História Spider-Woman (Camren G!p) - Miami New Time

Alguns dias depois...

 

 

 

 

 

 

LAUREN POV

 

Estava no jardim da minha casa tirando algumas fotos. Era para um trabalho que o Sr. Fitz pediu para ver como estávamos indo. Eu tirava fotos de vários ângulos, focada, desfocada, com luz boa, não boa. queria captar cada detalhe. Estava concentrada olhando as fotos em minha câmera quando sinto alguém chegar.

 

--Oii, Jauregão! --Dinah veio até mim.

 

--Oii, DJ! -Olhei pra ela. --O que manda? --Ela sorriu.

 

--Vem, vamos entrar. Você precisa ver uma coisa. --Eu a fitei confusa, mas fui com ela para dentro de casa.

 

Chegamos na sala e meus pais e irmãos estavam sentados nos sofás assistindo uma matéria que prontamente chamou minha atenção. Rapidamente me sentei no chão para ver o que a repórter falava.

 

"E mais uma vez a super heroína misteriosa combate o crime em Miami. Na noite passada a nossa heroína impediu que o Banco de Miami fosse roubado. Eles até tentaram, mas foram impedidos pela nossa aranha humana." 

 

Enquanto ela falava, passavam algumas imagens minhas que as câmeras do banco filmaram.

 

"Será que finalmente Miami irá poder viver na paz? E quem é essa heroína que está dividindo opiniões? Ela só quer chamar atenção? Ou realmente está disposta a nos salvar? São tantas perguntas e nenhuma resposta. Mas... Vamos  esperar para ver. Eu sou Jannel Garcia do Canal 8." 

 

--Ela só quer chamar atenção. --Comentou Chris. Revirei os olhos.

 

--Ela é louca de se meter com bandidos! --Disse minha mãe espantada.

 

--Uma mulher com poderes combatendo o crime? Isso sim é incrível!  --Exclamou Taylor. Eu sorri.

 

--Pra mim isso é muito perigoso. Ela não deveria se meter no trabalho da polícia.  --Meu pai falou.

 

--Ela só quer ajudar! --Todos me olharam. --Se ela pode, porquê não fazer?  --Me levantei.

 

--Concordo com Lauren! --Dinah disse ao meu lado.

 

--É, mas ela também vai arrumar muitos inimigos!  --Disse meu pai.

 

--Ah se vai.... --Pensei alto. --Vou pro meu quarto. Vamos, Dinah! --Subi as escadas com minha amiga.

 

--Palmito, e aquele emprego que você tava querendo no jornal? --Dinah me perguntou. Ela estava esparramada na minha cama.

 

--Eu já enviei umas fotos. Agora estou esperando a resposta! --Me sentei ao lado de Dinah.

 

--Hmmm... É... O que tá achando das pessoas falando sobre você na TV?

 

--Eu acho que eles são muito ingratos. Poxa, eu tô ali pra ajudar, mas eles só sabem me criticar.  --Cruzei os braços e me joguei de costa na cama franzino.

 

--É assim mesmo. Se acostuma! Quero ver quando você pegar um vilão de verdade....

 

--Porquê?

 

--Porque vai ser mais interessante!  --Dinah piscou pra mim.  --Vai ser alguém de sua altura.

 

--Pode ser...

 

Ficamos um temo em silêncio

 

--Lauren, e como está em relação a Camila?

 

Suspirei.

 

--Eu não sei.  --Fitei o teto.  --Eu não quero falar com ela porque ainda tô na bad, mas ao mesmo tempo eu quero mandar meu ego pra puta que pariu e agarrar aquela latina pra nunca mais soltar.  --Sorri de lado.

 

--Acho que já passou da hora de Camren se acertar!  --A olhei confusa.

 

--Que porra é Camren?

 

--A junção de Camila com Lauren! --Levantei minhas sobrancelhas. --Ué, você inventou Norminah e eu inventei Camren! --Dinah disse convecida. Eu gargalhei.

 

--Certo, DJ! --Eu ri mais. --Falando em Norminah... Como vocês estão? --A fitei curiosa.

 

Norminah's estavam muito estranhas. Eu tinha que saber.

 

Ela me olhou séria.

 

--Eu gosto da Mani. Mas... Eu... Ah! --Dinah parecia frustrada. --Eu tô muito apaixonada por ela, Aranhona! Mas eu tenho medo dela não querer mais nada comigo.

 

--Vocês converaram?

