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História "Sorte" de Garota - Lar doce... Pais??


Escrita por: NehS

Capítulo 31 - Lar doce... Pais??


Fanfic / Fanfiction "Sorte" de Garota - Lar doce... Pais??

NÃO! - gritou a garota, dando um passo pra trás - Não pode me pedir em namoro desse jeito! Volto já - concluia, enquanto corria em direção ao banheiro.

— Por que?

— Por que eu estou de toalha. Já volto!

Havia esquecido esse detalhe, mas era só ela responder sim, que esse problema seria solução. Esperava a garota se vestir ansiosamente, o coração acelerado temia a resposta.

— Já pode responder? Ou vai inventar outra desculpa pra fugir de novo? - perguntava o garoto a Ellie que voltava a sala, agora vestida, o que era uma pena, pensava.

— A resposta é não!

— O que? Não entendi, eu sei que você quer tanto quanto eu.

— Querer é uma coisa, acontecer é outra.

— E a gente quer as duas.

— Não, não queremos.

— Ellie, eu sei o que sente, eu sinto também. Não há como negar isso, então me explica.

— Por que você é você, e eu sou virgem!

— Virgem!? Isso é um absurdo!

— Sabia que isso ia dizer algo assim…

— Absurdo você achar que eu ligaria pra isso! O que acha que vai acontecer se você disser sim? Mesmo eu querendo muito ficar com você, eu nunca cruzei o limite que me deu, a não ser pelo beijo segundos atrás, mas não faria se não soubesse que também não queria. Não vou fazer nada que não queira garota!

— Não é só isso, é só que, eu preciso ir pra casa! Eu preciso falar com meus pais, e eu quero ver Luph!

— Que seja então, vamos!

— Assim? Sem nem questionar?

— Mas antes preciso de um banho..

— Sabia! Aaron ta ficando tarde, daqui a pouco vai anoitecer, então anda logo!

— Quer que eu me apresse, vem comigo, eu deixo você controlar meu horário.

— Aaron!

— Ta ok, vou tentar não fazer piadinhas do gênero.

— Sei que não vai conseguir.

— Me conhece tão bem, e ao mesmo tempo tão mal. - disse enquanto entrava em seu quarto, procurava uma roupa pra vestir.

— Vamos! - falava apressado, enquanto puxava a garota pra fora.

— Não sabia que me queria tanto fora da sua casa!

— Não sou eu quem quero, é você! Vocês mulheres são tão complicadas!

— Mulheres?!

— Olha só, nem me disse sim ainda e já ta bancando a louca, esse seu lado eu não conhecia.

— Há muitos lados meus que não conhece.

— Acho que conheço todos. - dizia o garoto, enquanto a olhava de cima a baixo.

— Muito engraçado.

— Eu sei que você gosta.

— Cala a boca…

No fundo ela realmente gostava, gostava do jeito que ele agia com ela, suas piadas desde as inconvenientes a faziam rir, mesmo que apenas para si mesma. A quem queria enganar? O garoto tinha razão, ela o queria. E tinha razão quando dissera que nunca faria nada com ela que a mesma não quisesse, ele tivera várias oportunidades pra isso, e nem sequer tentou nada além das piadas insanas, pelo contrário, ele cuidou dela mesmo a querendo muito. Ele não ligava para o fato dela ser virgem, não a achava estranha, talvez ela realmente não o conhecesse como achara que conhecia.

— Chegamos!

— Jura? Nem percibi.

— Aaron!

— O que foi? Vai bater ou invadir?

— Vou entrar!

E eu entrei, corri os cômodos inteiros a procura dos meus pais, até que encontrei Luph deitado em minha cama! Como eu abracei aquela bolinha de pêlos que em pouco tempo me fez tanta falta, da próxima ele viria comigo com certeza, nem que fosse preciso expulsar Aaron da própria casa. Desci as escadas para verificar se ao menos haviam lembrado de por comida e água pra ele, e pra minha surpresa, a inresponsabilidade deles era somento comigo, senti que era pessoal, ou será que estavam mudando? Realmente não, pois a princípio o que eu acreditava ser uma ida rápida à um barzinho, se transformara em outra coisa, eles eram quem eram, e haviam deixado um bilhete para comprovar, Aaron o encontrara em cima da mesa, e o mesmo dizia:

"Fomos embora para a cidadezinha que falamos a você.

Vimos que está bem, e se virando melhor sozinha.

Se cuida!

PS: Estou levando o consolo, não parece precisar!"

Até em um momento como esse Louise conseguira ser inresponsável. Deixavam mais uma vez a garota sozinha. No fundo ela já sabia que isso iria acontecer, mas não quiseram nem ao menos se despedir pessoalmente da garota. Que pais eram esses que não ligavam para os seus filhos? Não que ela conhecesse muitos "pais" já que nunca fora de muitos amigos.

Pensanva se um dia iria conhecer alguém tão guerreira que seria capaz de abrir mão de tudo por seus filhos, que batalharia contra tudo e todos só pra poder ver o sorriso no rosto deles, que não os deixassem faltar nada, e ainda sim, lhes desse o amor que ela sempre esperou ter da sua, que previlégio seria ter uma mãe assim? Só de conhecer alguém assim, sua vida já faria mais sentido. Era nessa pessoa que ela nem conhecia, que ela buscava se espelhar, para que um dia, pudesse fazer tudo diferente.

Enquanto me perdia nos meus pensamentos, lembrei do meu caderno de contos, tanto tempo que não escrevia, e Aaron tinha razão, parecia mesmo com um diário. Agora entende por que estou falando com vocês? É como uma porta, quanto mais eu abro, mais posso vê-los daqui, estou te vendo comendo algo, e isso é assustador. Ah quer saber onde Aaron está? Curiosos! Está aqui do meu lado, acho que entrou em modo zumbi desde que encontrou o bilhete, nenhuma palavra, o silêncio chega a ser ensurdecedor, o que é estranho por que há um conflito de interesses aqui. De alguma maneira ele sentiu a minha dor, enquanto descarrego ela escrevendo, ele me abraça, tão forte que mal sinto meus braços, quase nem da mais para escrever. E quanto aquele silêncio que eu disse agora pouco chega a ser interrompido por barulhos de ossos se quebrando!

— Apaga isso ai garota, vão achar que eu sou um ogro!

— Como se alguém fosse ler isso aqui…



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