História Sõrumeito (Alma Gêmea) - Instinto

-- KAGAMI --

          Quando disseram que passariam para busca-lo, jamais imaginou que seria com uma Limousine. As pessoas que apenas passavam por ali ou cuidavam de suas lojas, pararam imediatamente para observar o luxuoso veículo parado em frente a casa do ruivo. Kagami apenas olhava confuso, buscando respostas, as quais vieram em seguida com o abrir da porta do veículo, onde uma mulher alta e com longos cabelos azuis escuro o olhava, sorrindo.
          De começou pensou ser a anfitriã da família ou a governanta, porém ao reparar bem, percebeu traços semelhantes ao do senhor que o havia contrato, tirando o fato que o cabelo dos dois possuíam a mesma cor. A mulher que até então apenas o observava, movimentou o braço o chamando, indicando que sentasse ao seu lado.
          Envergonhado, o ruivo a obedeceu entrando no veículo um pouco atrapalhado. Por alguma razão estava preocupado com a aparência, afinal ela trajada um vestido vermelho mais do que bonito e provavelmente mais caro que uma Ferrari, enquanto ele vestia uma blusa azul com estampa de tigre e um jeans barato. Sabia que estava sendo besta quanto a isso, porém mesmo assim a sensação continuava.

          - Então você é o Kagami?. - A mulher quebrava o silêncio, iniciando uma conversa.
          - H-hai!. - Respondia nervoso, colocando as mãos nos joelhos apertando levemente.
          - Não precisa ficar tão tenso. - A mulher dizia cobrindo a boca, dando um pequeno riso.
          - Desculpa...
          - Eu sou Aiane, filha do Daichi, que o contratou. - Se apresentava, dando um pequeno sorriso.
          - Eu sou o Kagami Taiga. . - Dizia levemente nervoso, por que a sensação ruim não passava?.
          - Kagami-san. - Aiane dizia aproximando seus rostos, o deixando corado. - Eu sei que deve estar sendo difícil absorver tantas coisas novas de uma vez, mas não precisa ficar tão nervoso.
          - É q-que... - Gaguejava, arrancando risos baixos da azulada.
          - As pessoas ricas não são bichos exóticos como a maioria pensa. - Dizia se afastando, sorrindo. - A única coisa que diferencia a gente é a situação financeira, de resto somos todos iguais.

          Kagami ficou a olhando, impressionado com a gentileza e conforto que ela conseguia passar com tão poucas palavras. Devido as dificuldades que estava passando ao longo dos anos e o preconceito por ser um Ômega raro, acabou o deixando pessimista com a maioria das coisas. Estava deixando de ver o que havia em sua frente, para se esconder no que havia aprendido em meio ao sofrimento.
          Respirou fundo, para em seguida a olhar e dar um de seus lindos sorrisos. Estava sendo idiota em se preocupar tanto com impressão que passaria, sendo que no dia em que foi contratado, estava mais do que um trapo.

          - Acho que fui meio rude com meu comportamento né? Desculpa. - Dizia colocando um braço atrás da cabeça, envergonhado.
          - Não precisa de desculpar. - Aiane dizia olhando para a rua. - Imagino o que você já passou por conta da sua raça.
          - Quanto a isso eu já acostumei. - Dizia normalmente. - Não adianta eu ficar sofrendo por isso.
          - Seria bom se alguns Ômegas tivessem esse tipo de pensamento. - A azulada dizia o olhando novamente. - O mundo talvez fosse mais alegre.
          - Mas não adianta só o nosso tipo mudar.
          - Quanto a isso, concordo. - Respondia dando um pequeno suspiro. - Mas infelizmente nada é tão fácil.
          - Sim... - Dizia abaixando o rosto, lembrando-se das vezes em que já sofreu nas mãos de algum Alfa.
          - Deixando esses assuntos tristes de lado, você já sabe qual seu trabalho certo?. - Perguntava sorrindo.
          - Mais ou menos... Só disseram que eu seria um empregado particular do filho do Daichi-san.
          - Não está totalmente errado, mas meu pai o contratou mais precisamente para ficar de olho no Aomine. - Aiane dizia cruzando os braços. - Ultimamente ele tem causado bastante problemas na escola e até mesmo em casa.
          - Entendi... - O ruivo dizia pensativo. - Então vocês precisam de alguém que possa ficar com ele o dia todo.
          - Exato!. - Dizia sorrindo.
          - Por mim tudo bem, sou acostumado a cuidar de crianças.
          - Criança?. - Aiane dizia confusa. - O Aomine tem a mesma idade que você, Kagami.

