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História "Sorte" de Garota - Querido Diário...


Escrita por: NehS

Capítulo 9 - Querido Diário...


Fanfic / Fanfiction "Sorte" de Garota - Querido Diário...


Querido diário,

Hoje eu acordei cedo, e olhei para um caderno velho em cima da minha escrivaninha, como ele veio parar aqui? Eu o trouxe para o meu quarto, não me pergunte o por quê dele estar aqui, o seu dono acredita que eu vou perdoá-lo por ter lido o meu, se eu fizer o mesmo com o dele.

Por falar no garoto, o Shakespeare ainda me disse que o meu livro não é um livro, e sim um diário, e é por isso que decidi que no meu capítulo de hoje eu falaria sobre o meu dia, o que é completamente diferente do que eu faço, apesar dele não ter percebido, mas, o que esperar de alguém como ele.

Continuando, havia aquele caderno em cima da minha escrivaninha, e eu queria lê-lo, estava curiosa, mas com medo do que poderia ver, imaginava que talvez fosse a localização dos corpos escondidos pelo garoto, eu conhecia Diários de um Vampiro o suficiente pra saber que um serial killer guardava os nomes de suas vítimas, então resolvi não arriscar, não queria ser acusada de cúmplice de assassinato, ocultação de cadáver ou algo assim.

Levantei da cama enquanto Luph miava por atenção, ele estava com fome, e eu também, então o peguei e segui para a cozinha para preparar o café da manhã, Luph se contentou com a ração, mas eu precisei de um pouco de carboidratos.

Decidi arrumar a casa, fazia tempo que não dava aquela faxina, e depois de ir a casa de Aaron, notei o quanto a minha parecia uma zona, que por sinal, deveria estar ainda mais limpa. Pedi a Luph para não atrapalhar, isso já ajudaria muito, e comecei a limpar a casa toda, me arrependi de não tê-la limpado antes, estaria muito mais fácil agora. Enquanto eu me matava Luph dormia tranquilamente, era o trabalho dele, e ele exercia a sua função muito bem.

Havia terminado tudo, e não tinha muito o que fazer, então fui ler meus livros, era com eles que aprendia a vida, mais até do que o colégio eu pensei, e foi aí que  lembrei que tinha um trabalho pra concluir, não estava tão sem nada pra fazer assim, precisava dividir as falas. O trabalho era sobre um poeta, mas a gente não iria falar sobre ele, apenas escolher um poema dele, o que deixava o trabalho ainda melhor, iríamos apresentar um curto teatro sobre o poema, Aaron e eu resolvemos que essa seria a forma de dramatização, ainda precisaria conversar com Mathew. Pensava, e mesmo não tendo certeza, dividi as falas em poucos minutos e voltei a leitura.

Enquanto sentava no sofá para ler, Luph finalmente acordou, claro, não havia mais nada pra fazer, o gatinho era muito esperto. Mal levantou e já miava novamente em busca de ração de novo, talvez por que já fosse hora do almoço, não que os gatos entendessem disso, mas eles assim como nós entendiam de fome.

Alimentei a bolinha de pelos, e ele agradeceu deitando em meu colo, e lá estava Luph dormindo novamente, não tinha o que reclamar da vida, mais ainda tinha forças pra criticar minhas histórias, o gatinho era rebelde.

Lembrei de novo daquele caderno em cima da escrivaninha e, quase subi para pegá-lo, mas, decidi não pensar nele, tentei sublimar a minha curiosidade com comida, o que não adiantou muito, quanto mais eu comia, mas eu pensava no amado caderno, então do nada comecei a pensar no dono dele.

Eu mesma não entendo o por quê de ter feito isso, mas confesso que passei o dia pensando naquele idiota, a raiva me fazia esquecer de tudo, e enquanto o odiava o agradecia, e deu certo, pois já são quase meia noite e eu não abri o caderno, não quero dar o gostinho ao seu dono, se abrir ficaríamos quites, e não haveria mais motivos pra eu estar irritada com o ignorante de tmp, a não ser pelo o que ele disse…

Esse idiota leu o meu caderno, e deduziu que você não é um livro, sim, estou falando com você, pedaço de papel onde eu escrevo. Pareço um pouco louca? Talvez. Mas, estou escrevendo sobre mim, logo é óbvio que não faria muito sentido.

Continuando, essa pessoa me disse que eu não estava escrevendo um livro, apesar do título, os capítulos e a falta de datas, o que estou escrevendo "tá mais pra um diário", sim, ele é um idiota. E é impressionante como mesmo longe consegue me tirar do sério.

Eu nunca fui uma pessoa normal, eu tenho muitos defeitos e sou problemática, escolhi o nome do livro "Sorte de Garota" porque essa sou eu, me considero sortuda somente por respirar oxigênio e expelir gás carbônico, e aí vem um garoto que mal me conhece falar que meu livro não é um livro? Eu sei que parece um diário, mas é um livro, eu juro, tem títulos e tudo.

Agora a dica do dia, acabei de inventar um livro/diário/blog, mas vamos lá, se alguém um dia disser a você que algo que faz é ruim, ou que está fazendo errado, continue fazendo como acredita que seja o certo, a não ser que esteja mesmo fazendo errado. Esquece as dicas, não sou boa em conselhos, por isso escrevo contos.

Ellie fechara o seu caderno, passara da meia noite, precisava dormir, amanhã teria aula, estava ansiosa, e com saudades de Mathew, tinha que falar com ele, pedir desculpas, não sabia exatamente pelo o que, mas tinha.

Subiu para o seu quarto, e foi tomar banho, depois de um dia tão cansativo era o que precisava.

Saiu do banho em direção a cama, mas algo a puxou de volta a escrivaninha, e apesar dos esforços que havia feito o dia inteiro para não pensar, a curiosidade acabou falando mais alto. Ellie pegou o caderno,  levou-o para cama, e então abriu...



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