora e logo esperei por um táxi, esperava que o dinheiro que eu estava levando desse para pagar, afinal, a viagem era longa e ônibus demoraria ainda mais para chegar. Coloquei o fone e deixei a melodia de 'Come back Home' versão acústica da 2NE1. A música combinava perfeitamente com o que eu estava sentindo, afinal eu queria que Sehun voltasse para casa, para onde ele nunca devia ter saído... do meu lado. 

Come back home
Can you come back home
Chagaun sesang kkeute nal beoriji malgo nae gyeoteuro

Come back home
Can you come back home
Modeun apeumeun dwiro hae
Yeojeonhi neol gidaryeo ireoke
Now you gotta do what you gotta do.

Deixando me levar pela melodia, fecho os olhos e acordo um tempo depois, sem perceber, a música estava no aleatório e agora tocava 'Wish you were here' da Avril Lavigne, sinceramente esse aleatório só podia estar de brincadeira comigo, olho pela janela do táxi e percebo que irei descer logo depois do sinal vermelho. Começo a me preparar e olho o taxímetro, bom, por sorte o dinheiro que eu tenho, dá para pagar tranquilamente, fazia um tempo que eu não vinha nesse lugar. Assim que o sinal fica verde o ahjussi​ para, eu pago e o agradeço. Desço na pista e logo sinto a brisa do mar, sim, eu estava no lugar onde Sehun havia me trazido da primeira vez, era muito bom estar aqui de novo.

Vou andando e olhando para os lados, esperando encontrar ele por algum lugar, mas não conseguia o ver, fui andando para a areia, e bem de longe eu pude ver alguem sentado de frente para o mar. Só podia ser ele. Esse era o único possível lugar que Sehun poderia vir, afinal, ele amava mar.

Vou correndo em direção à ele, mas o mar está tão agitado, como da primeira vez que viemos, que ele não nota minha presença. Vou correndo, o mais rápido que posso para poder encontrá-lo, e já me aproximando, me preparo para dar um pulo em cima dele. Chegando, eu dou um pulo nele, surpreendendo-o e deixando-o deitado na areia.

— M-Mi-Milena? — Ele me olha surpreso.

— "M-Mi-Milena" — Repito. — Espe... — Sou surpreendida pelos lábios de Sehun no meu, logo quando tento falar.

Rapidamente retribuo seu beijo, desesperado e ao mesmo tempo apaixonado, meus lábios que tanto desejavam os dele, finalmente os tinha agora. E isso era o que importava, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia, uma melodia da qual só nós sabíamos as notas.

Depois do longo e caloroso beijo, resolvemos nos separar, olho no olho, nos encaramos.

— Vai ficar me olhando? — Pergunto.

— Para sempre, se eu puder, claro! — ele acaricia meu rosto.

— O que? Até parece. — Dou de ombros.

— Como soube me encontrar? — ri e franze o cenho.

— Ora, como não saberia? Uma princesa sempre sabe onde está seu príncipe. — rio. — Tá, foi uma comparação meio idiota, mas você entendeu.

— Ha — ri. — Eu gostei.

— Oppa, eu quero te falar uma coisa.

— Diga. — ele se senta na areia.

— Sobre todos esses problemas que aconteceram, quero falar uma coisa...

— Eu também... — Ele continuou me acariciando.

— Temos que enfrentá-los juntos.

— Juntos? — abriu um sorriso de lado.

— Sim, juntos! Estou disposta a enfrentar as consequências com você, não quero que aconteça o que aconteceu agora, eu não irei suportar. 

— Tudo bem, eu também não quero Yeobo. — me deu um beijo na testa.

E então paramos para observar o mar.

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Assim que voltei para casa, encontro meus pais juntos na sala, já estava anoitecendo e ainda tinha que me encontrar com Anne. Então, não dei atenção e subi para me trocar, porém a voz do meu appa me surpreende.

— Milena, venha aqui um instante.

Desço as escadas e paro de frente para eles.

— Querida, precisamos conversar. — Minha mãe olha para o meu pai. — Diante dos problemas que vem enfrentando aqui e vemos que anda triste ultimamente, pensamos e pensamos muito em uma coisa, e achamos que isso seja o melhor. — ela diz apreensiva.

— O que omma? — Olho preocupada.

— Daqui a uma semana, voltaremos ao Brasil! 

— O-O-O QUEEEE? — franzo o cenho.

"Juntos?

​Sim, juntos."

Meu... quer dizer, nosso plano, acabava de ser quebrado. Juntos?... Eu acho que não.