          Kagami a encarou por um tempo, para em seguida olhar fixamente para frente e depois para fora do veículo. Seu cérebro parecia recusar receber a informação, porém precisaria assimila-la caso quisesse realmente esse emprego. O ruivo voltou a encara-la, visivelmente surpreso.

          - Eh...? EEEH!?. - Gritava espantado.
          - Isso não gera nenhum problema, certo?. - A azulada perguntava erguendo uma sobrancelha, estranhando o comportamento do menor.
          - Não... Claro que não! Só não esperava por isso. - Dizia dando um sorriso envergonhado. - É que pelo o que você e o Daichi-san me disseram, parecia uma criança levada.
          - Mas ele é. - Aiane dizia dando um sorriso. - Ele só tem tamanho mesmo. Por ser o único Alfa da família, ele foi mimado demais por todos. Até mesmo pelos empregados.
          - Entendi...
          - Bom, seu trabalho consiste no que eu expliquei agora a pouco. Você vai ficar de olho nele. - Repetia caso o ruivo não tivesse entendido. - Ou seja, se ele estiver aprontando algo ou você notar um comportamento suspeito, nos avise. Já preparamos os documentos para você se mudar para a escola dele.
          - Pera... Eu vo estudar com ele!?. - Perguntava surpreso. - Mas não é uma escola prestigiada e cara?
          - Considere isso um bônus. - Aiane dizia dando um pequeno sorriso, ao notar a cara de felicidade de Kagami.
          - Obrigado, Aiane-san!. - Agradecia feliz.
          - Ah, tem outra coisa. - A azulada dizia ao se lembrar de uma coisa importante. - Você também terá que realizar todo e qualquer pedido dele.
          - Qualquer um? Tipo... Até...
          - Sim, até sexuais. - Dizia, olhando a expressão de susto do ruivo. - Kagami, você é um Ômega e ele é um Alfa. Querendo ou não, vocês vão estar próximo um do outro e isso vai despertar os instintos de cada um.
          - Eu sei, mas... - Kagami corava ao imaginar as várias situações possíveis. - Eu nem conheço ele direito e ele vai ser meu chefe! É meio imoral...
          - Desculpe a pergunta, mas o que você faz para passar seus dias de cio?.
          - B-bom... E-eu tenho um amigo de infância que é um Alfa e me ajuda nesses dias... - O ruivo dizia envergonhado. Akashi era o único que podia contar em qualquer situação, por isso acabou aceitando a ajuda do imperador.
          - Então não haverá problemas com o Aomine certo?. - Aiane perguntava dando um pequeno sorriso. - Vocês vão passar vinte e quatro horas juntos, isso já não os faz até melhores amigos?

          A lógica da azulada não estava errada, porém era preciso mais do que isso para se considerar alguém um melhor amigo. Conhecia Akashi antes mesmo de sair da maternidade e não estava exagerando, suas mães eram amigas a muito tempo. Já havia passado por poucas e boas com o imperador, haviam aprendido sobre a maioria das coisas e descobriram o mundo adulto juntos. Um dia antes do primeiro cio do ruivo começar, Akashi havia também entrado na época e como os dois precisavam descarregar o desejo sexual, seus pais tiveram a brilhante ideia de se ajudarem... E no fim, isso se prolonga até atualmente. Akashi sempre o ajuda nos cios e vice-versa.
          Agora com o filho do Daichi, seria completamente diferente. Não conheciam nada um do outro, não teriam intimidade o suficiente para caso algum dos dois entrasse no cio e o perigo do Alfa o morder por instinto era grande. Mas não podia dizer isso a ela e nem a ninguém, precisava daquele emprego no momento.

          - Bom, sim... - Mentia dando um pequeno sorriso.
          - Resolvido então!. - A azulada dizia animada.

          Naquele dia ensolarado, o trabalho proposto parecia tão irresistível que acabou aceitando sem perguntar os detalhes. Agora estava descobrindo tudo de uma vez e isso estava deixando-o inseguro sobre a decisão que havia tomado. Bem... Se realmente iria acatar qualquer pedido do futuro chefe, precisaria fazer amizade o quanto antes.

