História Spring Day - Imagine Jimin Hiatus - Quem é ela?!

{ Jimin Point Of Vision }

Estava deitado no meu quarto, olhando para o teto quase dormindo. Quando ouço o rangido da porta sendo aberta e a luz invadir minha visão fazendo com que a mesma fique embaçada, coloquei meu antebraço em cima dos meus olhos para interceder a luz invadindo meu quarto, que a alguns minutos estava completamente escuro.

Ouço passos agudos e o barulho das cortinas sendo abertas e o rangido estridente da janela sendo também sendo aberta.

— Vamos Jimin, levanta! Já são quase meio dia e você aí, quase morto!

Um arrepio percorreu pelo meu braço, assim que sinto o vento frio. Minha mãe continua reclamando enquanto caminha pelo meu quarto.

— Acha que sou sua empregada moleque, deixa as roupas todas jogadas pelo quarto! E olha essa mesa! Acha que aqui é uma zona pra ficar desse jeito?!

— Mãe, não sei porque ainda entra no meu quarto! - Bufo, sentando na cama, enquanto encosto as costas na cabeceira.

— Não me surpreende que você não tenha uma namorada! Que mulher iria querer um porco igual a você. Só vive enfurnada naquela academia com aquele garoto com cara de coelho ou dentro desse quarto. - Esbravejou a mulher ao me olhar de braços cruzados apenas ouvindo suas lamentações.

Reviro os olhos enquanto observo a adulta caminhar pelo meu quarto que realmente está bagunçado, embora seja apenas porque não tive tempo de arrumá-lo, ao contrário do que minha mãe pensa e fala, faço faculdade, mas ela parece esquecer desse fato. Tenho tantos trabalhos, relatório, maquetes, livros tantas coisas para fazer e arrumar, que não tenho tempo para organizar meu quarto. Medicina realmente é difícil.

— Vai no mercado do Claudio e me traz, uma dúzia de ovos, dois bifes, leite e farinha. Não esqueça de nada!

— Tá. - Ela veio para perto de mim, com seu dinheiro suado na mão. - Não precisa eu tenho dinheiro.

Ela olhou-me rapidamente mas, não reclamou desci da cama tropeçando no tapeta que fica ao lado da mesma, minha mãe saiu do quarto e fechou a porta, levantei meus braços espreguiçando os mesmo, minhas costas logo fazem um barulho estalado arrancado-me uma piscadela de dor.

Peguei um calção na cor preta e uma camisa larga na cor branca, coloque-as rapidamente para calçar meu tênis preto. Passei minha mãos pelo o jogando para trás como de costume, peguei a touca jogada em cima da cômoda e a coloquei na cabeça.

Sai do quarto com o celular na mão, olhando para o mesmo, vendo como está minha conta no banco, aish! Preciso economizar mais…

— Jimin!

— O que foi mãe? - Digo ainda olhando para o celular.

— Que mãe o que garoto?! - Minha irmã mais nova repreendeu-me assim que deu as caras. - Compra chocolate pra mimm.

— Ah Naomi! - ela fez uma carinha fofa -  Me deve uma. - levanto o dedo indicador para ela, fazendo-a fazer uma careta, essa pirralha pode ser fofa, apenas quando quer algo, sorri para a garota e comecei a caminhar.

— O Jungkookie vem aqui? - Parou-me antes que eu prosseguisse com meus passos.

— Não, não ele não vem. - Ela bufou cruzando os braço enquanto um biquinho manhoso formava-se em seu lábio.

— Nem adianta! Não vou ligar para ele de novo Park Naomi! - Levanto a voz. Não é a primeira vez que Naomi faz isso e dessa vez não deixarei lado para que ela me manipulasse novamente.

Deixei a menor, sem mais palavras, sem mais argumentos que ela com certeza formava em sua cabecinha.

Naomi tem dezesseis anos e desde que ela completou seu último aniversário veio a me pedir para que Jeon fosse mais vezes em casa, e sempre quando o mais novo ia ela ficava no nosso pé, ele não parecia desconfortável em ter uma adolecente morrendo pelos seus encantos, na realidade parecia realmente satisfeito com isso, aquela ‘puta adora ter a atenção para ele.

