Camila Pov.
Assim que entramos em casa, fomos recepcionadas pelo filhote, que pulava em nós, como se fizesse anos que não nos víamos. Lauren soltou uma gargalhada gostosa com a reação do Carinha, se jogando no chão para brincar com ele, sorri com a cena.
-Acho que ele estava com saudades. -Disse se deitando no chão, e acariciando o pelo do filhote.
-Eu também estava. -Falei sincera, a fazendo sorrir.
-Eu senti muito a sua falta. -Exclamou me encarando. -E de você também, Carinha! -Alisou sua barriga. Se levantou e me abraçou. -Vamos fazer as malas? Se dermos sorte, chegamos lá antes da noite de amanhã.
-E aonde nós vamos? -Envolvi meus braços em seu pescoço.
-Segredo. -Me deu um selinho.
-Laureeen. -Falei manhosa. -Por favor?! -Fiz bico, a fazendo sorrir.
-Agora não, meu amor. Só arrume sua mala. -Beijou minha testa.
-Ok. -Revirei os olhos em brincadeira e subimos até nosso quarto, juntas com nosso filho de 4 patas.
-Leve uma blusa se frio, o tempo pode mudar. -Disse enquanto dobrava suas roupas. -E um vestido de gala também. -A encarei.
-Vestido?
-Sim.
-Mas ... Eu não tenho esse tipo de vestido.
-Tem sim. -Sorriu sapeca.
-Lauren ...
-Já volto. -Saiu do quarto sem dar chances de ocorrer alguma argumentação.
-Essa mulher ainda vai me deixar louca, Carinha. -Falei para o filhote que estava deitado na cama, enquanto me observava.
[...]
Já havia terminado minha mala, e nada da minha namorada voltar para o quarto. Quando resolvo descer para procura-lá, Lauren abre a porta com as bochechas coradas e respiração ofegante.
-O que ...
-Veronica. -Falou ainda tentando se recuperar. -Cócegas ... Barriga ... Ar. -Comecei a rir da sua cara de desespero. -Não ria de mim. -Fez bico, fazendo-me derreter inteira.
-Desculpa, amor. Mas parece que você acabou de transar. -Não segurei a risada.
-E por acaso eu fico assim depois que transamos? -Questionou com uma sobrancelha erguida.
-Talvez. -Lhe dei um selinho. -Terminei minha mala. Vamos ficar quanto tempo?
-Uma semana.
-E a sua faculdade?
-Já está tudo resolvido, não se preocupe.
-Lauren ...
-Tudo resolvido, princesa. -Pegou minha mala. -E a do Carinha?
-Vai mesmo levar ele?
-Claro! Vai ser nossa primeira viagem em família. -Disse me fazendo sorrir.
-Tudo bem ... As coisas dele estão todas lá em baixo, só organizar.
-Pegue seu passaporte e documentos
-Vamos de avião?
-Sim, ia demorar muito pra de carro até a ... -Leva a mão até a boca.
-Até a?
-Nenhum lugar. -Sorri nervosa. -Vamos? -Concordo com a cabeça.
[...]
-Tenham uma boa viagem. -Disse por fim a aeromoça, que dava as últimas instruções.
-Se você estiver me levando para o outro lado do mundo ...
-Eii, calma amor, não é tão longe, são só 15 horas de viagem.
-Quinze horas?! -Exclamei chamando a atenção dos demais passageiros. -E o Carinha?
-Não se preocupe, ele vai ficar bem. Eu prometo. -Beijou minha bochecha.
-Ok ... Eu vou tentar me acalmar.
-Quer ajuda? -Questiona maliciosa.
-Nem pense nisso, não vamos transar em um avião.
-Você quer dizer, transar de novo em um avião. -Sorrimos cúmplices.
-Ok ... Não vamos fazer isso de novo.
-Mas, Camz ...
-Sem mas, se comporte. -Ajeito minha postura na cadeira.
-Gostosa. -Beija meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar.
-Lauren. -Sussurro baixinho.
-Sim? -Diz pegando seus fones e celular.
-Vai me trocar pelo celular?
-Você me disse pra me comportar, então, vou escutar minha Lana. -Sorri cínica.
-Vai mesmo me trocar por essa mulher?
-Olha, respeita a rainha, e não, não vou te trocar, se quiser, desligo meu celular agora.
-Eu só quero ficar abraçada com você, estou com saudade. -Fiz bico sem reparar, a fazendo sorrir.
-Então vem aqui, amor. -Abriu os braços e logo me encaixei neles, sentindo seu cheiro bebê invadir, e me acalmar na hora. -Senti sua falta. -Diz beijando minha testa.
-Eu senti muito mais ... A cama fica maior ainda sem você ali do meu lado. Eu quase não dormi durante essa semana. Senti falta do seu cheiro, da sua voz, do seu carinho, dos seus beijos, da sua presença ... Por favor Lauren, não vai mais embora da minha vida. -Abracei mais seu corpo, colocando minha cabeça contra seu pescoço, tentando segurar o choro que insistia em sair.
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