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-- " Dizem que nossas escolhas moldam o caminho que seguiremos ao longo da vida.
Bem, talvez não estivessem errados.
A primeira impressão que tive do Aomine naquele dia foi que era egocêntrico e pervertido demais. Típico de um príncipe mimado, que obtém tudo o que quer nem que seja a força.
Aquele dia... Foi o inicio de tudo. " --

-- AOMINE --

          Aomine estava na sala, sentado no sofá de couro que insistia em pregar na pele de suas costas, já que o mesmo encontrasse sem camisa por conta da mania antiga. Era visível a irritação e inquietação do moreno, sua expressão mais fechada que o normal já informava a todos que o herdeiro da família não queria que ninguém o incomodasse. Seiji por sua vez, ignorou como sempre a carranca do irmão e o fazia companhia, sabia que ele próprio era uma exceção a qualquer tipo de comportamento do maior.
          Havia sido informado que o Ômega exótico chegaria em breve e por isso, seu pai praticamente o obrigou a ficar na sala para recebe-lo educadamente. Ele não seria apenas mais um empregado, porém com a tarefa de o stalkear vinte e quatro horas por dia? Então por que todos pareciam preocupados em o dar boas-vindas como se fosse um empresário ou sócio importante da empresa?

          - Credo Onii-chan, vai ser tão ruim assim ter um amigo Ômega que vai morar com a gente?. - Seiji perguntava um pouco irritado com o comportamento do moreno.
          - Sim. - Respondia grosso, levando um beliscão. - Ai Seiji!
          - Você mereceu, ta agindo igual um idiota. - Repreendia o irmão, cruzando os braços emburrado.
          - Claro, o pai contratou ele pra ficar me vigiando e dedurar tudo o que eu fizer!. - O moreno dizia inconformado. - Além de que ele é um Ômega e não to falando isso por preconceito.
          - Ué Onii-chan... Tem medo de se apaixonar?. - Seiji perguntava com um pequeno sorriso, curioso.
          - Não tenho é paciência pra ficar levando cantada o dia todo. - Respondia irritado, já deduzindo que o novo empregado seria apenas mais um atrás dele.
          - Espero que você tome jeito... - O menor dizia suspirando, arrancando algumas reclamações baixas do Alfa.

          Já havia se passado uma hora desde o combinado e isso estava deixando o moreno mais impaciente do que o normal. Estava prestes a se levantar e sair do comodo, cansado de tanto esperar uma coisa que nem mesmo queria, até sentir um cheiro doce no ar. Aomine olhou em volta procurando alguma empregada que poderia estar no cio ou que tivesse aquele cheiro, porém quanto mais forte ficava, mais percebia que se tratava de aroma que jamais havia sentido na vida.
          O que diabos era aquilo? Seu corpo estava arrepiado e seu lobo parecia chorar, cada vez que aspirava aquele cheiro adocicado de morango e flores de cerejeira, sua mente parecia parar de funcionar e buscar somente o dono daquele aroma afrodisíaco. Nunca havia sentido tantas sensações ao mesmo tempo e o pior era que estava se sentindo bem, sem nem mesmo ter algum motivo descente.
          Do lado de fora, a mesma coisa acontecia com o ruivo. O cheiro forte de neve e frutas silvestres o estava deixando levemente excitado. Seu lobo chorava, pedindo que encontrasse o Alfa dono do aroma e ficasse com ele, algo que até então nunca havia acontecido. Nem mesmo estava perto da época do cio, por que então seu corpo estava reagindo tanto?
          O som da porta se abrindo, atraiu a atenção do moreno que olhou fixamente para ela, como se estivesse desesperado por algo. Lá estava sua irmã, Aiane e o Ômega que estava atiçando seus instintos com muito pouco, algo que Aomine achava impossível de acontecer algum dia. As roupas com estampas infantis somados com sua estatura baixa e rosto de criança, tipico de Ômega, deixava o ruivo mais do que fofo e atraente aos olhos do Alfa. O cabelo ruivo espetado chamava sua atenção, assim como o corpo bem cuidado e a pele que parecia tão macia, mas o que o impressionou foi que o rosto do mesmo se encontrava corado e seu olhar fixado ao dele. O Ômega estava tendo a mesma reação a ele...

