Camila:
Estava eu, jogada na minha cama ouvindo música, quando uma notificação de mensagem chega.
Vero: Eai Camilinha ... Está livre ?
Camila: Oi Vero ... Depende, pra quê ?
Vero: Se divertir comigo :P (Não pense besteira, Lauren me mataria)
Camila: Tentei não levar no duplo sentido, mas tudo bem ... Se divertir fazendo o que ?
Vero: Só dar uma volta ... Maior tédio aqui.
Camila: Já são quase 22h ... Não tem muitos lugares para se "dar uma volta" ... Tá querendo me arrasta pra uma boate ?
Vero: Quem sabe ... Lauren não ligaria ... Ela apagou aqui.
Camila: Não vou ir a uma boate sem ela, além do mais, não to afim.
Vero: Nem num barzinho ? Eu nem vou beber, palavra de escoteira. :)
Camila: Tabom ... Lauren não vai ?
Vero: Vou ver com ela ... Se arruma que já já eu chego aí.
Camila: Vai vir de táxi ?
Vero: Não, eu arrumo um carro aqui ... Beijos Camilinha, até mais.
Camila: Até :))
Sem a menor vontade do mundo, me levanto e sigo para o banheiro tomando um banho rápido.
Eu adoro sair com a Vero, já que a mesma sempre é divertida e uma ótima ouvinte. Estranhei seu pedido repentino, mas a questiono depois.
Resolvo mandar uma mensagem para Lauren, pois sei como é preocupada, e não tenho certeza se Vero irá avisa-lá.
Camila: Anjo, vou sair com a Vero, prometo que cuido dela ... Amo você.
Coloco uma roupa não muito chamativa, deixo meu cabelo solto mesmo. Pego minha bolsa, e logo desço as escadas, enquanto minha mãe as subia.
-Aonde vai ?
-Sair com a Veronica ... Volto bem mais tarde, Boa noite mãe. -Beijo sua testa.
-Cuidado ... E juízo.
-Sim senhora.
Desço as escadas, e abro a porta da frente. Um carro preto estava parado na calçada, peguei meu celular, para checar se era ou não Vero, quando a porta de trás do carro se abre.
Tomo um leve susto, e caminho em passos lentos. Seguro na porta do carro, e olho dentro, mas não enxergava nada.
-Veronica ?! -Pergunto meio receosa.
-Entra no carro. -Uma voz robotizada disse, meu corpo trava.
-Veronica, isso não tem graça ... Acende a luz. -Falei me afastando da porta.
-Entra no carro. -Se repetiu.
-Não ... Eu não vou entrar ... Para de brincar ... Vou sentar do seu lado. -Ia para o banco da frente, quando a voz se pronuncia novamente.
-Não !! Banco de trás ... Entra no carro, é melhor você colaborar.
-Veronica ...
-Camila, entra no carro, não enrola !
-Tá bom ... Por que tá falando com voz de Robô ? -Pergunto entrando no veículo ainda com um certo medo.
-Porque é legal.
-Ahh ... Por que não posso ir aí na frente ? -Ela demorou um pouco pra responder.
-Porque eu derrubei refrigerante no banco, e ainda tá molhado.
-Bem que a Lauren disse que você era atrapalhada. -Sorrio.
-Não vamos falar dela hoje.
-Nossa ... Calma ... Por que ? Brigaram ?
-É ... Tipo isso. -Ela nada mais fala. Meu celular vibra sobre meu colo, e quase engasgo quando leio a mensagem.
Vero: Acabei de chegar Camilinha, já pode descer.
Camila: Como assim ? -Meu coração estava acelerado.
Vero: Acabei de estacionar, desce ... Tá lenta em kkkk
Camila: Preciso de ajuda. -Digitei com as mãos trêmulas.
Vero: Pra que ?
Camila: Acho que estou sendo sequestrada.
-Bingo ... Você está ! -A voz robótica se pronunciou.
-Quem é você ? -Perguntei praticamente gritando.
-Talvez alguém que te deve alguma coisa.
-Não precisa pagar, me deixa descer. -Falei batendo no vidro.
O carro era estilo viatura de policial, tinha um vidro fumê que separava os passageiros de trás, do motorista, ou seja, eu não enxergava nada a minha frente.
-Não iria gostar de descer aqui. -Olhei para fora, e estávamos entrando em uma estrada de terra.
-Quem é você ? O que quer comigo ?
-Sou alguém, que quer você.
-Pra que ?
-Pra te fazer minha.
-O que ? Você é uma espécie de psicopata ?? -Minha respiração estava ofegante.
-Não ... Não quero lhe fazer mal ... Só se quiser, prometo que não conto pra ninguém.
-Como ? Aonde está me levando ?
-Há um lugar onde novas experiências são descobertas.
-Eu não sou adivinha ... Abre logo essa porta, me deixa ir pra casa.
-Não ... Eu cumpro com as minhas promessas, princesa.
-Princesa ?
-Sim ... Minha princesa. -Suspiro pesado.
-Lauren ... Sua idiota ... -O vidro a minha frente se abre, dando para enxergar seu perfil concentrado na estrada.
-Seja uma boa vítima, e finge que não conhece sua sequestradora. -Da um leve sorriso.
-Só não te mato agora, porque está dirigindo.
-E porque um vidro te impede.
-Nada que eu não possa quebrar. -Ela sorri. -Eu vou bater tanto na Vero.
-Até eu bateria ... Agora, me explica essa história de sair sem mim ...
-Lauren, na situação que estamos, sério que quer satisfações minhas ?
-Sim ... -Me encara e faço minha pior cara. -Não.
-Ótimo. Agora, pra onde está me levando ... Sequestradora ? -Ela ri.
-Isso ainda é segredo ... Está mais calma ?
-Não ... Nem um pouco ... Mas vai passar.
-Quer água ?
-Quero.
-Tem uma bolsa ai no chão, tem água e comida nela.
-Que sequestradora boazinha, não mata suas vítimas de fome. -Falei pegando a bolsa do chão.
-Só de prazer. -Meu corpo se arrepia.
-É ... Pode acender a luz agora ?
-Botão do seu lado direito do teto. -Passo a mão pelo teto, encontrando o interruptor, aperto, e o carro se ilumina.
Pego uma garrafa de água e bebo praticamente metade, minhas mãos ainda estavam um pouco trêmulas.
-Vai demorar muito ?
-O sequestro ? Vai.
-Não ... Pra chegar no tal lugar.
-Não ... Já estamos chegando.
-Quanto tempo mais ou menos ?
-Uns 20 minutos.
-Ótimo ... Então estimando tudo ... Você tem mais 30 minutos de vida, Michelle. -Ela sorri.
-Latina brava.
-Claro ! Você me sequestrou ! Eu quase morri do coração, acha legal sair por ai matando namoradas ?
-Não ... Só tenho uma.
-Sorte sua que respondeu certo.
-To esperta, Baby.
-Sei ... Não fica muito feliz, Jauregui, eu estou brava com você, e não vai escapar de mim.
-Vai me castigar ? -Disse maliciosa.
-Vou, e não vai ser de uma maneira boa.
-Talvez esse sequestro não tenha sido uma ideia tão boa.
-Talvez, Michelle.
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