Sendo o irmão mais velho, o homem da casa, não deveria apoiar isso, bom e não apoio, conheço Jungkook, ele adora mexer com os coraçõezinhos alheios e depois cair fora, mas garanto que se falar — Naomi fique longe do Jungkook — Aí que ela vai atrás dele, mas dessa vez só por birra, conheço bem a irmã que tenho e ela não é uma das mais fáceis e amorosas.

Aposto que seja apenas a idade, seus hormônios a flor da pele, ou suas amigas, que são umas atiradas… Que nesse caso dão em cima de mim! Mas não sou como Jungkook, não acho certo que garotas de dezesseis anos se envolvão com um cara de vinte e um - eu - . Além de que elas só faltam arrancar a roupa e começar a se tocar na minha frente.

Lembro-me do êxtase que aquelas garotas tiveram quando me viram andando sem camisa pela casa, algo normal visto pela minha mãe e Naomi que cresceu me vendo andar desse jeito. Já as garotas pareciam nunca ter visto um homem assim. Naomi ficou brava com as amigas, era até fofo vê-la com ciúmes de mim, ela batia o pé para as garotas falando que era errado e que o irmão era dela...

As vezes acho que deveria ser mais protetor com ela, já que quando a última citada nasceu nosso pai faleceu com um tumor no cérebro e outro no exofago, ele nem pode pegá-la no colo. Papai era engenheiro, tinha uma pequena empresa, além do salário que recebia (Até hoje não entendo porque ele tinha uma empresa e também trabalhava para outra pessoa) quando era pequeno sempre tinha tudo o que eu queria, mas depois desse câncer tudo ficou mais complicado em nossa família, além de ter que praticamente viver num hospital, cuidar de duas crianças não foi fácil para mamãe, mesmo que eu fosse pequeno tentava cuidar de Naomi apenas para poder ver que minha mãe dormiu um pouco.

Minha mãe recebe um salário de mais ou menos dois mil reais pela contribuição que meu pai teve com o estado, fez vários projetos de hospitais sem cobrar nada, mas nunca é o suficiente para nós, eu e Naomi temos que fazer todo mês um checape, temos propensão de quase setenta por cento de ter algum câncer.

Por esse motivo resolvi fazer medicina, quero ajudar as pessoas, talvez seja culpa ou sei lá….

Cheguei no mercadinho e logo comprei tudo que me pediram.

— Ovos, Trigo, chocolate, bife e enérgico? - Perguntou uma moça de cabelos curtos, coloridos em um tom castanho claro.

— Sim. - Respondo simplesmente. Ela começou a teclar algo.

— São trinta e sete reais e treze centavos. - Desviou o olhar da tela e olhou-me com um sorriso. - Credito ou debito?

— Debito.

Passei rapidamente o cartão, para que eu pudesse ir logo para casa.

Peguei as sacolas e comecei a andar rumo a minha casa. Podia ter vindo de moto - Penso.

Depois de andar algumas quadras passo por um caminho cheio de árvores, com suas flores rosas e o tronco escuro, olhando para as árvores percebo que a primavera finalmente chegou, novos ares, as flores crescendo.

O inverno finalmente foi embora.

Continuo meu trajeto e no final daquele caminho vejo uma mulher, seus cabelos compridos negros com as pontas enroladas, seu vestido florido caminhava pelo local. Ela virou seu rosto para o lado o qual eu caminho, seu rosto angelical, seus traços mais marcados, suas curvas visíveis - Claramente não é coreana - seus lábios finos pintados com um rosa claro e seus olhos castanhos claros, quase um mel.

Realmente linda.

Desviei meu olhar da moça para poder passar perto da mesma que parecia procurar algo, girava em um lugar olhando para os lados. Não a olhe Jimin, não pareça estranho encarando uma linda mulher que provavelmente está a procura de seu namorado.

E em um desses giros seus olhos fisgaram os meus, enquanto passava ao lado da mesma, nossos olhos não se desviaram nem ao menos uma vez, ela parecia me analisar em poucos segundos.

Quem é essa mulher? Ou melhor esse anjo?