 

--Não!  --Ela disse

 

--Façamos assim... --Me sentei.  --Hmm... Se você falar com Mani eu falo com Camila.  --Sorri pra ela.

 

--Feito.  --Ela apertou minha mão.  --Faço qualquer coisa pra ver Camren juntas!

 

--Vai se foder, Hansen!

 

--Eu vou! Quando fizer as pases com Mani. --Fiz careta. --Nem vem fazer essa cara porque quando tiver no amasso com a Chancho, duvido que você não vai querer foder ela!  --Dinah arqueou a sobrancelha.

 

--Claro que não!  --Cruzei os braços e deitei de novo fitando o teto.

 

--Não? --Ela perguntou incrédula.  --Não vai querer botar a Jaureconda pra jogo?

 

--Não... Quer dizer... Sim! --Tratei logo de me corrigir. --Mas não do jeito que você falou --Eu franzi o cenho. --Eu não fodo, Dinah Jane, eu faço amor!

 

--Aaah, tão gay!  --Dinah gargalhou.

 

--Porra, Dinah, é sério! Eu quero que minha primeira vez seja com ela... E eu não quero algo violento ou selvagem. Quero algo romântico! --Supirei e mordi o lábio inferior.

 

--OK, sapatão, eu já entendi!

 

Meu celular tocou. Era um número desconhecido.

 

--Alô?

 

--Lauren? Lauren Jauregui? 

 

--Hm... Sim? -Me sentei e olhei desconfiada para Dinah. --Quem tá falando?  --Franzi o cenho.

 

--É a Verônica Iglesias do jornal Miami New Time. --Rapidamente fiquei de pé. --Nós avaliamos suas fotos e gostaríamos de fazer uma entrevista com você.  --Arregalei os olhos e sorri.

 

--Oh! Sim Claro... Q-quando eu posso ir?

 

--Hoje de tarde às... 5:00. 

 

--Estarei aí!

 

--Não se atrase!  --Desligou.

 

Corri até Dinah e pulei em cima dela.

 

--Era do New Time! --Gritei de alegria. --Eles querem fazer uma entrevista hoje!

 

--Tá bom, sapatão, sai de cima de mim!  --Dinah me empurrou e eu caí no chão. Mas eu não liguei, eu tava muito feliz pra ficar brava com ela.

 

Ficamos um tempo conversando e depois Dinah foi embora. Eu olhei a hora e fui tomar banho. Que tipo de roupa se usa numa entrevista? Porra, Lauren, não pode ir de qualquer jeito e nem muito arrumada.

 

Saí do banheiro e coloquei um sutiã preto, uma cueca preta, uma blusa cinza, uma calça preta com rasgos no joelho e uma botinha sem saltos. Fiz uma maquiagem um pouco forte nos olhos e nos lábios optei por um batom vermelho. Fiz um coque em meu cabelo deixando um mecha da minha franja solta e coloquei uma gargantilha preta. Peguei as chaves do meu carro e desci.

 

 

--Pai, eu tô indo em uma entrevista de emprego. Não me esperem acordados! --Saí de casa e peguei Lola. Dessa vez ela ligou de primeira. Segui pelas ruas de Miami. Tinha trânsito, mas eu chegaria no jornal a tempo.

 

Estava parada no sinal quando um Jeep Renegade branco passou por mim em alta velocidade e logo em seguida duas viaturas policiais atrás.

 

--Droga! --Olhei a hora em meu celular e faltava meia hora pra minha entrevista.  --Ainda tenho tempo.

 

Estacionei meu Torino na vaga mais próxima e saí correndo tirando minha roupa normal e ficando somente com a minha de heroína.

 

Já pronta, pulei na parede no prédio a minha frente e escalei até o topo pra ver melhor. Corri até a outra extremidade do prédio e pulei para o próximo edifício, rolei para não me machucar. Olhei para todos os  lados da cidade e vi uma movimentação um tanto quanto estranha. Era o Jeep cortando os carros no trânsito e as duas viaturas atrás dele.

 

Lancei minhas teias no edifício mais próximo e me joguei. Confesso que senti um friozão na barriga, ia demorar um pouco para eu me acostumar com tudo isso.

 

Me balancei pelas ruas de Miami atrás daqueles três carros. Ouvia algumas pessoas gritando "Mulher-Aranha", outros batiam palmas, alguns não gostavam, mas o que me importava eram os que gostavam. Eu estou aqui por essas pessoas que precisam de mim.