          - Ah Aomine, já está aqui?. - Aiane dizia sorrindo, começando a se aproximar. - Esse aqui é o seu empregado particular, Kagami Taiga.
          - Woaah! Ele é lindo Onee-chan!. - Seiji dizia maravilhado com a beleza do ruivo.

          Quanto mais se aproximavam um do outro, mais fortes os sentimentos se tornavam. Aomine apertava as mãos vez ou outra tentando segurar a vontade de agarrar o Ômega que conhecia a menos de cinco minutos, enquanto o ruivo sentia leves choques percorrem seu corpo quanto mais próximo chegava do Alfa. Ambos estavam confusos e perdidos em relação ao que estava acontecendo, mas nenhum dos dois queriam se afastar um do outro naquele momento.
          Kagami parou em frente ao moreno o olhando. O cabelo azul escuro levemente espetado, sua altura combinava com o corpo definido que possuía, seu peitoral e barriga a mostra despertava desejos que sequer imaginava que teria. O Alfa despertava seus instintos com muito, muito pouco. Podia sentir o olhar frio e ao mesmo tempo desejoso do maior, segurando um gemido leve enquanto seu lobo se agitava ainda mais.

          - Ta tudo bem?. - Aiane perguntava erguendo uma sobrancelha, estranhando o comportamento dos dois.
          - T-tá sim! Só to meio nervoso, meu primeiro dia e tals... - O ruivo dizia, mentindo. Sabia que não conseguiria enganar o moreno, mas os dois talvez.
          - Oi Kagami! Eu sou o Seiji, irmão caçula deles. - O menor dizia se aproximando o abraçando.
          - Prazer, Seiji. - Kagami dizia fazendo carinho em sua cabeça, para alegria do azulado.

          Por alguma razão, a cena de seu irmão abraçando o ruivo e o mesmo fazendo carinho em sua cabeça, trouxe uma sensação ruim junto de uma irritação repentina. Não queria ninguém tocando ou mesmo chegando perto daquele Ômega, seu lobo parecia ter o escolhido e queria reivindicá-lo para si o quanto antes. Aomine sabia o que estava acontecendo e por isso negava com todas as forças aqueles sentimentos, aquele Ômega não podia ser sua alma gêmea...

          - O-oi, Aomine. Prazer... - Kagami dizia corando ainda mais, dando seu típico sorriso lindo. - Parece que vamos passar bastante tempo juntos né?
          - Me chame de Aomine-sama. - O Alfa dizia autoritário, fazendo com que o ruivo de encolhesse levemente.
          - H-hai...?
          - Você é surdo? Me chame de Aomine-sama, não esqueça sua posição nesta casa ruivo. - Repetia grosso.
          - Sim, Aomine-sama... - Kagami dizia incomodado com o jeito superior do moreno.
          - Aomine, Aomine, Aomine... - Aiane dizia suspirando, pegando Seiji pela mão. - Bem, vamos deixar vocês a sós para se conhecerem.
          - Mas já Onee-chan? Eu queria conversar com o Kagami!. - Seiji dizia emburrado.
          - Você vai ter muito tempo pra isso depois tá?. - A azulada dizia sorrindo, olhando para o irmão em seguida. - Mostre-o a mansão e onde irá dormir, por favor.
          - Ok. - Aomine respondia sem animo.

          O moreno esperou as duas se afastarem para voltar a encarar o ruivo, quem era ele? Seu lobo estava mais do que agitado, como se já o conhecesse e estava feliz com o reencontro. O pior era que não sabia como reagir a tantas sensações novas e isso o estava deixando nervoso.

          - A-algum problema... Aomine-sama?. - Kagami dizia com um pouco de dificuldade. Era vergonhoso o chamar assim e o Alfa estava o encarando demais.
          - Talvez sim. - Respondia sério, virando em sua direção. - Me diga você ruivo, algum problema?.
          - Como assim?. - Perguntava dando um sorriso falso, a tensão no local só aumentava.
          - Seu rosto está corado. - O moreno dizia se aproximando, fazendo com que Kagami se afastasse devagar. - Por que está fugindo?.
          - F-fugindo?. - Desconversava, continuando a andar pra trás a cada passo do Alfa.
          - Está com medo de mim?. - Aomine perguntava dando um pequeno sorriso. - Ou...
          - Ah. - Kagami disse ao encostar na parede, estava sem saída.
          - Está com medo do que pode acontecer... - Dizia colocando as duas mãos ao lado da cabeça do Ômega.