 

Caí em cima de uma das viaturas. O baque foi tão forte que amassou o teto do carro.

 

Olhei a frente e vi meu alvo. Com as duas mãos posicionadas lancei jatos de teias sobre o  Jeep e puxei com toda força que eu tinha, mas não consegui pará-lo. Soltei o carro e verifiquei se tinha reféns, tinha uma mulher no banco de trás e dois homens na frente. Fiquei em pé em cima da viatura me posicionando para pular no teto do Jeep.

 

Dei um salto e caí agachada no teto do carro roubado. A mulher começou a gritar por socorro dentro do carro.

 

--Você vem comigo! --Disse assim que coloquei meu braço direito dentro do carro e puxei o bandido que estava sentado no banco do copiloto pela janela. Ele tentou me socar, mas eu desviei. Dei uma joelhada em sua cara que o fez apagar. Fiz uma rede de teias entre um prédio e um poste e joguei o bandido nela, fazendo ele ficar grudado ali. Em um movimento rápido dei um mortal e entrei no carro pela mesma janela sentando no banco do copiloto.  --Sua vez!

 

--Eu vou matar você, Mulher-Aranha! --O bandido que estava dirigindo gritou e apontou uma arma pra mim.

 

--Todos dizem isso! --Lancei um jato de teia em sua mão e puxei o desarmando.

 

--Por favor me ajuda! --A mulher gritou no banco de trás chorando.

 

--Eu vou acabar com tua raça sua desgraçada! --O bandido gritou e me deu um soco tão forte que confesso que fiquei tonta. Balancei a cabeça algumas vezes me recompondo e olhei pra ele.

 

--Não devia ter feito isso! --Ele me olhou cheio de raiva e ia me bater de novo, mas no mesmo instante lancei teias em seus olhos, e com uma das mãos bati com seu rosto no volante varias vêzes. --Para o caro! --Bati de novo. --Seu desgraçado! --Outra vez. --Sua mãe não te deu educação? --Ele já estava inconsciente e cada vez mais a mulher gritava chorando. Olhei pra ela. --Calma aí eu vou te tirar dessa!  --Virei o volante do carro e diminui a velocidade parando o carro no acostamento. 

 

As duas viaturas se aproximaram, os policiais já sairam apontando as armas em minha direção.

 

--Parada aí! --Um dos policiais gritou em minha direção. Ninguém merece, eu tô aqui pra ajudar. Pensei revirando os olhos. Tirei o bandido do carro e o coloquei deitado no chão.  --Eu mandei ficar parada! --Gritou de novo.

 

--Abaixem as armas! --A mulher gritou e eles abaixaram. Ela me fitou e correu em minha direção me abraçando. --Obrigada! --De inicio eu fiquei sem reação porque ninguém nunca tinha feito isso antes. Mas senti aquela sensação de que tinha feito a coisa certa, então, eu retribui abraçando ela de volta. --Posso ver quem é meu herói? --Ela disse quando afastou-se.

 

--Desculpe, madame, segredo de estado! --Saí correndo e lancei minha teia no prédio mais próximo e me balancei pelas ruas de Miami. Parei no topo de um prédio. --Droga! Minha entrevista! --Corri o mais rápido possível pra encontrar Lola. Achei ela perto de um beco. Desci rapidamente e troquei de roupa. Olhei a hora e faltava 5 minutos. --Porraaaa!!! --Falei nervosa e arranquei com Lola dali.

 

...

 

Cheguei num prédio enorme. Estacionei em qualquer lugar e desci correndo para dentro daquele edifício. Peguei o elevador e apertei o botão do último andar. Quando as portas se abriram saí rapidamente.

 

--Está atrasada, Jauregui! --Uma mulher magra, de cabelos lisos, roupa social e olhos castanhos por trás dos óculos me barrou na entrada da sala principal.

 

--São 5:01!  --Olhei a hora.

 

--Marcamos às 5:00, e não às 5:01. --Ela cruzou os braços e levantou uma sobrancelha.

 

--Verônica, certo?  --Ela balançou a cabeça positivamente. --Então, me desculpe é que eu.... --Porra, o que eu ia falar? Eu não podia dizer que me atrasei por estar salvando pessoas. Respirei fundo. --Eu tive um imprevisto, mas já estou aqui e prometo que isso não irá se repetir. --A olhei esperançosa.