          Podia sentir a respiração baixa e ofegando do ruivo, assim como conseguia ver o pequeno corpo tremer ao sentir sua respiração. O moreno se aproximou mais, quase colocando os corpos, sendo impedido pelo Ômega que colocou as mãos em seu tórax tentando empurra-lo para trás. A sensação daquele pele macia e quente sobre a dele, destruia quase todo o auto-controle que estava tentando manter.
          O ruivo lutava contra seus instintos diante da presença forte do Alfa, porém ao sentir os músculos definidos contra suas mãos e o olhar que parecia penetrar sua alma, acabou soltando um pequeno gemido que não passou despercebido pelo maior, que acabou rosnando levemente em resposta. Aquilo era torturante e ao mesmo tempo prazeroso.
          Aomine diminuiu ainda mais a distância entre os corpos, os colando. Seu membro endurecia sob a calça conforme o cheiro afrodisíaco do menor aumentava, devido a excitação que o mesmo também deveria estar sentindo. Era loucura ter tanto desejo por uma pessoa, ainda mais uma que acabará de conhecer... Mas o jeito envergonhado e o prazer estampado no rosto corado só o incentivava a continuar.

          - A-alguém vai v-ver isso Aomine... S-se a-afasta. - O ruivo dizia com dificuldade.
          - Quantas vezes terei que repetir, Ômega?. - O moreno dizia aproximando a boca da orelha do menor. - É Aomine-sama pra você.
          - A-a-ah... - Kagami gemeu com o timbre usado pelo Alfa e também por sentir a ereção do mesmo em sua coxa.

          Para tristeza de Aomine, o ruivo tinha razão e seria um tanto problemático alguém os pegar assim logo na primeira hora de convívio. Tirando que seu pai provavelmente o encheria de perguntas e seus irmãos... Preferia nem mesmo imaginar. Antes de se afastar, desceu o rosto até o pescoço do menor, onde aspirou fortemente. Seu lobo o queria, ele o queria... O que estava sentindo era mais forte do que o orgulho que possuía.
          Abriu a boca levemente encostando os dentes na pele branquinha, arrancando novamente um gemido baixo do Ômega e sentindo novamente seu peito ser apertado pelas mãos macias do mesmo. Queria marca-lo o quanto antes, mostrar a todos que ele pertencia somente ao herdeiro daquela família e a ninguém mais. Roçou os dentes levemente, sentindo o corpo colado ao seu tremer em reação.

          - A-Aomine-sama... N-não... - O ruivo dizia com todas as forças, estava quase cedendo as provocações do maior.

          O moreno rosnou, incomodado com a insistência do Ômega em o desafiar. Se afastou devagar, pegando o rosto do menor e o fazendo olhar em seus olhos.

          - Lembre-se novamente da sua posição nessa casa, Kagami. - Dizia dando um sorriso de canto, o soltando. - Não me desafie e nem tente pedir algo, aqui quem deve obedecer é somente você.
          - Já me falaram isso...
          - Que bom. - Se afastava, tentando se acalmar ao mesmo tempo que o ruivo fazia o mesmo. - Venha, mostrarei seu quarto.

          Kagami apenas o observou se virar de costas e começar a caminhar em direção as escadas. Novamente se arrependia por não ter pedido os detalhes do trabalho, estava descobrindo as coisas de pouco em pouco e estava com medo do que ainda viria pela frente. Porém já possuía uma certeza desde que pisou dentro daquela mansão... Aquele Alfa iria virar sua vida de cabeça para baixo.

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-- " Quando passamos necessidade, fazemos escolhas as pressas e nem sempre são as melhores.
Talvez ele tenha se arrependido muitas vezes quando aceitou o trabalho, talvez tenha se arrependido de ter me conhecido.
Naquele dia, algo novo preenchia meu peito, minha mente parecia se focar apenas em uma coisa. Kagami Taiga.
Ele estava me ensinando uma coisa sem nem mesmo saber... Naquele dia, o meu eu tão frio estava aprendendo a amar. " --