 

--Acho bom. Vem comigo! --Ela deu três batidas numa enorme porta e entramos. --Sr. Raid, essa é Lauren Jauregui. --Tinha um homem negro e careca sentado numa poltrona atrás de uma enorme mesa mechendo em algumas coisas.

 

--Lauren? Que Lauren? --Ele nem nos olhou. Que mal educado.

 

--A das fotos. --Verônica ficou ao lado do homem.  --O senhor gostou das fotografias dela e marcou uma entrevista para hoje.  --O entregou uma pasta.  --Lembra?

 

Ele abaixou seus óculos até o nariz e olhou a pasta.

 

--Ah sim! Pode se sentar, Laura.

 

--É Lauren, senhor...

 

--Sente-se.  --Ele me cortou. Sentei na cadeira a sua frente e Verônica na outra.  --Então, Laura, eu vi suas fotos e gostei muito. Preciso de alguém que entenda disso!  --Ele disse animado.  --Nós somos o maior jornal de Miami e preciso de gente do nosso nível.

 

--Muito obrigada, senhor. Eu realmente gosto do que faço e... --Ia falar mais algumas coisas, mas alguém entrou na sala nos interrompendo.

 

--Senhor, acabaram de chegar umas fotos da Mulher-Aranha. --Um rapaz loiro entrou rápido e ficou ao lado do Sr. Raid.

 

--Me dê isso aqui! --Ele rapidamente pegou as fotos e analisou uma de cada vez. --Mas essas fotos estão horríveis. E cadê a polêmica?  --Ele jogou as fotos na mesa de qualquer jeito e fitou seriamente o rapaz. Eu olhei as fotos e realmente estavam em péssima qualidade. Uma era eu em cima da viatura de costas, outra eu estava dentro do Jeep, mas pareciam borrões, algumas eu estava me balançando, na outra eu estava abraçada a vítima. Como eles conseguiram tirar essas fotos sem eu perceber? --Eu preciso de alguém que saiba o que está fazendo e não desta porcaria! --O Sr. Raid disse furioso batendo a mão na mesa.

 

--Desculpe Sr. Eu sinto muito, mas nossos fotógrafos fazem o que podem. --O loiro disse nervoso. --A Mulher-Aranha é muito...

 

--Desculpem interromper a conversa de vocês... --Todos me olharam, inclusive Verônica que sussurrou "o que está fazendo? ".  --Eu posso tirar fotos em ótima qualidade da Mulher-Aranha.

 

--Está brincando? --Verônica e o loiro perguntaram.

 

--Não! -Disse naturalmente.

 

--Como faria isso? --Raid me olhou desconfiado. Aliás, todos me fitaram desconfiados.

 

--Ah, eu... Eu já falei com ela.  --Eles fraziram o cenho.  --É... Eu conheço ela e...

 

--Isso é impossível! --O loiro me interrompeu.

 

Já não fui com a cara dele.

 

--Tem fotos dela? --Verônica se pronunciou.

 

--Tenho algumas na minha câmera.

 

--Deixe-me ver!  --O Sr. Raid pegou a câmera e olhou minhas fotos. --Surpreende! --Ele disse maravilhado. --Estão incríveis!  --Eu sorri sem graça.

 

--Gostou? -Verônica perguntou incrédula.

 

--Eu adorei! --Raid se levantou e me entregou o objeto.

 

--Sério?  --O loiro disse indiferente.

 

--Está contrada! --Raid me estendeu a mão e eu prontamente apertei.  --Começa amanhã.

 

--Obrigada! --Eu disse com um sorriso que não cabia em minha mim.

 

Verônica e eu saímos da sala principal.

 

--Nossa, Jauregui. Pra ele gostar tanto de uma coisa tem quer muito boa! --Verônica disse sentando-se em sua mesa.

 

--É o poder dos Jauregui's. --Disse me gabando. Verônica sorriu.

 

--Começa amanhã depois que sair da universidade. Não se atrase! --Ela me olhou séria.

 

--Obrigada, Vero!

 

--Oii? não dei intimidades, Jauregui.  --Eu paralisei.

 

--Descupa! Falei sem querer. --Ela esticou o braço e apontou o elevador, rapidamente entendi o recado. --Tchauzinho!  --E saí dali feliz da vida.

 

Eu finalmente iria trabalhar fazendo o que eu gosto, e melhor ainda, tirando fotos minhas.

 

Quer dizer, da Mulher-Aranha.